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MICROECONOMIA EM CONCORRNCIA IMPERFEITA NP1

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CAMPUS CHÁCARA SANTO ANTÔNIO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DA DISCIPLINA
MICROECONOMIA EM CONCORRÊNCIA IMPERFEITA (NP1)
DOUGLAS GOMES LARANJEIRA – B51FHG5
SÃO PAULO
2017
DOUGLAS GOMES LARANJEIRA – B51FHG5
TRABALHO DE CONCLUSÃO DA DISCIPLINA
MICROECONOMIA EM CONCORRÊNCIA IMPERFEITA (NP1)
Trabalho de Conclusão da Disciplina Microeconomia em Concorrência Imperfeita apresentada como exigência para a avaliação no curso de Ciências Econômicas da Universidade Paulista, sob orientação do coordenador do curso.
Orientador: Prof. Marcos Paulo de Oliveira
SÃO PAULO
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
	Neste trabalho iniciaremos o conceito de Microeconomia em Concorrência Imperfeita, pela qual estuda um mercado que possui poucos vendedores e diversos compradores ou muitos vendedores para apenas um comprador que é diferente da concorrência perfeita que estuda um mercado que possui muitos vendedores e muitos compradores. 
	Colocaremos nesse trabalho como introdução e para entendermos o mercado imperfeito, alguns fatores da concorrência perfeita. No primeiro capitulo será demostrado a concorrência perfeita, que é o mercado onde empresas tem maior liberdade de entrada e saída e o seu preço é determinado pelas oscilações do mercado, assim como aprendemos nos fundamentos de oferta e demanda. 
	No segundo capitulo, iniciaremos a nossa análise da concorrência imperfeita mostrando os conceitos inicias do monopólio, que é caracterizado por uma única empresa atuante em um determinado mercado. 
2 CONCORRENCIA PERFEITA
2.1 Premissas Iniciais
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), a essência do modelo de concorrência perfeita é a de que o mercado é inteiramente impessoal, no sentido de que o mercado é tão diversificado, possui tantos produtores e tantos consumidores que não sobra espaço para “rivalidades” pessoais. Ou seja, não existe aquele negócio de a empresa X ser rival direta da empresa Y, que é rival direta da empresa W e assim por diante.
	Segundo Pindyck & Rubinfeld (2010), o fato de o mercado em concorrência perfeita, que pode ser conhecido também como mercado competitivo, ser inteiramente impessoal, nos leva, portanto, à conclusão da não existência de “rivalidade” entre os vendedores no mercado; ao mesmo tempo, os compradores não reconhecem a sua competitividade vis-à-vis. Vale ressaltar que estamos falando da rivalidade no sentido de concorrência direta entre os agentes econômicos.
	Um exemplo que Pindyck & Rubinfeld (2010) nos relata é referente a indústria automobilística. Quando vemos a concorrência entre as empresas produtoras de automóveis, por exemplo, há uma concorrência direta ou pessoal entre as firmas. É possível para os compradores reconhecer a competitividade vis-à-vis; sabe-se que a Fiat é rival da Ford, e que essas duas são rivais da GM. Ou seja, os consumidores percebem uma competição de forma mais pessoal ou vis-à-vis entre as firmas. Este conceito de concorrência, entretanto, aplica-se ao mundo empresarial, mas não à teoria econômica. Para esta, a concorrência perfeita é aquela em que há total impessoalidade nas transações de mercado.
	Basicamente, são quatro as condições que definem a concorrência perfeita. Juntas, estas condições garantem um mercado livre e impessoal, no qual as forças da demanda e da oferta determinam os preços e as quantidades transacionadas. Explicaremos agora essas quatro condições:
	A Primeira se refere a atomicidade (grande número de pequenos vendedores e compradores. Ela explica que Todos os agentes econômicos devem ser pequenos em relação ao mercado, de forma a não exercer influência significativa sobre o todo.
Assim, compradores e vendedores devem ser como “átomos”, de tal forma que um “átomo” isolado não tenha condições de afetar os preços. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.238).
	A principal consequência desta atomicidade é o fato de que as empresas e os consumidores simplesmente aceitarão o preço que o mercado impõe. Desta forma, o preço dos bens é decidido pelo mercado e os vendedores e consumidores apenas aceitam este preço. Podemos dizer, portanto, que, em concorrência perfeita, empresas e consumidores são tomadores (ou aceitadores) de preços. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.238).
	O fato de a empresa ser uma aceitadora de preços, bastante pequena em relação ao mercado, tem uma importante consequência para a curva de demanda com a qual a empresa se defronta. Por ser tomadora de preços, a empresa praticará exatamente o preço determinado pelo mercado. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.238).
