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Resumo Educação e Trabalho AP1

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Resumo Educação e Trabalho AP1
COMO SURGIU A EDUCAÇÃO? Surgiu junto com o homem na necessidade de reproduzir a própria existência ou garantir a sobrevivência da espécie. Por isso a uma relação entre educação e trabalho, pois a educação é necessária para realizar o trabalho. Antigamente aprendia – se o trabalho realizando – o, através de experiências e observações.
QUAL A ORIGEM E FINALIDADE DA ESCOLA? O surgimento da escola está ligado ao surgimento da propriedade privada e da divisão de classes sociais, ou seja, a divisão entre proprietários e empregados. ( Não – proprietários ). Com essa divisão de classe, apareceu a necessidade de criar uma educação diferenciada, surge então a escola, lugar que era o local onde os filhos dos proprietários, que não precisavam trabalha, freqüentavam para aprimorar seus conhecimentos, assim podendo gerenciar os negócios da família.
QUANDO E PORQUE A ESCOLA SURGE COMO MODELO PREDOMINANTE DE EDUCAÇÃO E SE GENERALIZA, TORNA – SE UNIVERSAL, OU SEJA, ACESSÍVEL A TODOS, ATÉ PARA OS TRABALHADORES? É na Idade Moderna que irá ocorrer o que Saviani denomina de generalização da escola como modalidade de educação levando a defesa da escola pública para todos, até para os trabalhadores.
SOBRE A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A ESCOLA
Relacione a Primeira Revolução Industrial com a Escola e explique por que a Rev. Industrial irá exigir a generalização da Escola Para Todos inclusive para os trabalhadores como uma necessidade objetiva? As industriais e a alfabetização então ligada à ciência e a técnica, sobretudo a partir da revolução industrial, onde a Ciência pura tornar-se-á ciência aplicada à produção – tecnologia – e colocará a exigência de um domínio teórico, por mínimo que seja, dos fundamentos científicos dos instrumentos e técnicas necessários à indústria. Assim os operários necessitaram de conhecimentos, para lidas com as máquinas. A solução será organizar um tipo de escola para essa classe trabalhadora. Surge então a tesa da educação escolar em dose homeopática para os trabalhadores. A qual irá determinar o sentido real do lema e da defesa da escola pública para todos levantada e defendida pela burguesia. 
Destaque duas conseqüências: podem-se indicar como duas conseqüências a questão de que a Modernidade capitalista e burguesa inaugurou uma nova escola e que esta criou duas modalidades distintas de educação escolar, uma não tendo ligação com a outra. Sendo um tipo de escola para servir a reprodução das classes ricas e poderosas (burguês-capitalistas), uma escola que visasse desenvolver em seu grau máximo os aspectos do domínio intelectual e cultural do saber sistemático e científico. E outro tipo de escola para atender as classe trabalhadoras, pobres e serviçais, uma escola que visasse desenvolver em seu grau mínimo os aspectos intelectuais e culturais desta classe, com uma formação que pouco exigisse da sua capacidade de pensar autônoma e criativa, e sim, procurasse desenvolver mais suas habilidades operacionais da ciência e da técnica, para os vários serviços requeridos pela indústria, comércio, enfim, pelo mercado de trabalho burguês, capitalista. Isto é o que caracteriza o sentido da defesa da ESCOLA PÚBLICA PARA TODOS neste período. Mas não uma escola de mesmo tipo para todos. Como disse a acima, trata-se de uma escola de tipo dualista, isto é, uma escola de excelência para os ricos e outra escola de qualidade inferior (ou com a qualidade que interessava ao sistema) para a classe trabalhadora. 
Aponte e explique quais as mudanças ocorridas no modo de organização trabalho produtivo a partir da Revolução Industrial? A mudança principal realizada pela Revolução Industrial foi à substituição da mão -de -obra humana pela máquina no processo produtivo. Se antes, na manufatura, o homem era a força produtiva central, se era ele (o trabalhador) quem agia sobre a matéria para transformá-la em algo útil para o consumo humano, agora, na indústria, transferiu-se para as máquinas as atividades manuais.
TEXTO 1 E 2
Na década de 60 surgiu a teoria do capital humano, onde a educação passou a ser decisiva no desenvolvimento econômico. A escola (educação) potencializa o desenvolvimento do trabalho. 
