Prévia do material em texto
175 ANÁLISE EXPLORATÓRIA DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL DE EMPRESAS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERESTADUAL DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS NO BRASIL Carlos Eduardo Freire Araújo, MSc.1 MKMBr Engenharia Ambiental Ltda. Francisco Giusepe Donato Martins, MSc.2 Tribunal de Contas da União – TCU Francisco Gildemir Ferreira da Silva, MSc.3 Universidade Federal do Ceará – UFC RESUMO Este estudo visa identificar e avaliar a eficiência de empresas que atuam no transporte rodoviário interestadual de passageiros (TRIP), utilizando a técnica conhecida como Análise Envoltória de Dados (DEA). Observou-se que, mesmo com restrições em termos de número de empresas avaliadas e variáveis disponíveis, foi possível construir um modelo de eficiência operacional para avaliar as empresas do TRIP. Para esse modelo, utilizou-se o método de retorno de escalas variáveis (BCC) orientado para redução de insumos, sendo possível, assim, identificar quatro empresas eficientes. Destas, duas se destacaram: uma como sendo referências para empresas de pequeno e outra para as de grande porte. Constatou-se, adicionalmente, que para essas empresas atingirem a fronteira de eficiência teriam que reduzir a variável de Combustível em média 24% e para variável de insumo frota 18%. ABSTRACT This study set out to identify and assess the efficiency of companies operating interstate coach transport services (TRIP in Portuguese), using the technique of Data Envelopment Analysis (DEA). It was found that in spite of the limited numbers of available variables and the small number of companies evaluated it was possible to construct an operational efficiency model for evaluating the performance of companies operating in TRIP. The method used was BCC variable returns to scale orientated towards reduction of inputs and it proved possible to identify four efficient companies. Among them, two were outstanding: one as a reference for small companies and the other for large ones. It was also perceived that for those companies to attain the efficiency curve limit they would have to reduce the variable ‘Fuel’ by 24% and the variable ‘car per company’ by 18%. 1. INTRODUÇÃO O processo de privatização de serviços de infra-estrutura e de desestatização de serviços públicos, deflagrado desde meados da década de 80, tem conduzido a transformações institucionais e jurídicas em diversos países. O Brasil seguiu essa tendência a partir do final da década de 80, promovendo mudanças na forma de intervir na economia e no aparato institucional e jurídico, ressaltadas com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e com a legislação infraconstitucional. No tocante à intervenção no domínio econômico, ganhou ênfase a implementação do processo de desestatização de serviços públicos, em que o Estado delega a prestação desses serviços para a iniciativa privada, mediante o regime de concessão ou de permissão. No que concerne às modificações institucionais e regulatórias, destacam-se a criação de agências reguladoras e a publicação de leis e decretos que regulamentam o regime de concessão e de permissão de serviços públicos e a prestação desses serviços. Os serviços regulares de transporte rodoviário interestadual de passageiros por ônibus (TRIP), nesse escopo, foram definidos como serviços exclusivos da União, tendo sido delegada à iniciativa privada a prestação no regime de permissão. Tal fato atribuiu ao Estado a competência de estabelecer condições favoráveis para que a oferta dos serviços ocorra em regime de eficiência. Nesse diapasão, foram editados instrumentos jurídicos para promover, entre outros aspectos, a eficiência econômica, destacando-se a Lei de Concessões (Lei 8.987/95), o Decreto 2.521/98 e a Lei de criação da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT (Lei 10.233/04). O tema sobre eficiência e produtividade de empresas que atuam em indústrias reguladas tem sido extensivamente discutido na literatura. A abordagem também é vasta e diversa em termos de metodologia adotada para análise da eficiência e produtividade (Coelli et al., 2003), com aplicação interessante na prestação dos serviços públicos de transporte de passageiros por ônibus, devido, neste caso, à atribuição de administrações públicas gerenciarem os serviços e configurarem o ambiente regulatório em que as empresas operam. Os estudos são extremamente ricos, destacando-se, no caso de transporte de passageiros por ônibus: Merewitz (1977); Else (1985); Obeng (1985); Hensher (1987); White et al. (1992); Holvad et al. (2004). Há estudos, por seu turno, que adotaram o método da análise envoltória de dados (Data Envelopment Analysis – DEA), tais como: Viton (1998) e Odeck e Alkadi (2001). No Brasil é possível identificar diversas aplicações da técnica DEA para os diferentes modos de transporte. No transporte aéreo, tem-se Mello et al. (2003) com análise de eficiência e identificação de benchmarks para companhias aéreas; no