	Se decidir vender o produto acima deste preço determinado pelo mercado, nenhum consumidor adquirirá o produto. Ao mesmo tempo, não venderá abaixo do preço de mercado, pois a firma tem ciência de que isso trará prejuízos. Deste modo, a curva de demanda com a qual a empresa se defronta será uma reta horizontal exatamente no nível do preço de mercado. Por isso, dizemos que a curva de demanda individual da empresa, em concorrência perfeita, é uma reta horizontal. Vejamos abaixo com o exemplo da figura a seguir. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.238).
Figura 1 – Demanda de Mercado e Demanda Individual (Firma Isolada) em Mercados Competitivos. 
 	Vejamos que por meio da análise da figura 1.b, que o preço que a firma isolada deve praticar é aquele mesmo preço de equilíbrio do mercado (PE1). Se a firma praticar um preço acima de PE1, simplesmente não haverá interseção entre este preço (PE2) e a curva de demanda, pois só há qualquer demanda quando o preço é PE1. Isto é, ela deve praticar exatamente o preço de equilíbrio decidido pelo mercado (PE1). Se praticar um preço acima do mercado, ninguém comprará o produto. De forma oposta, pela racionalidade econômica, ela não venderá o produto por um preço abaixo do preço de mercado. Por fim, o fato de a curva de demanda para a firma ser horizontal nos permite concluir que a demanda para a firma em concorrência perfeita é infinitamente elástica ou perfeitamente elástica. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.238).
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), uma segunda condição que podemos considerar é que o produto deve ser homogêneo ou seja o produto de qualquer vendedor num mercado de concorrência perfeita deve ser homogêneo ao produto de qualquer outro vendedor. Esta homogeneidade pode ser encontrada quando os produtos de todas as empresas em um mercado são substitutos perfeitos entre si.
	Neste caso, nenhuma empresa pode elevar o preço de seu produto acima do preço de mercado, porque todos os consumidores trocariam o consumo do seu produto pelo consumo dos produtos das outras empresas, que são substitutos perfeitos, em virtude da homogeneidade. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.239).
	Um exemplo clássico de produtos homogêneos são os produtos primários (matérias-primas, produtos agrícolas, etc). Como a qualidade destes produtos primários é bastante similar entre os produtores, não faz diferença para os compradores de quem eles estão comprando o produto. Ou seja, temos uma impessoalidade nas transações. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.239).
	Como exemplo destes produtos primários, temos os produtos agrícolas (feijão, milho, algodão), petróleo, gás, minérios, metais como o ferro, alumínio, cobre, ouro, etc. Esses produtos caracterizados pela sua homogeneidade são chamados de commodities. Em contrapartida, quando os produtos não são homogêneos, cada empresa pode elevar seu preço acima do preço praticado pelo concorrente, desde que seu produto seja de qualidade superior, descaracterizando, portanto, a homogeneidade. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.239).
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), temos a terceira premissa que pode ser considerada em um mercado perfeitamente competitivos que é a livre entrada e saída de fatores de produção que é quando não há custo especiais que tornam difícil para uma empresa entrar em um setor ou sair dele. Estapré-condição implica que cada fator de produção ou recurso pode imediatamente entrar e sair do mercado como resposta a mudanças em suas condições, alterações de preços, por exemplo.
	Baseado neste pressuposto, temos outros dele decorrentes:
O fator de produção mão-de-obra é móvel, podendo mudar de uma empresa para outra;
Os requisitos para exercer qualquer trabalho por parte da mão-de obra são poucos, simples e fáceis de aprender;
Os fatores de produção estão disponíveis para todas as empresas, ou seja, não existe insumo ou fator de produção que seja monopolizado por um proprietário ou produtor.
Novas empresas podem entrar e sair livremente, sem maiores dificuldades. Neste ponto, ressaltamos que se, grandes investimentos ou patentes/licenças iniciais são necessários, então, não temos livre entrada e saída, nem livre mobilidade de recursos.
	Até agora vemos três condições básicas sobre como determinamos um mercado perfeitamente competitivo ou conhecido como competição perfeita. Se essas três condições forem reais em uma análise de concorrência perfeita, as curvas da demanda e da oferta de mercado poder ser usadas para analisar o comportamento de preços. Embora não temos com clareza um mercado que contém todas as premissas atendidas, esta análise de mercado é importante para determinar condições de mercados com características parecidas. 
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), ultima característica da concorrência perfeita consumidores devem ter perfeito conhecimento dos preços, caso contrário eles podem comprar a preços altos quando outros menores estão disponíveis. Os produtores, similarmente, devem conhecer seus custos tão bem quanto os preços, a fim de atingir o lucro máximo. Anteriormente, supomos que as firmas sempre buscam maximizar os lucros e a existência de desinformações que afastem a firma desse seu objetivo não se coaduna com as características da concorrência perfeita.
