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LÍNGUA 
PORTUGUESA 
Coesão e Coerência
COESÃO E COERÊNCIA
Coesão textual
Todo texto bem escrito obedece a uma hierarquia
de informações, que se dividem em parágrafos, isto é, o
texto avança em partes semanticamente organizadas de
modo que as informações não se atropelem. Mas o
avanço das informações deve ser costurado, ou então
será apenas uma sequência avulsa de dados. Para que
esta “costura” seja clara e lógica, a língua dispõe de uma
série de recursos coesivos, que são aquelas palavras
que estabelecem relação entre o que foi dito (elementos
anafóricos) e o que se vai dizer (elementos catafóricos)
que ligam uma coisa com outra. Essas palavras são
chamadas de relatores.
Preste atenção nas palavras em
negrito no texto a seguir:
Pede-se atenção ao teste que se
segue. “ Era uma vez uma terra distante
onde todo mundo trabalhava naquilo que
mais gostava – e, mesmo assim só quando
acordasse disposto. Nesse lugar, escola e
assistência médica eram gratuitas, ninguém
pagava aluguel e, nas horas de folga, todos
se dedicavam à dança, ao teatro, à música e
às artes em geral.”
Anáfora e Catáfora
A remissão anafórica(para trás) realiza-se
por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa(retos
e oblíquos) e os demais pronomes; também por
numerais, advérbios, artigos e outros. Exemplos:
1. A jovem acordou sobressaltada. Ela não
conseguia lembrar-se do que havia acontecido e
como fora parar ali.
2. Márcia olhou em torno de si. Seus pais e seus
irmãos observavam-na com carinho.
3. O concurso selecionará os melhores candidatos.
O primeiro deverá desempenhar o papel principal
na nova peça.
4. O juiz olhou para o auditório. Ali estavam os
parentes e amigos do réu, aguardando ansiosos o
veredito final.
5. Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum
valor em sua época. Houve telas que serviram
até de porta de galinheiro. (sinônimos)
6. Glauber Rocha fez filmes memoráveis. Pena
que o cineasta mais famoso do cinema
brasileiro tenha morrido tão cedo.(epíteto-
expressão que qualifica a pessoa)
7. O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu
a sessão às oito horas em ponto e (ele) fez então
seu discurso emocionado.(elipse)
8. Lygia Fagundes Teles é uma das principais
escritoras brasileiras da atualidade. Lygia é autora
de "Antes do baile verde", um dos melhores livros
de contos de nossa literatura. (repetição de parte do
nome)
9. Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz
disse, porém, que tal testemunho não era válido
por serem parentes do assassino.(nominalização)
10. São Paulo é sempre vítima das enchentes de
verão. Os alagamentos prejudicam o trânsito,
provocando engarrafamentos de até 200
quilômetros.(associação)
A remissão catafórica (para a frente) realiza-se
preferencialmente através de pronomes
demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de
nomes genéricos, mas também por meio das
demais espécies de pronomes, de advérbios e de
numerais. Exemplos:
1. O incêndio havia destruído tudo: casas,
móveis, plantações.
2. Desejo somente isto: que me deem a
oportunidade de me defender das acusações
injustas.
3. O enfermo esperava uma coisa apenas: o alívio
de seus sofrimentos.
4. Ele era tão bom, o presidente assassinado!
Exemplo – A coesão no texto
Falar em direitos humanos pressupõe
localizar a realidade que os faz emergir no
contexto sócio-político e histórico-estrutural do
processo contraditório de criação das
sociedades. Implica, em suma, desvendar, a
cada momento deste processo, o que venha a
resultar como direitos novos até então
escondidos sob a lógica perversa de regimes
políticos, sociais e econômicos, injustos e
comprometedores da liberdade humana.
Esse ponto de vista referencial determina a
dimensão do problema dos direitos humanos na América
Latina.
Nesse contexto, a fiel abordagem acerca das
condições presentes e dos caminhos futuros dos direitos
humanos passa, necessariamente, pela reflexão em
torno das relações econômicas internacionais entre
países periféricos e países centrais.
As desarticulações que dessa situação resultam
não chegam a modificar a base estrutural destas
relações: a extrema dependência a que estão
submetidos os países periféricos, tanto no que concerne
ao agravamento das condições de trabalho e de vida
(degradação dos salários e dos benefícios sociais),
quanto na dependência tecnológica, cultural e ideológica.
Coerência textual - é a relação que se
estabelece entre as diversas partes do texto, criando
uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento,
à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou
lê. Mas não basta costurar uma frase a outra para dizer
que estamos escrevendo bem. Além da coesão, é
preciso pensar na coerência. É possível escrever um
texto coeso sem ser coerente. Observe:
Os problemas de um povo têm de ser resolvidos pelo
presidente. Este deve ter ideais muito elevados.
Esses ideais se concretizarão durante a vigência de
seu mandato. O seu mandato deve ser respeitado por
todos.
Ninguém pode dizer que falta coesão a
esse parágrafo. Mas de que ele trata mesmo?
