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ZOUKDERNO 5

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ZOUKDERNO
Ailton Zouk DelPol DF
2017
Parte V- (março/ Junho)
TENTATIVA ABANDONADA (05/03/2017)
Art. 14, II CP descreve o crime tentado. O crime vai ser tentado quando o resultado não ocorre por seguranças alheias a vontade do agente. 
A tentativa é verificada quando da prática dos atos executórios. Não tendo os atos executórios iniciados, não tem que se falar em tentativa.
Ex: Tício queria matar Mévio e fico atrás do poste com uma arma de fogo. A polícia aborda Tício e pergunta que ele está fazendo. Isso não é tentativa, mesmo que ele tenha a intenção de matar, mas ele não iniciou os atos executórios. 
No art. 15 tem a desistência voluntária e arrependimento eficaz. É o que chamamos de ponte de ouro.
A gente desistir de prosseguir a ação diante dos atos executórios, tem-se a desistência voluntária. A desistência não precisa ser espontânea. 
Quando após os atos executórios, o agente adota uma postura para evitar a execução: arrependimento eficaz. 
Quando está nos atos executórios e ele desista, ele desiste da prática da conduta. Quando ele desiste dos atos executórios (está na tentativa), temos a tentativa abandonada. 
No arrependimento eficaz, o agente adota uma providência e evita a consumação do resultado. Essa providência é adotada após iniciado os atos executórios. 
Enquanto não ocorrer a consumação, temos um crime tentado. Quando se fala em desitência voluntária é uma forma de tentativa abandonada. No arrependimento eficaz, a providência do agente já é após os atos executórios, tem também a tentativa abandonada. 
HOMICÍDIO CONEXIVO X CONTRAVENÇÃO PENAL X CRIME IMPOSSÍVEL (06/03/2017)
O homicídio é um crime repugnante e há maior reprovabilidade quando o agente pratica o homicídio sem possibilidade de defesa da vítima, ou quando emprega veneno, quando ateia fogo nas vítimas. 
No homicídio qualificado tem uma pena de 12 a 30 anos e o simples é de 6 a 20 anos. 
No homicídio simples, a reprovabilidade da conduta é menor. A reprovabilidade da conduta é o fundamento para criar as qualificadoras. 
Entre as qualificadoras do homicídio, tem a prevista no art. 121, §2, V: para assegurar a execução ou vantagem de outro crime. 
Art. 121. Matar alguem:
Homicídio qualificado
 § 2° Se o homicídio é cometido:
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Quando racioina no aart. 121, §2 trabalhamos com uma conexão (homicídio em conexão com outro crime), po isso é chamado de homicídio conexivo. 
Essas qualificadoras do inciso V são de ordem subjetiva, estão adstritas a motivação. 
- Para assegurar a execução de um crime: Tício quer matar Mévio, grande empresário. Mévio contratou Paulo para fazer sua segurança. Para matar Mévio, ele acaba matando também Paulo. O homicídio do Paulo é qualificado. Ele vai responder por homicídio qualificado pela conexão em relação a Paulo e por motivo fútil em relação ao Mévio.
Ex: Tem o Mévio, grande empresário, Paulo seu segurança e Tício que quer sequestrar o Mévio. Ele mata Paulo para sequestrar o Mévio. O homicídio do Paulo e qualificado pela conexão. 
 Essa conexão que ele mata para ter a execução de outro delito chama-se conexão teleológica. É a motivação de ele ter matado. 
Ex: Tìcio matou Paulo para sequestrar o Mévio. Quando ele foi sequestrar o Mévio, ele desistiu (desistência voluntária) => essa desistência enseja retira a roupagem da qualificadora de ordem subjetiva do homicídio qualificado pela conexão? Art. 4, CP: tempo do crime considera que quando ele pratiou o homicídio ele tinha a intenção de praticar o outro delito, por isso a qualificadora terá incidência sim. 
Cuidado que, as vezes a lei pode dar tratamento específico ao caso do agente matar a vítima para praticar outro delito, aí não deve ser jogado a qualificadora e tratar como o art. 121. Ex: Mévio quer subtrair o carro do Paulo e ele mata Paulo, a lei tem tratamento específico, o latrocínio. 
- Para asseguar a ocultação de outro crime: Tício matou o Mévio e estava escondendo corpo. Paulo visualizou. Como Tício não quer que ninguém fique sabendo, ele para ocultar o homicídio de Mévio, mata Paulo. 
- Para assegurar a impunidade do crime: Tício pratica o delito de estupro com a vítima e para que ficasse impune e não fosse reconhecido, ele mata a vítima. Outro exemplo é matar uma testemunha de um crime. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão consequencial.
- Para assegurar a vantagem de outro crime: Tìcio e Mévio praticaram um delito de roubo. Eles estão com o dinheiro da prática do delito. Para assegurar a vantagem só para ele, Tício decide matar Mévio. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão consequencial.
Obs: Conexão consequencial entra a execução, a impunidade e a vatagem. A conexão teleológica é somente para assegurar a execução de outro crime (tem a finalidade). 
Tício foi comprar drogas na boca de fumo. Chegando ao local ele viu Mévio. Tício lembra que na semana passada quando foi comprar droga de Mévio, ele vendeu talco e, decide aproveitar a ocasião para mata-lo. 
Ex: Tìcio abordou Mévio e subtraiu seus bens, se retirando do local. Ao sair, Tício lembrou que Mévio o devia dinheiro e decide voltar e matá-lo. Essa morte não era necessária para subtração da coisa. Chama-se de homicídio pela conexão ocasional, que não é considerado qualificado. Tem-se o roubo consumado em concurso material com o homicídio qualificado por motivo fútil. (Em prova discursiva: conexão ocasional não qualifica o homicídio).
Pedra detoque: O homicídio vai ser qualificado pela conexão teleológica quando o agente pratica o homicídio para assegurar a execução de outro crime.
Ex: Mévia terminou relacionamento com Tício, que fica perturbando. Mévia contrata Paulo para fazer a segurança de sua casa. Tìcio, querendo perturbar Mévia, decide matar Paulo para poder tirar a tranquilidade de Mévia. Tem um homicídio, mas não será qualificado pela conexão teleológica (ele praticou um homicídio para assegurar a pratica de uma contravenção penal, a de perturbação da tranquilidade- art. 65 LCP). Princípio da taxatividade e da legalidade, não há de se falar em analogia in malam partem. 
Ex: Tìcio ameaça de morte o Zouk. Zouk contrata Paulo para sua segurança. Zouk mata Palo para matar o Zouk, entra na casa e atira para matar o Zouk, que já estava morto de parada cardíaca (crime impossível). Esse homicídio ão é qualificado pela conexão teleológica. 
A conexão é sequencial quando se pratica um utro crime para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime. 
AMEAÇAS COM EMPREGO DE FORÇAS ESPIRITUAIS X EXTORSÃP (STJ) X TENTATIVA SUPERTICIOSA OU IRREAL (09/03/2017)
Ex: Mévia está muito doente e começou a buscar a cura para sua doença. Nos jornais Tícia dizia que fazia trabalho de curas para curar essa doença. Tícia sabe que os trabalhos que realiza não cura ninguém (está induzindo a erro). Mévia procura Tícia, já induzida a erro, para que seja curada. Mévia faz o pagamento. Mèvia verificando eu não estava sendo curada, diz a Tìcia que não pagará mais porque acha que está sendo enganada.