	Como já dito, apenas retomando a ideia, vendo estas quatro características acima, podemos ser levados à conclusão de que não existe nenhum mercado perfeitamente competitivo (concorrência perfeita). Essa é uma questão polêmica, mas várias bancas aceitam os mercados agrícolas como um exemplo clássico de concorrência perfeita. Mas a regra geral é que os mercados, na vida real, no cotidiano, não sejam organizados sob a forma de concorrência perfeita. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.239)
	
2.2 Receita e Custo
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), curva de demanda da firma, na concorrência perfeita, é uma reta horizontal, na mesma linha do preço de mercado P0. Definiremos agora qual será a curva da receita média (Rme) e da receita marginal (Rmg) da firma. A receita média (Rme) é a receita por unidade de produto vendida. Algebricamente, Rme=RT/Q. como RT=P.Q; então:
	Segundo Pindyck & Rubinfeld (2010), percebemos então que a receita média de uma firma, na concorrência perfeita, é o próprio preço unitário de mercado do bem. A receita marginal (Rmg) é o acréscimo na receita total (∆RT) decorrente da venda adicional de 01 produto (∆Q). Vamos analisar a fórmula a seguir e raciocinar Qual será a receita marginal se a empresa aumentar a produção de 1 para 2? Neste caso, o acréscimo de receita (∆RT) será igual a P e o ∆Q será igual a 1. Assim, temos abaixo:
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), podemos perceber que a receita marginal da firma, na concorrência perfeita, também é igual ao preço de mercado do bem. Se fizermos o mesmo procedimento para qualquer nível de produção, a receita marginal será sempre igual a P. Um adendo que deve ser mencionado é que na concorrência perfeita e somente nela, a receita marginal é igual ao preço. A conclusão a que chegamos é que as curvas de demanda, da receita média e da receita marginal serão equivalentes, isto é, serão linhas retas horizontais ao nível do preço de equilíbrio do mercado. Na figura 2, que vem a seguir, este preço é P0.
Figura 2 – Curva de Receita 
	Por fim, a receita total, dado um nível de produção (Q), será exatamente a área abaixo da curva de demanda limitada pela linha que passa por Q. Na figura 2, nós apontamos a receita total (área do retângulo cinza) para o nível de produção Q=2. A receita total (RT) é P.Q, ou seja, é a base do retângulo (Q) multiplicada pela altura do mesmo (P). (Pindyck & Rubinfeld ,2010, p. 242).
 	Um adendo que merece ser mencionado é que sempre quando temos uma curva de alguma média, a área abaixo dessa curva indicará a uma totalidade de algo”. Por exemplo, a área abaixo da curva de receita média indica o valor da receita total. A área abaixo da curva do custo médio indica o custo total, a área abaixo da curva do custo variável médio indica o custo variável, e assim por diante.
	Temos algumas regras que podemos definir com esses argumentos anteriores, a curva de demanda, com que se defronta determinada empresa em um mercado competitivo é, ao mesmo tempo, suas curvas de receita média e da receita marginal. Ao longo dessa curva da demanda, a receita marginal e a receita média e o preço são iguais. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.244).
	De acordo com Varian (2012), o custo total (CT) é o custo de todos os fatores de produção que uma empresa usa na produção. Alguns fatores de produção variam quando aumentamos ou reduzimos a produção; outros se mantêm fixos. Os custos dos fatores fixos são custos fixos (CF), e os custos dos fatores variáveis são custos variáveis (CV). Assim, podemos dividir o custo total em duas partes: custos fixos e variáveis.
CT = CF + CV
	Segundo Varian (2012), os custos fixos não variam com o nível de produção, por exemplo: aluguel, manutenção das instalações, salários da diretoria, entre outros. Como estes custos não variam com o nível de produção, eles devem ser pagos mesmo que não haja produção. A única maneira de a empresa eliminar totalmente os custos fixos é deixando de operar. Custos variáveis são custos que variam quando nível de produção varia, por exemplo: gasto com matéria-prima, pagamento de bônus aos funcionários, entre outros.
	De acordo com Varian (2012), o custo marginal é o aumento de custo (total) provocado pela produção de uma unidade adicional de produto. Ele nos informa quanto custará aumentar a produção em uma unidade. Por exemplo, suponha que uma determinada empresa tenha produção de 200 e, para aumenta-la em uma unidade (passar para produção=201), seja necessário aumentar o custo total de 150 para 175. Neste caso, o custo marginal será 25 (acréscimo/aumento de custo).
	Podemos representar da seguinte maneira a fórmula de custo marginal: 
	De acordo com Varian (2012), o custo médio é o custo total dividido pelo nível de produção (pela quantidade de produtos produzidos). Em outras palavras, é o custo por unidade de produto. Por exemplo, suponha uma firma com produção de 200 e custo (total) de 150, o custo médio será 150/200=0,75.