transporte aquaviário, mais especificamente sobre eficiência de portos brasileiros na operação em terminais de containers com Rios et al (2004); para o transporte público urbano pode-se encontrar Azambuja (2002) e Sampaio (2006); finalmente, para o transporte escolar rural (segmento de grande potencial de crescimento e ainda pouco explorada por pesquisadores), Araújo (2008) analisa a eficiência das rotas realizadas por ônibus em termos de variáveis operacionais e os gastos com o serviço por parte dos gestores municipais. Apesar dessa ampla literatura internacional e nacional, há poucos estudos de âmbito nacional, sobre análise de eficiência e produtividade de empresas de transporte rodoviário interestadual de passageiros por ônibus, especificamente utilizando a técnica de análise envoltória de dados (DEA). O objetivo deste trabalho é analisar de forma exploratória a eficiência de empresas permissionárias de serviços de TRIP, aplicando o método de análise envoltória de dados (DEA). Para tanto, a presente pesquisa foi dividida em cinco seções, considerando-se esta introdução. A segunda aborda os principais conceitos sobre teoria da regulação e sobre TRIP. A terceira seção apresenta brevemente aspectos inerentes a DEA. A quarta retrata a modelagem adotada e discute os resultados obtidos. Por fim, na última seção traz as considerações finais. 2. ASPECTOS CONCEITUAIS Nesta seção, apresentam-se os aspectos conceituais sobre teoria da regulação e transporte rodoviário interestadual de passageiros por ônibus adotados para fundamentar a análise realizada nesta pesquisa. 2.1 Teoria da regulação As teorias do interesse público, dos grupos de interesse e da escolha pública buscam justificar a presença da regulação pública da economia no âmbito de serviços públicos e de infra- estruturas. A teria do interesse público está alicerçada no pressuposto de que o Estado deve intervir em determinados serviços ou atividades quando existirem falhas de mercado, tais como monopólios naturais, de indústrias de rede e externalidades (Stiglitz, 2000), que impeçam o funcionamento ótimo do mercado no sentido de maximizar o bem-estar social, de modo que a intervenção assegure a alocação eficiente de recursos estabelecendo o ótimo de Pareto. A teoria dos grupos de interesse, por sua vez, assevera que a regulação pública é efetuada para beneficiar determinada indústria e não para corrigir falhas de mercado (Stigler, 1971). Já a teoria da escolha pública justifica a regulação como instrumento para maximizar a utilidade dos agentes políticos e públicos. 176 177 Ressalte-se, no entanto, que não haveria necessidade de o Estado intervir no domínio econômico caso a oferta de bens e serviços fosse promovida de forma economicamente eficiente pelo mercado, ou seja, se estivesse ocorrendo a alocação eficiente de recursos. Todavia, a partir do momentoque o Estado transfere para a iniciativa privada a incumbência de ofertar tais serviços, torna-se essencial ao Poder Público adotar mecanismos regulatórios que estimulem as empresas a buscarem o aumento de eficiência econômica, especificamente a alocativa e a produtiva. 2.1.1. Objetivos da regulação Entre os objetivos da regulação de atividades econômicas se destacam o de incentivar investimentos e promover a eficiência econômica da indústria regulada. O sucesso do primeiro está associado à existência de regras justas que permitam o lucro econômico do regulado dentro de um ambiente regulatório estável. O sucesso do segundo objetivo está vinculado à promoção à competição e à fixação de tarifas justas com base em custos de serviços prestados em regime de eficiência. Tal fato conduz aos conceitos para o segundo objetivo, em especial, de eficiência alocativa e produtiva. A eficiência alocativa diz respeito ao fornecimento de bens e serviços públicos de acordo com as necessidades da sociedade. A atuação do Estado supõe evitar e corrigir desvios com relação à otimização na alocação dos recursos sociais e à maximização da eficiência produtiva (Santos, 2000). A eficiência produtiva pode ser entendida como sendo a utilização da planta instalada com máximo rendimento e menor custo, observada a estrutura de mercado (Possas, Pondé e Fagundes, 1997; Giambiagi e Além, 2000). A promoção da eficiência econômica depende, no entanto, dos mecanismos regulatórios adotados, por exemplo, o da regulação por desempenho. 2.1.2. Regulação por desempenho Esse mecanismo também é denominado de yardstick competition, no qual ocorre a mensuração de desempenhos das empresas reguladas, comparando-os com um benchmark, cujo objetivo é a comparação entre empresas de um mesmo setor, tomando uma firma de referência entre as empresas avaliadas. Segundo Rodrigues (2003), essa metodologia tem como pontos positivos: (a) utilizar parâmetros de desempenho preestabelecidos; (b) adotar valores provenientes do desempenho das empresas operadoras atuantes em áreas diversas; e (c) buscar o aumento da eficiência alocativa. Esse autor mencionou como desvantagens as dificuldades operacionais existentes em função dos diferentes contextos em que as empresas operam. 