Ao falar que uma pessoa precisando de cura, faz-nos pensar no crime do art. 284, curandeirismo. Mas se tem intenção de induzir alguém a erro, não é curandeirismo,é estelionato. Para ter o curandeirismo, a pessoa que faz o trabalho te que acreditar que seja ele capaz de curar a pessoa. 
Curandeirismo é um crime de ação vinculada e habitual. 
Curandeirismo é crime vago, tem como sujeito passivo a coletividade. 
O agente só responde no curandeirismo, quando ele sem a habilitação ara curar uma pessoa, ele pratia essas ações do art. 284. O agente acredita que seja capaz de curar alguém. 
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
 I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
 II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
 III - fazendo diagnósticos:
De acordo com o exemplo, Tìcia tinha conhecimento que aprática de suas ações não curava ninguém, assim, induziu Mèvia a erro para obter vantagem econômica=> Estelionato.
Quando Mévia diz que não quer mais os trabalhos de Tìcia por se sentir enganada e manda ela interrompa os trabalhos, pois não irá mais pagar. Tícia diz que já fez uns trabalhos para filhos de Mévia e que, portanto, ela a deve 32.000,00 para que ela desfaça o trabalho. 
EXTORSÃO- Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Apesar de no exemplo não ter a violência, tem a ameaça de forças espirituais. 
STJ decidiu que ameaça de mal espiritual, em razão da garantia da liberdade religiosa, não pode ser considerada inidônea ou inacreditável. Para vítima e boa parte do povo brasileiro existe a crença em forças sobrenaturais. Não há de se falar que sejam fantasiosas. Configura sim grave ameaça a ensejar a elementar do art. 158. Resp. 129.9021
Quanto à grave ameaça, o STJ tem externado posicionamento bastante extensivo. STJ entendeu num julgado recente que ameaça de destruir patrimônio configura grave ameaça para caracterizar a extorsão. 
Ex: Tício subtraiu veículo do Mévio, mediante violência, tendo um roubo. Depois Tício liga para Mévio dizendo que roubou o carro dele e que só devolve se Mévio realizar o pagamento de determinada quantia e que se ele não der, ele destruirá o veículo. 
Ex: Um flanelinha que diz se Joã não der dinheiro irá amassar seu veículo, para o STJ tem a grave meaça e configurada a extorsão. 
Tentativa irreal/ supersticiosa: tem dois posicionamentos:
- Não configura crime impossível porque o crime impossível tem que analisar o meio. (Ex: Um palito em relação a um adulto não pode provocar sua morte, é impossível, mas para um recém-nascido,não).
- Configura crime impossível.
Ex: É um agente querendo matar Mévio e ele faz um ‘trabalho’ por acreditar nas forças espirituais. 
Não há de se enquadrar a conduta do agente na tentativa por esse meio jamais chegará a um resultado. 
Força sobrenatural apesar de configurar grave ameaça, não materializa atos de execução para ensejar uma tentativa. Por isso chamado de tentativa supersticiosa. O meio é ineficaz.
FRAUDES EM CERTAME DE INTERESSE PÚBLICO- ART. 311-A, CPB (16/03/2017)
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
I - concurso público
II - avaliação ou exame públicos; 
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou 
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público. 
Tipifica a conduta a fraude em certames de interesse público.
É um crime de médio potencial ofensivo, não se submetendo ao rito da lei 9099, mesmo assim é possível aplicar o art. 89 (suspensão condicional do processo), porque o requisito de tal medida é de que a pena mínima não seja superior a um ano. 
Como foi criado esse tipo penal? A lei 12.550/2011 autorizou o poder executivo a criar uma empresa pública chamada empresa brasileira de serviços hospitalares (fenômeno da hipertrofia do direito penal, onde o legislador está desesperado para dar uma satisfação à sociedade, aproveitou essa lei e encaixou o art. 311).
Existia um procedimento que uma pessoa tomava conhecimento do gabarito das quetões e através de ponto eletrônico passava a resposta para quem estava fazendo a prova. Essa questão chegou ao STF, e o MP estava tipificando no art. 171 e 299 do CPP. STF firmou jurisprudência que seria analogia in malan partem a cola eletrônica. O legislador, às pressas, aproveitou a lei 12.550 e encaixou o art. 311 (tipificando uma conduta para dar uma resposta à sociedade). 
Essa questão da cola eletrônica é discutida. Será que alguém passar o gabarito para uma pessoa configura o art. 311? Rogério Sanches acha que depende, pois se uma pessoa que tem acesso ao gabarito pronto e passa para quem faz a prova, configura o art. 311-A; mas se algúem entra no local de prova, realiza a prova e pega as respostas e passa através do ponto eletrônico, o fato é atípico. Zouk, fazendo uma análise teleológica, discorda. Para Zouk, as informações que o concurseiro coloca em seu caderno de prova já é sigiloso; só não vai ser sigiloso quando os dois saem do local de prova e lá fora um passa o gabarito ao outro. 
O objeto jurídico tutelado é a fé pública. 
Objeto material: o primeiro é o concurso público; exame público (inciso II); provas de vestibular.
Ex: Mévio está no terceiro período da faculdade, pega o gabarito da prova no armário do professor e divulga para seus amigos. Divulgação de gabaritos de avaliações periódicas do corpo discente não entra nesse artigo. 
Inciso IV, ex: prova da ordem. 
O tipo pena tem dois verbos, sendo misto ou alternativo: divulgar e utilizar.
Ex: Se Mévio descobriu o gabarito oficial da CESPE e divulgou para Zou que estava realizando o concurso ara delegado. Zouk pega o gabarito, mas não utiliza porque não quer, é fato atípico para ele porque o verbo fala utilizar!
Quem divulga e quem utiliza agem em concurso, segundo a teoria monista. 
-É um crime de forma livre, não exige uma forma exata de passar o gabarito. 
Conteúdo sigiloso é qualquer informação secreta ao público em geral. 
- É elementar do tipo penal: ‘indevidamente’. A divulgação tem que ser indevida. 
Ex: Ocorreu um concurso realizado pela Cespzouk. A cespezouk mandou a lista dos aprovados para outra cidade, e um servidor não esperou a publicação no DO e saiu publicando. A divulgação antecipada da lista de aprovados não é considerada conteúdo sigiloso. 
-Sujeito ativo: é um crime comum, podendo ser qualquer pessoa.
Se for cometido por funcionário público, recebe uma pena maior. O funcionário público tem que lançar mão das facilidades do cargo, comprometendo seu dever funcional. 
Ex: Um delegado que está na banca, consegue informação do gabarito e passa ara Mévio. Ele irá responder pelo art. 311-A com o aumento de penda.
- Elemento subjetivo do tipo: agente tem que agir com dolo. É um dolo específico, a fim de beneficiar-se, a si ou a outrm, ou comprometer o certame.
O art. não admite forma culposa. 
Ex: Zouk é delegado e faz parte da banca. Levando o gabarito para casa, para em um bar para omar cerveja, derruba o gabarito e o mesmo é divulgado. Essa conduta é atípica para ele, pois sua conduta é culposa. 