	Podemos ter a curva de custo de uma concorrência perfeita demostrada em uma figura a seguir. 
Figura 3 – Curva de Custo 
	
	Um adendo importante que merece ser mencionado é que do ponto B para cima indica a curva de oferta de um mercado perfeitamente competitivo, ou seja, a curva de oferta é a parte da curva de custo marginal que se encontra acima da curva de custo médio. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.244).
2.3 Equilíbrio da Firma
	Conforme Pindyck & Rubinfeld (2010), a firma está em equilíbrio (maximização de lucros) quando a receita marginal é igual ao custo marginal. Na concorrência perfeita, a receita marginal é igual ao preço (Rmg=P), de forma que o equilíbrio é alcançado quando Cmg=P. Assim, teremos o equilíbrio quando a curva do custo marginal intercepta a linha do preço (que é igual à linha da Rmg). 
	Abaixo veremos a seguir, um gráfico indicando qual é o equilíbrio de firma e a consequente explicação:
Figura 4 – Equilíbrio da Firma. 
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), na concorrência perfeita, Rmg=P, e o equilíbrio (maximização de lucros) de qualquer firma é atingido quando Rmg=Cmg, então, na concorrênciaperfeita (somente nela), a firma se equilibra quando Cmg=P. Este nível de preço existente na concorrência perfeita, que é igual ao custo marginal, é chamado de preço socialmente ótimo.
	A princípio, pode nos parecer que há dois equilíbrios (pontos A e B), pois há dois níveis de produção, QA e QB, em que o Cmg=P=Rmg. No entanto, apenas em um deles o lucro é maximizado. Observe que o ponto A não pode ser o ponto de maximização de lucros, uma vez que, se aumentarmos a produção além de QA, o lucro será aumentado. À direita de QA e à esquerda de QB, a receita marginal (acréscimo de receita) é maior que o custo marginal (acréscimo de custos), o que indica que os lucros serão aumentados se aumentarmos a produção além de QA até QB. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.246).
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), o que temos então no ponto A, ao nível de produção QA? No ponto A, ao nível de produção QA, onde Rmg=Cmg=P, ocorre o ponto de prejuízo total máximo. O prejuízo (Prej) pode ser entendido como a diferença entre os custos totais (CT) e a receita total (RT). Assim vemos que: 
Prej = CT – RT
	Continuando nossa análise, maximizarmos o prejuízo, devemos derivar a função Prej e igualar a derivada a ZERO. Assim vemos que:
Prej’ = CT’ – RT’
	Em último caso, vemos que, CT’ é o custo marginal, RT’ é a receita marginal, e a derivada de Prej, Prej’, deve ser igual a ZERO. Logo,
0 = Cmg – Rmg
Cmg = Rmg
	Podemos perceber que colocando os conceitos algebricamente, as condições de prejuízo e lucro máximos são idênticas. Ainda que as expressões matemáticas sejam iguais, existe uma diferença crucial entre as duas situações (prejuízo/lucro máximo): no lucro máximo, o custo marginal é crescente; no prejuízo máximo, o custo marginal é decrescente.
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), a igualdade entre o preço e o custo marginal é necessária para a maximização de lucro, mas, geralmente, não constitui condição suficiente. O fato de encontrarmos um ponto onde o preço é igual ao custo marginal não significa que encontramos o ponto de lucro máximo. Mas, por outro lado, se encontrarmos o ponto de lucro máximo, sabemos que, obrigatoriamente, o preço tem que igualar-se ao custo marginal.
	Assim, podemos definir de forma mais precisa a situação de lucros máximos na concorrência perfeita: Rmg = P = Cmg. Se Cmg é decrescente, e P=Cmg, temos prejuízo máximo. Essa é a condição básica, para definirmos o lucro máximo que uma empresa precisa. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.244)
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), temos uma renda do produto, sabemos que podemos estabelecer a condição de maximização de lucro da seguinte forma, a receita marginal deve ser igual ao custo marginal em um ponto no qual a curva de custo marginal esteja subindo. Temos então essa regra que diz que se uma empresa está produzindo, ela deve fazê-lo em um nível em que a receita marginal seja igual ao custo marginal, como indicado nos exemplos acima. 
3 MONOPÓLIO – CONCORRENCIA IMPERFEITA
3.1. Premissas Iniciais
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), o monopólio é a antítese da concorrência perfeita, representando a inexistência de competição, o suprassumo da autoconcorrência, uma vez que temos apenas uma firma que domina todo o mercado. Na posição de único produtor de determinado produto, o monopolista está na situação onde toda empresa sonha estar, ele está em uma posição singular, única. Se decidir elevar o preço do produto, não precisa se preocupar com a concorrência, simplesmente porque ela não existe. Isto acontece porque o monopolista é o próprio mercado e controla a quantidade ofertada de produto que será posto à venda.