2.2 Transporte rodoviário interestadual de passageiros por ônibus (TRIP) Os serviços de TRIP sempre foram explorados pela iniciativa privada, mas submetidos a forte intervenção do Estado, na medida em que a oferta dos serviços está associada ao bem-estar da sociedade, principalmente das populações que não dispõem de meios próprios de deslocamentos, o que justifica a regulação por motivos sociais (equidade) (Gomide e Martins, 2005). A delegação da prestação dos serviços regulares de TRIP ao empreendedor privado, no entanto, impõe à Administração Pública a responsabilidade de assegurar condições que favoreçam a eficiência econômica na prestação dos serviços. A remuneração dos serviços é efetuada diretamente pela receita proveniente da tarifa cobrada dos usuários, obtida pela multiplicação do coeficiente tarifário quilométrico pela distância a ser percorrida, sem subsídios diretos governamentais. Não há liberdade tarifária no âmbito dos serviços de TRIP, mas uma forte regulação econômica caracterizada, entre outros aspectos, pela fixação do coeficiente tarifário dos serviços, que sofre reajustes anualmente, 178 com intuito de manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. O modelo de remuneração se baseia no custo do transporte oferecido em regime de eficiência econômica, segundo a Lei 10.233/01, associado a uma margem de rentabilidade incidente sobre o capital imobilizado (Orrico Filho e Santos, 1996), prudentemente investido e ainda não depreciado. O Decreto 2.521/98, atual regulamento dos serviços, também cita a importância da eficiência na prestação dos serviços, de maneira que as empresas devem ser estimuladas a aprimorarem sua gestão empresarial e a otimizarem os custos operacionais, a fim de assegurarem a prestação do serviço em regime de eficiência. Porém, estabelecer parâmetros que caracterizem o regime de eficiência na prestação dos serviços de TRIP é um grande desafio, tendo em vista a área de cobertura dos serviços, o número de empresas permissionárias de distintos tamanhos, a quantidade de linhas exploradas comercialmente e a variedade de categorias de serviços ofertados (semi-urbano, convencional sem sanitário, convencional com sanitário, executivo, semileito, misto, leito sem ar condicionado e leito com ar condicionado). Nota-se, portanto, que a tarefa do regulador é árdua no sentido de estabelecer regras de operação, de tarifação e critérios de desempenho, que estimulem as empresas a buscarem o aumento de eficiência econômica, especificamente a alocativa e a produtiva. A técnica de análise envoltória de dados (DEA) é uma ferramenta potencialmente útil para o regulador na mensuração da eficiência das empresas na prestação dos serviços, auxiliando na identificação de padrões de eficiência entre as firmas e, assim, estabelecer parâmetros de eficiência ou até mesmo na fixação de metas de eficiência a serem atingidas a cada período de tempo pré-determinado. 3. ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA) A Análise Envoltória de Dados (DEA) é uma técnica de avaliação da eficiência relativa entre unidades produtivas que executam as mesmas tarefas e tem objetivos semelhantes, utilizando múltiplos produtos e múltiplos insumos. Esta técnica data seu início no ano de 1978 quando o primeiro modelo DEA foi apresentado por Charnes, Cooper e Rhodes. Desde então diversos estudos, extensões e aplicações dos modelos DEA vem sendo realizados no intuito de determinar unidades relativamente eficientes, e as fontes de ineficiência das demais unidades, buscado soluções para que as últimas possam atingir padrões de eficiência. A seguir são apresentadas definições sobre DEA e os principais modelos utilizados para modelagem, com foco àquele utilizado no estudo. 3.1 Definições sobre DEA Niederauer (1998) define DEA como um método quantitativo, empírico e não paramétrico que mede o desempenho relativo entre DMUs (do inglês Decision Making Units), ou seja, unidades produtivas semelhantes, gerando um único indicador de desempenho para cada DMU do grupo avaliado, a partir da relação ponderada entre produtos e insumos. De modo mais técnico a DEA utiliza um método de otimização de programação linear (técnica advinda da Pesquisa Operacional) de modo a construir uma fronteira de produção empírica formada por um conjunto de pontos de combinações eficientes de insumos para a produção de um determinado produto baseado nas possibilidades de produção (DOS ANJOS, 2005). É importante observar que essa técnica permite fazer uma avaliação utilizando múltiplos insumos e múltiplos produtos simultaneamente. Além disso, não é necessário utilizar os 179 preços de insumos e produtos para se obter a eficiência relativa, basta que se utilize variáveis que as representem. Charnes et al. (1994) e Mello et al (2005) dizem que diferentemente dos métodos paramétricos, que revelam tendências centrais da amostra baseado nas observações, a DEA (método não