EDUCAÇÃO E TRABALHO: AS ORIGENS
A educação coincide com a existência humana. Diferente dos animais que adaptam – se a natureza, os homens têm que fazer o contrário: eles adaptam a natureza a si. 
Inicialmente prevalecia o modo de produção comunal, o que hoje chamamos de "comunismo primitivo". Não havia classes. Tudo era feito em comum: os homens produziam sua existência em comum e se educavam neste próprio processo. 
Na Antiguidade, tanto grega como romana, ocorre à propriedade privada da terra: temo então a classe dos proprietários e a classe dos não proprietários. O fato de uma parte dos homens se apropriarem privadamente da terra dá a eles a condição de poder sobreviver sem trabalhar. 
No comunismo primitivo, a educação coincidia inteiramente com o próprio processo de trabalho, a partir do advento da sociedade de classes, com o aparecimento de uma classe que não precisa trabalhar para viver, surge uma educação diferenciada. E é aí que está localizada a origem da escola. Portanto a escola era o lugar que tinha acesso a classe dominante, classe dos proprietários, tinha uma educação diferenciada que era a educação escolar. 
IDADE MÉDIA: ESCOLA E PRODUÇÃO
Algumas características da sociedade antiga persistem na Idade Média, no modo de produção feudal, porque, assim como na Antiguidade, também na Idade Média o meio dominante de produção era a terra e a forma econômica dominante era a agricultura. 
Na Grécia e Roma, os homens viviam na cidade, mas do campo, porque a vida na cidade era suprida pelo trabalho desenvolvido nos arredores da cidade, que era o trabalho agrícola. 
Na Idade Média, os homens viviam no campo e do campo, ou seja, viviam no meio rural e da atividade agrícola. 
 A forma do trabalho da Idade Média se diferenciava da Antiguidade na medida em que não temos mais o trabalho escravo e sim o trabalho servil. 
Tínhamos as escolas paroquiais, as escolas catedráticas e as escolas monacais que eram as escolas que se destinavam à educação da classe dominante.
O modo de produção Feudal desenvolvia apenas o artesanato.
EDUCAÇÃO E MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
 A época moderna se caracteriza por um processo baseado na indústria e na cidade.
Na época moderna é o campo que subordina a cidade, é a agricultura que subordina a indústria.
Na sociedade moderna, capitalista, as relações deixam de ser naturais para serem dominantemente sociais. Neste sentido é que a sociedade capitalista rompe com a idéia de comunidade para trazer, com toda a força, a idéia de sociedade. Sendo assim, a sociedade capitalista traz a marca de um rompimento de classes, isto está ligado à noção de liberdade. 
A liberdade posta num sentido contraditório, duplo, aparentemente positivo - livre para dispor de sua força de trabalho - mas também no sentido negativo na medida em que é desvinculada dos seus meios de existência.
A ESCOLA NA SOCIEDADE MODERNA
A escola está ligada a este processo, como agência educativa ligada às necessidades do progresso, às necessidades de hábitos civilizados, que corresponde à vida nas cidades. E a isto também está ligado o papel político da educação escolar enquanto formação para a cidadania, formação do cidadão. Significa formar para a vida na cidade, para ser sujeito de direitos e deveres na vida da sociedade moderna, centrada na cidade e na indústria. 
Tende-se a considerar e a atribuir à escola tudo aquilo que é educativo; a escola tem que absorver todas as funções educativas que antes eram desenvolvidas fora da escola, já que hoje há uma tendência a esperar que as mesmas sejam desenvolvidas dentro da escola. 
Ao mesmo tempo em que a escola é hipertrofiada nos dias de hoje, ela também tende a ser secundarizada; ou seja, surgiu também nos dias de hoje um discurso que tende a afirmar quea educação escolar não é a única forma de educação e sequer a principal. Educa-se através de múltiplas organizações, não apenas através da escola. Educa-se através do trabalho, através do convívio e relacionamento informal das pessoas entre si.
A CONTRADIÇÃO DO PROCESSO ESCOLAR
Ao mesmo tempo em que a escola é desvalorizada, ela é hipertrofiada. Essa contradição atravessa o próprio interior da escola. Ela se amplia e se esvazia ao mesmo tempo. Hoje se coloca dentro da escola toda uma série de atividades que acabam descaracterizando-a. Parece que a escola cuida de tudo, menos de ensinar, de instruir.