	As características básicas do monopólio são as seguintes:
1) Uma única empresa produtora do bem ou serviço;
2) Não há produtos substitutos próximos;
3) Existem barreiras à entrada de firmas concorrentes
	Vamos explicar cada uma ao longo dessa sessão. 
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), a primeira característica se deve a própria essência do monopólio. O segunda característica é decorrência do motivo anterior, pois se o bem produzido pelo monopolista possuísse substitutos próximos ou produtos que fossem equivalentes, não teríamos um monopólio, mas sim uma estrutura de mercado que se aproximaria da concorrência monopolística. Já a terceira característica é o mais interessante e é ele que explica por que os monopólios existem. 	Segundo Pindyck & Rubinfeld (2010), causa fundamental de um monopólio existir está nas barreiras à entrada. Isto é, um monopolista se mantém como único vendedor de seu mercado porque as outras empresas são impossibilitadas de entrar no mercado e competir com ele. Basicamente, as barreiras à entrada têm quatro origens principais:
	De acordo com Varian (2012) temos os recursos de monopólio que é explicado com uma empresa possui os recursos chave para a produção de determinado produto. Por exemplo, a Aluminium Company of America (Alcoa) deteve o monopólio no mercado de alumínio por mais de 50 anos. Isto aconteceu porque ela controlava todas as fontes de fornecimento de bauxita, que é a matéria-prima do alumínio.
	De acordo com Varian (2012), temos os regulamentações do governo que é explicado devido a fatores que indica que às vezes, os monopólios surgem porque o governo concede a uma só empresa o direito exclusivo de vender algum bem ou serviço. As leis que regulam as patentes e os direitos autorais configuram um exemplo desta situação e o objetivo de tais normas é estimular e recompensar aquela empresa que investiu em inovações que trazem benefícios à coletividade. Por exemplo, por alguns anos, foi garantido à empresa farmacêutica Pfizer o direito exclusivo de vender o famoso Viagra13. Estas situações em que uma empresa detém o monopólio de um produto por força de lei são chamadas de monopólio legal. Vale ressaltar que o monopólio legal não ocorre somente no caso das patentes. 
	Um exemplo aleatório que podemos mencionar é o da Petrobras que em mais de 40 anos (1954 a 1997), o governo concedeu à Petrobrás o direito exclusivo de explorar o petróleo localizado em terras brasileiras, mesmo sem ter sido ela a inventora do processo de extração de petróleo.
	Segundo Varian (2012), temos o processo de produção que é indicado nas barreiras de entrada que indica que a produção de determinados bens apresentam economias de escala para os níveis de produção relevantes. Nesse caso, quanto maior for a produção, menor o custo médio, uma vez que a curva de custo médio de longo prazo é decrescente quando temos economias de escala. Em outras palavras, uma só empresa pode produzir a um custo médio menor do que se houvesse um número maior de empresas. Quando esta situação ocorre, temos um monopólio natural ou puro.
 	Um detalhe que precisa ser mencionado é a principal característica do monopólio natural é a existência de economias de escala no processo de produção. Esse é o caso das empresas que têm uma parcela muito alta de custo fixo e custos variáveis baixos, quando comparados com o custo fixo. Aqui, será menos custoso um número menor de firmas produzir, ou até mesmo uma só firma. 
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), como exemplo de monopólios naturais, podemos mencionar as companhias de energia elétrica, telefonia, abastecimento de água e saneamento básico das cidades. A tecnologia de produção destes serviços é de tal ordem que uma vez incorridos os altos custos das instalações, a expansão da produção por uma só firma (monopolista) irá reduzir os custos médios. Consequentemente, para essas firmas caracterizadas como monopólio natural, a estrutura de custos médios é decrescente para toda a faixa relevante de produção. Ou seja, à medida que se aumenta a produção, os custos médios irão decrescer cada vez mais, e isso só acontece nestas empresas inseridas neste caso específico do monopólio natural.
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2012), quando temos uma tecnologia de produção com a existência de economias de escala, as empresas de fora do mercado sabem que não poderão atingiros mesmos baixos custos de que desfruta o monopolista porque, depois de entrar, cada uma teria uma fatia menor do mercado e ainda teria que arcar com altíssimos custos iniciais de implantação da firma.
	Segundo Pindyck & Rubinfeld (2012), a ocorrência de economias de escopo, quando os custos totais de uma só empresa são menores que os custos totais de várias empresas, também representa barreiras à entrada e pode provocar o surgimento de monopólios naturais.
	 De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), temos por fim, o ultimo conceito que é a tradição no mercado: A tradição que algumas firmas possuem muitas vezes funciona como barreira à entrada. Por exemplo, demorou bastante tempo e demandou muitos investimentos até que os japoneses pudessem concorrer com a tradição dos relógios suíços e com a tradição dos automóveis alemães e americanos.
