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DESAFIO PROFISSIONAL A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DA LITERATURA INFANTIL

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO EAD GOIÂNIA
CURSO PEDAGOGIA
DISCPLINAS NORTEADORAS: BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO; ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL; DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS E LITERATURA INFANTOJUVENIL E MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO.
MERIELY GONÇALVES DE BASTOS 
 RA: 3398616958
“A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAÇÃO DE ALUNOS LEITORES LETRADOS.”
NOME DO TUTOR: GLAUCINEI DUTRA GALVÃO
GOIÂNIA - GO 
2017
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem por finalidade destacar a importância da literatura infantil na formação de alunos leitores, pois quando se tem seriamente convencido a importância da leitura e dos livros para a formação de futuros alunos leitores letrados, seja ela individual, social e cultural, melhor será a contribuição do professor. Visto que o professor está em constante busca de aprendizado, consciente de como é primordial a leitura tanto para sua formação de qualidade, quanto em desenvolver práticas que estimulem o hábito de ler e criar estímulos para que se construam atitudes comuns para que o aluno possa gostar de ler, desenvolvendo práticas prazerosas, através de uma didática dinâmica e incentivadora, construindo um ambiente propicio e acolhedor. Pois os alunos devem possuir ambientes adequados que proporcionam o contato com a leitura, seja na sala de aula ou na biblioteca.
A diversidade que se pode apresentar uma leitura seja na roda de leitura, em uma contação de estórias ou em uma narração envolvendo os alunos, a imaginação de se criar algo atrativo em seus ambientes favorece a interação da leitura. Os professores devem trabalhar de maneira prazerosa a inserção da literatura infantil, fazendo a leitura de textos literários sejam atividades diárias, pois professores que se dedicam significativamente desenvolvem melhor envolvimento na leitura de seus alunos. 
As atividades literárias acontecem também com participação da família, pois as crianças já trazem algum contato com o mundo da literatura, visto que as famílias que participam ativamente na formação de seus filhos, seja na participação de contação de estórias, estimulando a ler, recontando-as é de fundamental importância essa participação da família nas atividades literárias, contribuindo de forma satisfatória para a formação do futuro leitor letrado. A literatura infantil abre portas para o mundo do imaginário, ajudando a criança a desenvolver a imaginação, emoção e sentimentos de forma prazerosa e significativa, além de contribuir na capacidade de expressar melhor suas ideias. 
Abrangendo na produção acadêmica a construção de instrumento de intervenção pedagógica como estratégia contribuindo para a inserção da literatura infantil na rotina do educando de forma lúdica e prazerosa através de uma metodologia voltada para o brincar mediado pelo educador visando uma aprendizagem enriquecedora e significativa. Desta forma, será abordada a conscientização e valorização da importância do brincar e da literatura infantil na formação de alunos leitores futuros letrados. 
PASSO 1 - Como podemos definir o brincar? - Quais os benefícios do brincar para a Educação Infantil? 
O brincar é uma atividade difícil de ser caracterizada por seu caráter subjetivo, social e livre, pois não é possível obrigar ninguém a entrar na brincadeira, pois possui regras e uma situação imaginária, é a atividade dominante na infância, e é por meio dela que as crianças começam a aprender. Percebe-se então a importância dessa atividade para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, e, consequentemente, para as instituições de educação infantil.
A zona de desenvolvimento proximal é um conceito importante da teoria de Vigotski (2007). O autor determina dois níveis de desenvolvimento: o real, representando o que a criança já consegue realizar sozinha, e o potencial, que significa aquelas atividades que a criança tem capacidade de realizar, mas ainda não o faz. A zona de desenvolvimento proximal, ou ZDP, se encontra entre esses dois níveis de desenvolvimento, ela representa o que a criança consegue realizar, mas contando com a ajuda de um mediador. O que está na ZDP hoje, amanhã pode ser desenvolvimento real. Ou seja, é essencial para o aprendizado criar a zona de desenvolvimento proximal. Entendemos que o brincar é importante para o desenvolvimento da criança e Vigotski (2007) confirma essa afirmação. O autor coloca que o brincar é uma atividade que estimula a aprendizagem pois cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança.
