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Leptospirose aspectos epidemiologicos, clínicos e laboratoriais.pdf

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEPTOSPIROSE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E 
LABORATORIAIS. 
 
 
 
 
 
 
VÂNIA RODRIGUES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
Governador Valadares – MG 
Julho 2011 
 
VÂNIA RODRIGUES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
LEPTOSPIROSE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E 
LABORATORIAIS. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao I curso 
de Analises Clínicas e Gestão de laboratório da 
faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale 
do Rio Doce, como requisito para obtenção do titulo de 
especialista em Analises Clinicas e Gestão de 
Laboratório. 
 
 
 
 Orientador: Rogério Oliveira Rodrigues 
 
 
 
 
 
Governador Valadares – MG. 
Julho 2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a meus familiares, minha 
mãe Luzia Rodrigues e meus Pais Geraldo 
Moreira e Jandir Elias de Oliveira (In Memória) 
pelo apoio incondicional, pelo amor, crença no 
meu potencial e incentivo as minhas escolhas. A 
meus sobrinhos Ana Luiza, Pedro Luiz e ao novo 
que esta a caminho. E em especial a Julia 
Rodrigues, minha amiga, companheira e acima 
de tudo minha filha. 
 
AGRADECIMENTO (S) 
 
 
 
 
Agradeço a Deus por ter me proporcionado tal oportunidade, dando-me forcas para 
superar as dificuldades, por ter me dado saúde perfeita e me dotado da capacidade 
infinita para realização deste projeto. 
 
A minha família pelo incentivo a fazer este estudo. 
 
A meu orientador Rogério de Oliveira Rodrigues, que me forneceu orientações seguras, 
guiando meu caminho. 
 
Aos meus colegas de pós-graduação pelos momentos de descontração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A vida é demasiado curta para nos permitir 
interessar-nos por todas as coisas, mas é bom que 
nos interessemos por tantas quantas forem 
necessárias para preencher os nossos dias”. 
 Bertrand Russell 
 
RESUMO 
 
A Leptospirose é uma zoonose de grande importância social e econômica, causada por 
bactérias do gênero Leptospira, cujo espectro pode variar desde um processo 
inaparente até formas graves. Acomete animais domésticos, silvestres e o homem, 
caracterizada por uma enfermidade infecciosa que afeta múltiplos órgãos. Contudo, em 
nosso meio, a maior parte dos casos ainda ocorre entre pessoas que habitam ou 
trabalham em locais com más condições de saneamento e expostos à urina de 
roedores. O homem se infecta através do contato direto com animais infectados ou 
através de exposição por contato indireto com água ou solo contaminado pela urina 
dos animais infectados ou ainda através da vegetação e alimentos contaminados. A 
Leptospira ssp. pode penetrar no corpo pela pele integra ou não, pelas mucosas nasal, 
oral e conjutiva. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente 
causal no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos. Uma analise realiza no período 
de 1999 a 2003, no Brasil, foram confirmados 14.334 casos de leptospirose, com uma 
média anual de 2.866 casos, variando entre 2.415 (2003) e 3.532 casos (2001). Nesse 
mesmo período foram informados 1.683 óbitos, numa média de 336 óbitos por ano. O 
quadro clínico é constituído por febre, insuficiência renal, icterícia e eventos 
hemorrágicos. O diagnóstico da leptospirose pela observação dos sinais clínicos, mas é 
confirmado através do exame de microscopia em campo escuro; isolamento da 
bactéria ou através da sorologia, onde a reação de micro-aglutinação (MAT), embora 
seja uma forma indireta, é o método de referência para a detecção da infecção em 
homens e animais. 
 
Palavras-chave: Leptospirose, epidemiologia no Brasil e no Mundo, patogenia, sinais e 
sintomas clínicos e Diagnostico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMMARY 
 
 
Leptospirosis is a zoonosis of great social and economic importance, caused by 
bacteria of the genus Leptospira, whose spectrum can vary from one process 
inapparent to severe forms. It affects cattle, and wild man, characterized by an 
infectious disease that affects multiple organs. However, in our midst, most cases still 
occur among people who live or work in places with poor sanitation and exposed to 
urine of rodents. Man becomes infected through direct contact with infected animals or 
through exposure by indirect contact with water or soil contaminated with urine of 
infected animals or through contaminated food and vegetation.Leptospira spp. can enter 
the body through the skin part or not, the nasal mucosa, oral and conjuctiva. Floods 
favor the spread and persistence of the causative agent in the environment, facilitating 
the occurrence of outbreaks. An analysis conducted from 1999 to 2003 in Brazil, were 
14,334 confirmed cases of leptospirosis, with an annual average of 2,866 cases, 
ranging from 2415 (2003) and 3532 cases (2001). In the same period 1,683 deaths 
were reported, an average of 336 deaths per year. The clinical picture consists of fever, 
renal failure, jaundice and bleeding events. The diagnosis of leptospirosis by 
observation of clinical signs, but is confirmed through examination of dark-field 
microscopy, isolation of the bacterium or by serology, where the reaction micro-
agglutination test (MAT), although it is a roundabout way, is the method reference for 
the detection of infection in humans and animals. 
 
