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www.cursocejus.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO 1ª Fase 2013.3 8ª Aula Prof. José Aras LICITAÇÕES 1. Generalidades: - A licitação é um processo administrativo; - Via de regra, um processo obrigatório, para alienações e compras realizadas pela Administração Pública Direta e Indireta; - A licitação é formada por cinco etapas – edital, habilitação, classificação, homologação e adjudicação; - A adjudicação é uma mera expectativa de direito; pois a licitação pode ser desfeita; - A sede constitucional é o Art. 37, XXI. Regulamento por duas principais leis: a) Lei 8.666/93; b) Lei 10.520/02 (Pregão); Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (L-008.666-1993 - Regulamentação) 2. Princípios Setoriais: - No processo de licitação são aplicados todos os princípios constitucionais, mas os princípios específicos da licitação são: a) Princípio da Isonomia: impõe a igualdade entre os licitantes; é considerado o princípio mais importante da licitação; www.cursocejus.com.br b) Princípio do Julgamento Objeto: esse princípio veda a escolha de propostas através de critérios subjetivos, ou seja, de exigências incompatíveis com o objeto da licitação; esse princípio assegura a isonomia; esse princípio está relacionado ao princípio da ampla competitividade (pois quanto mais competição melhor, para o interesse coletivo / melhor atender o interesse público); c) Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: a Administração Pública, e também os licitantes, estão presos/adstritos/vinculados às regras estabelecidas no instrumento convocatório, via de regra, denominado edital; o instrumento convocatório é considerado a lei interna do certame; d) Princípio da Adjudicação Compulsória: por ele, a Administração Pública deve atribuir o objeto da licitação ao licitante vencedor; adjudicar = atribuir; - O licitante vencedor NÃO tem direito subjetivo à contratação; - Trata-se, portanto, de uma mera expectativa de direito a contratação; - A licitação pode a qualquer tempo, ser desfeita; - O desfazimento da licitação, se dá através da anulação e da revogação; - Anula-se por motivos de ilegalidade; - Revoga-se por motivo de inconveniência ou inoportunidade; - O desfazimento tem que ser, necessariamente, motivado; toda decisão tem que ser motivada (principio da motivação); - A revogação da licitação tem uma especificidade. Consiste na necessidade da comprovação de um fato superveniente, que justifique tal conduta; 3. Contrato Direto: - Contrato feito SEM licitação; - A contratação direta é aquela realizada SEM processo licitatório; - Também conhecida como Contratação Direta; - A contratação direta pode ser efetivada através da dispensa ou inexigibilidade de licitação; - A dispensa se subdivide em: www.cursocejus.com.br a) Licitação Dispensável: é facultado licitar; nas hipóteses de licitação dispensável, o gestor terá opção de escolha entre licitar ou não licitar; trata-se de uma atuação discricionária; As hipóteses de licitação dispensável estão também TAXATIVAMENTE previstas no Art. 24 da Lei 8666/93; Incisos: III – guerra e grave perturbação da ordem pública; IV – emergência ou calamidade pública; o gestor nesses casos pode optar por licitar ou não licitar; nessas hipóteses o contrato direto NÃO pode exceder 180 dias, incluindo eventual prorrogação; deve haver uma pertinência entre a situação calamitosa e o objeto do contrato; V – licitação deserta – ocorre quando NÃO aparecem interessados na licitação; XI – Remanescente de obra ou serviço; OBS: Licitação Deserta é diferente de Licitação Fracassada. Na Licitação Fracassada – tento mais não deu certo; na fracassada aparecem licitantes, mas todos são inabilitados ou desclassificados; a Administração deve repetir a licitação. Readequando o edital; Na Licitação Deserta – quando NÃO aparecem interessados na licitação; b) Licitação Dispensada: Ocorre quando a Administração Pública é proibida de licitar; envolvem hipóteses de alienação de bens públicos, exceto VENDA para terceiros; ex: doação, investidura, dação em pagamento, permuta; - Quando a questão envolver venda para terceiro de bens públicos, a licitação é OBRIGATÓRIA, e configura uma das quatros condições para venda, ao lado, da avaliação prévia, interesse público e da desafetação; - Quando a questão envolver qualquer outra espécie de alienação, a Administração Pública irá realizar o contrato direto em razão da licitação dispensada; - As hipóteses de licitação dispensada estão previstas TAXATIVAMENTE no Art. 17, incisos I e II da Lei 8666/93; - Na Inexigibilidade, ocorre uma impossibilidade material ou jurídica de licitar; www.cursocejus.com.br - As hipóteses de inexigibilidade estão previstas de forma EXEMPLIFICATIVA no Art. 25 da Lei 8666/93; Incisos: I – um único fornecedor, fabricante ou representante exclusivo; II – trabalhos de natureza técnica ou cientifica, desde que tenha duas condições, natureza singular (é uma particularidade que envolve o contrato / contrato único / ex: contador, advogado) e notória especialização; causas em geral não pode ser por esse tipo de contrato; NÃO pode esse contrato envolver o contencioso em massa; III – artistas (em geral); o artista deve ser consagrado pela critica especializada ou pela opinião pública; - A lei veda mesmo atendido os requisitos do inciso II, a inexigibilidade para a contratação de serviços de publicidade e divulgação; ex: Duda Mendonça; - Nessas hipóteses, é obrigatória a licitação na modalidade de concurso;
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