A contradição entre as classes marca a questão educacional e o papel da escola. Quando a sociedade capitalista tende a generalizar a escola, esta generalização aparece de forma contraditória, porque a sociedade burguesa preconizou a generalização da educação escolar básica. Sobre esta base comum, ela reconstituiu a diferença entre as escolas de elite, destinadas predominantemente à formação intelectual, e as escolas para as massas, que ou se limitam à escolaridade básica ou, na medida em que têm prosseguimento, ficam restritas a determinadas habilitações profissionais.
NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCATIVO
O trabalho foi, é, e continuará sendo princípio educativo do sistema de ensino em seu conjunto. Determinou o seu surgimento sobre a base da escola primária, o seu desenvolvimento e diversificação e tende a determinar no contexto das tecnologias avançadas, a sua unificação. 
A incorporação das novas tecnologias por empresas brasileiras nas atuais circunstâncias, além de pôr em evidência o atraso em que nos encontramos em matéria de educação, terá, espera-se, o papel de acentuar o sentimento de urgência na realização da meta de universalizar a escola básica, a antiga escola primária com o seu currículo já clássico, como ponto de partida para a construção de um sistema educacional unificado em correspondência com as exigências da nova era em que estamos ingressando.
FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E HISTÓRICOS
Concepção ontológica, como nos mostra Kosik “é um processo que permeia todo o ser do homem e constitui a sua especificidade”. Por isso, o mesmo não se reduz à atividade laborativa ou emprego, mas à produção de todas as dimensões da vida humana. 
- Na mesma compreensão da concepção ontocriativa de trabalho, também est á implícito o sentido de 
Propriedade, no seu sentido ontológico, é o direito do ser humano, em relação ao acordo solidário com outros seres humanos, de apropriar-se, transformar, criar e recriar pelo trabalho - mediado pelo conhecimento, ciência e tecnologia.
Trabalho como “princípio educativo” deriva do fato de que todos os seres humanos são seres da natureza e, portanto, têm a necessidade de alimentar-se, proteger-se das intempéries e criar seus meios de vida. O trabalho como princípio educativo, então, não é, primeiro e, sobretudo, uma técnica didática ou metodológica no processo de aprendizagem, mas um princípio ético político. Como princípio educativo, o trabalho é, ao mesmo tempo, um dever e um direito. 
TEXTO 3 - Projetos de Formação Humana e Mediações Históricas
 “Essência humana” é produzida historicamente no processo de trans formação e apropriação da natureza para si, com outros homens. 
- Para termos a clareza desse fenômeno, analisaremos o conceito de trabalho em seu duplo sentido – ontológico, inerente à produção do ser; e histórico, formas específicas que adquire o trabalho sob os diferentes modos de produção, com ênfase no modo capitalista.
- Visão histórica d e homem: a visão histó rica parte das condições efetivas e reai s de sua exi stência, mas 
- Visão histórica d e homem: a visão histó rica parte das condições efetivas e reai s de sua exi stência, mas 
A visão histórica do Homem: Parte das condições efetivas e reais de sua existência, mas compreende que suas determinações não são contingenciais ou aleatórias, mas construídas pelos próprios homens nas suas relações sociais.
- Trab alho: O at o de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humanas é o que se 
Trabalho: O ato de agir sobre a natureza transformando – a em função das necessidades humanas é o que se conhece como trabalho. 
Especificidade do trabalho como base do pensamento e da atividade humana: 
O trabalho transforma, ao mesmo tempo, a natureza e aquele que trabalha 
Só existe trabalho quando a ação e o produto da ação são projetados conscientemente por quem trabalha.
Karl Marx nos fala sobre o sentido geral do trabalho como produção humana: O ponto de partida é que tanto o homem como o animal, para viverem dependem de uma base física. Trata – se da natureza inorgânica, pois os seres são também natureza: uma natureza orgânica.
Animal/Homem x Natureza: O animal só produz o que é necessário para si ou para seus filhotes, já o homem produz universalmente.
Dupla determinação do trabalho: Ontologia: produção da vida humana independentemente do modo como se manifesta – Histórico o que quer dizer que, ao longo de sua história, o ser humano organizou relações sociais de produção da vida que proporcionou o surgimento diferentes formas de trabalho, tais como o trabalho primitivo, o servil, o escravo e o assalariado.