 
Keywords: Leptospirosis, epidemiology in Brazil and Worldwide, pathogenesis, clinical 
signs and symptoms and diagnosis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1: Sorovariedade de Leptospira Interrogans e seus 
hospedeirosde manutenção----------------------------------------------------------------- 14 
 
 
Tabela 2: Principais locais favoráveis a infecção no meio urbano 
e rural por no Brasil-------------------------------------------------------------------------- 16 
 
 
Tabela 3: Freqüência de sinais e sintomas da Leptospirose em 
varias series clinicas-------------------------------------------------------------------------- 22 
 
 
Tabela 4: Seqüências dos primers G1 e G2 com indicação do 
Tamanho do fragmento amplificado e das regiões do gene sec Y 
em que ocorre o anelamento--------------------------------------------------------------- 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
 
ELISA: Ensaio Imunoenzimatico Indireto 
EUA: Estados Unidos da America 
IgG: Imunoglobulina G 
IgM: Imunoglobulina M 
LCR: Liquido Cefalorraquidiano 
MAT: SoroaglutinaÇão Microscópica 
OMS: Organização Mundial de Saúde 
PCR: Reação de Cadeia de Polimerase 
PH: Potencial Hidrogenionico 
PME: Proteínas de Membrana Externa 
SAT: SoroaglutinaÇão Macroscópica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUCAO ----------------------------------------------------------------------------- --11 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA---------------------------------------------------------------13 
 
2.1 EPIDEMIOLOGIA DA LEPTOSPIROSE NO MUNDO-----------------------------132.2 EPIDEMIOLOGIA DA LEPTOSPIROSE NO BRASIL----------------------------- 15 
2.3 PATOGENIA DA LEPTOSPIROSE-----------------------------------------------------18 
2.4 SINAIS E SINTOMAS CLINICOS DA LEPTOSPIROSE-------------------------- 21 
2.5 DIANOSTICO DA LEPTOSPIROSE--------------------------------------------------- 23 
 
3 CONCLUSÕES---------------------------------------------------------------------------------29 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS--------------------------------------------------------30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
1 INTRODUCAO 
 
 
A leptospirose é uma zoonose de ampla distribuição geográfica, caracterizada 
como uma doença epidêmica cuja incidência é maior em épocas chuvosas e 
inundações urbanas, sendo considerada uma doença infecciosa aguda, transmitida por 
bactérias do gênero leptospira (GUIDUGLI, 2006). 
Em 1850 foi descrita uma enfermidade em cães que mais tarde foi considerada 
como similar à doença humana descrita por Weil na Alemanha. Em 1918 descobriu-se 
que o agente da icterícia infecciosa dos cães era uma espiroqueta. Em 1886, 
descreveu-se pela primeira vez a leptospirose, como "doença de Weil", a qual se 
caracterizou por ser doença febril associada à icterícia e à hepatomegalia. O seu 
agente etiológico foi descoberto em 1915, desde então pesquisadores de todo o mundo 
estudam a leptospirose e seu agente (BIAZOTTI, 2006). 
As leptospiras são bactérias patogênicas pertencentes à ordem Spirochaetales, 
a família Leptospiracae, ao gênero Leptospira. Durante muito tempo, esse gênero foi 
divido em duas espécies: L. biflexa e L. interrogans, ambas subdivididas em várias 
sorovariedades. As sorovariedades da L. biflexa são as de vida livre, consideradas 
saprófitas, enquanto as da L. interrogans são responsáveis pela infecção nos animais 
domésticos e no homem, (MELO et al.,2010; SCHMIDT et. al, 2002 ) ou seja, 
patogênicas (PEREIRA,2009). 
 Recentemente, na reunião do Subcomitê de Taxonomia da Leptospiraceae 
realizada no Equador em 2007, a L. interrogans foi reclassificada em 13 espécies 
patogênicas de Leptospiras: L. alexanderi, L. alstonii, L. borgpetersenii, L. inadai, L. 
interrogans, L. fainei, L. kirschneri, L. licerasiae, L. noguchi, L. santarosai, L. terpstrae, 
L. weilii e L. wolffii, distribuídas em mais de 260 sorovariedades agrupadas em 23 
sorogrupos (MELO et al.,2010). As espécies saprófitas de vida livre são: L. biflexa, L. 
wolbachii e L. hollandia; possuem 38 sorovares agrupados em seis sorogrupos, sendo 
encontradas principalmente em água doce, e há raros registros de infecção no homem 
e nos animais (PEREIRA, 2009; SANTANA, 2008). 
 
 12
 
As Leptospiras são bactérias Gram Negativas, espiraladas, flexíveis e móveis, 
compostas de um cilindro protoplasmático que se enrola ao redor de um filamento axial 
central. O envelope externo é composto por lipopolissacarídeos (MORIKAWA, 2009), 
são bastante sensíveis á luz solar direta, aos desinfetantes comuns e aos anti-sépticos. 
O período de sobrevida das linhagens patogênicas na água pode variar segundo a 
temperatura, o pH, a salinidade e o grau de poluição. Sua multiplicação é ótima em pH 
compreendido entre 7,2 a 7,4 (GUIDI, 2006). 
A transmissão das leptospiras ao homem pode ocorrer pelo contato direto com 
sangue, tecidos, órgãos ou urina de animais infectados, e também por um via indireta, 
quando em contato com água, solo úmido ou vegetação contaminada com urina de 
animais infectados. Os seres humanos são infectados pela penetração de leptospiras 
nas mucosas íntegras, na pele lesada ou integra quando imersas em água por longo 
tempo e quando em contato direto ou indireto com animais doentes ou reservatórios 
e/ou suas excreções (GUIDI, 2006; KOURY, 2006). 
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa sendo os mais comuns: dor 
de cabeça, febre, dores musculares, fadiga e sufusão conjuntival (STONE et al.,2006). 
A profilaxia da leptospirose requer a adoção medidas de controle em todos os 
níveis da cadeia epidemiológica da doença, tais como imunização dos amimais, 
erradicação dos hospedeiros e, sobretudo manejo sanitário adequado dos locais de 
alta incidência de roedores (GUIDI, 2006). 
O objetivo do presente estudo esta em apresentar uma revisão bibliográfica que 
descreva a importância dos aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais da 
leptospirose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13
2 REVISÂO BIBLIOGRAFICA 
 