paramétrico) trabalha com a otimização individual de cada observação, tendo como objetivo calcular uma fronteira eficiente determinada pelas unidades que são Pareto- eficientes. Para cada DMU, abaixo da fronteira, ou seja, para cada DMU ineficiente a DEA identifica a fonte e o nível de ineficiência em cada produto e insumo. O nível de ineficiência é determinado por uma comparação direta com uma única DMU de referência ou pela combinação convexa de um conjunto de DMUs que se localizam na fronteira eficiente e utilizam a mesma quantidade de insumos, produzindo o mesmo ou uma quantidade maior de produtos (Charneset al.,1994). Resumidamente, Belloni (2000) diz que uma análise DEA fornece três resultados básicos, que são: • A identificação de um conjunto de unidades eficientes (que determinam a fronteira de eficiência); • A medida de ineficiência para cada unidade que não está sobre a fronteira (uma distância à fronteira que representa a potencialidade de crescimento da produtividade); • As taxas de substituição (pesos) que determinam cada região da fronteira de eficiência e caracterizam as relações de valor que “sustentam” a classificação dessa região como eficiente. 3.2 Modelos DEA Segundo Charnes et al. (1994), a Análise Envoltória de Dados (DEA) possui uma série de conceitos e metodologias que estão incorporadas em uma gama de modelos com possibilidades interpretativas diferentes. Os principais modelos são: I. Modelo CCR (1978) – tem o objetivo de avaliar a eficiência global, identificar as fontes de ineficiência e estimar a quantidade de tais ineficiências; II. Modelo BCC (1984) – além de fazer a distinção entre ineficiência técnica e de escala, estima a eficiência técnica pura, fornece a escala de operação e identifica se estão presentes ganhos de escalas crescentes, decrescentes e constantes, para análises futuras; Os dois modelos podem ter orientações de otimização voltadas para produtos ou para insumos. No caso de orientação para produtos a técnica visa projetar os planos de ineficiências, identificados, sobre a fronteira, tentando maximizar o aumento equiproporcional de produção dado o consumo observado. Já a orientação para insumos procura reduzir equiproporcionalmente o consumo para uma determinada produção. 3.1.1 Modelo BCC orientado à redução de Insumos O modelo BCC apresentado em 1985 por Banker, Charnes e Cooper, trabalha com retornos de escalas variáveis (VRS). Belloni (2000) afirma que ao permitir que a tecnologia exiba propriedades de retornos de escala diferentes ao longo de sua fronteira, esse modelo admite que a produtividade máxima varie em função da escala de produção. Os modelos BCC primal e dual são apresentados por meio da Tabela 1. 180 Tabela 1: Modelos BCC orientados para insumo: primal e dual Modelo BCC – insumo (primal) Modelo BCC – insumo (dual) Sujeito a: Sujeito a: Em que: – eficiência relativa da DMU0; – variável de redução aplicada a todos os insumos das DMUs em análise; – quantidade de produto observado r da unidade o; – quantidade de insumo observado i da unidade o; – peso dado ao produto r; – peso dado ao insumo i; n – número de unidades; s – número de produtos; m – número de insumos; – vetor de pesos que define a faceta; – variável que representa os retornos de escala; 4. METODOLOGIA E SUA APLICAÇÃO Este estudo utilizou a técnica DEA com o intuito de identificar, para a amostra disponível, empresas eficientes que operam no TRIP e o quanto essas empresas ineficientes precisariam melhorar para atingir a fronteira de eficiência. 4.1 Modelagem DEA Etapa 1: Montagem da base de dados Essa etapa consiste em compilar informações sobre as unidades a serem analisadas (neste caso as empresas operadoras do TRIP) com as variáveis de insumo/produto relativas a sua operação. A Base de Dados (BD) utilizada nesse trabalho foi composta inicialmente por 18 empresas que atuam tanto no TRIP como no fretamento, sendo que algumas atuam também no transporte urbano de passageiros. Todavia, as informações contidas no BD foram segmentadas para que se avaliasse apenas a eficiência no transporte interestadual de passageiros por ônibus. As variáveis de insumo foram representadas pela quantidade de combustível gasto em um ano (Combustível) e a frota alocada para o transporte interestadual rodoviário de passageiros por ônibus (frota). Para as variáveis de produto, utilizaram-se as variáveis: passageiros transportados por ano (Pass), a quilometragem percorrida por ano (km) e a variável de produção passageiros x quilômetro (pass.km). As informações para a composição do BD foram provenientes de duas fontes: Anuário estatísticos do TRIP ano 2007 (base 2006) (ANTT, 2007) e Anuário do Ônibus (OTM, 2007). 