Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN – DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA – A´REA2 CA´LCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 2 PRIMEIRO EXERC´ICIO ESCOLAR SEGUNDO SEMESTRE DE 2014 15 de Outubro de 2014 Respostas sem ca´lculos ou justificativas na˜o sera˜o aceitas. 1. (2,0 pontos) Determine o valor da constante A de modo que a func¸a˜o real f(x, y) = sen(x2 + y2) 1− cos √ x2 + y2 , (x, y) 6= (0, 0) A , (x, y) = (0, 0) seja cont´ınua na origem. Resoluc¸a˜o: f sera´ cont´ınua na origem se A = lim (x,y)→(0,0) f(x, y) = lim (x,y)→(0,0) sen(x2 + y2) 1− cos √ x2 + y2 . Usando coordenadas polares para calcular este limite obtemos lim (x,y)→(0,0) sen(x2 + y2) 1− cos √ x2 + y2 = lim ρ→0 sen(ρ2) 1− cos ρ (1) = lim ρ→0 2ρ cos(ρ2) sen ρ (2) = lim ρ→0 2 cos(ρ2)− 4ρ2 sen(ρ2) cos ρ = 2 onde em (1) e (2) usamos a Regra de L’Hoˆpital. Assim, f sera´ cont´ınua em (0, 0) se A = 2. 2. Considere a func¸a˜o f : R2 → R dada por f(x, y) = x2y2 x2 + y2 , (x, y) 6= (0, 0) 0 , (x, y) = (0, 0) . (a) (1,5 pontos) Calcule ∂f ∂x e ∂f ∂y . Resoluc¸a˜o: Se (x, y) 6= (0, 0), enta˜o pela regra do quociente fx(x, y) = 2xy2(x2 + y2)− x2y2 · 2x (x2 + y2)2 = 2xy4 (x2 + y2)2 , e como f e´ sime´trica com respeito a x e y, temos fy(x, y) = 2x4y (x2 + y2)2 . Para (x, y) = (0, 0) devemos usar a definic¸a˜o de derivada parcial. Assim, fx(0, 0) = lim h→0 f(h, 0)− f(0, 0) h = lim h→0 0− 0 h = 0, e fy(0, 0) = lim k→0 f(0, k)− f(0, 0) k = lim k→0 0− 0 k = 0. (b) (1,5 pontos) f e´ diferencia´vel? Justifique. Resoluc¸a˜o: Nos pontos em que (x, y) 6= (0, 0), temos que fx e fy sa˜o func¸o˜es cont´ınuas, logo f e´ diferencia´vel nestes pontos. No ponto (0, 0) devemos verificar que lim (x,y)→(0,0) f(h, k)− f(0, 0)− fx(0, 0)h− fy(0, 0)k ‖(h, k)‖ = 0. Mas, lim (x,y)→(0,0) f(h, k)− f(0, 0)− fx(0, 0)h− fy(0, 0)k ‖(h, k)‖ = lim(x,y)→(0,0) h2k2 (h2 + k2)3/2 (A) = lim ρ→0 ρ cos2 θ sen2 θ = 0, onde em (A) usamos coordenadas polares. Assim, f e´ diferencia´vel em todos os pontos. Obs.: tambe´m poderia se verificar que fx e fy sa˜o cont´ınuas em (0, 0). 3. Considere a func¸a˜o f(x, y) = x ex 2−y2 . (a) (1,5 pontos) Obtenha uma equac¸a˜o para o plano tangente ao gra´fico de f no ponto (1, 1, f(1, 1)). Resoluc¸a˜o: Uma equac¸a˜o para o plano tangente ao gra´fico de f em (1, 1, f(1, 1)) e´ z − f(1, 1) = fx(1, 1)(x− 1) + fy(1, 1)(y − 1). Assim, calculemos estes valores: f(1, 1) = 1 fx(x, y) = e x2−y2 + 2x2ex2−y2 ⇒ fx(1, 1) = 3 fy(x, y) = −2yex2−y2 ⇒ fy(1, 1) = −2 Logo, a equac¸a˜o e´ z − 1 = 3(x− 1)− 2(y − 1), ou ainda, z = 3x− 2y. (b) (1,0 ponto) Use uma linearizac¸a˜o conveniente de f para obter um valor aproximado de (1, 01) e(1,01) 2−(0,98)2 . Resoluc¸a˜o: Sabemos que se f e´ diferencia´vel, enta˜o f(x, y) ≈ f(x0, y0) + fx(x0, y0)∆x+ fy(x0, y0)∆y, quando ∆x e ∆y sa˜o ’pequenos’. Assim, tomando (x, y) = (1, 01; 0, 98) e (x0, y0) = (1, 1) teremos ∆x = x− x0 = 0, 01 e ∆y = y − y0 = −0, 02, e portanto (1, 01) e(1,01) 2−(0,98)2 = f(1, 01; 0, 98) ≈ f(1, 1) + fx(1, 1)∆x+ fy(1, 1)∆y = 1 + 3 · 0, 01 + (−2) · (−0, 02) = 1, 07. 4. (1,5 pontos) Seja f(x, y) uma func¸a˜o diferencia´vel. Defina φ(s, t) = f(x(s, t), y(s, t)), onde x = x(s, t) = s t e y = y(s, t) = t s . Calcule s ∂φ ∂s + t ∂φ ∂t . Resoluc¸a˜o: s φs + t φt = s ( ∂f ∂x ∂x ∂s + ∂f ∂y ∂y ∂s ) + t ( ∂f ∂x ∂x ∂t + ∂f ∂y ∂y ∂t ) = s ( 1 t fx − t s2 fy ) + t ( − s t2 fx + 1 t fy ) = (s t − s t ) fx + ( t s − t s ) fy = 0. 5. (1,0 ponto) Use derivac¸a˜o impl´ıcita para calcular ∂z ∂x e ∂z ∂y , onde z = z(x, y) e´ dado implicitamente atrave´s da expressa˜o yz = ln(x+ z). Resoluc¸a˜o: (i) Derivando a equac¸a˜o com respeito a x : yzx = 1 x+ z (1 + zx) ⇒ y(x+ z)zx = 1 + zx ⇒ ∂z ∂x = 1 y(x+ z)− 1 . (i) Derivando a equac¸a˜o com respeito a y : z + yzy = 1 x+ z · zy ⇒ z(x+ z) + y(x+ z)zy = zy ⇒ ∂z ∂y = −z(x+ z) y(x+ z)− 1 . BOA PROVA!!!
Compartilhar