 
2.1 EPIDEMIOLOGIA DA LEPTOPSIROSE NO MUNDO 
 
 
Na historia da humanidade são descritas diversas doenças que afetam 
negativamente a sobrevivência dos seres humanos, doenças essas como a 
leptospirose que merece destaque por se tratar de uma zoonose de grande destaque 
mundial (CORCHO et al, 2008). 
As leptospiras não podem se replicar fora de um hospedeiro (WOHL, 1996) 
geralmente estão presentes nos túbulos renais dos mamíferos e são excretadas na 
urina por vários meses após a fase aguda contaminando água e/ou alimentos, podendo 
o hospedeiro reservatório demonstrar pouco ou nenhum sinal clínico (GUIDI, 
2006;KOURY, 2006). 
Para que a bactéria leptospira permaneça no ambiente depende de condições 
favoráveis como clima temperado e úmido, solos saturados de água e pH neutro, 
tornando viável a sobrevivência de leptospiras por até 180 dias, no entanto, só resistem 
30 minutos quando o solo está seco ao ar (GUIDI, 2006). 
A prevalência de uma sorovariedade de Leptospira em uma região, causando 
doença humana, depende de vários fatores: a espécie do animal reservatório presente 
no local, às condições climáticas e geográficas do ambiente, a forma de ocupação e 
práticas de agricultura (NETO, 2010). 
Os principais reservatórios de leptospiras são os roedores (Rattus norvergicus, 
Rattus rattus e Mus musculus). Em áreas metropolitanas o rato de esgoto, Rattus 
norvegicus, é o mais importante transmissor de leptospiras no homem. Outros animais 
são considerados reservatórios para as espécies de leptospiras, como bovinos, suínos, 
ovinos, caprinos, eqüinos e caninos e animais silvestres (KOURY, 2006). 
 
 
 
 
 
 14
Tabela 1: Sorovariedades de Leptospira interrogans e seus hospedeiros de 
manutenção. 
 
 
SOROVARIEDADES HOSPEDEIRO DE MANUTENCAO 
Canicola Caes 
Icterohaemorrhagiae Ratos 
Grippotyphosa 
Guaxinins, ratos-calungas, gambás e 
esquilos 
Pomona Gado, porcos 
Bratislava Porcos 
Hardjo Bovinos 
Ballum Camundongos 
 
Fonte: WOHL, J.S. 1996. 
 
 
Embora em muitos países a leptospirose não é vista como uma doença de 
notificação obrigatória, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece anualmente 
300.000 a 500.000 novos casos da infecção (CORCHO et al., 2008). 
Em estudos de soroprevalência humana realizados em alguns países nos anos 
de 1982 e 1996, mostra que Somália representa o maior índice de contaminação por 
leptospiras com 51%, com 43% Barbados, Índia com 33%, Detroit nos EUA e Bolívia 
com 31%, 21% na Espanha, Coréia e Baltimore nos EUA com 16% e com 12% Itália 
(ENNA; ROLANDO, 2007). 
No Japão, o número de casos de leptospirose tinha aumentado atingindo mais 
de 200 mortes anual até 1960, principalmente no campo, porém esse número foi 
diminuindo rapidamente devido à mecanização da agricultura, onde os agricultores 
passaram a fazer uso de botas de borracha durante o trabalho no campo, além do uso 
de vacina inativada (VICTORIANO et. al., 2009). 
 
 
 
 
 15
2.2 EPIDEMIOLOGIA DA LEPTOSPIROSE NO BRASIL 
 
 
 
A leptospirose é considerada uma doença endêmica no Brasil, sendo vista como 
uma enfermidade de grande importância social e econômica. Sua ocorrência esta 
relacionada a precárias condições de infra-estrutura sanitária, população de baixa 
renda e alta infestação de roedores,tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, 
principalmente nas capitais e áreas metropolitanas (BIAZOTTI, 2006; KOURY, 2006). 
A incidência de surtos de leptospirose é mais elevada em áreas onde as 
inundações são mais freqüentes. Nos países desenvolvidos a infecção tem sido 
associada com o lazer, em atividades como a natação em água doce, caiaque, 
canoagem, caca, pesca e caminhadas (TULSIANI et. al., 2010). 
No Brasil, alterações sociais ocorridas entre 1960 e 1996 causaram um aumento 
de 350% na população urbana favorecendo o aparecimento de favelas, onde as 
condições sanitárias são propicias para o aparecimento de ratos, principais 
reservatórios e transmissores de leptospiras (KOURY, 2006). 
Os principais locais favoráveis de infecção no meio urbano e rural por 
leptospiras de acordo com análise realizada no Brasil no período de 2001 a 2003 estão 
descritas na tabela 2 (GUIA DE VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16
Tabela 2: Principais locais favoráveis a infecção no meio urbano e rural por Leptospiras 
no Brasil. 
 
Local favorável de infecção por Leptospira 
no meio urbano 
% de casos 
 
Domicilio 
55% 
Ambiente de Trabalho 32% 
Situações de Lazer 
 
13% 
Local favorável de infecção por Leptospira 
no meio rural 
% de casos 
 
Domicilio 
28% 
Ambiente de trabalho 54% 
Lazer 17% 
 
 Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica, 6. ed. Brasilia, 2005. p.816. 
 