	Um conceito que é muito importante para o monopolista determinar é o custo de mercado que ele terá ao produzir o seu bem ou produto. Ele deve ter ciência desse elemento para que possa continuar com suas intervenções no mercado. Deve saber qual é a demanda do mercado referente ao seu produto. Ter o conhecimento básico sobre custo e demanda é primordial para saber quanto produzir e vender. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.308)
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), a receita média do monopolista é igual a demanda do mercado monopolista. A receita média é determinada pela divisão da receita total com a quantidade vendida. Ou seja, a receita média é igual ao preço que o monopolista recebe por unidade de mercado. Sabendo disso, para que possamos escolher o nível de produção que maximizará os lucros da empresa, devemos extrair a receita marginal da receita total.
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), existe uma diferenciação nas empresas monopolísticas com as demais. Algumas empresas possuem um considerável poder de mercado, enquanto outras não possuem poder nenhum ou bem pouco. Como isso é possível? O que determina essa premissa? O poder de monopólio é a capacidade de definir o preço acima do custo marginal e que a quantidade em que o preço ultrapassa o custo marginal depende do inverso da elasticidade da demanda coma qual a empresa se defronta. 
	Segundo Pindyck & Rubinfeld (2010), quanto mais elástica for a curva da demanda da empresa, maior poder de monopólio a empresa terá. Com essa afirmação, podemos dizer que o que determina o poder de monopólio é a elasticidade da demanda. Podemos então dizer que esses são os conceitos inicias sobre o monopólio e podemos determinar agora os conceitos a seguir referente a receita, custo e demanda desse mercado. 
3.2. Demanda e Receitas
	De acordo com que já mencionamos neste trabalho mercado de competição perfeita, nós vimos que a curva de demanda individual da firma era uma reta horizontal passando pelo nível de preço que, ao mesmo tempo, representava o nível da receita marginal e da receita média. 
	No monopólio, entretanto, a curva de demanda da firma será igual à curva de demanda do mercado e a explicação é simples: a firma monopolista é o próprio mercado. A produção da firma será a própria produção do mercado. A demanda enfrentada pela firma será a própria demanda do mercado. Logicamente, sua curva de demanda será igual à curva do mercado. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.332). 
	A consequência mais importante desse fato é que, diferentemente do que ocorre na concorrência perfeita, a receita marginal não será igual ao preço. No monopólio, a receita marginal será menor que o preço que ela cobra pelo seu produto. Isso pode ser constatado graficamente, vejamos isso a seguir.
Figura 5 – Demanda de Mercado e Demanda Individual 
	Observe, no gráfico 10.b, que se o monopolista aumentar a sua produção (de QE1 para QE2) e mantiver o mesmo preço inicial (PE1), simplesmente não haverá demanda para o produto. Veja que a interseção de QE2 com PE1 é o ponto F, fora da curva de demanda. Ou seja, não haverá demanda para aquele nível de quantidades produzidas (QE2) ao preço PE1, de modo que a firma não aumentará sua receita se decidir aumentar a produção e manter os preços. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p. 324).
	Para aumentar a produção e conseguir vendê-la, a firma monopolista deve reduzir os preços. Isto acontece porque a curva de demanda da firma é a própria curva de demanda do mercado, que é negativamente inclinada, indicando que quanto maiores forem as quantidades demandadas, menores devem ser os preços. É o que acontece no gráfico: para aumentar a produção de QE1 para QE2, e se manter na curva de demanda, a firma deve reduzir os preços de PE1 para PE2 para que ainda haja demanda do produto. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p. 324).
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), cada produto adicional que a firma queira produzir deve estar em um preço abaixo do que era praticado no nível de produção imediatamente anterior. A conclusão a que chegamos é a seguinte: a receita marginal no monopólio será sempre menor que o preço do produto. Vemos então que, no monopólio, para se vender um produto adicional, a firma terá que fazê-lo a um preço menor que aquele praticado anteriormente. Desta forma, a receita, na margem, será sempre menor que o preço que era praticado no nível de produção imediatamente anterior. Em outras palavras, no monopólio: Rmg<P. 
	Segundo Pindyck & Rubinfeld (2010), temos fato de que a receita marginal Rmg é menor que o preço, a curva da Rmg deverá ser tal que, para cada nível de produção, a Rmg encontrada seja menor que P. Suponha uma curva de demanda linear, que seja representada pela função de demanda inversa P=a–bQ. A receita total será RT=P.Q, ou seja, RT=aQ–bQ2. A receita marginal será dRT/dQ=a–2bQ. Seguem as expressões da demanda e da receita marginal.