O conceito de zona de desenvolvimento proximal nos apresenta também a importância da mediação da brincadeira. É por meio dela que a ZDP é criada. O brincar, assim como quase todas as nossas ações, é mediado, por um contexto. No contexto das escolas de educação infantil essa questão deve ser bem observada ao pensar na qualidade das brincadeiras a serem vividas naquele ambiente. Deve-se levar em conta que tudo ao redor da criança é capaz de estimular e enriquecer as brincadeiras, ou o contrário. A mediação no contexto da escola se destaca das mediações cotidianas pela intencionalidade da ação. As formas de mediação da professora são decisivas para garantir que as crianças realmente brinquem na escola, interajam com seus colegas, imaginem, criem regras, utilizem brinquedos diferentes, de formas diferentes, em ambientes que estimulem a imaginação. 
PASSO 2. Refletir sobre os objetivos da brinquedoteca, a importância da mediação do profissional que atua nesse ambiente e a relevância dos jogos e brinquedos disponibilizados na brinquedoteca:
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A criação da brinquedoteca foi um marco legitimador e histórico da importância do brincar para a criança. É uma conquista para a sociedade e, em especial, para a criança que, assim, aprende de forma mais harmoniosa e prazerosa. Para que seja prestado um serviço de qualidade, não se pode esquecer que o aperfeiçoamento dos profissionais que irão trabalhar junto a brinquedoteca é de extrema importância, visto que a brinquedoteca é um espaço criado para favorecer a brincadeira, é um espaço em que as crianças (e os adultos) vão para brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de suas potencialidades e descobrimento de outras. Este brincar acontece de forma livre mais com um objetivo proposto pelo (a) brinquedista para cada brincadeira, no intuito de ensinar ou desenvolver determinadas habilidades. 
Segundo Kishimoto (1990) apud Carvalho (2011, p. 28); “Atualmente as brinquedotecas são consideradas espaços de animação sociocultural que se encarregam da transmissão da cultura infantil bem como do desenvolvimento da socialização, integração e construção de representações infantis”. É importante que a brinquedoteca tenha um espaço físico adequado com brinquedos e materiais diversificados, que levem em conta as necessidades e as características do desenvolvimento infantil. É fundamental que os brinquedos e os jogos e outros objetos estejam disponíveis ao acesso das crianças, a fim de estimulá-las a brincarem. A brinquedoteca deve estar repleta de brinquedos, CD’s e livros em várias quantidades, de modo que os usuários possam tanto utilizá-los no próprio local ou tomá-los emprestado. Esta atitude fará com que a criança desde pequena seja responsável e aprenda a cuidar dos seus objetos. Sendo assim, uma brinquedoteca não deve ser construída com simples o intuito de “passar o tempo”, mas sim, de aproveitá-lo juntos às crianças, sem esquecer-se da presença fundamental do educador devidamente capacitado, com espírito inovador que atenda todos os alunos, que cuide dos diversos detalhes necessários para o enriquecimento da brinquedoteca.
Pensando neste propósito de interação e em resgatar momentos de descontração para as crianças devido à falta de tempo e recursos financeiros que os pais, por vezes, não têm, percebem a necessidade de criar uma brinquedoteca dentro das escolas, nos hospitais, creches e locais públicos, que irá desenvolver atividadeslúdicas, principalmente com educandos da educação infantil. Este espaço deve ser criado para enriquecer a aprendizagem dos alunos, resgatarem diversas culturas acerca do brinquedo, contextualizar cada atividade, proporcionar o desenvolvimento cognitivo e intelectual, transformar este ambiente, que deve ser amplo, arejado, confortável, um lugar que eles encontrarão livros infantis, jogos interativos, atividades lúdicas e músicas de vários ritmos. O comprometimento dessas pessoas sejam elas profissionais ou voluntárias, é de extrema relevante para a prestação de um serviço de qualidade. Desse modo as pessoas que irão trabalhar em uma brinquedoteca devem possuir espírito de equipe, conhecer todas as funções, O brinquedista deve estar atento as necessidades que o educando tem de utilizar determinado brinquedo por várias vezes, respeitar os desejos a vontade dos mesmos. Este profissional deve fazer intervenções pertinentes, oferecer dá ideias que contribuirão com a aprendizagem das crianças, sugerir aos pais que participem das brincadeiras com seus filhos, respeitando o fato de errar na escolha de um brinquedo, deixarem que elas façam suas opções de modo a se tornarem independentes. Neste sentido ,Andrade (1992) afirma que: 
É assim que se forma um consumidor esclarecido, é assim que se aprende a governar a vida, o que pessoa alguma pode fazer por outra”. Perceber que, algumas vezes, as sugestões expressas pelos pais visam facilitar a resolução de alguns problemas com caso, solucionar dificuldades entre irmãos e irmãs de idades diferentes, simplificar o transporte dos jogos, evitar peças que possam se perder, entre outro. ( p.88)
PASSO 3. A importância da literatura para as crianças da Educação Infantil e reflita sobre os diferentes materiais e estratégias que podem ser utilizados no trabalho com a leitura e a contação de histórias com a faixa etária.
