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PSICOMOTRICIDADE Psicomotricidade Brinquedos e jogos pedagógicos

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SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR 
Formando Empresas e Pessoas de Sucesso 
CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL 
Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos 
 
 
Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG 
(38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 1 
PSICOMOTRICIDADE/ 
BRINQUEDOS E JOGOS 
PEDAGÓGICOS 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO 03 
A PSICOMOTRICIDADE: DEFINIÇÃO 04 
O PSICOMOTRICISTA 16 
A IMPORTANCIA DA PSICOMOTRICIDADE 17 
ATIVIDADES PROPOSTAS 19 
A LINGUAGEM DO CORPO (SANTOS, 2004) 20 
ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDO BARBOSA (2008) 25 
ETAPAS DO ESQUEMA CORPORAL 30 
ATIVIDADES PROPOSTAS 32 
ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE DE ACORDO COM SANTOS (2004) 33 
ATIVIDADES PROPOSTAS 50 
CARACTERÍSTICAS DE ACORDO COM A IDADE (SANTOS 2008) 51 
CRESCIMENTO FÍSICO E PSICOMOTOR DEPOIS DOS DOIS ANOS. 63 
ATIVIDADES PROPOSTAS 72 
O DESENVOLVER DO ESQUEMA CORPORAL (SANTOS, 2004) 73 
ATIVIDADES PROPOSTAS 75 
A EDUCAÇÃO PSICOMOTORA SEGUNDO BARBOSA (2008) 76 
ATIVIDADES PROPOSTAS 86 
PSICOMOTRICIDADE NA ESCOLA 87 
PSICOMOTRICIDADE E O JOGO 89 
EDUCAÇÃO PSICOMOTORA COMO PARTE INTEGRANTE DE TODA A 
ATUAÇÃOPEDAGÓGICA SEGUNDO SANTOS (2004) 
92 
ATIVIDADES PROPOSTAS 127 
AÇÃO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA INFANTIL 128 
O USO DE BRINQUEDOS, JOGOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS 136 
ATIVIDADES PROPOSTAS 150 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 155 
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Apresentação 
Criada em 2010 por executivos, consultores e professores com ampla bagagem no 
meio educacional e empresarial, o Sistema Empresarial Cezar - SEC traz uma gama 
de cursos antenados com a tendência do mercado na qual ressaltamos nosso 
compromisso com uma educação de qualidade e comprometida com a formação 
continuada do ser humano, afixando assim sua marca no cenário mineiro 
Por que estudar no SEC? O aluno terá um investimento com retorno de qualidade, 
sustentabilidade, qualificação com 100% de aproveitamento, inovações tecnológicas, 
maior acessibilidade, ferramentas garantidoras de inserção e permanência no 
mercado de trabalho 
Nossa Visão: Ser referência na área educacional mineira 
Nossa Missão: Oferecer cursos profissionalizantes, programas lato sensu e stricto 
sensu de qualidade a preços acessíveis, visando à formação continuada do ser 
humano 
Nossos Valores: Comprometimento, Ética, Responsabilidade, Respeito e 
Transparência 
Professora Especialista 
Celeste Pimentel 
 
Graduada em Pedagogia pelas Faculdades Associadas Soares de Barretos – São 
Pulo Pós-Graduada em Psicopedagogia, Supervisão e Inspeção Escolar, Educação 
Inclusiva e Especial, e Pedagogia Social. 
 
Experiência Profissional 
Escolas Estaduais – Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais 
Período: Desde 01/03/1992 
Cargos: Professor Apoio aluno incluído – Regente de turma Educação Especial 
Atividades Desenvolvidas: Docência na Educação Especial: - Reeducação pedagógica 
(sala de recursos) Entre outras 
 
A Diretoria do SEC da às Boas Vindas a seus alunos! 
 
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 A PSICOMOTRICIDADE 
 
Definição 
 
Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através 
do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como 
suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo 
mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das 
aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. A psicomotricidade destaca então, a 
relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade (Sociedade Brasileira de 
Psicomotricidade,1999). 
 
É um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e 
integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de 
sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. 
 
“A Educação psicomotora deve ser considerada como uma educação básica 
para a escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré-escolares e 
escolares: estas não podem ser conduzidas a bom termo se a criança não tiver 
conseguido tomar consciência de seu corpo, lateralizar-se, situar-se no espaço, 
dominar o tempo; se não tiver adquirido habilidade suficiente e coordenação de 
seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve constituir privilégio 
desde a mais tenra infância; conduzida com perseverança, permite prevenir 
ceras inadaptações sempre difíceis de melhorar quando já estruturadas...” 
(BARBOSA, 2008). 
 
 
Em 1982 a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora, atual Sociedade 
Brasileira de Psicomotricidade, propôs uma definição bastante abrangente do que vem 
a ser Psicomotricidade: “Psicomotricidade é uma ciência que tem por objetivo o estudo 
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do homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com seu mundo interno 
e externo”. 
 
Assim vem a ser a área que se ocupa do corpo em movimento. Mas não 
podemos esquecer que o corpo é um dos instrumentos mais poderosos que o sujeito 
tem para expressar conhecimentos, idéias, sentimentos e emoções. É ele que une o 
indivíduo com o mundo que lhe dá as marcas necessárias para que se constitua como 
sujeito (BARBOSA, (2008). 
 
Nos seus primórdios, a Psicomotricidade, compreendia o corpo nos seus 
aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e 
sincronizando-se no espaço e no tempo, para emitir e receber significados. Hoje, a 
Psicomotricidade é o relacionar-se através da ação, como um meio de tomada de 
consciência que une o ser 
corpo, o ser mente o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. 
 
 E assim está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo 
utiliza seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoa com problemas motores 
passa a apresentar problemas de expressão. Conquistando uma expressão 
significativa, já que se traduz em solidariedade profunda e original entre o pensamento 
e a atividade motora. 
 
Vitor da Fonseca (1988) comenta que a Psicomotricidade é atualmente 
concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação 
inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a 
consciência se formae se materializa. 
 
Segundo Núñes e Vidal (1994): a Psicomotricidade é a técnica ou grupo de 
técnicas que tendem a interferir no ato intencional significativo, para estimular ou 
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modifica-lo, usando como mediadores a atividade corporal e sua expressão simbólica. 
O objetivo, por conseguinte, é aumentar a capacidade de interação do sujeito com o 
ambiente. 
 
Trata-se de um foco da intervenção educacional ou terapia cujo objetivo é o 
desenvolvimento da capacidade motriz, expressivas e criativas a partir do corpo, o que 
o leva centrar sua atividade e se interessar pelo movimento e o ato, que é derivado da: 
disfunções, patologias, excitação (estímulos), aprendizagem, etc. 
 
Para Muniáin (1997, citado por Pantiga, 2002) : a Psicomotricidade é uma 
disciplina educativa / reeducativa / terapêutica. Concebeu como diálogo que considera 
o ser humano como uma unidade psicossomática e que atua sobre a sua totalidade 
por meio do corpo e do movimento no ambiente, por meio de métodos ativos de 
mediação principalmente corporal, com o propósito de contribuir para o seu 
desenvolvimento integrante. 
 
A psicomotricidade destaca a relação existente entre a motricidade, a mente e 
a afetividade e procura facilitar a abordagem global da criança por meio de uma 
técnica. 
 
