Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
003Bases neurofisiológicas Há diversos estudos sendo feitos papa poder descobrir as mudanças anátomo-funcionais do cérebro quando manifesta o autismo. Porém, alguns pesquisadores ainda negam que exista alguma relação entre essas anomalias e a manifestação dos sintomas. Segundo um estudo realizado por um grupo de cinco médicos entre eles Cipolott, Krauss e Oliveira com 24 crianças verificou-se através do corpo caloso que as anormalidades são mais encontradas na região do cerebelo e as mais freqüentes são a hipoplasia e/ou hiperplasia do vérmis cerebelar. Há também o aumento da espessura do córtex lobo frontal, pariental, temporal e occipital. Nesse mesmo estudo também foram encontrados inversão incompleta hipocampal têmporo-mesial, diminuição da perfusão sanguínea no hemisfério cerebelar, no tálamo e nos gânglios da base, hiporconcentração do radiofármaco no córtex frontal direito paramediano,nos lobos parientais,nos lobos temporais, em núcleos da base ,óbito-frontal bilateral,dorso frontal paramediano bilateralmente,córtex frontal anterior e na região medial do córtex temporal direito. Apesar de encontrarem essas alterações, algumas delas já eram descritas na literatura, é ressaltado pelos autores que o diagnóstico é ainda fundamentalmente clinico. Fatores Genéticos O diagnóstico do paciente com autismo é principalmente clinico não tendo ainda um consenso sobre os marcadores biológicos desse distúrbio.Os pesquisadores Ferreira da costa e Nunesmaia citam em seu artigo Diagnóstico genético e clínico do autismo infantil uma pesquisa de Herault onde ele estudou o genótipo de um grupo de crianças autistas comparando com um outro grupo de controle de crianças normais e encontrou diferenças alélicas freqüentes dos marcadores do genes HRAS que ficam localizadas no braço curto do cromossomo 11 sugerindo uma susceptibilidade ao desenvolvimento do autismo. Foi possível através da pesquisa realizada pelos autores que há uma maior incidência de distúrbios neuropsiquiátricos em famílias de autistas, mas para se ter alguma conclusão é necessária à realização de mais pesquisas genético-familiar. Mas esses resultados acima sugerem um modelo de herança multifatorial com limiar diferencial para o sexo no autismo infantil. Bibliografia Machado, Marbene Guedes et al. Alterações anátomo-funcionais do sistema nervoso central no transtorno autístico: um estudo com RNM e SPECT. Arq. Neuro-Psiquiatr., Dez 2003, vol.61, no.4, p.957-961. ISSN 0004-282X COSTA, MARIA IONE FERREIRA DA and NUNESMAIA, HENRIQUE GIL DA SILVA Diagnóstico genético e clínico do autismo infantil. Arq. Neuro-Psiquiatr., Mar 1998, vol.56, no.1, p.24-31. ISSN 0004-282X
Compartilhar