 	
A formação de alunos leitores é algo fundamental, objetiva-se mostrar o campo de possibilidades que a participação desde os primeiros anos da criança em um ambiente que lhe proporcione o contato com a leitura possa possibilitar capacidades cognitivas, afetivas, intelectuais que sejam motivadoras para a inserção no mundo da literatura infantil. 
A inserção da leitura propicia um melhor desenvolvimento no leitor, seja na oralidade, na escrita, na formação de leitores críticos, na percepção de mundo, no convívio social e pessoal. Para Fanny Abramovich (2008), “ler, para mim, sempre significou abrir todas as portas pra entender o mundo através dos olhos dos autores e da vivência das personagens..."
O processo de formação de alunos em conjunto com a literatura visa em um trabalho desafiador, pois é necessário formar alunos leitores fluentes capazes de interpretar, questionar, analisar e compreender o que está escrito explícito e ou implícito no texto. 
A literatura infantil em parceria com a leitura na formação de alunos leitores
compartilham do mesmo mundo, pois ambas são mágicas, lúdicas, questionadoras e desafiadoras. Juntas, elas fazem com que o professor englobe-as em uma aprendizagem significativa, tornando o aluno mais culto, desenvolvendo suas habilidades, atribuindo fantasia no processo de imaginação, criação e prendizagem pela leitura. Ao professor cabe despertar o “adormecido” no prazer pela leitura de maneira que motive seu aluno, deixando de lado que ler é uma simples obrigação.
O professor deve ser um leitor assíduo, mostrar interesse pela leitura,
conhecer as diferentes etapas de desenvolvimento, fazer escolhas apropriadas para a idade do aluno, disponibilizar livros diferentes, fazer leitura em voz alta, relatar estórias, apresentar livros, nomes de autores. Bamberger (1988, p.32) enfatiza o papel do professor como motivador para que ler seja um momento que tenha alegria para praticar as habilidades, prazer da atividade intelectual e domínio da habilidade mecânica.
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Passo 04. Analise a importância dos diferentes recursos tecnológicos na abordagem sobre a importância do brincar e da literatura para a Educação Infantil e refletir sobre o modo como eles podem ser utilizados na elaboração deste plano de ação. As escolas auxiliam esse trabalho, ao oferecer sala de recursos, onde os educadores possam ter acesso a materiais e equipamentos digitais e tecnológicos, em um ambiente preparado e específico.
A tecnologia tem sido aliada na execução de todos os tipos de tarefas e, assim como os demais recursos utilizados no trabalho pedagógico, é pensada pelo adulto educador, como meio para facilitar a relação ensino-aprendizagem. Estando, de fato, numa era digital, o aumento das possibilidades de informação e comunicação modifica o modo de vida e de aprendizagem por meios comuns no cotidiano da comunidade e das crianças, como por exemplo, o telefone, a televisão e o computador. Esses equipamentos tecnológicos alteram a capacidade de pensar e representar a realidade, em qualquer lugar do mundo, especificamente a educação, pois as atividades escolares passam a fazer par constante com o mundo virtual, acelerando, assim, o ritmo tanto do ensinar, quanto do aprender, e também da permanente adaptação às novas tecnologias, mídias, modelos e aplicativos.