Nesse sentido, De Meur e Staes (1989) referem que a psicomotricidade foi 
evoluindo.Começou por estudar o desenvolvimento motor, depois a relação entre o 
atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criança, mais tarde o 
desenvolvimento da habilidade manual e aptidões em função da idade, para 
atualmente, estudar também as ligações com a lateralidade, com a estruturação 
espacial e a orientação temporal e as 
relações das dificuldades de aprendizagem escolares de crianças de inteligência 
normal. Os autores alertam também para a tomada de consciência das relações 
existentes entre o gesto e a afetividade, como por exemplo, o fato de uma criança 
segura de si caminhar de forma muito diferente de uma criança tímida. 
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Assim, a psicomotricidade como ciência da educação procura educar o 
movimento, ao mesmo tempo em que envolve as funções da inteligência. Portanto, o 
intelecto se constrói a partir do exercício físico, que tem uma importância fundamental 
no desenvolvimento não só do corpo, mas também da mente e da emotividade. Sem o 
suporte psicomotor, o pensamento não poderá ter acesso aos símbolos e à abstração. 
 
De acordo com Santos (2004) portanto trata-se da ciência que estuda o homem 
através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo e 
de suas possibilidades de perceber, atuar e agir com o outro, com os objetos e 
consigo mesmo. Está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem 
das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. 
 
A estimulação do desenvolvimento psicomotor é fundamental para que haja 
consciência dos movimentos corporais integrados com a emoção e expressados pelo 
movimento, o que proporciona ao ser uma consciência de indivíduo integral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Breve histórico da Psicomotricidade 
 
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Para Santos (2004), o primeiro corte epistemológico procura superar o 
dualismo cartesiano, utilizando práticas reeducativas determinadas pelo conceito de 
correspondência entre paralelismo mentalmotor. 
 
Nessa etapa a influência da neuropsiquiatria é determinante numa clínica 
centrada no aspecto motor e num corpo instrumental, servindo como ferramenta de 
trabalho para o reeducador que se propõe a concertá-lo. 
 
Nesse segundo corte, tem grande valor as contribuições do âmbito psicológico, 
especialmente da psicologia genética, passando a considerar a passagem do motor 
para corpo, aonde este corpo passa a ser um instrumento de construção da 
inteligência humana. 
 
Aqui o olhar já não está mais situado no motor, mas num corpo em movimento, 
um corpo produtor de sua ação da vida intelectiva. Já não se trata mais de uma 
reeducação, mas de uma terapia psicomotora que opera num corpo, que se desloca, 
que constrói a realidade, que conhece que sente, que se emociona e cuja emoção 
manifesta-se tonicamente. 
 
O tônus muscular, as posturas, os gestos e a emoção como representante de 
ordem psíquica do corpo, seriam produções do corpo a serem abordadas num 
enfoque terapêutico. Este enfoque global do corpo da pessoa: uma dimensão 
funcional, uma dimensão cognitiva e outra dimensão tônica-emocional. 
 
Com a contribuição da teoria psicanalítica, surge uma virada conceitual que já 
não centra seu olhar num corpo em movimento mas num sujeito com seu corpo em 
movimento. Já não se trata mais de um sujeito visto como uma “globalidade”, mas de 
um sujeito dividido contendo um corpo real, imaginário e simbólico. 
 
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Esse corte vem fundar uma clínica psicomotora centrada no corpo de um 
sujeito desejante, não mais numa terapêutica fundamentada em objetivos e técnicas. 
A inclusão do inconsciente no âmbito psicomotor traz conseqüências teórico-clínicas. 
 
Ao longo da história do âmbito psicomotor observamos diferentes transições: 
do motor ao corpo, deste ao sujeito com um corpo em movimento. É da concepção 
que se postule acerca do sujeito que irá depender a prática clínica que se leve a 
termo. Atualmente encontramos a reeducação psicomotora, a terapia psicomotora e a 
clínica psicomotora. 
 
A psicomotricidade está associada ao processo de evolução do corpo, que é o 
objeto e sujeito de estudo dessa ciência. 
 
As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a 
um enfoque eminentemente neurológico. Somente em 1907, Ernest Dupré, a partir de 
seus estudos clínicos na observação de pacientes com debilidade mental e debilidade 
motora, dá partida à psicomotricidade. 
 
De 1907 a 1947, a psicomotricidade ainda muito superficial, ia integrando os 
trabalhos de Freud (1913), de Wallon (1934) e de Piaget (1936). Em contrapartida 
recebeu a influência de pedagogos, como Montessori (1936), Descendres, Decloy e 
outros. 
 
Entre 1947 e 1959 fica clara a passagem da Psicomotricidade do campo 
exclusivo da neurologia e da pedagogia para uma aliança com a psiquiatria, e a 
utilização do movimento humano com fins reeducativos e terapêuticos foiconquistando numerosos adeptos. Logo após, na França, em 1963, se institui o 
primeiro curso universitário de Psicomotricidade. 
 
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No Brasil, a história da psicomotricidade vem acontecendo de maneira 
semelhante à história mundial. Os primeiros documentos registram seu nascimento na 
década de 50. 
Em 1980 surgiu a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora que mais tarde 
muda seu nome para Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP). 
 
Em termos de matriz teórica, a psicomotricidade compreende, em síntese, um 
ramo interdisciplinar de conhecimentos, no qual se cruzam várias contribuições 
científicas. Contém conceitos teóricos e aplicações práticas de várias ciências como a 
Psicologia, a Psicanálise, a Psiconeurologia, a Pedagogia, a Psiquiatria, entre outras, 
que convergem os seus interesses no estudo do movimento, com o objetivo de dar 
qualidade de vida ao ser humano. Vários autores deram uma importante contribuição 
para as bases teóricas da Psicomotricidade, analisando as relações complexas entre o 
movimento e o pensamento, e entre o corpo e o cérebro como: Dupré, Wallon, Piaget, 
Ajuriaguerra, Paillard, Bernshtein, Luria, Sperry, Eccles, Gardner, Damásio, Fonseca, 
entre muitos outros. 
 
Barbosa (2008) declara que É principalmente por meio do seu desenvolvimento motor 
que a criança deixa de ser a criatura frágil da primeira infância e se transforma numa 
pessoa livre e independente do auxílio alheio. As atividades motoras desempenham 
também um papel importantíssimo em muitas das suas primeiras iniciativas 
intelectuais, enquanto explora o mundo que a rodeia, com os olhos e com as mãos, 
fornecendo-lhe também os meios pelos quais fará grande parte dos seus contactos 
sociais com outras crianças.Durante a vida inteira, a visão de uma pessoa tem de si 
mesma é influenciada pela sua percepção do próprio corpo e suas propriedades, da 
própria força e liberdade no desempenho de atividades físicas (JERSILD,1902,P.108). 
 
 
Características do Desenvolvimento motor 
 
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Quando a criança já adquiriu a capacidade de andar sozinha, o progresso de 
suas habilidades motoras específicas depende, mais do que antes, de oportunidades 
especiais. 
 
Entretanto, dentro de amplos limites, as crianças educadas em ambientes 
semelhantes apresentam bastante uniformidade na passagem de um nível de 
desempenho a outro na aquisição de novas habilidades para seu repertório. Estudos 
demonstram que as crianças que não tiveram a oportunidade de adquirir determinada 
habilidade tenderão a passar por etapas semelhantes às atravessadas pelas crianças 
que adquiriram mais cedo a mesma habilidade. Entretanto, quando a criança mais 
velha tem oportunidade para isso,é provável que atravesse mais rapidamente as 
etapas preliminares. 
 