 
O Brasil é considerado pela medicina, juntamente com o Peru, Nicarágua, Índia, 
China, Malásia, Ilhas Unidas e outros países asiáticos como regiões onde a 
leptospirose é uma doença reemergente, pelo aumento do número de casos de 
ocorrência de formas graves como a hemorragia pulmonar (NETO, 2010). Os surtos de 
leptospiroses freqüentemente são registrados nos períodos mais quentes e chuvosos 
do ano compreendidos entre dezembro e março (GUIDI, 206). 
Em São Paulo, no Instituto de Infectologia Emilio Ribas, 43 crianças foram 
hospitalizadas com leptospirose no período entre janeiro de 1989 e dezembro de 1995, 
e 88% tiveram contato com água contaminada (MAROTTO et al., 1997). 
Ainda em São Paulo, dados mais recentes obtidos pela ficha de notificação 
compulsória, demonstram uma incidência de leptospirose de 1,7 a 2,7 em 100.000 
 17
habitantes de 2004 a 2006, sendo a sexta causa de morte entre as doenças notificáveis 
da capital com taxa de mortalidade global de 11 a 19%. São Paulo é a cidade do Brasil 
onde se registra o maior número de casos da doença de Weil com uma taxa de 
mortalidade de 46 % (NETO, 2010). 
No Brasil, durante o período de 1985 a 1993, foram notificados 20.341 casos de 
leptospirose humana. Nesse período houve 2.232 óbitos por leptospirose. Em 2004, 
entre janeiro a outubro, o total de casos foi de 2.775, com 340 óbitos e entre janeiro a 
outubro de 2005 foram confirmados 2307 casos de leptospiroses em humanos, com 
260 óbitos (KOURY, 2006). 
Na cidade de Porto Alegre, em 1966, foram encontrados 19,2% de positivos para 
Leptospirose também em trabalhadores de esgotos, identificando-se as sorovariedades 
icterohaemorrhagiae, australis e sentot (ALMEIDA et al., 1994). 
No estado do Rio Grande do Sul, em 1962, foram identificados 2,3% de 
reagentes à prova de soroaglutinaÇão para leptospirose entre trabalhadores de 
esgotos, predominando as sorovariedades canicola, icterohaemorrhagiae e 
copenhageni (ALMEIDA et. al , 1994). 
Em Minas Gerais poucos trabalhos epidemiológicos referentes à leptospirose 
foram realizados. A Fundação Ezequiel Dias, laboratório de referência do estado para o 
diagnóstico da leptospirose, recebeu 411 amostras de sangue de pacientes com 
suspeita da doença no período de 1988 a 1993, que foram examinados pela reação de 
soroaglutinaÇão macroscópica (SAM) obtendo-se 28,5% de positividade (OLIVEIRA et 
al., 1993). 
No Brasil, em 2008, de acordo com o Ministério da Saúde foram registrados 
3.306 casos de leptospirose, sendo 949 na sudeste e 63 no estado de Minas Gerais. 
Segundo a Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal de Uberlândia, no ano de 
2008, foram registrados no município 11 casos suspeitos de leptospirose e dois casos 
confirmados de leptospirose humana (CASTRO et al., 2011). 
 
 
 
 
 18
 
2.3 PATOGENIA DA LEPTOSPIROSE 
 
 
 