O uso da tecnologia na educação já é uma realidade bem expressiva. Ela possibilita a interação das atividades tradicionais com as tecnologias da comunicação e informação dentro da sala de aula. Com base nos pilares do conhecimento e o saber tecnológico, o professor proporciona ao aluno um aprendizado mais amplo e significativo. Em conjunto, as novas tecnologias e as boas propostas pedagógicas são facilitadoras da aprendizagem, permitindo ao educando construir seu próprio conhecimento, tendo, portanto, papel ativo dentro e fora da sala de aula. 
Desde cedo, nas interações com as pessoas, o meio e a cultura, as crianças mostram esforços para compreender o mundo em que vivem por meio da ação lúdica. O educador precisa compreender a importância e necessidade de utilizar adequadamente as atividades lúdicas em conjunto com alguns recursos tecnológicos para alcançar os seus objetivos. É preciso valorizar a qualidade das atividades propostas, independente de quais sejam, em busca de avanços na interação e na comunicação entre os educadores e os educandos. Essa ponte estabelecida entre ambos demanda muito comprometimento e paciência, pois são fundamentais para direcionar as atividades e torná-las, além de atrativas, estimulantes do processo de interação e comunicação. 
Para as crianças que estão sendo inseridas na educação infantil, as atividades lúdicas com uso de tecnologias são muito importantes. Porém é preciso saber adequar a utilização desses recursos, reconhecer também, como recursos tecnológicos, todos os materiais já utilizados na escola como giz, lousa, caderno, livro, brinquedos, revistas entre outros e principalmente, oferecer em conjunto ambos os métodos, tanto nos momentos do brincar livre, quanto do brincar dirigido. 
Deste modo todo material e/ou equipamento utilizado pelos educadores, em suas praticas profissionais a fim de melhorar e aperfeiçoar o desenvolvimento em suas práticas de rotina em sala de aula são válidas, ressaltando a necessidade de atualização dos educadores na utilização da prática com recursos tecnológicos, conhecendo-os com uma maior intimidade mesmo que no campo pessoal, aprendendo a diferenciá-los em suas diversas utilidades para que possam perceber sua importância e potencialidade. Visto que a tecnologia é algo presente na vida de todas as pessoas, principalmente na atualidade e cabe aos educadores e a escola conhecê-las e trazê-las para dentro da instituição. É importante pensar nestes artefatos como instrumentos de aprendizagem dinâmicos, que diversifiquem o processo de ensino-aprendizagem, necessitando da interação das crianças e dos educadores, da troca de experiências e vivências, do registro de imagens e vozes desses momentos de comunicação da criança onde ela expõe suas opiniões e libera seu lado criativo.
TEMA: 
A importância do brincare da literatura infantil na formação de alunos leitores letrados. 
PROBLEMA: 
O professor deve aprimorar e valorizar suas aulas, envolvendo o aluno com práticas lúdicas, prazerosas em sala de aula para que ele possa despertar na criança quando adulto um leitor competente, que não veja o momento de leitura como obrigação. Nesse sentido, Aguiar (2001, p.134) salienta que “Formar leitores é tarefa complexa que desafia professores, bibliotecários e educadores em geral, especialmente nesta época tão dominada pelos meios de comunicação de massa, sobretudo pela televisão.”
OBJETIVOS: 
Refletir sobre importância do brincar e da literatura infantil na formação de alunos leitores, levando em consideração a participação de pais e professores nessa inserção da leitura. O presente trabalho tem por objetivo mostrar o campo de possibilidades que a participação desde os primeiros anos da criança em um ambiente que lhe proporcione o contato com a leitura, com o brincar livre e também as brincadeiras mediadas pelo profissional da educação, possibilitando as capacidades cognitivas, afetivas, intelectuais que sejam motivadoras para a inserção no mundo da literatura infantil.