Andar, correr e saltar resume o progresso das crianças em certas habilidades 
locomotoras, após ter aprendido a andar. 
 
A Psicomotricidade é uma ciência que possui uma importância cada vez maior 
no desenvolvimento global do indivíduo em todas suas fases, principalmente por estar 
articulada com outros campos científicos como a Neurologia, a Psicologia e 
Pedagogia. Isso acontece porque a Psicomotricidade, se preocupando com a relação 
entre o homem e o seu corpo, considera não só aspectos psicomotores, mas os 
aspectos cognitivos e sócio-afetivos que constituem o sujeito. 
 
 
 
O desenvolvimento psicomotor 
 
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Compreende-se o desenvolvimento psicomotor como a interação existente entre o 
pensamento, consciente ou não, e o movimento efetuado pelos músculos, com ajuda 
do sistema nervoso (Conceição, 1984). 
 
O desenvolvimento psicomotor da criança é, sem dúvida, indispensável para se 
entender a psicomotricidade. O esclarecimento do desenvolvimento dos processos 
mentais teve a contribuição de numerosos autores como: Freud, Gallahue e Ozmun, 
Piaget, Vigotsky e Wallon. 
 
O desenvolvimento psicomotor abrange o desenvolvimento funcional de todo o 
corpo e suas partes. Geralmente este desenvolvimento está dividido em vários fatores 
psicomotores. Segundo Fonseca (1995), apresenta 7 fatores, os quais são a 
tonicidade, o equilíbrio, a lateralidade, a noção corporal, a estruturação espácio-
temporal e praxias fina e global. 
 
A tonicidade, que indica o tônus muscular, tem um papel fundamental no 
desenvolvimento motor, é ela que garante as atitudes, a postura, as mímicas, as 
emoções, de onde emergem todas as atividades motoras humanas. 
 
O equilíbrio reúne um conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e 
dinâmicas (com movimento), abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das 
aquisições de locomoção. O equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio 
conseguido em determinada posição, ou de apresentar a capacidade de manter certa 
postura sobre uma base. O equilíbrio dinâmico é aquele conseguido com o corpo em 
movimento, determinando sucessivas alterações da base de sustentação. 
 
A lateralidade traduz-se pelo estabelecimento da dominância lateral da mão, 
olho e pé, do mesmo lado do corpo. Ela se refere ao espaço interno do indivíduo, 
capacitando-o a utilizar um lado do corpo com maior desembaraço, e, surge no fim do 
primeiro ano de vida, mas só se estabelece fisicamente por volta dos 4-5 anos. 
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A formação do "eu", compreende o desenvolvimento da noção ou esquema 
corporal, este, constitui um elemento básico indispensável para a formação da 
personalidade da criança. “É a representação relativa global, científica e diferenciada 
que a criança tem de seu próprio corpo” Wallon H. (1969). Através da noção ou 
esquema corporal que a criança toma consciência de seu corpo e das possibilidades 
de expressar-se por seu intermédio. 
 
A estruturação espácio-temporal decorre como organização funcional da 
lateralidade e da noção corporal, uma vez que é necessário desenvolver a 
conscientização espacial interna do corpo antes de projetar o referencial 
somatognósico no espaço exterior (Fonseca, 1995). 
 
Este fator emerge da motricidade, da relação com os objetivos localizados no 
espaço, da posição relativa que ocupa o corpo, enfim das múltiplas relações 
integradas da tonicidade, do equilíbrio, da lateralidade e do esquema corporal. A 
estruturação espacial leva atomada de consciência pela criança, da situação de seu 
próprio corpo em um determinado meio ambiente, permitindo-lhe conscientizar-se do 
lugar e da orientação no espaço que pode ter em relação às pessoas e coisas. 
 
A estruturação temporal é a capacidade de situar-se em função: 
 
 Da sucessão dos acontecimentos: antes, após, durante; 
 
 Da duração dos intervalos: noções de tempo longo, de tempo curto (uma hora, um 
minuto); noções de ritmo regular, de ritmo irregular (aceleração, freada); noções de 
cadência rápida , de cadência lenta (diferença entre a corrida e o andar); 
 
 
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 Da renovação cíclica de certos períodos: os dias da semana, os meses, as 
estações; 
 
 Do caráter irreversível do tempo: “já passou...não se pode mais revive-lo”, “você 
tem cinco anos...vai indo para os seis anos...quatros anos, já passaram”!, noção 
de envelhecimento (plantas, pessoas). 
A praxia tem por definição a capacidade de realizar a movimentação voluntária 
pré-estabelecida como forma de alcançar um objetivo. A praxia global esta relacionada 
com a realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se 
desenrolam num determinado tempo e que exigem a atividade conjunta de vários 
grupos musculares. Já a praxia fina compreende todas as tarefas motoras finas, onde 
associa a função de coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da 
atenção, e durante a fixação da atenção e manipulação de objetos que exigem 
controle visual, além de abranger as funções de programação, regulação e verificação 
das atividades preensivas e manipulativas mais finas e complexas. 
 
De acordo com Santos (2004) o desenvolvimento motor vem a ser o resultado da 
maturação de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do 
sistema nervoso central, crescimento dos ossos e músculos. 
 
São portanto comportamentos não aprendidos que surgem espontaneamente 
desde que a criança tenha condições adequadas para exercitar-se. Esses 
comportamentos não se desenvolverão caso haja algum tipo de distúrbio ou doença. 
Podemos notar que crianças que vivem em creches e que ficam presas em seus 
berços sem qualquer estimulação não desenvolverão o comportamento de sentar, 
andar na época adequada e, que futuramente poderão apresentar problemas de 
coordenação e motricidade. 
 
Uns desenvolvimentos satisfatórios das principais funções psicomotoras 
proporcionam uma boa estruturação do esquema e da imagem corporal, que levará 
ao reconhecimento do próprio corpo, assim como uma boa evolução da preensão, da 
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coordenação óculo-manual, do desenvolvimento da função tônica, da postura em pé e 
reflexos da estruturação espaço-temporal e outros. 
 
Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo não ocorre mecanicamente, são 
aprendidos e vivenciados inicialmente junto a família, onde a criança aprende a formar 
a base da noção de seu “eu corporal”. 
 
Não podemos esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na 
fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal 
estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de 
coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de reações 
negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser algo tão 
simples, mas poderá originar sérios problemas de motricidade que serão manifestados 
através do comportamento. 
 
Dentre as várias classificações existentes sobre o desenvolvimento humano 
iremos citar o de Gesell, que partindo de uma observação descritiva, dedicou-se a 
determinar mudanças produzidas na evolução, relacionando-as com as idades 
cronológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O Psicomotricista 
 
O Psicomotricista é um profissional habilitado com curso superior da área da 
saúde e da educação que previne, avalia, trata e estuda o indivíduo na aquisição e no 
desenvolvimento de transtornos psicomotores. Atua na Educação, Clínica 
(Reeducação, Terapia), Consultoria, Supervisão e Pesquisa, atendendo a: crianças 
em fase de desenvolvimento, bebês de alto risco, crianças com dificuldades/atrasos no 
desenvolvimento global, pessoas portadoras de necessidades especiais: deficiências 
sensoriais, motoras, mentais e psíquicas, família e a 3ª idade. 
 