181 Pela carência de informações sobre as empresas (variáveis de insumo/produto) e o nível de agregação que as variáveis tinham, pouco se pode fazer em termos de seleção de variáveis, sendo necessário utilizar as que estavam disponíveis. Etapa 2: Eliminação de outliers e variáveis semelhantes Nesta etapa, faz-se uma análise da amostra no intuito de eliminar aquelas variáveis e/ou DMUs que possuam características assaz diferentes da amostra. Utiliza-se da estatística descritiva (média, valores máximos e mínimos, mediana, quartis, etc.) para conhecer o comportamento das unidades em relação a cada variável e o box plot para a identificação de outliers. Além disso, utiliza-se uma matriz de correlação para identificar variáveis que expliquem aspectos semelhantes e escolher dentre estas a que melhor se adequa ao estudo. Com isso foi possível identificar três empresas que possuíam comportamento muito diferente do restante da amostra, as quais foram: Cia São Geraldo de Viação, Empresa Gontijo De Transporte Ltda. e Viação Anapolina Ltda. Assim, essas empresas foram eliminadas do BD, evitando que elas gerassem algum viés no resultado final. Com uma matriz de correlação foi possível identificar variáveis que explicavam aspectos semelhantes. Assim, as variáveis km. e pass.km possuíram alta correlação positiva (0,96), indicando que as duas são capazes de explicar os mesmos aspectos, podendo-se optar por uma para compor o BD. Eliminou-se km. por se entender que a variável pass.km é uma variável, segundo Coelli et al. (2003), que representa melhor o desempenho operacional das empresas. Ao fim desse procedimento reduziu-se o BD para 15 DMUs e 4 variáveis, sendo 2 de insumos (Combustível e frota) e 2 de produtos (pass.km e pass). É importante reforçar que os valores das variáveis de produtos e insumos constantes no BD dizem respeito tão-somente a informações operacionais dos serviços de TRIP prestados pelas empresas e, com base nessas informações, a análise irá indicar o grau de eficiência de uma empresa na prestação desses serviços. Etapa 3: Construção do modelo Com o BD definido, deve-se escolher o modelo de otimização (retorno de escalas variáveis, BCC ou constantes, CCR) e a orientação da otimização (direcionada para insumos ou produtos). Além disso, deve-se escolher, dentre as variáveis disponíveis no BD, aquelas que representam melhor o estudo. Neste caso foi adotado o procedimento de Norma e Stoker (1991) para a seleção das variáveis do modelo. Esse procedimento se baseia na correlação entre as variáveis de insumos e produtos, de modo a serem incluídas no modelo. Para mais informações sobre o procedimento ver Norman e Stoker (1991), Azambuja (2002) e Araújo (2008). Deste modo, o modelo de otimização adotado foi o BCC, devido os diferentes portes das empresas de transporte analisadas. Em outras palavras, o modelo BCC impede que empresas de grande porte, que apresentem altos valores nas variáveis do modelo, sejam beneficiadas em relação a empresas de pequeno porte, em função de baixos valores associados às variáveis do modelo. O modelo BCC possibilita, considerado os cuidados na seleção de variáveis, identificar, isolar e analisar grupos de empresas tanto quanto forem possíveis, face o porte das firmas, de modo a verificar a eficiência da empresa, de acordo com a alocação dos insumos e/ou produtos dentro do grupo ao qual o modelo a inseriu, , e tendo como benchmarking para as empresas que compõem o grupo a empresa de melhor eficiência. Nota-se, portanto, que a análise está focadasobre a eficiência da empresa, comparada com outras empresas de porte 182 semelhante, e não sobre a eficiência de determinado conjunto de rotas explorado pela empresa. Para a orientação dessa otimização decidiu-se fazer para a redução de insumos. Com a aplicação do procedimento de Norman e Stoker (1991), obteve-se o seguinte modelo de eficiência (equação 1): (1) em que: pass.km: produto passageiros x quilômetro; Combustível: quantidade de combustível gasto por ano; Frota: frota total destinada ao transporte interestadual de passageiros; coeficientes a serem estimados pelo modelo. É importante ressaltar que foram determinadas restrições aos pesos das variáveis para se evitar que valores zero nos coeficientes, ou pesos, das variáveis. Como existe uma relação entre as variáveis de insumo (combustível e frota) de 2 para 1, respectivamente, adotou-se tal restrição. Essa relação é consagrada na planilha adotada para estimar o custo do serviço convencional com sanitário prestado em percursos superiores a 75 km, durante o período 1999-2006, haja vista que o insumo combustível representou 20% do custo quilométrico do serviço, enquanto o insumo veículos teve ume representatividade de 40% sobre tal custo. 