Dos problemas do povo? Do presidente? Do
seu mandato? Fica difícil dizer. Embora ele
tenha coesão, não tem coerência. A coesão
não funciona sozinha. No exemplo acima,
teríamos que, de imediato, decidir qual a sua
palavra-chave: presidente ou problemas do
povo? A palavra escolhida daria estabilidade
ao parágrafo. Sem essa base estável, não
haverá coerência no que se escrever, e o
resultado será um amontoado de ideias.
Enquanto a coesão se preocupa com a parte
visível do texto, sua superfície, a coerência vai
mais longe, preocupa-se com o que se deduz
do todo.
A coerência exige uma concatenação
perfeita entre as diversas frases, sempre em
busca de uma unidade de sentido. Não se pode
dizer, por exemplo, numa frase, que o
"desarmamento da população pode contribuir
para diminuir a violência", e , na seguinte,
escrever: "Além disso, o desemprego tem
aumentado substancialmente". É evidente a
incoerência existente entre elas.
RELAÇÕES LÓGICAS
O texto de opinião (argumentativo), escrito
para se defender ou para se atacar uma ideia,
um ponto de vista qualquer, trabalha
fundamentalmente com relações lógicas. E a
língua concretiza essas relações lógicas através
de relatores específicos que estabelecem uma
ponte lógica entre o que se disse e o que se vai
dizer: mas, porque, pois, se, quando, no entanto,
apesar de, etc.
Observe esse exemplo:
Os problemas sociais não são resolvidos
porque não há vontade política de resolvê-los.
Nesse tipo de relação, apresenta-se
um fato (os problemas sociais não são
resolvidos) e a causa ( não há vontade
política de resolvê-los) . Observe que a
ordem dos elementos pode ser alterada, o
relator pode ser outro, mas a natureza da
relação (causa e efeito direto) permanece
inalterada:
Não há vontade política de resolver os
problemas sociais e por isso eles não são
resolvidos.
Não esqueça: há muitos modos de marcar essa
relação, além dos populares “ porque” e “por isso”. Veja mais
alguns:
Como não há vontade política de resolver os problemas
sociais, eles não se resolvem.
Já que não há vontade política, os problemas sociais não se
resolvem.
Podemos também estabelecer relações de causa e efeito
pelo uso de alguns verbos. Veja:
A falta de vontade política impede a solução dos problemas
sociais.
Decorre da falta de vontade política a ausência de solução
para os problemas sociais.
INDICAÇÕES DE CIRCUNSTÂNCIAS –
RELAÇÕES DE SENTIDO
Circunstância de CAUSA- vocabulário semântico
*substantivos: motivo, razão, explicação,fundamento, desculpa, pretexto, o porquê, embrião e
outros.
* conjunções (e locuções): porque, visto que, pois, 
por isso que, já que, uma vez que, porquanto, na 
medida em que, como, etc.
* preposições(e locuções): por, por causa de, em 
vista de, em virtude de, devido a, em consequência 
de, por motivo de, por razões de, por falta de, etc.
Circunstância de CONSEQUÊNCIA, FIM,
CONCLUSÃO
Se o fato determinante de outro é a sua causa, esse
outro é a sua consequência. A consequência
desejada é o fim (propósito, objetivo). Verifique os
exemplos seguintes:
Causa: Os motoristas fizeram greve porque
desejavam aumento de salário.
Fim: Os motoristas fizeram greve para conseguir
aumento de salário.
Consequência: Os motoristas fizeram tantas
greves que conseguiram aumento de salário.
Vocabulário semântico de
consequência, fim e conclusão.
FIM, PROPÓSITO, INTENÇÃO
*substantivos: projeto, objetivo, finalidade,
meta, pretensão, etc.
*partículas e locuções: com o propósito de,
com a intenção de, com o fito de, com o intuito
de, de propósito, intencionalmente – além das
preposições para, a fim de, e as conjunções a
fim de que, para que.
CONSEQUÊNCIA, RESULTADO, CONCLUSÃO
substantivos: efeito, sequência, produto,
decorrência, fruto, reflexo, desfecho, desenlace,
etc.
verbos: decorrer, derivar, provir, vir de, ter origem
em, resultar, etc.
partículas e locuções: pois, por isso, por
consequência, consequentemente, logo, então, por
causa disso, em virtude disso, devido a isso, em
vista disso, visto isso, à conta disso, como
resultado, em conclusão, em suma, em resumo,
enfim
OPOSIÇÃO, CONTRASTE
Vocabulário semântico na área de oposição
substantivos: antagonismo,reação, resistência,
competição, hostilidade, contraposição, obstáculo,
empecilho, óbice, impedimento,objeção.
verbos: ir de encontro a, defrontar-se,enfrentar,
reagir, impedir, obstar, objetar,opor-se, contrapor-
se
preposições, locuções prepositivas e
adverbiais: apesar de, a despeito de, sem
embargo de, não obstante, malgrado, ao contrário,
em contraste com, em oposição a, contra, às
avessas.