As fontes de leptospiras são encontradas principalmente em animais silvestres e 
domésticos, que abrigam as espiroquetas nos túbulos proximais dos rins, sendo as 
mesmas excretadas pela urina no meio ambiente (CINCO, 2010). 
A transmissão da leptospirose aos seres humanos ocorre através do contato 
com solo, água fresca contaminada com urina de animal infectado ou contato com 
tecido animal infectado (SILVA, 2007). Uma vez infectados, os animais podem eliminar 
o agente na urina por um período de tempo variável, que pode chegar a mais de um 
ano (BRICH, 2010; MARINHO, 2008). 
As leptospiras penetram no corpo dos hospedeiros através das membranas da 
mucosa dos olhos, nariz ou garganta e através de cortes ou abrasões da pele, e invadir 
os tecidos e fluidos dos hospedeiros. A gravidade da doença nos seres humanos varia 
de acordo com a espécie de leptospiras, desde uma doença aguda sem manifestações 
crônicas ate um quadro mais grave e fatal como icterícia, insuficiência renal e/ou 
hemorragia pulmonar (CINCO, 2010). 
A leptospirose é uma doença de múltiplos órgãos, a translocação rápida de 
leptospiras patogênicas no meio de células de mamíferos permite que as bactérias 
rapidamente atinjam a corrente sanguínea e dissemine por todo corpo (MARCHIORI et. 
al., 2011). 
Para que ocorra a infecção, as leptospiras penetram ativamente no organismo 
dos hospedeiros ganhando a corrente circulatória. O período de incubação é de 2 a 20 
dias (BIAZOTTI, 2006). 
Após ter superado os mecanismos de defesa não-específicos, as leptospiras se 
multiplicam no sangue, na linfa, no fluido cerebral espinhal e em todos os tecidos, 
constituindo a fase aguda da doença que cursa com leptospiremia (FAGUNDES, 2008) 
onde os órgãos alvos são rins e fígado, podendo causar lesão aguda e insuficiência 
renal e lesões dos hepatócitos, resultando ocasionalmente em necrose hepática aguda, 
fibrose hepática e hepatite ativa crônica (BIAZOTTI, 2006; GUIDI, 2006; SILVA, 2007). 
 19
Uma vez no sangue as leptospiras são capazes de circular em todos os tecidos, 
as leptospiras que conseguir fugir das células fagocíticas do sistema reticulo - 
endotelial multiplicam-se de forma exponencial, dobrando a cada 8 horas. Não há 
evidências de que leptospiras fagocitadas sobrevivam por muito tempo no interior dos 
fagócitos. Cepas virulentas, entretanto, têm a capacidade de atenuar a resposta 
fagocítica ativando a apoptose de macrófagos (TULSIANI et al., 2010). 
Dependendo da resistência do hospedeiro, e com a produção de anticorpos 
circulantes, as leptospiras deixam a corrente circulatória e passam a persistir nos 
órgãos e tecidos do sistema imune (ADORNO, 2006). Quanto maior a especificidade 
do sorotipo para a espécie, maior o grau de patogenicidade (BIAZOTTI, 2006). A 
infecção com Leptospira spp. produz um estado de inflamação generalizada durante o 
período de invasão tecidual (SILVA, 2007). 
Na lesão primária as leptospiras danificam as membranas das células 
endoteliais de pequenos vasos sanguíneos pela ação dos fatores de virulência como as 
lipoproteínas, e PME (Proteínas de Membrana Externa) periférica (LAFETA, 2006), 
levando ao rompimento dos capilares e a migração das bactérias para os espaços 
extravasculares. As lesões preliminares são atribuídas à ação mecânica dos 
microrganismos dentro da parede dos vasos sanguíneos e são seguidas por 
hemorragias (FAGUNDES, 2008). 
Durante o período de incubação, de sete a 14 dias, ocorre a septicemia, levando 
a produção de anticorposda classe IgM, que têm atividade de poucos dias, e, mais 
tardiamente, surgimento de anticorpos da classe IgG. Apesar dos anticorpos auxiliarem 
no combate à bacteremia, não eliminam por si só a infecção renal (SANTANA, 2008). 
Com a progressão da infecção, ocorre o processo de reação imunitária do 
hospedeiro conhecida como a segunda fase da infecção, que antagoniza o agente 
invasor onde o mesmo se refugia em algumas áreas do organismo, verificando-se a 
imunidade humoral insistente ou em níveis baixos. Tais locais são a câmara do globo 
ocular e a luz dos túbulos renais. A localização renal caracteriza a fase de leptospirúria, 
onde as leptospiras são eliminadas na urina (ARRUDA, 2005; ALCINDO, 2010) que se 
inicia entre o sétimo e o décimo dia da evolução da doença. Nesta fase, ocorre a 
formação de complexos imunes e reação inflamatória, o que leva vários órgãos a uma 
 20
vasculite generalizada, principalmente no fígado, rins, coração, pulmões e sistema 
reprodutivo (ALCINDO, 2010). Portanto a leptospirose é dividida em duas fases, 
leptospiremia e fase de leptospirúria e imunidade (SILVA, 2007). 
As leptospiras podem infectar os fetos levando-os a morte, além de causar 
transtornos reprodutivos. Caso a infecção ocorra no terceiro trimestre de gestação 
poderá ocorrer produção de anticorpos específicos superando a manifestação da 
doença (GUIDI, 2006; MENEZES et. al, 2006; SANTANA, 2008). 
Nos portadores, a patogenicidade da Leptospirose se distingue pela baixa 
resposta sorológica, apresentando poucos sinais clínicos agudos e um prolongado 
estado de portador renal. Já nos hospedeiros acidentais a Leptospira causa severa 
com altos títulos de anticorpos aglutinantes, apresentando quase nenhum estado de 
portador renal (ADORNO, 2006). 
Outra característica da Leptospirose é a ativação do processo de coagulação 
através da ativação da cascata de coagulação na infecção de animais susceptíveis 
levando a uma coagulação intravascular disseminada. Qualquer outro órgão pode ser 
atingido na Leptospirose aguda, hemorragias e icterícia nos casos graves. A lesão 
tecidual pode ser reversível e ser seguida pela reparação do órgão afetado como os 
rins e fígado, podendo alcançar a cicatrização (GOMES, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21
2.4 SINAIS E SINTOMAS CLINICOS DA LEPTOSPIROSE 
 
 
A leptospirose apresenta manifestações clínicas variáveis, desde formas 
assintomáticas até quadros clínicos graves com manifestações fulminantes 
(ELKHOURY et al, 2009). 
A leptospirose pode apresentar-se com sintomas variados que vão desde um 
leve estado gripal até doença de weil que se manifesta em múltiplos órgãos, porém 
nenhuma manifestação da leptospirose como febre, dor de cabeça, fotofobia, sinal de 
kerning, calafrios, mialgia, artralgia, náuseas, vômitos, oliguria, icterícia, desidratação 
são específicos para leptospirose (TULSIANI, et. al., 2010). 
O curso clínico da doença pode ser divido em duas fases, a fase inicial tem 
duração de 3 a 7 dias, apresentando como sintomas: febre de 38°C a 39°C que perde 
sua intensidade após 4 a 7 dias do início dos sintomas , calafrios, cefaléia intensa, 
anorexia, diarréia, náuseas, vômitos e mal estar, mialgia mais pronunciada na região 
da panturrilha. Nessa fase, é possível isolar a leptospira no sangue, embora o 
isolamento da Leptospira seja difícil, pois a bactéria é muito sensível as alterações 
ambientais e morrem facilmente. Em alguns casos, podem apresentar retorno dos 
sintomas após um período de 1 a 3 dias, iniciando a fase imune da doença, que tem 
duração de 4 a 30 dias. Nesta fase, sintomas mais graves, como meningite, presença 
de anticorpos IgM são comumente encontrados (HUTTNER et. al, 2002). 
 As seqüelas mais graves da leptospirose ocorrem durante a fase imune da 
doença, incluindo insuficiência renal aguda, insuficiência hepática, meningite asséptica 
e pulmonar grave, hemorragia (SLACK, 2010). 
 Os sinais e sintomas mais comuns são: febre, mialgia intensa, cefaléia, 
manifestações e alterações gastrointestinais, como vomito, dor abdominal, injeção 
conjutival e síndrome meningea na segunda semana de evolução como relatados na 
tabela 03. (ENNA; ROLANDO, 2007). 
 