JUSTIFICATIVA: 
É necessário e importante ser criança, ter tempo para brincar, socializar, olhar para o mundo com o olhar da criança, sem tantas pressões e responsabilidades. Brincar é preciso, é por meio dele que as crianças descobrem o mundo, se comunicam e se inserem em um contexto social, se o brincar é social, a criança não brinca sozinha, ela tem um brinquedo, um ambiente, uma história, um colega, um professor que media essa relação e que faz do brincar algo criativo e estimulante, ou seja, a forma como o brincar é mediado pelo contexto da escola é importante para que seja de qualidade e realmente ofereça a oportunidade de diferentes aprendizagens para a criança. 
O contexto social é importante para o brincar infantil. Mas não basta só brincar, é preciso que seja com qualidade, e para isso é importante prestar atenção aos agentes mediadores da atividade. É importante entender quando se fala em brincar é perceber a relevância de um brincar de qualidade, em um espaço adequado, com materiais interessantes para as crianças e que estimulem a criatividade. A mediação de um adulto, de outras crianças, ou dos próprios objetos que se encontram a disposição da criança faz a diferença nas brincadeiras, perceber suas necessidades e assim tentar entender e estimular a brincadeira. 
Para Vigotski (2007), a criança ao nascer já está imersa em um contexto social, e a brincadeira se torna importante para ela justamente na apropriação do mundo, na internalização dos conceitos desse ambiente externo a ela... De acordo com Brougère (2002) o brincar não pode ser separado das influências do mundo, pois não é uma atividade interna do indivíduo, mas é dotado de significação social. Para o autor a criança é um ser social e aprende a brincar. A brincadeira pressupõe uma aprendizagem social. 
Para que se possam formar alunos leitores competentes, fluentes, críticos, no qual possam dominar a leitura e a escrita, atribuindo o uso constante de sua prática, se faz necessário que pais e professores incentivem a leitura durante toda a infância. Esse primeiro contato com a literatura é primordial no desenvolvimento da criança, quanto mais estímulos ao mundo da literatura, melhor será a formação do pequeno leitor. É de grande importância a criança ser inserida no mundo da leitura pelos pais leitores, possibilitando o envolvimento, interesse e criando condições favoráveis para a aprendizagem.
Bem antes de a criança entrar na escola, ela já carrega consigo um contato cultural e social, propiciado pelos pais pela interação com a leitura, a fim de estimulá - la. Vygotsky citado em Maurício ( 2010, p.64) afirma que quando os pais ajudam e orientam a criança desde o início de sua vida, dão a ela uma atenção social mediada, a aprendizagem ganha significado e contribui para o bom desempenho da criança na sua vida escolar. 
Nessa perspectiva, os pais têm papel fundamental de propiciar o contato com a leitura de forma significativa e rica, facilitando o acesso no qual o professor desenvolverá com a leitura. Abramovich (2008, p.16-17) afirma:
Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter o caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo...
O PRIMEIRO CONTATO DA CRIANÇA COM UM TEXTO É FEITO ORALMENTE, através da voz da mãe, do pai ou dos avós, contando contos de fadas, trechos da Bíblia, histórias inventadas (tendo a criança ou os pais como personagens), livros atuais e curtinhos, poemas sonoros e outros mais[...] (ABRAMOVICH, 2008, p.16-17)
O contato com os livros propicia à criança ter uma compreensão melhor de si e do mundo que a cerca. O contato com diversas leituras, de forma que fascine e lhe seja prazerosa, favorece o hábito de leitura, para que as crianças possam criar e recontar as estórias que ouvem, possam manusear os livros com prazer e encantamento.
O professor deve ser o mediador entre a leitura e seus alunos. Abramovich (2008, p.17) ressalta:
É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... È ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... 
Porque, se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e passa a ser Didática, que é outro departamento (não tão preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo). ABRAMOVICH, 2008, p.17). 
As crianças apresentam sentimentos diversos quando estão ouvindo estórias como, por exemplo, a tristeza, medo, alegria etc. Esse momento de aprendizado permite que a criança faça suas interpretações, dê suas opiniões sobre o que foi lido e essa vivência contribua para criar autonomia dos pensamentos. Nessa visão, a literatura infantil tem papel importante na vida de qualquer criança, pois proporciona melhor desenvolvimento cognitivo.