São competências do psicomotricista: avaliação do perfil e do desenvolvimento 
psicomotor; domínio de modelos e técnicas de habilitação e reabilitação psicomotora 
em populações especiais ou de risco; prescrição, planejamento, avaliação, 
implementação e reavaliação de programas de Psicomotricidade; formação, 
supervisão e orientação de outros técnicos; consultoria e organização de serviços 
vocacionados para a Psicomotricidade; proposta de adaptações envolvimentais 
(familiares e escolares) susceptíveis de maximizarem as respostas reeducativas ou 
terapêuticas decorrentes da intervenção direta. 
O mercado de trabalho deste profissional estende-se a creches, escolas, 
escolas especiais, clínicas multidisciplinares, consultórios, clínicas geriátricas, postos 
de saúde, hospitais, empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
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A importância da Psicomotricidade 
 
A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e 
estruturação do esquema corporal, o que facilitará a orientação espacial. A educação 
física e sua relação com a Psicomotricidade estão baseadas nas necessidades das 
crianças. Com a educação psicomotora, a educação física passa a ter como objetivo 
principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma 
criança. 
 
O Desenvolvimento Psicomotor, faz-se necessário compreender a ação da Pré-
Escola na estimulação do desenvolvimento psicomotor da criança, não como um 
trabalho estanque no currículo pré-escolar, mas sim com um cuidado especial da 
professora em oferecer através das atividades livres e criadoras do dia-a-dia da Pré-
Escola, estímulos ao desenvolvimento das percepções e dos movimentos, não se 
perdendo de vista o se como um todo, único e essencialmente psicológico e social. 
Isto é, as atividades planejadas para propiciar o desenvolvimento psicomotor não 
podem ignorar o fato de que no momento em que são realizadas, a criança está viva, 
em estado de alerta e susceptível de incorporar atitudes positivasou negativas em 
relação a elas e formar pontos de vista a respeito do seu desempenho. 
 
Ou seja, se a atividade realizada for de sua escolha e permitir a livre 
expressão, ela estará desenvolvendo atitudes de iniciativa, responsabilidade, direção 
da própria atividade e criatividade, mas se o trabalho proposto se resumir a fazer a 
criança seguir linhas, cobrir pontinhos ou áreas pré-determinadas, a criança estará 
aprendendo a executar tarefas sem considerar se os motivos que as originam sejam 
verdadeiros como provenientes de necessidades sua, ou não; estará limitando-se a 
riscar uma linha qualquer,numa direção determinada, em vez de estar fazendo 
desenhos,com várias diferentes linhas, em muitas direções, comandadas pelo seu 
próprio pensamento e com a finalidade de lazer e registro de idéias; estará 
possivelmente, comparando os padrões do desenho do adulto com o seu e formando 
uma barreira de defesa que não a permitirá mais arriscar-se em suas garatujas com 
medo de sentir-se ridicularizada;estará desperdiçando tempo de crescimento para o 
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desabrochamento de sua personalidade integral; estará se transformando num 
autômato inconsciente que executa risquinhos, cobre e recorta pedacinhos de papel 
obedecendo ordens de tarefas iguais para toda a turma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ATIVIDADES PROPOSTAS 
 
1. COM SUAS PALAVRAS FORMULE UMA DEFINIÇÃO DE 
PSICOMOTRICIDADE. 
 
2. QUAL O OBJETIVO DA PSICOMOTRICIDADE COMO CIÊNCIA? 
 
 
3. QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA PSICANALÍTICA NO 
DESENVOLVIMENTO DA PSICOMOTRICIDADE? 
 
4. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO 
MOTOR? 
 
 
5. O QUE É O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A LINGUAGEM DO CORPO (SANTOS, 2004) 
 
Vayer & Toulouse (1985), citado por Bueno (1998), afirmam que não existe 
ação que não seja corporal. 
 
A corporeidade é a vivência do corpo na relação com o outro e com o mundo, 
condição básica para a qualidade de vida do indivíduo. É um dos canais mais 
importantes para facilitar essa relação. 
 
Para se construir a noção de corporeidade, a melhor forma para desenvolvê-la 
é por meio dos movimentos. E essa construção se dá pela estruturação da imagem 
corporal. A construção da imagem corporal do bebê vai construindo-se não apenas na 
sua história individual, mas também em suas relações com as pessoas que o cercam. 
Por meio do interesse demonstrado pelo outro em seu corpo, por ações, ou palavras e 
atitudes, vai-se fortalecendo pouco a pouco sua própria imagem corporal. 
 
A estruturação da imagem corporal também está diretamente relacionada ao 
objeto de amor ali investido, ou seja, a imagem da criança depende da qualidade do 
afeto que ela recebe. A psicomotricidade interessa-se pelo movimento que certo 
comportamento tônico subentende, quanto de diminuição do tônus trará a 
descontração muscular. As manifestações emocionais pertencem a uma ordem de 
preocupações muito antiga da Psicologia Clássica. Toda e qualquer emoção tem sua 
origem no domínio postural, por exemplo: para uma criança de 6 anos receber um 
grito de um adulto, fará com que ocorra um aumento da tensão, por conseguinte 
desencadeará reações emocionais que são traduzidas como mal-estar ou com sentir-
se meio mole, sem coordenação nas pernas, ou extremamente enrigecido 
muscularmente ocasionando até dores e contraturas musculares. 
 
A comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora, uma vez 
que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do 
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corpo, da gestualidade ela resiste a ser uma educação mecânica do corpo. Assim 
graças a língua, o homem vive num mundo de significações, os gestos querem dizer 
alguma coisa, o corpo tem um sentido que ele pode sempre interpretar e traduzir. 
 
Existem os comportamentos inatos que a criança manifesta, pois variadas 
formas desde o conceito corporal, que é o conhecimento intelectual sobre partes e 
funções; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e 
partes do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo. 
 
Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é 
a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A 
lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade 
desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo 
do desenvolvimento da experiência. 
 
Perceber que o corpo possui dois lados e que um é mais utilizado do que o 
outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não 
distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os dois 
braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam 
"direito" e "esquerdo". Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um 
pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criança 
tem noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos pares, 
apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas, 
mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com precisão quais são as partes direita e 
esquerda de seu corpo. As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa 
noção de espaço e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos 
objetos, às pessoas e aos sinais gráficos. 
 
 
 
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O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR INFANTIL BASEADO EM BARBOSA (2008) 
 
Capacidades físico-motoras O desenvolvimento motor na 1ª infância é bastante 
acelerado. Através de estímulos biológicos e do meio em que vive a criança passa de 
uma situação de dependência total, na realização de suas ações, a um estágio em que 
consegue movimentar seu corpo por si só; a postura eretae a locomoção de suas 
ações, a um estágio em que consegue movimentar seu corpo por si só; a postura 
ereta e a locomoção são aquisições fundamentais dessa fase da vida. Durante a idade 
escolar, o crescimento físico é mais lento do que em fases anteriores,mas o 
desenvolvimento motor é de natureza seqüencial: pode variar de acordo com as 
diferenças individuais de cada criança, porém a ordem é constante para todos os 
indivíduos. 
 
Para entendermos melhor o Desenvolvimento Motor, baseamo-nos no modelo 
apresentado por Gallahue (1998), para quem a aprendizagem de uma destreza motora 
é independente da idade. A criança da 1ª Infância caminha de um estágio inicial para o 
estágio maduro na aquisição de habilidades fundamentais por meio da estimulação 
motora. Ao explicarmos as quatro fases a seguir,daremos mais enfoque à terceira,pois 
é nela que se encontram as crianças da Educação Infantil. 
 