 
 
 22
Tabela 3: Freqüência de sinais e sintomas da Leptospirose em várias series clinicas %. 
 
 
Sintomas Chile 1960 
(n=110) 
EUA 1965 
(n=483) 
Vietnam 
1973 
(n=150) 
Chile 1985 
(n=36) 
Febre 100 100 97 100 
Cefaléia 99 77 98 85 
Mialgia 71 68 79 92 
Calafrios _ _ 78 39 
Náuseas/Vômitos 64 60 41 47 
Dor Abdominal 48 30 28 22 
Constipação 35 6 _ 33 
Diarréia 17 15 29 30,5 
 
Sinais 
 
 
Hiperemia Conjuntival 36,3 33 42 77,2 
Sinais Meningeos 22,7 37 12 19,4 
Icterícia 7,2 43 1,5 19,4 
Hepatomegalia 12,2 18 _ 8,3 
Esplenomegalia 10,9 5 22 5,6 
Exantema 5,5 9 7 5,6 
 
 
 Fonte: ENNA, Z.M & ROLANDO, P.P. 2007. 
 
Os comprometimentos pulmonares, como a pneumonia intersticial, são mais 
comuns no homem do que nos cães, e a inflamação intestinal, em alguns animais, 
pode resultar em intussuscepção (GUIDI, 2006). A forma pulmonar da leptospirose 
pode ocorrer na ausência de icterícia (MARCHIORI et. al., 2011). 
 23
A infecção pelo sorovar canicola causa um severo comprometimento renal com 
sinais de uremia e gastroentéricos, podendo evoluir para insuficiência renal crônica 
(GUIDI, 2006). 
 
 
 
2.5 DIAGNOSTICO DA LEPTOSPIROSE 
 
 
 
O diagnóstico da leptospirose humana continua sendo um sério problema 
médico e saúde pública. Na maioria dos casos, a história epidemiológica, os sinais e 
sintomas clínicos da doença não permitem o diagnóstico, sendo necessária à 
confirmação laboratorial (KOURY, 2006). 
A confirmação precoce da Leptospirose é importante para o sucesso do 
tratamento que deverá iniciar na fase de leptospiremia, logo na primeira semana da 
doença, para assim prevenir a evolução de uma infecção subclínica a uma síndrome 
grave, com envolvimento de diversos órgãos e sistemas, a qual tem, em regra, um 
desfecho fatal se não for tratada em tempo útil (KOURY, 2006). 
A cultura da bactéria é um método para o diagnóstico da leptospirose, mas 
requer que sejam tomadas precauções para proteger os seres humanos da infecção e 
aperfeiçoar o isolamento da bactéria, que é extremamente frágil (POSPISSIL, 2007). 
A Leptospira Interrogans é cultivada em meios de cultura especiais, 
preferencialmente contendo soro, além de albumina ou meios sintéticos livres de 
proteínas (SILVA, 2007). A cultura da bactéria pode ser feito a partir do fluido fetal, 
fígado, rins, leite, fluido cérebro-espinhal, liquido peritoneal, urina ou sangue 
(POSPISSIL, 2007). 
A urina de animais em infectados é o material ideal para o cultivo, porém devem 
ser colhidas mais de uma amostra, pois a liberação pela urina é intermitente 
(BIAZOTTI, 2006). 
O isolamento da Leptospira a partir fígado, rins ou fluido fetal é possível, porém 
é lento e pouco prático. Um dos meios de cultura mais usado é o Fletcher, sendo um 
meio de cultura sintético e semi-sólido, devido à adição de Agar. A incubação é feita a 
 24
28°C devendo-se verificar semanalmente se há crescimento da bactéria. Se houver o 
crescimento observa-se uma discreta opalescência na região abaixo da superfície, 
devendo ser verificado o cultivo durante um mês. O isolamento da Leptospira é difícil, 
pois a bactéria é muito sensível as alterações ambientais, morrem facilmente. Além 
disso, o isolamento requer várias semanas de incubação, onde custo e a complexidade 
do isolamento limitam a técnica ainda mais (POSPISSIL, 2007). 
O isolamento da bactéria permite o diagnostico definitivo da infecção e 
proporciona estudos epidemiológicos e profiláticos da leptospirose nas regiões 
acometidas (SILVA, 2007). 
O exame direto podedemonstrar leptospiras no sangue, na urina, no líquido 
cefalorraquidiano (LCR) e nos tecidos. As leptospiras podem ser visualizadas por meio 
da microscopia de campo escuro ou contraste de fase; através das técnicas de 
coloração como as do Giemsa, Vermelho Congo ou impregnação pela prata. Essas 
técnicas são pouco sensíveis e pouco específicas, visto que as leptospiras são 
passíveis de serem confundidas com fibrina e com outras estruturas celulares 
(GOMES, 2011). 
A Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) outro método utilizado para detecção 
da leptospirose, baseia-se na detecção e amplificação do DNA específico do gênero 
Leptospira de diversos tecidos ou fluidos corpóreos, podendo essa técnica utilizar os 
primers LEP-1 e LEP- 2, e realizadas em microtubo de 0,2mL com volumes totais de 25 
mL contendo tampão de reação 10mM Tris HCl pH 8.0, 50mM KCl, 1,5mM MgCl2, 
0,2mM dNTP, 20rM de cada primer, 0,2 unidades de Taq Platinum DNA polimerase 
(Invitrogen) e 10ng de DNA genômico. A incubação deve ser realizada em 
termociclador Mastercycler gradient (BISCOLA et al, 2008). 
Os resultados na Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) são positivos na fase 
de bacteremia que é na primeira semana da doença. A partir da segunda semana da 
doença as bactérias e fragmentos de DNA são encontrados na urina (FRAGA, 2009). 
Já foram descritas varias técnicas de PCR, como “PCR-iRep1”, baseada na 
amplificação de um elemento repetitivo (iRep1) de DNA presente no genoma da 
leptospiras, identificado a partir de um isolado humano de Leptospira interrogans 
sorovar Copenhageni, a qual permite a identificação ao nível do sorogrupo e técnica 
 25
de PCR G1 e G2, baseada na amplificação de um fragmento específico do gene secY 
que permite a identificação de estirpes do complexo L. interrogans sensu lato à 
excepção de L. kirschner (GONCALVES, 2009). 
A imunofluorescência como método para diagnosticar leptospirose pode ser 
utilizada para identificar Leptospiras em tecidos como fetal, fígado, pulmões, rins ou 
placenta ou sedimentos urinários. É um teste rápido, podendo ser utilizado em 
amostras congeladas. Sua interpretação requer um técnico treinado, e o conjugado 
disponível comercialmente não é sorovariedade-específico e torna necessária a 
realização do exame sorológico para identificar a sorovariedade infectante. A cultura 
bacteriana é um método definitivo de diagnóstico. A urina deve ser coletada após 
aplicação de furosemida para aumentar a filtração glomerular, liberando mais 
Leptospiras e diluindo a urina, o que aumenta a sobrevivência das leptopsiras. Esse 
método tem como desvantagem ser mais difícil e dispendioso. O exame histopatológico 
com pigmentos especiais é o único que pode utilizar tecidos formolizados (renais, 
placentários, pulmonares, hepáticos em casos de aborto), tendo como desvantagem 
uma baixa sensibilidade e incapacidade de detectar a sorovariedade infectante (MELO 
et al., 2010), a sua aplicação é, em regra, superior à da coloração de prata visto 
permitir uma melhor visualização das leptospiras (GONCALVES, 2009). 
 