Ex: Tício passa o gabarito para Mévio durante prova. Mévio fica nervoso e errou tudo. Ele utilizou o gabarito, mas nã se beneficiou. Por ser crime de resultado formal/de resultado cortado, entra no artigo. Basta que tenha a consumação para uma das pessoas. No caso, Tício já divulgou (fato típico), se a outra pessoa utilizou (fato típico), se ela não utiliza por cirscunstâncias alheias a sua vontade tem a tentativa.
O crime admite tentativa. Ex: Tício passa o gabarito para Mévio por email. A polícia grapeia o email antes de Mévio ter acesso. Isso é a tentativa.
Ação penal é pública e incindicionada.
O caput é um crime de médio potencial ofensivo, cabendo portanto, suspensã condicional do processo. 
O §1° trata da figura equiparada. Isso é obvio porque adota-se a teoria monista e, se ele colabora para a prática do delito, irá responder nas penas do delito na medida de sua culpabilidade. 
Há uma discursão quanto ao sujeito ativo do art. 311-A, pois parte da doutrina entende que é um crime próprio, somente pratica o delito quem tem o dever de guarda da informação sigilosa. Noutro giro, parte da doutrina (Cléber Masson) entende quenão há que se falar em crime próprio porque o legislador não mudou a pena. 
§2° traz a qualificadora. Ocorre sempre essa tipificação quando é anulado qualquer concurso público, pois sempre haverá o prejuízo para administração pública. 
Ex: Tício fraudou o vestibular de uma niversidade privada (art. 311-A, III). Para Tício pode ser aplicado a qualificadora de dano a adm. pública? Não!
A doutrina aponta que se o funcionário público pratica a conduta de faude em concurso público e recebe dinheiro para isso, além do delito do art. 311-A, responderá também pela corrução passiva. (Cléber Masson).
No art. 325 tem o delito de violação de sigilo funcional. Ele é um crime subsidiário.
Violação de sigilo funcional
 Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
 § 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: 
 I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
 II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
 § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
A competência para julgar os delitos de fraude vai depender: se for fraude em concurso federal, será da Justiça Federal; se for da polícia civil, será da Justiça Estadual. Tem que olhar a ofensa ao bem jurídico. 
AÇÕES PENAIS E INQUÉRITOS POLICIAIS EM CURSO X TRÁFICO PRIVILEGIADO-STJ (17/03/2017)
A lei 11.343 inovou, trazendo uma causa de diminuição para o traficante de primeira viagem, inicial. Considera esse traficante quando ele reunir cumulativamente: ser primário, de bons antecedentes e não integrar atividade criminosa e nem se dedicar a ela. É o tráfico privilegiado. 
A lei 6368;76, aquele que ostentava condições de primário e bons antecedentes não recebia esse benefício da causa de diminuição. A lei 11.343 aumentou a pena do tráfico, mas trouxe esse benefício para o traficante privilegiado. 
Entre esses requisitos, o de o agente não poder se dedicar a atividade criminosa:
Ex: Tício está respondendo por tráfico de drogas e a defesa diz que ele tem direito a diminuição de pena por apresentra todos os requisitos. O juiz verificou que Tício tem diveros IP e ações penais em curso e os considerou para afastar o benefício. 
Pode considerar ações penais e IP em curso para identificar que a pessoa se dedicaa atividade criminosa? E o princípio da presunção de inocência?
Essa questão é divergente no TJ. A 5 ª turma entende que seja possível utilizar IP e ações penais em andamento para afastar a causa de diminuição. Por sua vez, a 6ª turma entende que IP e AP não podem ser considerados para indicar a atividade criminosa do agente. Foi evado à 3ª sessão do STJ essa divergência através de embargos de divergência no recurso especial 1431091- SP (publicado dia /01/02/2017). A 3ª sessão entendeu que o benefício deve ser conhecido para quem realmente merece, restringindo sua aplicação. Entendeu também que IP e AP em curso não podem ser considerados como maus antecedentes na órbita das circunstâncias judiciais quando da análise da dosimetria da pena (para fins de aumentar a pena base). Que nesse caso não está sendo analisado para aumentar a pena base e sim para afastar o benefício e que o princípio da presunção de inocência não pode ser interpretado de forma absoluta.
Segundo STJ é possível a utilização de IP e ações penais em curso para formação da convicção de que o réu se dedica a tividade criminosa, de forma a afastar o benefício legal previsto no art. 33, §4 da lei 11.343. 
Hj, STJ e STF, consideram que tráfio privilegiado não tem a rouapgem dos crimes equiparados hediondo. Súmula 512 foi cancelada.
REITERAÇÃO DOS ATOS INFRACIONAIS GRAVES X INTERNAÇÃO (MUDANCA 6 TURMA STJ) – 18/03/2017
Art. 121 ECA: A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado (na sentença), devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
Entre os parágrafos 2 e 3 parece haver um contrassenso. Esclarecendo, §2 quer dizer que o juiz, ao aplicar a internação, ele não pode dizer que adolescente vai pegar um tempo determinado de internação, ele apenas submete o infrator à internação, e a cada 6 meses será feita uma reavaliação. A internação não comporta prazo na sentença. 
Pedra de toque:No art. 122 tem as possibilidades de plicação da internação, em ro taxativo.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. 
Ex: Tício menor de idade, nervoso, pega um ferro e com violência quebra o carro de Mévio. Praticou ato infracional análogo ao crime de dano. Vai ser submetido a internação? Não, porque o art. 122 diz que é grave ameaça ou violência a pessoa.
Internação provisória (antes da sentença) não pode ultrapassar 45 dias.
Internação como medida sócio educativa, que é submetida a adolescente no final do procedimento, com contraditório, que não pode ultrapassar 3 anos.
Internação sanção (inciso III) que não pode ultrapassar 3 meses. 
No incisi III: há necessidade da prática de trê atos? Há conflito entre as turmas do STJ. 5ª turma do STJ e o STF majoritariamente, entedem que não há necessidade da prática de três atos. A 6ª turma do SJT, em 2014, entendima que haveria sim a necessidade de três atos, mas mudou de posição e se filiou à 5ª turma do STJ e com o STF. 
ECA afasta a concepção criminal dos seus procedimentos, porque a função é a proteção e educação da criança e adolescente. Então, raciocinar com a necessidade da prática de mais de dois atos, estaria instituindo a reincidência no procedimento dos atos infracionais. Reincidência é instituto penal. Nada obsta da aplicação da medida de internação logo após o segundo ato. A reiteração pode resultar do próprio segundo ato. 
LATROCÍNIO (PLURALIDADE DE MORTES) X STJ E STF
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
É considerado crime hediondo.
A resultância for de lesão corporal grave não é considerado hediondo. 
Cuidado que na prova aparece que Tício aponta a arma para Mévio para subtrair o veículo. Mévio diante do susto, acaba morrendo. Como a vítma morreu, na sua cabeça entra o latrocínio. Muito se pensa em aplicar a súmula 610 STF, quando há uma subtração tentada e uma morte tentada, quando irá considerar ol atrocínio consumado. Cuidado! Para que entenda que é latrocínio, a morte tem que decorrer da violência e, não da grave ameaça. Apontar a arma não tem latrocínio, isso é uma grave ameaça. Poderíamos ter uma tentativa de roubo+ homicídio em concurso formal. Se a vítima tinah certa idade, ele ainda pode responder por homicídio doloso porque ele assume o risco. 
Latrocínio e crime contra patrimônio, logo, a competência é do juiz singular. 
Súmula 610: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.
Subtração Tentada +morte consumada=latrocínio consumada.