Função demanda: P = a – bQ
Função receita marginal: Rmg = a – 2bQ
	De acordo Pindyck & Rubinfeld (2010), quem tiver uma expressão de demanda inversa, a expressão da receita marginal serão igual à expressão da demanda inversa, com a única diferença que você deverá multiplicar por 2 o termo que contém Q, que indica a quantidade.	
	Segundo Pindyck & Rubinfeld (2010), podemos montar um gráfico típico, com os valores de R/Rmg no eixo vertical e os valores de Q no eixo horizontal, veremos que a curva de receita marginal possui o mesmo intercepto vertical da curva de demanda e inclinação duas vezes maior. 
	Os interceptos das curvas de demanda e de receita marginal podem ser encontrados fazendo Q=0 nas duas funções. Nos dois casos, veremos P e Rmg serão iguais a “a” (ponto A da figura 11). A inclinação da curva de demanda será a sua derivada (dP/dQ), que é igual a –b. A inclinação da curva da receita marginal também será a sua derivada (dRmg/dQ), que é igual a -2b. 
	 Logo, percebe-se que a curva da receita marginal é negativamente inclinada assim como a curva de demanda. Isto é verificado pelo sinal negativo do termo que define a inclinação. Nota- se também que a inclinação da Rmg será exatamente o dobro da inclinação da curva de demanda.
Figura 6 – Curva de Demanda e Receita Marginal 
	De acordo com Varian (2012), a decorrência do fato de a curva de Rmg ter o dobro da inclinação da curva de demanda, o intercepto horizontal da demanda será o dobro do valor do intercepto horizontal da Rmg. Para calcularmos o intercepto horizontal da demanda, basta fazer P=0, daí, veremos que o intercepto será igual a “a/b”. O intercepto horizontal da Rmg será encontrado se fizermos Rmg=0, daí, veremos que o intercepto será igual a “a/2b”. Ou seja, o segmento OB é exatamente a metade do segmento OC.
	De acordo com Varian (2012), sabemos que Rmg<P e que a curva da Rmg estará abaixo e à esquerda da curva de demanda; mas, e quanto à receita média? Será que ela é igual ao preço, assim como acontece na concorrência perfeita? A resposta é sim. Algebricamente, isso é demonstrado sem maiores dificuldades:
	De acordo com Varian (2012), a Rme é o próprio preço que o consumidor paga em cada unidade do produto. Então, a curva da Rme é a própria curva de demanda domercado. Na figura indicada acima podemos perceber que, a curva da Rme será o segmento AC, de modo que a curva de demanda é igual à curva da Rme. 
3.3. Equilíbrio da Firma
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), da mesma forma que a firma competitiva, o monopolista maximiza os lucros quando Rmg=Cmg. A diferença básica entre as duas situações é que, no monopólio, a Rmg não é igual ao preço, mas sim menor. Isto fará com que o monopolista se equilibre sempre com um nível de produto para o qual o preço seja maior que o custo marginal. Ressaltando que, a estrutura de custos do monopolista é a mesma da firma em concorrência perfeita. Na verdade, as curvas de custo se aplicam a qualquer estrutura de mercado.
	Temos um gráfico que demostra o conceito de equilíbrio da firma, que nos traz a ideia de que a receita marginal é igual ao custo marginal, e que nesse ponto podemos ter uma lucratividade maior para a empresa. Vejamos o gráfico a seguir. 
Figura 7 – Equilíbrio da Firma
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), o monopólio a firma pode operar no ramo descendente da curva de custo marginal, o que não acontece na concorrência perfeita. Em segundo plano, pode haver situações, como ilustrado na figura 13, em que há dois pontos em que Rmg=Cmg (pontos A e B). Neste caso, o equilíbrio do monopolista ocorrerá no ponto onde a produção é maior. Então, o equilíbrio de nosso monopolista representado na figura 13 acontecerá quando o preço for PE e a produção QE.
	A receita total da firma é PxQ. No gráfico, isso é equivalente à área abaixo da linha do preço de equilíbrio e à esquerda da linha da produção de equilíbrio. Na figura, é o retângulo O_QE_E_PE. O custo total da firma será igual a CmexQ. No gráfico, isso é equivalente à área à esquerda da linha da produção de equilíbrio e abaixo da linha do custo médio, que é obtido por meio da intersecção da produção de equilíbrio com a curva de custo (total) médio. Na figura, é o retângulo cinza claro O_QE_C_Cme. O lucro total será a diferença entre a receita e o custo total. Na figura 14, é a área do retângulo Cme_C_E_PE, cinza escuro. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.326).
	Como se percebe por meio do gráfico, o lucro da firma monopolista depende da diferença entre o preço de equilíbrio (preço que o bem é vendido ao consumidor) e o custo médio. Quanto maior essa diferença, maior será o lucro do produtor. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.326).
Figura 8 – Preço e Quantidade de Equilíbrio. 