Tabela 4: Seqüências dos primers G1 e G2 com indicação do tamanho do fragmento 
amplificado e das regiões do gene secY em que ocorre o anelamento. 
 
Gene Primer Nucleotideos Sequencia Fragmento 
Sec Y G1 {1-20} forward 5´- CTG AAT CGC TGT ATA 
AAA GT-3 
 
285 p 
 G2 {266-285} reverse 5´- GGA AAA CAA ATG GTC 
GGA AG-3 
 
 
Fonte: GONCALVES, A.T.S Leptospirose em São Miguel: caracterização dos primeiros isolados 
humanos de Leptospira sp. e diferenciação molecular de estirpes isoladas principais 
reservatórios silváticos.Univ. Lisboa, 2009. 
 
 26
Na Microscopia de Campo Escuro o diagnostico é feito com cepas vivas de cada 
sorovariedade da bactéria. Depois de uma incubação de 37 ºC durante duas horas 
determina por microscopia direta ou por microscopia de campo escuro se há 
aglutinação. Se mais de 50 % das bactérias estiverem aglutinadas o teste é 
considerado positivo. Resultados positivos não indicam que o homem ou o animal 
esteja doente no momento da extração da amostra (POSPISSIL, 2007). Este tipo de 
pesquisa é indicado nos primeiros dias de evolução da doença (fase de leptospirémia) 
em amostras de sangue e LCR (líquido cefalorraquidiano), e numa fase mais avançada 
(fase de leptospirúria) em amostras de urina (GOMES, 2009) 
As colorações pela prata (Técnica de Levaditi e Método de Warthin-Starry), mais 
eficazes, permitem visualizar as leptospiras coradas de castanho-escuro sobre um 
fundo castanho-claro, mas estão apenas indicadas em preparações líquidas com o 
mínimo de detritos (GONCALVES, 2009). 
Os métodos sorológicos são os mais usados e recomendados para fazer o 
diagnostico de Leptospirose (POSPISSIL, 2007), eles visam à identificação de 
anticorpos anti-leptospiras em soros de humanos e animais infectados pela bactéria 
Leptospiras, essas provas podem ser realizadas em liquido cefalorraquidiano, pleural, 
sinovial e humor aquoso. São várias as provas sorológicas usadas para o diagnostico 
da Leptospirose, como a reação de soroaglutinaÇão microscópica, reação de 
soroaglutinaÇão macroscópica, reação de fixação de complemento, reação de 
hemaglutinaÇão em látex, reação de contra-imunoeletroforese, reação de 
imunofluorescência, ensaio imunoenzimatico e radioimunoensaio (SILVA, 2007). 
Já o resultado da sorologia para leptospirose pelo método ELISA geralmente 
está disponível dentro de uma semana após o envio da amostra de soro. Entretanto, se 
esse soro for coletado antes do paciente manifestar os sintomas por sete dias, o teste 
pode apresentar-se como falso-negativo, sendo necessária à repetição do exame 
sorológico com uma amostra convalescente (RASCADO et al., 2010).Como antígenos 
tem sido utilizados extratos de Leptospiras, brutos ou sonicados, e proteínas 
recombinantes como a LipL32, LipL41,LigA, LigB, Lp49, Lp29, MPL17 e MPL21 
(FRAGA, 2009). 
 27
O Ensaio Imunoenzinático (ELISA) Indireto tem como vantagens a existência de 
kits comerciais, sendo de fácil execução em comparação com a MAT, pois não 
necessita de habilidades especiais, os reagentes podem ser estocados por longos 
períodos sem perderem a reatividade e a capacidade de distinção entre uma infecção 
ocorrida no passado e uma recente por meio da detecção de imunoglobulinas 
específicas da classe IgM, e IgG. Porém, o teste, por ser gênero-específico, detecta 
somente a presença da bactéria, não sendo apropriado para a identificação do 
sorogrupo e da sorovariedade Porém, a utilização do ELISA como método exclusivo de 
diagnóstico, substituindo o MAT, não é recomendado (MELO et al., 2010). 
O teste de microaglutinacão (MAT) é considerado o "padrão ouro" pela 
organização mundial de saúde como diagnostico de Leptospirose, também considerado 
um método indireto para o diagnostico de leptospirose (GOMES, 2011). Nesta técnica, 
diluições seriadas do soro do paciente com suspeita da doença são incubadas a 28°C 
com uma suspensão de leptospiras vivas e após duas horas e observada presença de 
aglutinação em microscopia de campo escuro. Como o teste é dirigido contra sorotipos 
específicos, as series de antígenos utilizados devem incluir as sorovariedades 
representativos de todos os sorogrupos (MONTEIRO, 2003; FRANCESCO et al., 
2010). 
A maior dificuldade deste método encontra-se na interpretação dos resultados, 
visto que os soros de indivíduos com títulos positivos geralmente apresentam reações 
cruzadas a uma variedade de sorovariedade, dificultando assim a identificação da 
sorovariedade infectante (MORIKAWA, 2009). 
O MAT é um ensaio quantitativo e de alta complexidade, pois envolve a 