Subtração tentada +morte tentada= latrocínio tentado.
Subtração consumada+ morte tentada= latrocínio tentado. 
Subtração consumada + morte consumada= latrocínio consumado.
Ex: Tício aborda Mévio com arma de fogo. Subtrai seu veículo e reconhece Mévio ao comprar droga em sua boca de fumo e não ter pagado. Em decorrência dessa dívida, Tício atira em Mévio. A morte não foi para facilitar a subtração. Tem-se roubo consumado e um homicídio pela conexão ocasional. Esse homicídio seria qualificado por ser considerado conexivo? 
A conexão qualifica o homicídio, mas a conexão teleológica ou consequêncial. A conexão ocasional não qualifica o homicídio. Nesse caso ele não vai ser qualificado pela conexão, mas não será simples, será qualificado pelo motivo torpe. 
Por ser o latrocínio um crime contra o patrimônio, será que a cada morte contará como um crime de latrocínio? Não, tem que verificar quantos patrimônios existem.
Ex: Tício entra na residência de u casal, e para subtração do patrimônio deles ele mata marido e mulher, isso e somente um latrocínio, pois, subtraiu somente um patrimônio e a quantidade de morte vai para dosimetria da pena. Posicionamento do STJ no HC 86005 SP.
Se forem subtraídos dois patrimônios e ele mata os dois donos dos dois patrimônios, tem dois latrocínios. 
Se o agente entra na casa para subtrair patrimônio do casal, e para isso mata o casal. Subtraindo televisão, som e as alianças. Tem uma divergência nesse caso, porque o STJ entende que a aliança é patrimônio individual, sendo caracterizados dois crimes de latrocínio. O STF Entende que tem que ser analizado a intenção do agente, que queria subtrair o patrimônio do casal, e isso que tem que srer levado em consideração, sendo somente u crime de latrocínio. 
Dia 08/11/2016 chegou um caso concreto na 1 turma do STF, onde o agente teria praticado cárcere privado e latrocínio de duas vítimas + ocultação de cadáver. Recurso em HC 133575. Marco Aurélio entendeu que memso com pluralidade de mortes deveria ser considerado crime único e não concurso formal impróprio. Divergindo desse entendimento, o ministro Roberto Barroso e Rosa Veiber entendem que o agente deve responder por dois crimes de latrocínio em concurso formal impróprio. 
O ministro Luis Fux pediu vista dso altos
No dia 21/02/2017, a 1ª turma concluiu o julgamento, e Fux deu entendimento que assistia razão o relaor Marco Aurélio, sendo o latrocínio um crime complexo e a pluralidade de mortes é insuficiente para indicar que há concurso formal impróprio ou imperfeito de crimes, tendo que levar em consideração o patrimônio. Não há de se falar em responder por diversos latrocínios considerando apenas a pluralidade de mortes. HC 133575/PR.
Para o STJ, a pessoa que sai para praticar um delito de roubo com outa pessoa que sabe portar arma de fogo, tem o domínio do fato e não há de se falar em desvio subjetivo de condulta ou colaboração dolosa distinta. O comparsa assume o risco do resultado mais grave. Não tem como ‘jogar’ no art. 29, §2 CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Para o STF é dolo eventual.
Teria colaboração dolosa distinta e desvio subjetivo de conduta se, dois agentes entram numa residência e um, na posse de ara de fogo. Se na residência, um entra no quarto da vítima e pratica crime sexual, não há de se falar em domínio final do fato em relação ao crime sexual. Não era previsível o crime de estupro nessa situação. 
CESPE vai colocar dois comparsar agindo e um realizando o disparo. Pergunta se os dois respondem por latrocínio? Sim, para o STF o comparsa, mesmo não portando arma de fogo, ele assume o domínio final do fato. O comparsa age com dolo eventual. 
ERESP 1.431.041.091-SP-SÚMULA 444 CANCELADA???? (22/03/2017)
A 3ª sessão do STJ nalizando a divergência com a 5ª turma (entende que ações penais e inquéritos em curso podem materializar fundamento para afastar o privilégio no sentido de que o agente se dedica a atividade criminosa) e 6ª turma (entende que não é possível, devido ao princípio da presunção de inocência , não pode ter ess certeza e afastar o privilégio se ainda não tem uma prova concreta que venha a sistentar uma condenação com trânsito em julgado) do STJ.
O art. 33, §4 aumentou a pena do tráfico e criou a minorante do tráfico privilegiado. 
A 3ª sessão entendeu que ações penais em curso e inquérito penais em curso podem sim ser considerados para afastar privilégio. Pode sim dizer que se dedica a atividade criminosa o fato de ter diversos inquéritos ou ações penais em curso, não se pode querer alegar o princípio da inocência, pois, há indícios fortes de se dedicar a atividade criminosa. A 3ª sessão ainda diz que, pensar diferente seria tornar o princípio da presunção de inocência com uma roupagem de direito constitucional absoluto. Os princípios constitucionais devem ser interpretados de forma harmônica e, nenhum direito é absoluto. Tanto não é que, hoje tem-se a possibilidade da relativização do princípio constitucional da presunção de inocência quando se trata da execução provisória da pena em decisão de 2ª instância. 
Com essa visão de não entender que há uma roupagem de direito absoluto, a 3ª sessão entendeu que o juiz pode sim considerar ações penais e IP em curso para afastar o privilégio. 
Estou considerando as ações penais em curso e IP para afastar o privilégio. Não os considera para agravar a pena base. São coisas diferentes. Ações penais em curso e IP em curso não constituem maus antecedentes. 
Súmula 444/STJ - 26/10/2016. Pena. Fixação da pena. Pena-base. Inquéritos policial. Ação penal em curso. Agravação da pena-base. Inadmissibilidade. CP, art. 59.
É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
O egislador vai tentar fazer confundir o Eresp em curso com a súmula 444. 
O IP e ações penais podem ser considerados para afastar o privilégio com base nos maus antecedentes? ERRADO, eles não constituem maus antecendetes. Requisito seria outro, o de se dedicar a atividades criminosas. 
ARQUIVAMENTO IP X DEC REBUS SIC STANDIBUS X EXCLUDENTES DE ILICITUDE X STF (24/03/2017)
No direito civil, quando é estabelecida uma relação contratual, tem que ter o equilíbrio e a boa fé objetiva na relação.
Ex: Se Tício compra um veículo e fica estabelecido o pagamento de 1.000,00 por mês, estava dentro de seu rçamento na época. Devido uma alteração econômica, o contrato se tornou oneroso para ele. Aplica-se a concepção de que o contrato deve ser cumprido quando ocorre fato imprevisível? Não seria uma injustiça? O direito não poderia abrir uma possibilidade de rever o que foi decidido?
O direito está alerta para essas injustiças. Existe a cláusula rebus sic standibus que materializa a teoria da imprevisão. É uma cláusula implícita aos contratos que possibilita qualquer das partes, rever o que foi acordado por ter ocorrido um fato posterior que tornou onerosa a relação contratual. 
Aplicando a rebus sic standibus ao processo penal: quando uma decisão puder ser revista. Decisão que arquiva IP pode ser revista? Sim, pois a decisão que homologa arquivamento é uma decisão rebus sic standibus, pois pode ser revista. O surgimento de novas provas (súmula 524) é um exemplo. 
Uma prisão preventiva quando decretada, é outra hipótese de decisão que pode ser revista. 