Origem da educação x Homem: A origem da educação coincide, então, com a origem do próprio homem.
TEXTO 4: Trabalho, educação e emancipação humana sob a lógica do capital
- Concepção ontológica e ontocriativa do trabalho: Para Marx, deve-se pensar o trabalho, o 
 processo de trabalho, como o principio
 ontológico, ontocriativo da existência 
 da existência humana, e isto implica 
 considerar o trabalho como o elemento
 determinante da formação do ser do
 homem em eu processo de humanização. 
 - O ser humano é um ser que nasce inacabado e que ele se faz homem mediante o processo de trabalho. 
- Diz-se inacabado pois a passagem do homem “ser - biológico/natural” para o homem ser - social/cultural” não é espontânea e imediata, ela se realiza no processo de trabalho pelo modo como o homem intervém na natureza transformando-a. 
Texto 5: Dualidade Educacional
A dualidade estrutural expressa uma fragmentação da escola a partir da qual se delineiam caminhos diferenciados segundo a classe social, repartindo-se os indivíduos por postos antagonistas na divisão social do trabalho, quer do lado dos explorados, quer do lado da exploração.
Para essa teoria, a escola não é única, nem unificadora, mas constituída pela unidade contraditória de duas redes de escolarização: a rede de formação dos trabalhadores manuais (rede primário profissional ou rede PP) e a rede de formação dos trabalhadores intelectuais.
Nessa concepção, para apreender a dualidade estrutural característica da escola capitalista é necessário colocar-se do ponto de vista daqueles que são dela excluídos. A repetência, o abandono, a produção do retardo escolar são mecanismos de funcionamento da escola e que fazem parte de suas características. É sua função discriminar, e isto desde o início da escolarização, na própria escola primária, que também não é única e que também divide. Seus ‘defeitos’ ou ‘fracassos’ são, em verdade, a realidade necessária de seu funcionamento. (Baudelot e Establet, id., p. 269). 
Durante muito tempo o atual ensino médio ficou restrito àqueles que prosseguiriam seus estudos no nível superior,enquanto a educação profissional era destinada aos órfãos e desvalidos, os desfavorecidos da fortuna. 
A ‘escola do dizer’ e a ‘escola d o fazer’ são, nas palavras de Nosella (1995), as divisões estruturais do sistema educativo no modo capitalista de produção. A escola de formação das elites e a escola de formação do proletariado. Nessa concepção está implícita a divisão entre aquele que concebem e controlam o processo de trabalho e aqueles que o executam.
Na década de 1980 o campo educacional brasileiro atravessou um processo de disputa para a reestruturação do nosso sistema educacional reformulando durante 20 anos que durou a ditadura instituída pelo golpe militar de 1964, teve um clima de democratização, que levou a mobilizar os educadores e políticos, para elaborar a Lei De Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. 
A partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei no 9.394/96), por meio das reformas do Ensino Médio e da Educação Profissional foi proibido o desenvolvimento integrado do ensino médio e técnico, obrigando-se a constituição de sistemas paralelos de educação básica e educação profissional.
Para Gramsci, o surgimento da escola unitária não se restringe aos limites da educação escolar, mas diz respeito a toda a vida cultural e social. O advento da escola unitária significa o início de novas relações entre trabalho intelectual e trabalho manual, não apenas na escola, mas em toda a vida social. 
Afirma Frigotto (1989,p. 24): A escola ao explorar (.. .) as contradições inerentes à sociedade capitalista é ou pode ser um instrumento de mediação na negação dessas relações sociais de produção. Mais que isto, pode ser um instrumento eficaz na formulação das condições concretas da superação dessas relações sociais que determinam uma separação entre capital e trabalho, trabalho manual e trabalho intelectual, mundo da escola e mundo do trabalho. 
O conceito de escola unitária, ou de unitariedade, tendo em vista o princípio da união dos contrários e para estabelecer uma relação dialética com dualidade escolar no sentido da construção de uma escola que não se diferencia em função das classes sociais e que, por isto, significa o início de novas relações entre trabalho intelectual e trabalho manual, não apenas na escola, mas também na vida social, no sentido da superação da sociedade de classes. 
Texto 7: Intelectuais coletivos e o projeto nacional de educação
O capitalismo se compreende com base na heterogestão e na divisão do processo de trabalho. 
