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Psicodrama com Crianças Acadêmicas: Ariéli S. Kaleski, Flávia Lima, Pamela S. Nascimento, Thais C. Klauberg e Thays A. Seyferth Segundo Almeida, embora nem sempre o diretor tem clareza do que acontece no momento do “como se”, a riqueza se encontra na disponibilidade deste de jogar os contrapapéis e viver com a criança aquele momento. Isso não é “apenas um brincar”, é construir com ela um momento em que o coconsciente e coinsconsciente de cada um está presente. As relações se estabelecem e emoções são liberadas para serem ou não integradas. É a possibilidade do Encontro moreniano. A coconstrução do drama direciona-se para o interpsíquico, ou inter-relacional, mas não fecha as portas ao intrapsíquico. A ação cênica resulta numa atitude criadora para a vida. É trabalhar com a imaginação como possibilidade de mudança do mundo, a partir do sujeito. Exemplo Ingrid, 8 anos, faz um desenho (aquecimento inespecífico), conta uma história sobre ele (aquecimento específico) e depois são jogados papeis psicodramáticos a partir da história (dramatização). O desenho, por sua qualidade expressiva, pode ser um bom iniciador mental para aquecer a criança a entrar no papel psicodramático e o uso da técnica do duplo espelho. “Essa é uma árvore chamada esquisita, é achatadinha. O tronco dela... E todo mundo fala que ela é esquisita. Ela fica triste e não faz nada com isso. Ela está triste. Ela vê todas as árvores bonitas e se acha feia.” A árvore está no centro do desenho, é a maior figura. Ela é reconhecida pelo terapeuta como personagem central no desenho. Buscando explorá-lo, o terapeuta faz de conta que é a árvore, assumindo este papel psicodramático e começa a conversar com outro personagem, uma menina, a qual assume esse papel psicodramático.
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