4.2 Análise dos resultados De acordo com o modelo determinado e as restrições impostas, obtiveram-se os resultados constantes da Tabela 2. Tabela 2: Escores de eficiência para empresas do TRIP com o modelo construído EMPRESAS DE TRANSPORTES EFICIÊNCIA (%) Colitur - Transportes Rodoviários Ltda. 100,00 Expresso São Bento Ltda. 100,00 Viação Águia Branca S/A 100,00 Viação Cometa S/A 100,00 Viação Salutaris e Turismo S/A. 95,51 Empresa Unida Mansur & Filhos Ltda. 91,61 Santa Izabel-Transportes e Turismo Ltda. 84,48 Viação Progresso e Turismo S/A. 80,78 Viação Cidade do Aço Ltda. 72,21 Auto Viação Catarinense Ltda. 72,08 Empresa de Transportes Andorinha S/A 67,86 Viação Nasser Ltda. 66,88 Expresso Princesa dos Campos S/A 58,33 Viação Santa Cruz S/A 50,91 União Transporte Interestadual de Luxo S/A (UTIL) 46,64 Observa-se que 4 empresas foram eficientes: Colitur - Transportes Rodoviários Ltda.; Expresso São Bento Ltda.; Viação Águia Branca S/A; e Viação Cometa S/A. As duas primeiras se destacam por serem de pequeno porte em relação às variáveis de insumos/produto e as duas últimas por serem de grande porte. A empresa mais ineficiente foi 183 União Transporte Interestadual de Luxo S/A (UTIL) com 46,64% de eficiência e a menos ineficiente foi a empresa Viação Salutaris e Turismo S/A. com 95,51% de eficiência. As empresas identificadas como eficientes são vértices que compõem a fronteira de eficiência e para onde firmas ineficientes são projetadas. Aquelas são consideradas como empresas de referência (benchmarks) para estas. A Tabela 3 faz o agrupamento das formas ineficientes em relação às eficientes, contanto o número de vezes que estas serviram de referência àquelas, e a importância (peso) que cada firma de referência tem àquelas rotas ineficientes. Tabela 3: Número de vezes que as empresas eficientes aparecem como referência Colitur - Transportes Rodoviários Ltda. Expresso São Bento Ltda. Viação Águia Branca S/A Viação Cometa S/A N° de vezes como referência 0 11 11 0 ∑ dos Pesos 0 7,081 3,918 0 Conforme se pode constatar da Tabela 2, das quatro empresas benchmarks identificadas duas – Colitur - Transportes Rodoviários Ltda. e Viação Cometa S/A – não foram adotadas como referência pelas firmas identificadas pelo modelo como ineficientes Ao se analisar os valores de suas variáveis, notou-se que elas tinham características distintas das demais. A primeira – Colitur – com valores muito baixos e a segunda – Viação Cometa – com valores altos. Como no procedimento de identificação e eliminação de outliers elas não foram excluídas, isso intui dizer que podem existir empresas ineficientes que as considerem como benchmarks, mas que, no entanto, não compuseram a amostra utilizada para elaborar o BD. Com relação as outras duas, Expresso São Bento Ltda e Viação Águia Branca S/A., cada uma foi solicitada como benchmark 11 vezes, sendo que a primeira possui uma maior importância para as rotas ineficientes tendo em vista que ela tem maior somatório de pesos. Ao se analisar as empresas ineficientes associadas a cada benchmark, foram possíveis destacar nitidamente dois grupos de empresas: as de pequeno porte e as de grande porte. A empresa Expresso São Bento Ltda é referência de boas práticas operacionais para um conjunto de sete empresas ineficientes com características de pequeno porte (em relação as suas variáveis). Já a empresa Viação Águia Branca S/A é referência de boas práticas operacionais para um agrupamento de quatro empresas de maior porte. Ou seja, o resultado obtido indica que, considerada a amostra de firmas utilizada, a empresa São Bento e a Viação Águia Branca são modelos de boas práticas operacionais para empresas de pequeno porte e de grande porte, respectivamente. 4.2.1 Metas de redução A projeção das firmas ineficientes na fronteira de eficiência ocorre de duas formas: a primeira de forma apenas proporcional, que é resultado da multiplicação do indicador de eficiência calculado, pelos resultados de cada unidade; e a segunda é uma combinação da redução proporcional com agregação de folgas. Assim, o resultado das projeções são as metas globais que cada unidade ineficiente poderia atingir para se tornar eficiente. As Figuras 1 e 2 apresentam as possíveis reduções proporcionais, ou metas globais, obtidas pelo modelo para as variáveis frota e combustível, respectivamente. Nota-se que a área de folga não aparece devido à inexistência de folgas para essas variáveis. Por meio das figuras 1 e 2 é possível observar que existem empresas que necessitam reduzir mais seus insumos para atingirem eficiência a outras. Essa variação é em média 24% para a variável combustível e 18% para a variável frota. Vale ressaltar que essas reduções devem acontecer dentro da capacidade de cada empresa e de forma compassada, isso porque 184 empresas mais ineficientes provavelmente possuem mais dificuldades em atingir padrões de eficiência (como no caso da empresa União Transporte Interestadual de Luxo S/A (UTIL)) do que empresas menos ineficientes (como a empresa Viação Salutaris e Turismo S/A.). Figura 1: Reduções proporcionais frota Figura 2: Reduções proporcionais Combustível A regulação hoje existente para o setor, todavia, pode impedir, de certa forma, que empresas indentificadas como ineficientes atinjam a fronteira de eficiência, no sentido de não permitir uma alocação melhor dos recursos. Isso pode estar associado ao fato de a regulação não levar em conta as condições de operação de cada empresa ou de firmas de porte semelhantes, tal como as características da rota ou de um conjunto de rotas e a diversidade da frota, por exemplo. Por outro lado, há