Por heterogestão entende-se: hetero ( outro, fora, externo, diferente) + gestão (direção, controle) = gestão de outro/de fora/externa. Neste sentido se contrapõe a autogestão (gestão de si mesmo) a qual é delegada a outro no processo de trabalho. Sob a lógica do capital o trabalhador “(. ..) é um homem que, ao vender sua força de trabalho, se transforma em fator de produção, perdendo, jun to com o controle do processo e do produto do trabalho, o controle sobre si mesmo”.
 A noção de divisão do processo de trabalho ganhou novo significado no período manufatureiro e posteriormente tornou-se a base do modo capitalista de produção do trabalho. 
Ao adotar-se a heterogestão e realizar-se a divisão do trabalho nas manufaturas, num contexto em que o trabalhador detinha o controle sobre o processo produtivo desde o preparo e seleção da matéria-prima, sobre o objeto no qual iria trabalhar, bem como acerca da escolha pelas ferramentas mais adequadas para o seu trabalho e o melhor método de como realizar o trabalho, sendo ele quem determinava nesta fase a própria 
Jornada de trabalho (mestres artesão, trabalhador do campo) .
- Sur ge o Capitalismo: A partir de então alteram-s e radicalmente estas condições e as rel ações de 
Surge o capitalismo: A partir de então alteram – se radicalmente estas condições e as relações de produção vigentes. Opera-se uma expropriação d o trabalhador, re tirando dele a propriedade de quaisquer meios de produção, o domínio sobre a s decisões em relação ao conjunto do processo produtivo, passando o controle para as mãos do capitalista, o dono dos meios de produção. 
Capitalista: Ele, como o detentor do capital e da propriedade sobre os meios de produção, qual seja, a terra, o prédio, as máquinas e ferramentas etc., altera o modo de produzir até então dominante e inaugura o trabalho parcelado e heterogerido como nova fase de produção de mercadorias. Isto é, ao invés de um único trabalhador cuidar de todo o processo produtivo, ele agora irá fazer apenas uma etapa deste processo, conforme a decisão e ordem do capitalista. 
Esta nova divisão do trabalho proporcionava três formas de aumento da produtividade: 
a) poupava o tempo que o operador perde quando passa duma tarefa a outra; 
b) aumentava a destreza do operador, que passava a se especializar num único tipo de trabalho; 
c) ensejava a invenção de ferramentas especialmente adaptadas a cada tipo de trabalho. 
Se a heterogestão aliada à divisão do trabalho contribui para o aumento da produtividade do trabalho, contribui também para a degradação humana, física e mental do trabalhador . 
O modelo capitalista de organização do trabalho expropria o trabalhado r do seu saber sobre o processo de trabalho e retira dele os meios materiais de produção do próprio trabalho (instrumentos, ferramentas, insumos, matéria-prima, local de trabalho, capital etc.), portanto, o expropria dos mei os de produção da sua própria existência. 
Onde quer que se instale o capitalismo ele apresenta relativamente esta mesma característica e necessidade de acúmulo de capital e de um contingente de mão – de - obra sem propriedade, sem condições de sobreviver por conta própria, se vendo forçada a sujeitar- se a oferta de trabalho feita pelos capitalistas e as condições de trabalho importas por estes, para sobreviver. 
conta p ró pria, se vendo forçada a sujeitar-se à o ferta de trabalho feita pelos capitalistas e às condições de 
Modo de Produção Capitalista: com a Revolução Industrial (século XVIII )que este modelo irá se consolidar e se impor como novo modo de produção. Surge então propostas e reivindicações de uma preparação, mas adequada da mão-de-obra para o trabalho sobretudo na indústria.
Note que o capitalismo tem aí uma das suas principais contradições , as quais podem, se devidamente exploradas, constituírem -se em caminho de superação desta realidade, ou seja, a realidade concreta do capitalismo apresenta contradições que podem voltar-se contra ele próprio, como é esta necessidade de o Capital precisar manter os trabalhadores numa situação de desqualificação e sem propriedade, sem meios de produção de sua própria existência, enquanto ao mesmo tempo necessita que ele tenha algum domínio do saber elaborado, sistemático, sobretudo à medida que os instrumentos de produção evoluem e novas tecnologias são aplicadas na indústria capitalista.

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