Quando é possível rever uma decisão, diz, processualmente, que a decisão fez coisa julgada apenas formal. Então, a rebus sic standibus é compatível com a coisa julgada formal. 
A decisão que homologa o arquivamento do IP é uma decisão rebus sic standibus? Certo!
A regra é que i IP pode ser desarquivado. Então em regra, a coisa julgada é apenas formal. Há exceções, por exemplo, atipicidade do fato, onde o IPnão pode ser desarquivado. 
A decisão que arquiva IP com base na atipicidade do fato é uma cláusula rebs sic standibus? Falso, não porque essa decisão faz coisa julgada formal e material. 
A doutrina aponta também que uma decisão que arquiva IP com base em causa extintiva de punibilidade também faz cosia julgada material. Ex: com base na prescrição. Não há possibilidade de ser revista,pois faz cois a julgada material 
Extiste causa extintiva da punibilidade, mesmo que reconhecida e arquivado o IP, aquela decisão não vai fazer coisa julgada formal e material. O óbito do agente é uma causa extintiva da punibilidade. 
E:x Tício pratica um homicídio. Falsifica sua própria cetidão de óbito e pede que sua mãe leve à delegacia para aquivar o IP contra ele sobre o homicídio. O delegado relata no IP a morte de Ticio e manda o IP para o jui e o MP pede seu arquivamento. Depois é descoberto que essa certidão de óbito era falsa, a decisão que homologou o arquivamento do IP com base na causa extintiva de punibilidade baseada na morte do agente. Antigamente o STF entendia que, mesmo o agente utilizando certidão falsa, declarada a extinção, fazia coisa julgada material e o agente respondia somente por falsidade de documento. STF evoluindo, entende agora que o agente não pode se beneficiar desse manto da coisa julgada, não é absoluto. Revendo esse posicionamento, a declaração que reconhece a extinção de punibilidade com base em documento falso não faz coisa julgada material e pode ser revista. Entende-se agora que essa dcisão é rebus sic standibus. 
O IP, uma vez arquivado, pode ser desarquivado com base na súmula 524:
Súmula 524, STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Essa súmula dá esse reconhecimento de decisão rebus sic sandibus quando se fala em IP. 
Novas provas: existem provas substancialmente novas e formalmente novas. Tem que ser aptas a produzir alteração no panorama probatório.
Substancialmente nova é quando se tem provas inéditas.
A prova formalmente nova é quando a prova já existia, só terá uma nova roupagem, uma nova versão.
Ex: Tício matou o Mévio, e teve como testemunha o Zouk Lindo e Zouk Téo, que negaram o fato ao testemunhar. Delegado relata o IP e MP opta pelo arquivamento. Depois, Zouk Lindo e Zouk Téo vão à delegacia e confessam que viram o crime, mas negaram por estar sendo ameaçados. As testemunhas já existiam, só mudram seu depoimento.
IP arquivado com base na atipicidade do fato geral coisa formal e material, não podendo ser desarquivado.
Se Tício briga com Mévio, o esqueiaa e alega legítima defesa. O delegado ouvindo uma testemunha que diz ter viso Tìcio se defendendo, acha notório uma excludente de ilicitude. E o juizMP homologa essa decisão de arquivamento do IP com base na excludente de ilicitude. Aparecendo uma testemunha com provas de que não foi legítima defesa, o delegado pode solicitar desarquivamento?
Temos dois posicionamentos:
- STJ entende que arquivamento do IP com base na excludente de ilicitude faz coisa julgada formal e material, não podendo ser desarquivado.
- STF entende que essa decisão faz somente coisa julgada apenas formal, podendo ser revista. É uma decisão rebus sic standibus.
Atipicidade do fato, tanto para STJ como para STF, não é uma decisião rebus sic standibus.
No HC 87395 (decisão de 23/03/2017) no caso em que 4 policiais, sendo um delegado praticaram o delito de homicídio consumado, homicídio tentado e porte ilegal de arma de fogo e fraude processual.
Cuidado com a fraude processual.
Ex: Tício praticou um delito de homicídio culposo na direção de veículo automotor. Ele tentando se furtar de uma sanção penal, acabou induzindo juiz e peritos a erro, mexendo no local. Não cai no art. 347, CCP (fraude processual). Cai no art.312 da lei 9.503. alteração de provas, mas no trânsito.
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Se for acidente de trânsito, com vítima, não utiliza o art. 347.
Se o Tício joga o carro em cima da Mévia, com a intenção de lesioná-la. Há uma perícia noo local e ele altera o local. Não cai no art. 312, e sim no art. 347. O art. 312 menciona ‘ acidente’, que ocorre na órbita da culpa. Tício jogar o carro com a intenção de lesionar, tem o dolo!
 No caso do julgado No HC 87395 o STF consolidou entendimento que arquivamento de IP com base em excludente de ilicitude faz coisa julgada apenas formal, ou seja, pode ser revista. 
Nesse caso julgado, o delegado fez as testemunhas assinarem um depoimento que não condizia com o que elas tinham dito, o que levava ao quadro de legítima defesa. Depois, surgiram novos fatos e foi verificado que as testemunhas não tiham falado aquilo. Na concepção do Zouk são provas substancialmente novas porque não seria mudança de versão e, sim uma nova oitiva. STF entendeu que poderia sim desarquivar o IP. 
ARQUIVO IMPLÍCITO DO IP X STJ E STF (26/03/2017)
Arquivamento implícito pode ser objetivo ou subjetivo. 
Uma vez arquivado o IP, ele pode ser desarquivado. 
A decisão que arquiva o IP é uma decisão rebus sic standibus, pois pode ser revista. 
No direito civil teríamos a teoria da imprevisão. 
Uma decisão que decreta uma prisão preventiva é rebus sic standibus, porque pode ser revista.
Falou novamente em prova formalmente e substancialmente nova. (ler live passada).
A doutrina aponta três espécies de arquivamento: o propriamente dito, o implícito e oindireto.
O propriamente dito: não se tem justa causa por opositura da ação penal.
Implícito: ele pode ser objetivo.
Ex: Tício e Mévio praticaram um estupro e roubo. Com provas claras, o delegado indiciou os dois. O juiz recebeu o IP e abriu vista para o MP, que denunciou os dois somente por roubo. O juiz recebeu a denúncia e se manteve silente (teria que ter utilizado o art. 28 CPP). 
O MP denunciu somente por roubo e nada falou do estupro, pois ele não é vinculado ao relat[orio do delegado. Tem-se a omissão por parte do MP. Essa omissão recai sobre fatos, devendo o juiz aplicar o art. 28. A doutrina aponta que isso é um arquivamento implícito objetivo. 
EX: Tício e Mévio praticam o delito de roubo e estupro. O delegao manda o IP para o juiz, que abre vistas ao MP. Mesmo com provas concretas, o MP acusa apenas o Mévio. O juiz recebe a denúncia e não aplica o art. 28 em relação ao arquivamento do Tício. Tem-se agora a omissão de sujeitos sendo, portanto, arquivamento implícito subjetivo. 
Outro arquivamento apontado pela doutrina,é o indireto. Ex: Fato aplicado pelo delegado e MP estadual diz não propor denuncia por não ter atribuição para tal e que seja do MPfederal.. O juiz estadual não concorda com MP, e se acha sim competente. Fica essa ‘briga’ com MP estadual e juiz estadual. Isso enseja num declínio de competência solicitado pelo MP. Nesse caso de arquivamento indireto, aplica-se o art. 28. 