	
	Sem estudar economia, todos nós sabemos que os monopólios, na maioria das vezes, não são desejáveis, pois implicam lucros extraordinários (RT>CT; ou Rme>Cme), em que o preço cobrado pelo monopolista é superior ao custo marginal. Essa situação enseja a regulação por parte do governo. Ela tem o objetivo de evitar a ocorrência destes lucros extraordinários, que são lucros acima do que é necessário para cobrir os custos dos fatores de produção. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.326).
	Desta forma, em linhas gerais e bastante resumidas, podemos dizer que o objetivo da regulação é evitar a ocorrência de lucros extraordinários. Assim, o regulador deve fazer com que RT=CT e, por conseguinte, Rme=Cme. Como Rme=P, podemos dizer também que o objetivo do regulador é fazer com que a firma monopolista cobre um nível de preço que seja igual ao custo médio. No gráfico antecessor, podemos observar que, se P=Cme, então, RT=CT, não havendo, portanto, a situação de lucros extraordinários (RT>CT), exatamente como pretendido pelo órgão regulador. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.326).
	Uma interessante dúvida que pode surgir é quanto ao fato da possibilidade ou não da firma incorrer em prejuízo econômico (RT<CT; ou Rme<Cme). É possível o monopolista incorrer em prejuízo? A resposta é sim. Para isso, basta que o custo médio seja superior à receita média (Cme>Rme; ou CT>RT). Como Rme=P, para haver prejuízo, basta que o custo médio seja superior ao preço. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.326).
Figura 9 – Equilíbrio e Custo de Equilíbrio 
	
	De acordo com Pindyck & Rubinfeld (2010), a firma iguala o custo marginal e a receita marginal quando a produção é QE. Neste nível de produção, o preço do produto é PE (Rme=PE) e o custo médio é Cme. O custo total será o retângulo O_QE_C_Cme; a receita total será o retângulo cinza claro; o prejuízo será o retângulo cinza escuro. Então, veja que, neste caso, o monopolista, na verdade, está no ponto de prejuízo mínimo quando Rmg=Cmg.
	Por fim, ressaltamos que a firma monopolista, assim como a firma competitiva, só deve encerrar suas atividades no curto prazo quando, ao igualar a Rmg ao Cmg, o preço for inferior ao custo variável médio (P<CVme). A explicação é a mesma que foi feita anteriormente, e vale para qualquer estrutura de mercado. No longo prazo, ela encerrará as atividades se P<Cme, uma vez que em longo prazo CVme=Cme. (Pindyck & Rubinfeld, 2010, p.326).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Podemos dizer que na concorrência perfeita que todos os agentes são tomadores de preço, ou seja, com um mercado que tem muitos compradores e muitos vendedores o preço de equilíbrio é determinado pela oscilação do mercado. Isto requer dizer que a empresa obrigatoriamente aceitará o preço que o mercado impõe. Caso não aceite, terá outra empresa pra substituir a venda de seu produto, trazendo prejuízos a mesma. 	
 	Outras conclusões que podemos dizer sobre a concorrência perfeita é que a curva de demanda da firma é perfeitamente elástica. Temos uma única estrutura de mercado em que o preço é igual à receita marginal. Consequentemente, o ponto de maximização de lucros da firma, onde é considerado o equilíbrio, é atingido quando o preço é igual ao custo marginal.
	Referente a variação temporal da concorrência perfeita e suas curvas, a curva de oferta é a curva do custo marginal acima do custo variável médio. No curto prazo, a firma pode obter prejuízo, lucro zero ou lucro econômico. No longo prazo, ela obterá obrigatoriamente lucro normal, onde lucro total é igual ao prejuízo total. Já no longo prazo, se tivermos custos decrescentes (economias de escala), a curva de oferta do setor será negativamente inclinada. Se tivermos custos constantes (retornos constantes de escala), a curva de oferta do setor será horizontal.
	Sobre o monopólio, iniciamos o estudo desse mercado, e concluiremos ele no próximo trabalho. Neste trabalho, podemos concluir sobre o monopólio que só há uma firma produtora e sua curva de demanda é a própria curva de demanda do mercado. Sobre as curvas, temos a receita marginal é menor que o preço. Ou seja, a curva da receita marginal estará sempre abaixo e à esquerda da curva de demanda. O ponto de maximização de lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando a receita marginal é igual ao custo marginal, e não quando P=Cmg, no monopólio, e em todas as outras estruturas que não sejam concorrência perfeita, temos: P≠Cmg. E por fim sabemos que o monopolista não possui curva de oferta. 
5 REFERÊNCIAS
PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. Tradução Eleutério Prado, Thelma Guimarães e Luciana do Amaral Teixeira. Pearson. 2010
VARIAN, Hal R. Microeconomia-princípios básicos. Elsevier. Brasil, 2012.

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