 Abramovic (2008) enfatiza que “O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo (a mesma história ou outra). Afinal, tudo pode nascer dum texto!”
DEFINIÇÃO DAS AÇÕES E ESTRATÉGIA: 
A inserção e valorização da literatura infantil se faz necessário como uma ferramenta eficaz para o professor fazer um trabalho que leve a leitura a uma ação significativa na formação do leitor letrado, esse é o papel primordial na Educação infantil. Implica em todo o envolvimento que o professor dará a consolidação desse processo, a literatura exerce uma tarefa a ser cumprida socialmente, num papel transformador, seja na formação de leitores, no convívio natural entre leitor/livro e fantasia, potencializando o imaginário e a criatividade desses pequenos leitores e futuros letrados.
Contudo, a literatura infantil, seja apresentada por um conto de fadas, fábulas, gibis, mitos e ou lendas deve estar inserida na rotina de maneira prazerosa e ao mesmo tempo levada a sério. A literatura infantil é uma peça essencial para formar leitores, além de divertir, envolver e educar contribui na formação de leitores críticos, fluentes e pensantes. Avaliando essas contribuições, o professor deve aprimorar e valorizar suas aulas, envolvendo o aluno com práticas lúdicas, prazerosas em sala de aula para que ele possa despertar na criança quando adulto um leitor competente, que não veja o momento de leitura como obrigação. 
O professor deve ser um leitor assíduo, mostrar interesse pela leitura, conhecer as diferentes etapas de desenvolvimento, fazer escolhas apropriadas para a idade do aluno, disponibilizar livros diferentes, fazer leitura em voz alta, relatar estórias, apresentar livros, nomes de autores. Ler com prazer, desperta no aluno um mundo depossibilidades, de encantamento, de poder descobrir o mundo enorme de conflitos, de impasses, de encontrar soluções, é despertar o imaginário, ter curiosidades a tantas perguntas, encontrar novas ideias para solucionar novas questões (como os personagens fazem), se identificar com os personagens os momentos relatados.
A ação docente poderia se tornar algo muito mais interativo e diversificado no processo ensino-aprendizagem, quando os recursos tecnológicos são de grande apoio e auxílio aos educadores que através dos mesmos, podem levar aos seus alunos qualidade de informação. Existem várias metodologias educacionais nessa área, que são muito atrativas e solicitam a interação da criança ao mesmo tempo em que ensinam, não por memorização, mas, com entendimento do que está sendo proposto. O educador com o material adequado pode tornar suas aulas mais interessantes e diversificadas, com conteúdos mais ricos e produtivos, obtendo, assim, melhor nível de aproveitamento e maior desenvolvimento social, cognitivo e psicológico dos alunos. mas também necessitam do “concreto” e do lúdico, onde são estimulados através de atividades livres, dirigidas, também com a utilização de recursos tecnológicos e digitais ou instrumentos tecnológicos tradicionais, como por exemplo, revistas, livros, lápis, giz, fantoches, entre outros. Esse campo de ensino é bem amplo, pois as crianças querem compreender tudo ao seu redor, as pessoas, os animais, a natureza é um mundo novo que se abre e ao qual eles precisam ter acesso.
MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS: 
O professor deve ter conhecimento de que criatividade e motivação são fundamentais, é importante enfatizar o lúdico para que seja bom o desempenho das práticas propostas e que consiga alcançar o que se espera da criança. A inserção de leituras possibilitará que se formem alunos leitores críticos. A escola é um dos espaços que se deve oferecer ambiente de leitura em variadas situações. O contato com o mundo literário, ao ouvir, manusear o livro pode despertar um interesse que contribuirá com a formação enquanto leitor e dará uma visão mais ampla do meio em que está inserido. Dessa maneira, o professor deve ter a literatura infantil como uma ferramenta eficaz na inserção do pequeno leitor. 