Na prova o legislador pega o arquivamento implícito e joga como arquivamento indireto. 
Em uma prova oral, falar que em sede de STJ e STF não há possibilidade de arquivamento implícito, seja ele objetivo ou subjetivo. 
DELITO DE ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR- ART. 311 DO CPB (28/03/2017)
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento:(Redaçãodada pela Lei nº 9.426, de 1996))
 Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. 
É um crime de elevado potencial ofensivo, não havendo possibilidade da aplicabilidade da lei 9099. 
É um crime material.
Se o agente é flagrado adulterando um chassi, o delegado tem que lavrar o auto de prisão em flagrante, e não pode arbitrar fiança porque a pena máxima é de 6 anos (o delegado só pode quando é até 4 anos).
Se o agente está transportando um veículo com o número de chassi adulterado, ele não está cometendo crime do art. 311, ele irá responder por receptação. O artigo não traz o verbo transportar. 
O art. 311 tem um objeto material, que é o número do chassi ou qualquer outro sinal identificador.
O STF e STJ entendem que placas são sinais identificadores.
O objeto material é veículo automotor.
Os reboques há a necessidade de emplacamento. A lei 9513 dá tratamento diferenciado, não considerando reboque veículo automotor. Então, se o agente adultera placa de reboque, o fato é atípico. 
Veícuo automotor é o veículo motorizado destinado a transportar pessoas e coisas.
È um tipo penal de ações múltiplas, ou conteúdo variado. 
Adulterar é modificar ou alterar. 
Troca de placas é adulteração? Para o STJ é que a troca de placas é considerada adulteração. 
Ex: Tìcio constrói uma moldura de ferro e ocultou o chassi. É fato atípico, porque o art. 311 não traz em seu bojo o verbo ocultar. 
Ex: Tício coloca um saco preto em toda a placa, para se livrar da multa. Isso não é adulteração. Tem-se atipicidade do fato. 
STJ decididiu no HC 139199 SP que a ocultação de sinal identificador trata-se de fato atípico. 
O art. 311 decorreu da necessidade de dá roupaem criminosa as pessoas que não tenham participado do roubo do veículo, acabavam adulterando a placa. 
Bem jurídico tutelado é a fé pública. 
Se o agente raspar o sinal identificador? Suprimir é adulterar? Existe divergência na questão.
Quando o legislador quis usar a palavra suprimir, ele usou, no art. 16 da lei 10.826 (Suprimir ou alterar marca). 
Mirabeti, Capez e Cléber Masson consideram fato atípico. 
Embora esses nobres juristas venham a entender dessa forma, seguindo entendimento diverso, a 5ª turma do STJ no Resp 103570/SP entendendo que suprimir ou raspar não é considerado at preparatório e sim verdadeira alteração. 
Adulteração de sinal identificador X Fita adesiva 
Ex: Tício coloca fita adesiva na placa para escapar de multas e do rodízio de veículos, de fomra temporária. STF, no HC 116371/DF entende que o tipo penal não demanda dolo específico. Isso é crime previsto no art. 311.
A 6ª turma do STJ, no Resp 503960/SP de 2010 entende diferente, que deve ser utilizad a permanência. Entende que fraude grotesca enseja crime impossível. 
Mas em decisão mais recente da 6ª tutma,no Resp 1329449/SP de 2012 entende que a utilização de fita adesiva constitui sim a infração do art. 311. 
A doutrina majoritária entende que deve haver permanência. 
Placa fria de carro de funcionário público utilizada em veículo particular não há de se falar no art. 311. É somente infração administrativa.
Ex: Se um agente é encontrado conduzindo um veículo com número de cahssi ou sinal identificador adulterado ou remarcado, caso não haja prova do envolvimento delena adulteração ou remarcação, ele responde por receptação dolosa ou culposa. 
Ex: Tício recebe um veículo, sabendo que tem origem criminosa e, posteriormente efetua a adulteração de sinal identificador, ele responde por receptação e pela adulteração do sinal identificador. Concurso material.
Ex: Tício compra um veículo sem saber que era produto de crime. Com o tempo ele desconfiou que fosse, remarcou o sinal identificador para que ele continuasse com o carro. Desde o momento que ele teve conhecimento que era produto de cirme e ele adulterou, ai ele tem o dolo de ter para si uma coisa produto de crime. Tem a receptação dolosa materializada. O dolo subsequente da roupagem dolosa à receptação. 
Sujeito ativo do crime: é um crime comum, não há qualidade específica.
Na causa de aumento do §1, aí tem que ser funcionário público. Incide na 3ª fase de Hungria. 
Sujeito passivo é o Estado, pois ofende a fé pública. 
Não há necessidade de dolo específico, basta apenas querer adulterar ou remarcar. 
Consumação: crime forma, de consumação antecipada ou resultado cortaod. Se consuma quando da adulteração ou remarcação. 
Há necessidade de prova material porque é crime nõa transeunte, ou seja, deixa vestígios. 
Tentativa: é possível, pelo caráter plurisubsistente do crime.
É um crime de Ação Penal Pública Incondicionada. 
É um crime de concurso eventual.
Crime unisubjetivo, porque o agente pode remarcar sozinho ou agir em concuro de pessoas. 
§2 trata da figura equiparada. Tem a participação punida a título de autoria, muito embora tendo ato de auxílio. 
Se um agente recebe dinheiro para adulterar o sinal identificador, responde por coorruopção apssiva e adulteração de veículo. 
DELEGADO DE POLÍCIA- POSSE DE ARMA DE FOGO X STJ (28/03/22017)
Recurso em HC 70.141/RJ reforçou uma jurisorudência que já vem sendo aplicada pelo STJ. 
Não basta ser policial para portar arma de fogo, ele tem que ter registro na polícia federal se for de uso permitido, ou do comando do exército se for de uso restrito.
STJ analizou agra um caso que envolve um delegado de polícia que portava uma arma de fogo e na casa dele ele tinha outra arma. A justiça epediu mandados de busca. Foi encontrada a arma na casa do delegado e a que ele estava portando. O Delegado só tinha o registro das armas na divisão de fiscalização de armas e explosivos, mas não tinha o registro da polícia federal. Entendendo que o delegado necessita desse registro, o MP ofertou a ação penal pela prática do delito do art. 12 (posse irregular) e art. 14 (porte ilegal de arma de fogo). O fato de o delegado figurar no art. 144, o MP usou o art. 20 (causas de aumento de pena).
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.
Um Delegado foi abordado na rua sem o registro da arma que está portando. Foi levado à delegacia. O delegado de delegacia realizaria a prisão em flagrante, mas não poderia arbitrar fiança, pois, tem que levar em consideração as causas de aumento (art. 14 c/c/ art. 20=> 4 anos + ½, ultrapassando os 4 anos que permite o arbitramento da fiança pelo delegado). 
Porte de arma de fogo de calibre diferentes responde por dois crimes, de uso permitido e de uso restrito, entende STJ. 
O art. 19 estabelece uma causa de aumento para o comércio ilegal e o tráfico de arma de fogo. 
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Voltando paa o art. 12 e 14: 
- Autorização para aquisição de arma de fogo é dada pelo SINARM. 