A 1ª fase é a do Movimento Reflexo e, como o próprio nome diz,é 
caracterizada pelos movimentos reflexos e involuntários do bebê, desde o seu 
desenvolvimento no útero até os 4 meses de vida aproximadamente. Possui dois 
estágios: o da Informação Codificada, que é responsável por respostas involuntárias 
para suprir às suas necessidades de nutrição e proteção; e o da informação 
Decodificada, que inicia o controle dos movimentos trocando as atividades sensório-
motoras pelo comportamento perceptivo-motor. 
 
A 2ª fase é a do Movimento Rudimentar, que se caracteriza pelos primeiros 
movimentos voluntários; eles são mutuamente determinados e possuem uma 
característica seqüencial altamente previsível no seu aparecimento. Fatores 
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biológicos e do meio ambiente é que determinam a variação do desenvolvimento de 
criança para criança. Também possui dois estágios:o de inibição do Reflexo, que está 
interligado ao último estágio da fase anterior, pois vai desde o nascimento até por volta 
de 1 ano de vida e se desenvolve à medida que os movimentos vão ficando mais 
elaborados, embora ainda se apresentem pobremente diferenciados e integrados e o 
estágio do Pré-Controle,aumenta o grau de precisão e controle dos movimentos de 
Manipulação, Locomoção e Estabilização. 
 
A 3ª fase é a do Movimento Fundamental, quando meninos e meninas 
começam a desenvolver um crescimento das habilidades motoras básicas. Nesta faixa 
etária, de 2 a 7 anos, as crianças estão na época das descobertas, na busca de como 
executar uma variedade de movimentos com maior fluidez e controle. Essa fase 
possui três estágios: 
 
• Estágio inicial representa a primeira tentativa de meta orientada da criança. Durante 
esse estágio, a orientação espacial e temporal do movimento é pobre, marcada pelo 
uso restrito ou exagerada do corpo com pouca coordenação e ritmo. 
 
• Estágio Elementar envolve um maior controle e coordenação rítmica dos 
movimentos fundamentais e melhor orientação temporal e espacial. 
 
• Estágio Maduro é caracterizado pela eficiência mecânica, coordenação e execuções 
controladas dos movimentos fundamentais. 
 
A 4ª fase é a do Movimento Especializado, em que os movimentos, em vez de serem 
identificados como aprendizagem, passa a ser uma ferramenta que pode ser aplicada 
a uma variedade de habilidades, agora progressivamente refinadas, combinadas e 
elaboradas. 
Inicia-se por volta dos sete anos de idade e se aprimora pelo resto da vida. 
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ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDO BARBOSA (2008) 
 
Esquema Corporal 
 
A educação psicomotora é sobretudo educar a criança através de seu próprio 
corpo e seu movimento.Visualizamos a criança como um ser total com potenciais a 
serem trabalhados e de acordo com os interesses da idade. 
 
De uma fase para outra a mudança é gradativa e imperceptível. A 
Psicobiológico da criança, na medida em que amadurece o sistema nervoso através 
da mielinização (amadurecimento das células nervosas). 
 
A base é preparar e capacitar a criança ao aprendizado de todas as matérias 
melhorando a atenção e concentração e coordenação motora. 
Qualquer que seja a atividade, a Psicomotricidade estará presente, cabendo ao 
educador explorar a situação, ajudando a criança a conseguir a consciência de si 
mesma, sua realidade corporal: suas relações entre espaço, tempo, forma, objetos. 
 
Nesta perspectiva pedagógica não é possível separar a função motora, 
psicomotora das funções cognitivas. O intelecto se constrói a partir do ex. físico, com 
importância fundamental no corpo , mente, emotividade. 
 
O corpo é uma forma de expressão da individualidade. A criança percebe-se e 
percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. Isto significa que, 
conhecendo-o, terá maior habilidade para se diferenciar, para sentir diferenças. Ela 
passa a distingui-lo em relação aos objetos circundantes, observando-os, manejando-
os. 
 
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O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação de seu corpo 
com os objetos de seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo onde 
estabelece ligações afetivas e emocionais. 
 
O corpo deve ser estendido não somente como algo biológico e orgânico que 
possibilita a visão, a audição, o movimento, mas é também um lugar que permite 
expressar emoções e estados interiores. A este Vayer (1984, p.30) afirma: todas as 
experiências da criança (o prazer e a dor, o sucesso ou o fracasso) são sempre 
vividas corporalmente. 
Para uma criança agir através de seus aspectos psicológicos, psicomotores, 
emocionais, cognitivos e sociais, precisa ter um corpo “organizado”. Esta organização 
de si mesma é o ponto de partida para que descubra suas diversas possibilidades de 
ação e, portanto, precisa levar em consideração os aspectos neurofisiológicos, 
mecânicos, anatômicos, locomotores. 
 
A expressão esquema corporal nasceu em 1911 com o neurologista Henry 
Head, tendo um cunho essencialmente neurológico. Segundo ele (Head, in Quiros e 
Della Cella, 1973), o córtex cerebral recebe informações das vísceras, das sensações 
e percepções táteis, térmicas, visuais, auditivas e de imagens motrizes, o que 
facilitaria a obtenção de uma noção, um modelo e um esquema de seu corpo e de 
suas posturas.Head ainda afirma que o esquema corporal armazena não só as 
impressões presentes como também as passadas. 
 
Já Schilder ( 1958, p.15) parte da idéias de Head para desenvolver as suas. 
 
Após Head e Schilder, as idéias sobre esquema e imagem corporal foram 
evoluindo. Vayer (1984, p.73) reconhece que são noções muito complexas, e que são 
compostas de dados biológicos, interacionais, inter-relacionais, sociais... ´´ 
 
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Tanto Morais (1986) quanto Santos (1987) explicam, de maneira 
esclarecedora, para nós, os conceitos de imagem, e conceito de corpo. Definem 
imagem do corpo como uma impressão que se te de si mesmo, subjetivamente, 
baseada em percepções internas e externas (exemplo: altura, peso, força muscular) e 
no confronto com outras pessoas do próprio meio social. O conceito de corpo envolve 
um conhecimento intelectual e consciente do corpo e também da função de seus 
órgãos. 
 
A criança aprende os conceitos e as palavras correspondentes aos diferentes 
segmentos e as diferentes regiões do corpo bem com suas funções. A este respeito, 
Vayer (1982, p.31) afirma: estes conceitos não fazem parte da experiência 
propriamente dita, são entidades abstratas mais do que processo perceptivo ou 
afetivo. Mas a existência de tais conceitos influencia, certamente, a experiência 
corporal. 
 
A nominação das partes do corpo, como diz Ajuriaguerra (1980, p.343), 
confirma o que é percebido, reafirma o que é conhecido e permite verbalizar (por um 
mecanismo de redução) aquilo que é vivenciado. 
 
Na realidade, a criança tem uma representação gráfica da imagem de si. 
Podemos inferir esta imagem através de seu desenho da figura humana. Por esta 
razão, quando queremos conhecer a visão da criança sobre si mesmo, pedimos que 
ela realize um desenho da figura 
humana. 
 
Morais e Santos também conceituam o esquema corporal dizendo que resulta 
das experiências que possuímos provenientes do corpo e das sensações que 
experimentamos. 
 
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Por exemplo: andar, sentar-se, segurar o lápis ou a caneta de modo correto, 
com equilíbrio e com movimentos coordenados, depende de uma noção adequada do 
esquema corporal. O esquema corporal, portanto, regula a postura e o equilíbrio. 
 