O professor conhecendo os processos, respeitando as faixas etárias, desenvolverá práticas de leitura que motivará os alunos a ler, despertará interesse pela leitura. Para que todo esse sucesso almejado aconteça, é preciso também que nas salas tenham espaços como “cantinho de leitura”, “projetos literários”. O acesso à biblioteca é outro fator importante para formação de um leitor e nela deve conter obras literárias diversas, um acervo rico, diversidade de gêneros e suportes. Ao poder ter contato com os livros de maneira prazerosa, de acordo com sua curiosidade e desejo, os alunos se sentirão motivados a ler, encontrarão muitos momentos que poderão requisitar ao professor obras que despertem interesse e vontade de conhecê-la. 
A brinquedoteca é um espaço onde o brincar torna-se significativo, deve ser vista como um local onde a prioridade é a liberdade de brincar. Pois através do lúdico, da brincadeira, a criança constrói seus próprios conceitos, troca experiências e passa a compreender de uma forma mais simplificada o “mundo real”. Muitos são os motivos que enfatizam a literatura infantil no processo de formação de leitores e não basta que a criança ouça apenas uma estória, mas que essa prática esteja nas suas rotinas, seja em casa com os pais e na escola com os professores.
 	
Abramovich (2008) afirma “ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores... é encantamento, maravilhamento, sedução...”
Mesmo sendo difícil essa percepção pelos gostos do aluno, que muitas vezes rejeita a leitura, como sendo um momento obrigatório, vista somente como obrigação a aprender, cabe ao professor saber avançar e desconstruir essa visão obrigatória em se aprender a ler, para que se possa caminhar em frente na obtenção de muito mais que só aprender a ler, construirá valores de reconhecimento da literatura, criando essa valorização, oportunizando condições favoráveis para esse processo para que se possam construir momentos prazerosos de leitura e vale ressaltar que esse processo também depende das condições que a escola favorece, como acesso à biblioteca, participação ativa da família, formação continuada para os professores e reconhecimento deles mesmos como leitores.
Cabe aos profissionais da educação ser mediadores da aquisição do conhecimento das crianças colocadas sob seu cuidado. Ele deve propor e mediar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas, sempre com a intenção de promover o desenvolvimento infantil.
Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (MACHADO, 2009, p. 23)
AVALIAÇÃO SOBRE AS AÇÕES DESENVOLVIDAS: 
Muitos são os motivos que enfatizam a literatura infantil no processo de formação de leitores e não basta que a criança ouça apenas uma estória, mas que essa prática esteja nas sua s rotinas, seja em casa com os pais e na escola com os professores. Abramovich (2008) afirma “ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores... é encantamento, maravilhamento, sedução...”
Mesmo sendo difícil essa percepção pelos gostos do aluno, que muitas vezes rejeita a leitura, como sendo um momento obrigatório, vista somente como obrigação a aprender, cabe ao professor saber avançar e desconstruir essa visão obrigatória em se aprender a ler, para que se possa caminhar em frente na obtenção de muito mais que só aprender a ler, construirá valores de reconhecimento da literatura, criando essa valorização, oportunizando condições favoráveis para esse processo para que se possam construir momentos prazerosos de leitura e vale ressaltar que esse processo também depende das condições que a escola favorece, como acesso à biblioteca, participação ativa da família, formação continuada para os professores e reconhecimento deles mesmos como leitores.
A brinquedoteca deverá ser utilizada pelos educadores e/ou responsáveis para desenvolverem a aprendizagem dos alunos através das brincadeiras, oficinas, jogos, estimulador motor e de raciocínio lógicos nas crianças. É objetivo de a brinquedoteca possibilitar o desenvolvimento mental, psicológico, social, físico da criança por meio do lúdico. Não devendo ser usada para induzir comportamentos colaborativos ou para forçar procedimentos, pois a criança será mais colaborativa, quanto mais relaxada e alegre estiver, o brincar livre e espontâneo deve ser priorizado e favorecido. É importante estabelecer uma relação com os pais fazendo com que eles participem das atividades da brinquedoteca, conheça um pouco do brinquedo, o que pode contribuir para a aprendizagem dos seus filhos.
REFERÊNCIAS
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BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. 4. ed. São Paulo:
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BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
BRUNER, J. S. A Cultura da Educação. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001
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PIAGET, Jean. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
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