Não basta somente a autorização do SINARM, tem que ter o certificado de registro da PF. A defesa do delegado, entre outros requisitos, alegou que o delegado não ter registro é mera irregularidade a ser resolvido no âmbito administrativo. Utilizou o princípio da adequação social, e considerando o caráter fragmentário do direito penal, onde o agente só pode ser punido quando não aceita socialmente, e a sociedade tolera um policial portar arma de fogo tendo registro ou não, tendo que considerar essa conduta como atípica. 
Para o STJ, utilizando o principio da lesividade, o porte se registro traz perigo a sociedade, não havendo que se falar do princípio da adequação social. Háa necessidade de constar nos bancos de dados do SINARM + o registro na PF. 
Resumindo: o fato de ser policial, civil ou militar por si só não proporciona o porte de arma sem registro; não basta somente a autorização no SINARM, tendo que ter o certificado emitido pela PF.
Registro com data de validade vencida, STJ entende que é mera irregularidade administrativa. 
Art.155, §1 X ART. 155 §4 X STF
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
 Furto qualificado
 § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
 I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
 II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
 III - com emprego de chave falsa;
 IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
O delito de furto, pena de reclusão de 1 a 4 anos, em teseé possível o sursi processual. 
Caput é possível arbitramento de fiança, pois a Pmáx. não ultrapassa 4 anos. 
Quando se subtrair aproveitando que as pessoas estão dormindo, durante repouso noturno, a conduta é mais reprovável, tendo causa de incidência de aumento da pena. 
Repouso noturno depende dos costumes locais.
§1 encontra-se abaixo do caput e acima das qualificadoras, tem uma corrente doutrinária que considera o posicionamento topográfico da causa de aumento, sendo aplicada somente ao furto simples. Que se o legislador quisesse aplicar ao furto qualificado, teria colocado abaio das qualificadoras. 
O STJ entende que não se deve lançar mão de posicionamento topográfico e sim considerar a natureza jurídica. Para STJ a causa de aumento de repouso noturno aplica-se também as qualificadoras. 
STF, no HC 130.952 (13/12/2016) entendeu que e legítima a incidência da causa de aumento de pena por crime comentido durante repouso noturno no caso de furto praticado na forma qualificada. 
A súmula 511 do STJ falados privilégios e qualificadoras.
“É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva”.
Ordem objetivo: meios de execução.
Ex: Tício com um alicate quebra a janela de Mérvia e entra em sua residência no horário noturno. Responde por furto qualificado com a incidência de aumento.
Ex: Tício, durante reposuo noturno, usa uma chave de fenda para desparafusar a janela. Incide a causa de aumento do horário noturnoo, mas desparafusar não configura rompimento de obstáculo (assim como retirada de telhas). Responde por furto simples com a causa de aumento de pena por repouso noturno. 
Res nullius é coisa de ninguém. Se apropriar de coisa de ninguém, tem-se a atipicidade do fato. 
Res derelicta, coisa abandonada, é fato atípico também. Por furto é contra patrimônio de alguém. 
Coisa perdida tem dono, e passado prazo de 15 dias de se apropriar de coisa achada, temse o crime a prazo. 
LEI DE DROGAS X ART. 244-B ECA X STJ (30/03/2017)
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: 
	Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. 
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990. 
O art. traz a conduta de corromper menor. 
Infração penal (crime e contravenção).
Induzir o menor é autoria mediata. 
Súmula nº 500 STJ (anotada)
“A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.”
Independe se o menor já praticava atos infracionais.
O agente que pratica um delito com o menor, responde pelo delito + corrupção de menores.
Ex: Tem o furto, que menciona a qualificadora do §4 que se o furto é praticado mediante concurso de 2 ou mais pessoas. Em sendo um menor, vai contar para incidência da qualificadora e a corrupção de menores. 
A lei 11.3434, legislador estabeleceu diversas circunstâncias em que, praticados os delitos do art. 33 ao art. 37, a pena aumenta. (Ex: Agente que pratica tráfico e passa para outro Estado).
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
O art. 40 tem muitas jurisprudências: CESPE adora esse artigo.
- Não há necessidadeque a droga saia do país.
- Não hhá necessidade de pessoa do outro país articipar.
Praticar tráfico junto com adolescente não há de aplicar o art. 244-B? 
 Responde pelo art. 33 com a causa de aumento do art. 40, VI+ corrupção? Ou somente pelo art. 33 com a causa de aumento?Se fosse furto qualificado, ele iria responder pelo furto qualificado a corrupção.
Essa questão foi levado ao STJ no Resp 1622781 (12/12/2016) e entendeu que o art. 244-B é crime formal, e o agente responde independente do menor estar corrompido. Não s epode utilizar o fundamento de afastar o art. 244-B quando o agente pratica o tráfico com menor que já pratica atos infracionais por ser um crime formal. Muito embora não pudesse usar esse argumento, o STJ utilizou outro argumento para afastar o art. 244-B, quando for visualizada a prática do delito dos arts. 33 a 37 da lei de drogas que envolver ou visar criança ou adolescente, o agente vai responder somente pelo art. 33 + causa de aumento do art. 40, VI pelo princípo da especialidade. 
STJ só fez referência ao art. 40 (que fala dos arts. 33 a 37), então, fora esses arts, o agente responde pelo crime + corrupção de menores, porque aí não tem a causa de aumento, independente se o menor encontra-se corrompido. 
Droga é somente o que tem na portaria da Anvisa. Cola de sapateiro e bebida alcóolica responde no ECA, porque não estão elencadas na portaria. 
AÇÃO DE POLICIAIS MILITARES NO RJ: LEGÍTIMA DEFESA X HOMICÍDIO QUALIFICADO (31/03/2017)
Caso: Policiais militares alvejaram dois meliantes numa suposta troca de tiro. Segundo os PM’s eles estavam em legítima defesa. Comparecendo à delegacia, os policiais receberam voz de prisão, pois so delegado entendeu estar em flagrante, de homicídio qualificado por impossibilidade dedefesa da vítima. 
O art. 23, CP elenca as causas de excludentes de ilicitude. Entre elas tem a legítima defesa (usando moderadamente os meios necessários, repele injusta agressão atual o iminente). Na legítimadefesa (LD) a agressão deve ser humana. 
Se for um cão atacando um policial, e ele atira, tem-se, em tese, o estado de necessidade. É uma agressão animal. Seria LD se uma outa pessoa instigasse o cachorro para atacar o policial, pois o animal eria utilizado como instrumento meio.
Meios necessários são os meios disponíveis no momento. O emprego da arma de fogo pode ser o único disponível no momento, anaçizando os outros requisitos. 
Se o PM atira, para neutralizar o agente e após a utilização dos meios moderados ele continua efetuando disparos, teremos o excesso.
Outro requisito da LD é que o agente tem que ter conhecicmento da situação justificante. Ex: Tìcio atirou em Mévio, ele queria matá-lo. No momento que ele atirou, ele não tinha conhecimento que Mévio estava sacando a arma para atirar em Pedro, desse jeito a corrente majoritparia entende que não é LD. Corrente minoritária entende que sim, porque o tipo penal do art. 25 não fala que teria que ter conhecimento da situação justificante. 