Defontaine (1980, vol.3) compara a imagem corporal a um conhecimento que 
uma criança possa ter. Através da interiorização, a criança torna-se capaz de se situar. 
O esquema corporal, para ele, é um conhecimento imediato do corpo estático ou em 
movimento, e suas relações com as partes do corpo para apreender os elementos do 
corpo, com o espaço e com os objetivos circundantes. 
 
Uma grande preocupação para todos aqueles que lidam com crianças deveria 
ser ajudá-las a usar seu corpo para apreender os elementos do mundo que as envolve 
e estabelecer relações entre eles, isto é, auxiliar a desenvolver a inteligência. 
 
É necessário, também, que o educador auxilie seus alunos no sentido de fazê-
lo centrarem sua atenção sobre si mesma para uma maior interiorização do corpo. A 
interiorização é um fator muito importante para que a criança possa tomar consciência 
de seu esquema corporal. 
 
Pela interiorização, a criança volta-se para si mesma, possibilitando uma 
automatização das primeiras aquisições motoras. A criança que não consegue 
interiorizar seu corpo pode ter problemas tanto no plano gnosiológico, como no 
práxico. 
 
Le Boulch (1984) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação 
de movimentos que permite um maior controle das praxias. No plano gnosiológico, 
percebemos que a interiorização garante uma representação mental do seu corpo, dos 
objetos e do mundo em que vive. 
 
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Esta representação mental é responsável pelo aparecimento do membro 
fantasma. O membro fantasma é a ilusão de que um membro amputado ainda está 
presente com suas sensações de presença, de volume, de movimento. No lugar do 
membro, a pessoa sente 
dor, frio, enfim, sente sua ligação como resto do corpo. 
 
Um esquema corporal organizado, portanto, permite a uma criança se sentir 
bem, na medida em que seu corpo lhe obedece, em que tem domínio sobre ele, em 
que o conhece bem, em que pode utilizá-lo para alcançar um maior poder cognitivo. 
Ela deve ter o domínio do gesto e do instrumento que implica em equilíbrio entre as 
forças musculares, domínio de coordenação global, boa coordenação óculo-manual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Etapas do Esquema Corporal 
 
1ª etapa: Corpo Vivido (até 3 anos). 
 
Corresponde a fase da inteligência sensório-motora de Jean Piaget. A criança a partir 
do amadurecimento do seu sistema nervoso passa pouco a pouco, a se diferenciar de 
seu meio 
ambiente. Esta etapa, é dominada pela experiência vivida. Ela precisa ter suas 
próprias experiências, pois é pela sua prática pessoal, pela sua exploração, que se 
ajusta, descobre e compreende o meio. Este ajuste significa que a criança, mesmo 
sem utilizar a reflexão de seus atos, adequa suas ações a situações novas, isto é 
desenvolve a “função de ajustamento”. A eficácia dos ajustamentos posteriores é 
resultado 
da memória e imagem do corpo no final desta etapa. 
 
2ª etapa: Corpo Percebido ou Descoberto (3 a 7 anos). 
 
Nesta etapa, ocorre a organização do esquema corporal, devido a maturação da 
função de interiorização, que auxilia a criança a desenvolver a percepção centrada em 
seu próprio corpo. Segundo Le Boulch (1984), a possibilidade de deslocar a atenção 
do meio ambiente 
para o seu corpo, leva à tomada de consciência. A função de interiorização permite um 
ajustamento controlado, que propicia maior domínio do corpo e maior dissociação dos 
movimentos voluntários, o que faz com que a criança passe a aperfeiçoar e refinar 
seus movimentos. O seu corpo então passa a ser ponto de referência, para se situar e 
situar os objetos em seu espaço e tempo. Inicia nesta etapa, a estruturação espaço-
temporal. No final desta fase, o nível de comportamento motor e intelectual pode ser 
caracterizado como pré-operatório. 
 
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3ª etapa: Corpo Representado (7 a 12 anos) 
 
Nesta etapa observa-se a estruturação do esquema corporal. Até este momento, a 
criança já adquiriu as noções do todo e das partes do seu corpo (percebido através da 
verbalização e do desenho da figura humana), já possui maior controle e domínio 
corporal. A partir daí, amplia e organiza seu esquema corporal. 
No início desta fase, a representação mental da imagem do corpo, consiste numa 
imagem reprodutora: é uma imagem do corpo estática. E a partir de 10 a 12 anos a 
criança então dispõe da imagem do corpo em movimento, significando que atingiu 
uma “representação mental de uma sucessão motora”, com a introdução do fator 
temporal (Le Boulch,1984.p.20). 
 
Sua imagem do corpo, passa a ser antecipatória, devido a evolução das funções 
cognitivas correspondentes ao estágio das operações concretas. A imagem de corpo 
operatório, permite efetuar e programar mentalmente suas ações em pensamento. Os 
pontos de referência, não estão mais centrados no próprio corpo, mas são exteriores 
ao sujeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADES PROPOSTAS 
 
1. QUAL NOÇÃO QUE O TEXTO APRESENTA DE CORPOREIDADE E QUAL 
SUA ASSOCIAÇÃO COM A PSICOMOTRICIDADE? 
 
2. NA CONCEPÇÃO DE BARBOSA (2008), QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO 
DESENVOLVIMENTO MOTOR NA 1ª INFÂNCIA? 
 
 
3. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ETAPAS DOS ESQUEMAS 
APRESENTADOS POR BARBOSA (2008)? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE DE ACORDO COM SANTOS (2004) 
 
Imagem Corporal 
 
É a correspondência afetiva de como imagino que eu sou. Diferente do 
esquema corporal que aponta o que eu tenho, a imagem corporal me aponta como 
sou, o que nem sempre corresponde a realidade. Na minha imagem corporal estão 
envolvidas questões imaginárias ligadas ao meu aspecto psíquico e emocional, 
decorrente de como foram vivenciadas minhas questões afetivas em relacionamentos 
sociais conflitivos. 
 
O ser humano é o único que consegue desenvolver uma imagem especular. A 
medida que o homem tem a capacidade de simbolizar seu próprio corpo, de 
interiorizar a sua própria imagem. É a partir da junção da imagem e do esquema 
corporal, que serão desenvolvidas todas as outras funções psicomotoras. 
 
A criança pequena ao brincar na frente do espelho não tem plena consciência 
que aquela imagem é a sua. Esta imagem corporal é muito forte e pode ser notada 
através da dor no membro fantasma, onde a imagem especular, a imagem simbólica, 
está preservada apesar da amputação do membro. O coto ao ser estimulado ativa a 
imagem corporal anterior, que estava preservada. 
 
A imagem corporal tem a ver com o afeto. Quando pedimos a uma criança para 
desenhar a sua própria figura humana, podemos verificar seu conhecimento de 
esquema e de imagem corporal. Nomear o corpo nem sempre é sinônimo de um bom 
esquema corporal. Ter o esquema corporal introjetado é também ter a imagem 
memorizada. Quando a criança nasce, executa movimentos involuntários, 
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desorganizados e sem significados, são significantes vazios. Com o passar do tempo 
vai atribuindo um significado. 
 
Tonicidade 
 
É a quantidade adequada de tensão muscular para executar determinado 
gesto. Para a realização de qualquer ação corporal precisamos que determinados 
músculos atinjam um grau de tensão e que outros relaxem. Então, para executarmos 
um movimento precisamos ter controle do nosso tônus muscular. Em diversas 
ocasiões se faz necessário uma diminuição da tensão muscular para que a criança 
possa sentir ser corpo livre e aprimorar seu comportamento tônicoemocional. 
 