Conjunções: coordenativas: mas, porém, todavia,
contudo, no entanto, entretanto, senão (adversativas);
Subordinativas: embora, se bem que, ainda que, posto
que, conquanto, em que pese a, muito embora,mesmo
que, por mais que(concessivas)
PRONOMES RELATIVOS: que – quem - cujo – onde
Ao empregar um pronome relativo, devemos ter o
seguinte cuidado:
1.Observar a palavra a que ele se refere para evitar
erros de concordância verbal
Encontramos um bom número de pessoas que
estavam reivindicando os mesmos direitos dos vinte
funcionários vitoriosos. (que = as quais- pessoas)
2.Observar o fragmento de frase de que faz parte.
Pode haver um verbo ou um substantivo que exija
uma preposição. Nesse caso, ela deve preceder o
pronome relativo.
Ninguém conseguiu até hoje esquecer a cilada de
que ele foi vítima. (de que= da qual – cilada). A
preposição de foi exigida pelo substantivo vítima.
As dificuldades a que você se refere são normais
dentro de sua carreira. (a que= às quais –
dificuldades). O verbo referir-se pede a
preposição a.
O texto a seguir é referência para as questões
01 e 02.
Mitos da militância politicamente correta –
Roberto Leiser Baronas
Sobre as relações entre língua e sociedade,
alguns especialistas chegam a asseverar que as
línguas são o espelho, o reflexo, uma espécie de
extensão, de efeito das estruturas sociais ou
culturais. Assim, se a sociedade em que vivemos é
marcadamente machista, também a língua o seria.
(...)
O politicamente correto em alguma medida tem
influenciado não só a conduta dos indivíduos, mas
sua linguagem. Se o sociólogo alemão Norbert Elias
estivesse vivo, provavelmente veria o politicamente
correto como uma espécie de instrumento de
civilização dos costumes linguísticos. Uma forma que
os indivíduos encontram de controlar, abrandar as
suas "pulsões" linguísticas. Tal qual, no âmbito da
etiqueta à mesa, fora a inserção do uso do garfo e da
faca na Idade Média. Apesar de o movimento por um
comportamento politicamente correto ter méritos
políticos relevantes, em relação à linguagem comete
equívocos banais.
Esse movimento considera que a simples
substituição de palavras marcadas por palavras
não marcadas ideologicamente pode acabar com
preconceitos. Na verdade, trata-se de uma tese
ingênua, falsamente crítica, já que é a existência
dos preconceitos que produz os valores
pejorativos e não o contrário. Dito em outros
termos, o fato de substituirmos o termo prostituta
por "profissional do sexo", como sugeria a Cartilha
do Politicamente Correto do Governo Federal, em
nada mudará a condenação que a sociedade
impõe à atividade que essa pessoa realiza.
Uma vez que é essa atividade que provoca atitudes
de condenação, e não o nome prostituta. Se tal
atividade continuar sendo significada
negativamente pela sociedade, em pouco tempo a
nova expressão – profissional do sexo – veiculará
exatamente os mesmos valores negativos e efeitos
de sentido que veiculam hoje as formas
condenadas. (...)
01 - Acerca dos relatores de coesão presentes
no texto e das relações de sentido que
estabelecem, é correto afirmar:
a) Assim (linha 2) introduz uma conclusão com a qual
o autor do texto concorda.
b) Tal qual (linha 8) introduz uma comparação entre o
comportamento à mesa na Idade Média e na
atualidade.
c) Já que (linha 11) introduz a explicitação de uma
causa que serve para sustentar a posição do autor
em relação ao tema em discussão.
d) Uma vez que (linha 14) introduz uma explicação
que nivela a prática de nomear à de avaliar/julgar.
e) Se (linha 14) introduz uma condição estabelecida
para que o preconceito via linguagem diminua.
c
02 - Sobre relações estabelecidas entre palavras e
expressões, é correto afirmar que:
a) conduta (linha 5) retoma o politicamente correto
(linha 5).
b) Uma forma (linha 7) refere-se a conduta dos
indivíduos (linha 5).
c) Esse movimento (linhas 9-10) retoma civilização dos
costumes linguísticos (linha 7).
d) tal atividade (linha 15) refere-se, indiretamente, à
prostituição.
e) formas condenadas (linha 16) retoma profissional do
sexo (linha 15).
d
03.No trecho “Este é um mundo que clama por
diálogo. Que demanda transparência.”, presente no
6º parágrafo, há duas ocorrências do vocábulo
“que”. Sobre elas, é correto afirmar:
a) a primeira refere-se a “mundo” e a segunda, a
“diálogo”.
b) ambas fazem referência a “mundo”.
c) ambas fazem referência a “diálogo”.
d) a primeira refere-se ao pronome “este” e a segunda,
à “transparência”.
e) a primeira refere-se à “clama” e a segunda, à
“demanda”.
b
04. Uma ferramenta coesiva utilizada em
“inclusive Cipão, o Africano, que viveu antes de
César” corresponde ao:
a)uso de uma conjunção integrante. 
b) emprego de pronomes de tratamento. 
c) uso de um pronome relativo. 
d) emprego de verbos no infinitivo.
e) uso de uma conjunção adverbial.
C

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