regulamentação prevendo a possibilidade de a empresa reduzir a freqüência mínima do serviço regular, estabelecida no contrato de permissão ou no instrumento de outorga para cada rota, desde que a firma comprove que a média de doze meses contínuos do Índice de Aproveitamento - IAP observado na prestação do serviço for inferior a 71% do IAP adotado na planilha de cálculo tarifário vigente ou a média de três meses contínuos do Índice de Aproveitamento - IAP observado na prestação do serviço for inferior a 52% do IAP adotado na planilha de cálculo tarifário vigente, de maneira a adequar a oferta à demanda (ANTT, 2007). A redução da freqüência mínima, por sua vez, não significa reduzir a frota e o consumo de combustível por parte da empresa e, por conseguinte,vir a gerar melhoria na sua eficiência operacional, apesar de ser o esperado. Essa melhoria pode ocorrer para aquela rota que teve a freqüência serviço convencional reduzida, mas para tal rota e serviço. Cabe lembrar que pode haver implantação ou aumento da oferta de serviços diferenciados naquela rota ou aumento da oferta dos serviços de TRIP em outras rotas exploradas pela empresa. Nesse sentido, haveria uma possível compensação em termos de aumento e redução de frota e consumo de combustível, de forma que o grau de eficiência da empresa não sofreria alteração. A técnica DEA possibilita ao orgão regulador do setor de TRIP identificar padrões de eficiência e produtividade em função de grupos de empresas associadas a uma firma de referência (benchmark) em boas práticas operacionais. Nesse sentido, essa ferramenta pode auxiliar na definição de metas de desempenho para determinado período de tempo, que podem e devem, por sua vez, ser reavaliadas de tempos em tempos, em vista da dinâmica operacional inerente à prestação dos serviços. Dessa forma, é possível icentivar as empresas permissionárias de serviços de TIP a se tornarem mais eficientes, eficientes ou menos ineficientes de maneira gradativa, sem impor reduções, no caso de insumos, no curto prazo. 185 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise da eficiência de empresas permissionárias de serviços de transporte rodoviário interestadual de passageiros por ônibus no Brasil realizada no presente estudo possui caráter preliminar e bastante restrito, pois abrangeu tão-somente uma amostra de 15 empresas e não envolveu outras variáveis de insumos/produtos afetas à prestação dos serviços. No caso do presente pesquisa, é importante destacar, no entanto, que a técnica de análise envoltória de dados (DEA) permitiu construir uma fronteira de eficiência para as 15 empresas do TRIP abordadas, com base nas variáveis combustível e frota como insumos e de passageiros x km como produto, a partir da qual foi possível identificar firmas que constituíram os vértices da fronteira, sendo consideradas eficientes ou exemplos de boas práticas operacionais para a amostra avaliada. Porém, o resultado obtido não pode ser estendido para todo o setor de TRIP. O modelo construído, por seu turno, possibilitou identificar quatro agrupamentos de empresas. Dois foram constituídos de empresas eficientes e ineficientes, sendo um com características de pequeno porte e o outro de grande porte. Os outros dois grupos estavam compostos por um única firma eficiente, possivelmente por terem características bem diferentes das demais empresas da amostra e, devido a isso as empresas ineficientes não se projetaram nelas ou não as adotaram como referência. Para este caso, todavia, restou claro que a restrição quanto ao número de firmas da mostra impediu que outras empresas se agrupassem a elas. Isso reforça a hipótese de que se ampliada a amostra e as informações de variáveis de insumos e de produtos, poder-se-iam identificar outros agrupamentos de empresas com padrões operacionais eficientes. Por fim, a técnica de análise envoltória de dados (DEA) se mostrou uma ferramenta de grande potencial para o auxílio dos agentes reguladores na mensuração da eficiência das empresas na prestação dos serviços, a fim de identificarem padrões de operação eficientes e subsidiar na fixação de metas de desempenho a serem atingidas pelas firmas a cada período de tempo pré- determinado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTT. Agência nacional de Transportes Terrestres. (2006) Anuário Estatístico do Transporte Rodoviário Interestadua e Internacional de Passageiros – Ano 2007 (Base 2006). Disponível em www.antt.gov.br. Acesso em 5/4/2008. _____. (2007) Resolução n.º 2275, de 11 de setembro de 2007. Disponível em www.antt.gov.br. Acesso em 5/4/2008. Araújo, C. E. F. (2008). Análise de eficiência nos custos operacionais de rotas do transporte escolar rural. Dissertação de Mestrado, Publicação T.DM - 002A/2008, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília. 135p. Azambuja, A. M. V. de. (2002). Análise de Eficiência na Gestão do Transporte Urbano por Ônibus em Municípios Brasileiros. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis, 385f. Belloni, J. A. (2000). Uma metodologia de avaliação da eficiência produtiva de Universidades Federais Brasileiras, Florianópolis. 2000. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção), Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Charnes, A.; Cooper, W. W.; Levin, A. Y.; Seiford, L. (1994). Data Envolopment Analysis: theory, methodology and applications. USA, Kluwer Academic Publishers. Coelli, T.; Estache, A.; Perelman, S.; Trujillo, L. (2003) A Primer on Efficiency Measurement for Utilities and Transport Regulators. Washington: The World Bank. Dos Anjos, M. A.. Aplicação da análise envoltória de dados (DEA) no estudo da eficiência econômica da indústria têxtil brasileira nos anos 90. 239p. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis. 186 Else, P. K. (1985) Optimal Princing and Subsidies for Scheduled Transport Services. Journal of Transport Economics and Policy, pp. 263-279. Giambiagi, F.; Além, A. C. (2000) Finanças Públicas: teoria e prática no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus. Gomide, A. A.; Martins, F. G. D. (2005) Regulation of the Interstate and International Highway System for the Transportation of Passengers: suggestions for a competitive agenda. In: 9th International Conference on Competition and Ownership in Land Passenger Transport, THREDBO 9, 2005. Proceedings of the 9th International Conference on Competition and Ownership in Land Passenger Transport. Lisboa: THREDBO 9. Hensher, D. A. (1987) Productive Efficiency and Ownership of Urban Bus Services. Transportation, 14, pp. 209- 225. Holvad, T.; Hougaard, J. L.; Kronborg, D.; Kvist, H. K. (2004) Measuring Inefficiency in the Norwegian Bus Industry Using Multi-Directional Efficiency Analysis. Transportation, 31, pp. 349-369. Mello, J. C. C. B. S. de, Meza, L. A., Gomes, E. G., Neto, L. B. (2005). Curso de Análise envoltória de dados. XXXVII Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional. Gramado RS, de 27 a 30/09/2005. Mello, J. C. C. B. S. de, Meza, L. A., Gomes, E. G., Serapião, B. P., Lins, M. P. E. (2003). Análise de envoltória de dados no estudo da eficiência e dos benchmarks para companhias aéreas brasileiras. Pesquisa Operacional, v.23, n.2, p.325-345, Maio a Agosto de 2003. Merewitz, L. (1977) On Measuring the Efficiency of PublicEnterprises: bus operating companies in the san Francisco Bay Área. Transportation, 6, pp. 45-55. Norman, Michael & Stoker, Barry (1991). Data Envelopment Analysis - The Assessment of Performance. England: John Wiley & Sons Ltd. 256p. Obeng, K. (1985) Bus Transit Cost, Productivity and Factor Substitution. Journal of Transport Economics and Policy, pp. 183-203. Odeck, J.; Alakadi, A. (2001) Evaluation Efficiency in the Norwegian Bus Industry Using dta Envelopment Analysis. Transportation, 28, pp. 211-232. Orrico Filho, R. D.; Santos, E. M. (1996) Transporte Coletivo Urbano por Ônibus: regulamentação e competição. In: Orrico Filho, R. D. et al. Ônibus Urbano: regulamentação e mercados. Brasília: LGE. Paiva, F. C. (2000). Eficiência produtiva de programas de ensino de pós-Graduação da área das engenharias: uma aplicação do método análise envoltória de dados – DEA, Florianópolis. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Possas, M. L.; Pondé, J. L.; Fagundes, J. (1997) Regulação da Concorrência nosSetores de Infra-estrutura no Brasil: elementos para um quadro conceitual. In: Rezende, F. e Paula, T. B. (Coord.). Infra- Estrutura: perspectivas de reorganização; regulação. Brasília: IPEA. Rios, L. R., Maçada, A.C. & Becker, J. L. (2004). Medindo a eficiência das operações dos terminais de containers brasileiros. In: II Concurso Gaúcho de Artigos sobre Comércio Exterior. São Leopoldo. Anais II CGACE. Rodrigues, A. J. P. (2003) Teoria Econômica Aplicada à Regulação. Notas de Aula. Curso de Pós-Graduação em Controle Externo. Especialização em Regulação de Serviços Públicos Concedidos. Instituto Serzedello Corrêa. Tribunal de Contas da União. Brasília, DF. Sampaio, B. R., Sampaio, Y. Sampaio, L. M. B. (2006). Eficiência nos sistemas de transporte público no Nordeste com Análise Envoltória de Dados (DEA). Revista econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 37, n° 2, abr-jun. Santos, E. M. (2000) Concentração em Mercados de Ônibus no Brasil: uma análise do papel da regulamentação. 2000. 210 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Transportes) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Rio de Janeiro. Stigler, G. J. (1971) The theory of economic regulation. Disponível em http://faculty.msb.edu. Acesso em 5/4/2008. Stiglitz, J. E. (2000) Economics of the Public Sector. New York: W W Norton & Company. White, P. R.; Turner, R. P.; Mbara, T. C. (1992) Cost Benefit Analysis of Urban Minibus Operations. Transportation, 19, pp. 59-74. Viton, P. A. (1998) Changes in Multi-mode Bus Transit Efficiency, 1988-1992. Transportation, 25, pp. 1-21. Endereço dos Autores 1 E-mail: eduardo1404@yahoo.com.br ; 2 E-mail: franciscogd@tcu.gov.br 3 E-mail: gildemir@gmail.com