Os exercícios mais indicados são aqueles que proporcionem ao corpo da 
criança o máximo de sensações de contração e relaxamento. 
 
Em uma concepção ampla, o tônus não é apenas um aspecto da ação física ou 
muscular, mas possui um significado psicológico e humano pois está intimamente 
relacionado às flutuações emocionais do indivíduo constituindo um verdadeiro 
indicador da personalidade humana. 
 
Para realizar qualquer movimento ou ação corporal é necessário que alguns 
músculos alcancem um determinado grau de tensão assim como outros se inibam ou 
relaxem. A execução de um ato motor de tipo voluntário implica no controle do tônus 
dos músculos, controle que tem sua base nas primeiras experiências sensório-
motoras da criança. 
 
Este estado de tensão não se manifesta somente em estado de contração, mas 
acompanha toda a atividade postural. A regulação tônica é que forma a base das 
atividades motoras e posturais preparando o corpo para a execução do movimento. 
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Tudo isto está regulado pelo Sistema Nervoso e, exceto para os movimentos tipo 
reflexo, será necessário um aprendizado psicomotor para que o movimento esteja 
adaptado a seu objeto. Sem esta adaptação, nossa atividade sobre o mundo externo 
será inviável. 
 
Por outro lado, o tônus muscular, pelas sensações proprioceptivas que 
provoca, é um dos elementos fundamentais que compõe o esquema corporal. A 
consciência do nosso corpo e a sua possibilidade de utilização, dependem de um 
correto funcionamento da tonicidade. 
 
O tônus está muito relacionado com o campo das emoções e da personalidade 
e com a característica de reação de cada indivíduo. Existe uma regulação recíproca no 
campo tônicoemocional 
e afetivo-situacional. As tensões psíquicas se expressam em tensões musculares. 
 
Para desenvolver o controle da tonicidade, utilizaremos exercícios que tendem 
a proporcionar à criança o máximo de sensações possíveis de seu próprio corpo em 
diversas posições: de pé, sentado, deitado, etc., em atitudes estáticas e em 
movimento, todos com diferentes graus de dificuldade exigindo da criança uma 
regulação de sua tensão muscular para cada movimento corporal. O controle tônico e 
postural estão intimamente ligados e ambos devem ser trabalhados paralelamente. 
 
Ainda dentro do desenvolvimento tônico, merece uma atenção especial o uso 
de diferentes exercícios de relaxamento. 
 
Estas formas de relaxamentodevem ser usadas depois de uma série de 
exercícios físicos que possam ter provocado fadiga. O relaxamento tem duas objetivos 
essenciais: 
 
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 busca de conhecimento do esquema corporal; 
 como técnica de relaxamento psíquico, de eliminação da fadiga mental e do 
equilíbrio emocional. 
 
Na realização de qualquer tipo de movimento ou ação corporal é necessário 
que alguns músculos alcancem um determinado grau de tensão, assim como que 
outros se inibam ou relaxem. A execução de um projeto motor voluntário implica no 
controle tônico da musculatura envolvida, controle esse que tem sua origem nas 
experiências sensório-motoras vivenciadas pela criança. 
 
Lateralidade 
 
É uma especialização dos hemisférios cerebrais, que permite ao homem a 
realização de ações complexas, motoras, práxicas, psíquicas e o desenvolvimento da 
linguagem. 
É a partir da lateralidade que será determinado o tônus muscular de cada 
parte do corpo. O lado que mais se exercita apresentará uma tonicidade mais 
desenvolvida. 
 
Segundo Zsngwill (1975), a lateralização é basicamente inata e governada por 
fatores genéticos, embora admita que a treinabilidade e os fatores de pressão social 
possam influenciála. A lateralidade relaciona-se com a preferência manual e a 
especialização hemisférica. Para a lateralidade é de suma importância a noção de 
Linha Média do Corpo. 
 
Essa noção depende da integração bilateral, é uma aquisição básica para a 
orientação no espaço. A dominância lateral corresponde a dados neurológicos e é 
influenciada por dados sociais. O lado dominante normalmente é mais forte e mais ágil 
que o outro lado. O reconhecimento do lado direito e esquerdo é possível 
aproximadamente aos 5 ou 6 anos de idade. A reversibilidade (reconhecer o lado 
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direito e esquerdo em outra pessoa), só é possível após os 6 ou 6 anos e meio de 
idade. 
 
A lateralidade pode ser, manual, pedal, ocular ou auditiva. Observa-se na 
literatura uma tendência dos autores em fazer uma diferenciação entre lateralidade 
inata e a lateralidade socializada. A primeira refere-se à dominância de ordem 
biológica e, a segunda, a adquirida em função de aspectos sociais, escolares, 
familiares, etc. 
 
Equilíbrio 
 
É uma resposta motora de adequação corporal frente a constante ação da 
gravidade, é automática e involuntária. Para o desenvolvimento da equilibração é 
necessário que já tenha sido desenvolvido um certo tônus muscular, o que permite ao 
corpo se reajustar a diferentes posturas, jogando com o peso corporal. Outro fator 
importante no desenvolvimento do equilíbrio é possuir a noção de eixo corporal. 
 
É o peso corporal e a ação da gravidade exercida na criança que a leva ao 
amadurecimento da equilibração. 
 
O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico. O equilíbrio estático requer que a 
criança mantenha uma postura fixa, como equilibrar-se em uma bicicleta parada. É 
necessário uma certa calma, uma respiração tranqüila e fixar um ponto. Já o equilíbrio 
dinâmico deve ser observado em locomoção, como andar, correr, saltar, diminuir a 
base, mudar de posição, este exige uma reorganização muscular quase constante. 
Uma equibibração corporal má desenvolvida afeta o equilíbrio emocional. Um 
equilíbrio (corporal) favorece o outro (emocional). 
 
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A psicanálise não pensa no aspecto neurológico interferindo no emocional. Sua 
ênfase é dada ao aspecto inconsciente dos comportamentos. A prática da relação 
equilíbrio corpo e mente estão presentes nas praticas corporais como: yoga, kung fu e 
outros. 
 
Para desenvolver a equilibração é preciso que já tenha desenvolvido um certo 
tônus, para proporcionar o corpo se reajustar a diferentes posturas. É necessário a 
noção de eixo corporal e a noção de peso corporal. É a noção de peso corporal 
juntamente com a ação da gravidade exercida na criança que a leva ao 
amadurecimento da equilibração. A falta de domínio do equilíbrio gera labilidade 
afetiva. 
 
Possuimos dois tipos de equilibração: 
 
1 – Equilibração Dinâmica, que se dá em locomoção ou quando é necessário mudar 
de posição como: andar, correr, saltar, equitação etc. Exige uma reorganização 
muscular quase constante. 
 
2 – Equilibração Estática, se dá quando precisamos manter uma postura parada, 
como por exemplo parar estando sentado em cima da bicicleta. Esta é bem mais difícil 
do que a dinâmica. Exige uma respiração tranqüila e concentração em um ponto. 
 
Um equilíbrio correto é a base de toda a coordenação dinâmica geral. Quanto 
mais defeituoso é o equilíbrio, mais energia e atenção escapa em detrimento de outras 
atividades. Um equilíbrio correto constitui a base fundamental de toda ação 
diferenciada dos membros superiores de tal forma que quando a criança se sente 
desequilibrada não pode liberar seus braços nem suas mãos dos quais precisa para 
todo tipo de aprendizagem. 
 