manuntenÇão de diversas estirpes de referência (FRAGA, 2009). 
A reação de soroaglutinaÇão macroscópica (SAT) é considerada gênero-
especifica devendo ser interpretada como prova de triagem. Os resultados obtidos 
nesta provassão rápidos, econômico e de fácil execução. Devido a sua 
inespecificidade em nível de sorovariedade, essa reação poderá mostrar resultados 
positivos porém mais precoce que a reação de soroaglutinaÇão microscópica. No caso 
de anticorpos residuais a tendência é a obtenção de resultados negativos. A técnica 
 28
não funciona bem na fase crônica da doença, pois detecta anticorpos melhor na fase 
aguda (SILVA, 2007). 
Os exames complementares para o diagnostico da leptospirose são usados para 
indicar as alterações funcionais nos diferentes órgãos acometidos pela leptospira, entre 
esses exames podemos citar: Hemograma completo, urinalise, Bioquímica Sérica 
(SILVA, 2007). 
O hemograma pode mostrar anemia, plaquetopenia e leucocitose. Os valores de 
bilirrubina podem chegar a níveis bastante elevados, principalmente à custa da 
bilirrubina direta. Os níveis de uréia e creatinina podem estar bastante elevados e 
tipicamente, ao contrário de outras causas de insuficiência renal aguda, pode ocorrer 
hipocalemia. Exames de gasometria, raios-X de tórax e eletrocardiograma também 
auxiliam no acompanhamento clínico da leptospirose (SANTOS, 2009). 
Os achados anatomopatológicos e histopatológicos constituem também 
importantes fontes de informação para o diagnóstico da leptospirose (BIAZOTTI, 2006). 
O Ministério da Saúde do Brasil considera um caso suspeito como caso 
confirmado de leptospirose humana, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: 
isolamento de leptospiras a partir do sangue, urina ou líquor; MAT com soroconversão, 
sendo necessárias 2 a 3 amostras, com intervalos de 15 dias, evidenciando aumento 
de títulos de 4 vezes ou mais; quando não houver disponibilidade de 2 ou mais 
amostras, um título igual ou superior a 800 na MAT confirma o diagnóstico. Títulos 
menores (entre 100 e 800) poderão ser considerados de acordo com a situação 
epidemiológica do local; Soroaglutinação Macroscópica (SAT) positiva ou ELISA-IgM 
positivo confirma o caso, quando não for possível a realização de MAT; quando não 
houver possibilidade de confirmação laboratorial, o diagnóstico poderá ser 
fundamentado apenas nos critérios clínico-epidemiológicos; nos casos suspeitos que 
evoluírem para óbito sem confirmação laboratorial, amostras de tecidos poderão ser 
encaminhadas para exame imunohistoquímico (JOUGLAR, 2005). 
 
 
 
 
 29
 
3 CONCLUSOES 
 
 
 
A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial que acomete vários animais, 
principalmente os ratos de esgoto. Assume caráter epidêmico em determinadas 
regiões, com maior freqüência em países tropicais e em desenvolvimento. A 
prevalência de uma sorovariedade de Leptospira em uma região, causando doença 
humana, depende de vários fatores: a espécie do animal reservatório presente no local, 
as condições climáticas e geográficas do ambiente, a forma de ocupação e praticas de 
agricultura. Embora em muitos países a leptospirose não e vista como uma doença de 
notificação obrigatória, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece anualmente 
300.000 a 500.000 novos casos da infecção. No Brasil, durante o período de 1985 a 
1993, foram notificados 20.341 casos de leptospirose humana, com 2.232 óbitos por 
leptospirose. A Leptospira sp. penetra de forma ativa através de mucosas (ocular, 
digestiva, respiratória, genital), pele escarificada e inclusive pele íntegra, em condições 
que favoreçam a dilatação dos poros. Apresenta caráter bifásico, fase septicemica, que 
varia de 4 a 7 dias e fase imune, variando de 10 a 30 dias. Os sinais clínicos são 
variados, de acordo com a extensão das lesões e o tipo de órgão atingido. O ser 
humano pode apresentar mal estar, febre de início súbito, cefaléia, dores musculares, 
náuseas, enterite, e nos casos graves complicações hepática, renais e vasculares. O 
diagnóstico é baseado no histórico, contexto epidemiológico e exame físico do animal e 
confirmado por exames laboratoriais complementares, através de testes sorológicos, 
moleculares e bacteriológicos. As técnicas mais comumente utilizadas na rotina clínica 
são: SoroaglutinaÇão Microscópica (MAT), ELISA- IgM, ReÇão de Cadeia de 
Polimerase(PCR) e Isolamento de bactéria. 
 
 
 
 
 
 
 
 30
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