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Quase todas as crianças que apresentam dificuldades em seu equilíbrio, são 
crianças tímidas, retraídas e excessivamente dependentes; talvez pelos inúmeros 
fracassos vividos em ocasiões que necessitou correr, saltar, subir, etc. 
 
Coordenação Motora ou Praxia Global 
 
São uma série de funções que se unem para a representação de atividades 
globais e mais amplas. É a atuação conjunta, harmônica e econômica do sistema 
nervoso central dos músculos, nervos e sentidos, na execução de um movimento. 
 
A expressão corporal é uma manifestação natural e espontânea, onde a 
criatividade tem significado especial. 
 
A coordenação motora, como era denominada inicialmente, recebe hoje a 
denominação de Praxia Global. O motivo é que observou-se que a praxia não é 
somente a execução de um ato motor, é muito mais do que apenas isto, é uma série 
de funções que se únem para a representação de atividades mais globais e mais 
amplas. Como exemplo podemos citar a atividade motora do animal como sendo 
diferente do fazer práxico do homem. 
 
O fazer práxico do homem é uma ação carregada de relações culturais, 
afetivas, simbólicas, psicológicas etc. Tanto o animal quanto o ser humano constróem 
sua casa, porém, enquanto o animal o faz pelo instinto de sobrevivência, o homem dá 
um significado a esta casa. 
 
Existem diferentes tipos de funções práxicas,ou seja, as ações podem ser: 
 
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1 – Global é a ação que podemos observar nas crianças pequenas, é o brincar 
simplesmente para atender o caráter lúdico. A criança pequena executa movimentos 
para explorar o mundo, sem ter consciência desses movimentos. Aproximadamente 
até os 6 anos de idade atende às ações solicitadas pelo meio. 
 
2 – Analítica é quando a criança começa a analisar e interpretar os movimentos que 
faz espontaneamente ou atendendo a comandos simples. Se dá aproximadamente 
aos 7 ou 8 anos de idade. 
 
3 – Sintética é quando a criança já consegue coordenar um conjunto global dos 
movimentos. 
Aproximadamente aos 10 anos de idade. 
 
Segundo Vitor da Fonseca (1995), a Praxia Global é composta por quatro subfatores: 
 
1º Coordenação oculomanual – são movimentos manuais associados com a visão. 
Neste tipo de coordenação requer noção de distância e precisão do lançamento. 
Como exemplo podemos pedir que a criança jogue uma bola ao cesto. 
2º Coordenação oculopedal – diz respeito a coordenação dos pés com a visão. 
Podemos pedir a criança que chute uma bola num lugar preciso. 
 
3º Dismetria – é a inadaptação visoespacial e visocinestésica dos movimentos frente 
a uma determinada distância para atingir um alvo. Observando as duas subtarefas 
anteriores podemos detectar se a criança tem dismetria, em caso afirmativo ela não 
conseguirá atingir os alvos propostos. 
 
4º Dissociação – refere-se a independência motora de vários segmentos corporais 
em função de um fim. É a independência bilateral dos membros inferiores e 
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superiores, ou ainda das quatro extremidades em relação ao tronco. Ou seja, é a 
capacidade de movimentar diferentes partes do corpo de formas diferentes, o que gera 
a capacidade de planificar e generalizar motoramente. Por exemplo, num jogo de 
basquete o atleta precisa usar uma das mãos para bater a bola de uma forma, as 
pernas para se deslocar no espaço e em determinado momento fazer outro tipo de 
movimento para arremessar a bola ao cesto. Todos esses movimentos precisam ser 
feitos simultaneamente, se o indivíduo não tiver a capacidade de dissociar não 
conseguirá executar os movimentos necessários para jogar basquete com sucesso. 
 
O professor de educação física é muito importante nessa fase do 
desenvolvimento devendo estar atento às demandas da criança. Ao propor atividades 
de coordenação psicomotora, ele deve estar atento a alguns pontos: 
 
1 - Propiciar à criança objetivos precisos e sem dúvidas; 
2 - Demonstrar o exercício para que a criança possa ter uma visão geral da tarefa; 
 
3 - Elevar gradativamente os critérios de desempenho; 
 
4 - Dar explicações claras antes da criança iniciar a prática; 
 
5 - No início da aprendizagem dar orientações breves para minimizar as possíveis 
falhas; 
 
6 - Elogiar sempre o que a criança tentar executar. 
 
Praxia Fina 
 
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A mão humana é a anatomicamente e encefalicamente o órgão da praxia fina. 
Dois quartos do córtex cerebrel é relativo à mão. Na perda de suas funções o 
organismo se estrutura para buscar a praxia fina em outro órgão. 
 
A mão possui uma enorme potencialidade motora, a de preensibilidade, de 
oponibilidade, de convergência, de divergência etc. 
 
Segundo Vitor da Fonseca (1995), são subfatores da Praxia Fina: 
 
1º Coordenação dinâmica manual, é a responsável pela destralidade bimanual e 
agilidade digital, como exemplo podemos citar o fazer pulseiras com clips ou com 
contas etc. 
 
2º Tamborilar, é realizado através de uma dissociação digital seqüencial que envolve 
a localização tátil-cinestésica dos dedos e sua motricidade independente e 
harmoniosa. 
3º Localizar os objetos no espaço 
A praxia Fina é fundamental no processo de alfabetização, onde a mão assume papel 
fundamental. 
 
Toda informação relacionada a espaço, para a criança, tem que ser 
interpretada através do seu próprio corpo. Este é o seu referencial. 
 
Os exercícios de coordenação óculo-manual têm como finalidade o domínio do 
campo visual, associada a motricidade fina das mãos. 
 
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Os exercícios de motricidade fina são muito importantes para a criança, na 
medida em que educam é gesto requerido para a escrita, evitando a preensão 
inadequada que tanto prejudicam o grafismo, tornando o ato de escrever uma 
experiência aversiva a criança. 
 
Orientação Espaço Temporal 
 
A noção espaço temporal se estrutura envolvendo a integração do sistema 
visual com o sistema auditivo. 
 
Podemos entender a orientação espaço-temporal como a capacidade de situar-
se e orientar-se a si próprio, localizar outros e objetos num determinado espaço. É ter 
noção dos conceitos de direção (acima, abaixo, frente, trás, direita, esquerda), 
distância (longe, perto). É a capacidade de organização das relações no espaço e no 
tempo. 
 
A orientação e organização espaço-temporal ocupa um lugar de destaque na 
adaptação do indivíduo ao ambiente físico e social, na medida em que o corpo ocupa 
um lugar nesse espaço. As ações da criança no meio ambiente são realizadas tendo 
seu eixo corporal como referência fundamental e se realizam organizando o meio em 
relação ao seu corpo. Nessa organização, a consciência, a memória(afetiva), e as 
experiências vivenciadas pela criança ao longo de sua vida ocupam um lugar de 
destaque. 
 
A noção de espaço é, a princípio, a diferenciação do EU corporal com respeito 
ao mundo exterior e, posteriormente, o estabelecimento de um esquema corporal cada 
vez mais diferenciado. 
 
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Essa diferenciação pode ser feita a partir do movimento, já que um segmento 
não pode individualizar-se se não há uma percepção de sua mobilidade própria que 
lhe permita diferenciá-lo dos segmentos vizinhos. 
A partir da percepção do próprio corpo é que se pode perceber o espaço 
exterior. Este espaço exterior é explorado por uma dupla e simultânea percepção: uma

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