Quanto ao aspecto subjetivo, a LD pode ser real ou putativa. A LD putativa recai sobre uma discriminante putativa, o agente acha que está sendo agredido, quando não é verdade. Ex: Tício caminha num local escur e encontra Mévio seu desafeto. Mévio coloca a mão no bolso e Tício acha que ele ia atirar, e saca primeiro sua arma e atira, quando na verdade Mévio estava pegando uma carta no bolso para entregar a Tício. È LD putativa decorrente de erro de tipo. Local totalmente escuro, não tinha como saber que era uma carta, tem o erro de tipo invencível (exclui dolo e culpa). Se o local tinha iluminação e dava para Tício ter verificado, o erro de tipo é vencível e Tício responde por homicídio culposo.
A LD subjetiva é a q que decorre da exaltação de ânimo. Ex: Tícia foi agredida pelo Mévio, estuprador. Mévio com uma faca começa a agredir Tícia para estupra-la. Tícia começa a agredir Mévio e consegue tirar a faca dele, atingindo-o. Mévio já neutralizado, Tícia continua a atingí-lo. Não se pode esperar outra reação de Tícia. Tem a LD subjetiva, decorrente do excesso escusável. Essa LD não é real, pois decorre do excesso. Não sendo uma excludente real, ela exclui a culpabilidade (exigibilidade de conduta diversa). Mévio agora pode agir em LD contra o excesso da vítima de estupro, e será LD sucessiva. 
Quanto a forma da LD, o que vem a ser a LD agressiva? A vítima é agredida e age provocando uma lesão corporal em seu agressor.
Temos o excesso doloso (agente tem intenção de se exceder), o culposo (agente não observa o dever jurídico de cuidado e acaba se excedendo) e o acidental. 
Ex: Vítima age em LD e acaba neutralizando seu ofensor e acaba torcendo muito o braço dele, sem querer. É um excesso culposo.
Excesso esculpante (exclui a culpabilidade) é o excesso da LD subjetiva. 
De acordo com o caso concreto: a LG desafia agressão atual ou iminente. Quando o policial chegou, já tirou a arma do meliante. O meliante mexe somoenos o rosto, não reagiu, e o PM já atirou. Não se tinha agressão real, o que o PM pode tentar alegar é que eles pensaram que o meliante iria atirar, entrando assim na falsa noção da realidade, errando no contexto fático (LD putativa). 
LD putativa vai entrar a ausência do dever jurídico de cuidado. 
Em tese, os policiais vão alegar LD putativa decorrente de erro vencível, para responder apenas por homicídio culposo. 
Zouk: analisando as imagens, não vê erro de tipo vencível. Em momento algum o meliante chegou a, se quer, esticar a mão. Analisando como técnico vê um disparo doloso, sem possibilidade de defesa da vítima. EM relação ao segundo policial, o meliante nem arma perto tinha e não se movimentou.
Policiais foram levados à delegacia. O delegado, para prender em flagrante, tem que ter a justa causa robustecida (não com provas concretas, mas com base no acervo probatório indiciável). Diante das imagens, o delegado agiu correto em prender os PM por homicídio qualificado. 
Se os policiais estivessem diante de LD real, o delegado pdoeria prender? Duas correntes doutrinárias:
- 1ª O delegado teria que prender, inclusive quem age acobertado pela LD, pois esse juízo quem tem que fazer é o juiz. Art.310, §único: Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
Se for auto de prisão em flagrante, o agente tem que estar preso. É o juiz que tem que analisar, até em situação flagrancial, se tem LD.
-2ª Diz que a liberdade é u direito constitucional e o art. 310 fala em juiz em interpretação extensiva, devendo entender que o delegado também. O delegado entendendo que agiu em LD pode conceder liberdade provisória, ele vai instaurar o IP, mas vai conceder a liberdade provisória fazendo a interpretação extensiva. 
Como se resolve isso?
Se fosse o Zouk, o agente agindo em LD e chegando em sua delegacia, não prendia, chamaria a interpretensão extensiva.
Em prova objetiva, o art. 310 não fala em delegado, ou seja, somente o juiz. 
A vedação da prisão em flagrante por representação foi afastada do CPP.
Ex: Vamos supor que os policiais agiram em LD. Depois de 2/3hr eles se apresentam na delegacia. Delegado vai lavrar o flagrante? Não, porque os PM’s não se encontram nas hipóteses do art. 302 (não há situação de flagrante) E NÃO PELAS EXCLUDENTES DE ILICUTDE!
GÊMEOS XIPÓFAGOS X HOMICÍDIO (02/04/2017)
Gêmeos xipófagos ou siameses.
Caso concreto: Os gêmeos, ligados por um órgão, e um deles praticou o homicídio contra a vontade do outro. Como fica no âmbito penal?
O Brasil adota o princípio da individualização da pena, que deve recair somente no autor da infração penal, na medida da sua culpabilidade. O princípio direciona a aplicação da pena levando em consideração a personalidade do agente, a sua culpabilidade. 
Os gêmeos são pessoas diferentes, embora estejam dividindo o mesmo corpo. Ao aplicar a pena em um, o outro por reflexo também vai sofrer a pena. 
Em sede constitucional também tem o princípio da intranscedência, onde a pena não pode passar da pessoa do condenado. A reprovabilidade da conduta só cabe a quem pratica o ato. 
A responsabilidade penal é subjetiva, respondendo o agente somente se ele giu com dolo ou culpa. Assim não cabe ao outro irmão.
Em 1811 há um relato de dois irmãos xipófagos, Cheng e Yeng, com vidas completamente diferentes. Cada um se casou, tiveram seus filhos. 
Essa deformidade não exclui a culpabilidade. Para excluir a culpabilidade tem-se a imputabilidade. O agente no tempo do crime tem que entender caráter ilícito do fato e agir de acordo com esse entendimento. 
Tício e Mévio, siameses, e ambos querem matar João. Tício passa a arma para Mévio que, atira. Temos o concurso de pessoas e ambos irão responder por homicídio consumado.
Como o direito penal se posiciona? O DP é direcionado a aplicar a pena de forma individual, mesmo que ele tenhha agido e concurso, a pena é individual. O art. 29 deixa claro que pode ter um partícipe com pena maior que um autor. Ex: Partícipe que auxiliou na prática de u furto. Partícipe é dedicado ao crime e o autor iniciou agora sua atividade criminosa. Na hora de individualizar a pena o partícipe pode ter pena maior, considerando sua culpabilidade. 
No caso concreto, um irmão atirou contra a vontade do outro, temos duas correntes:
- 1ª Tem que ponderar bens jurídicos. Há interesse da sociedade em punir, mas e o direito de liberdade do inocente? Assim é melhor deixar um culpado solto do que prender um inocente. Não há possibilidade de aplicação da pena em quem efetuou o disparo, pois ofenderia a individualização da pena, a intrancedência e a responsabilidade penal subjetiva. 
-2ª Entende que é mais viável condenar o que realizou o disparo, mas só aplicar a pena em eventual delitodo inocente. Ex: Tício realiza o disparo de arma de fogo. Os dois são condenados. Quando Mévio praticar um delito, prendem-se os dois. Cumprindo a pena do crime que tem a menor pena. 
Há quem enrenda ainda que deveria ocorrer a prescrição do delito (suspensão) e há quem entenda que deveria aplicar a pena até que ocorra a prescrição. 
A solução mais adequada é a da 1ª corrente. 
Quando gêmeos xifópagos figuram quando vítima: Ex: Pedro atira para atingir Tício e mèvio. Teríamos uma ação com pluralidade de resultado, tem o concurso formal imperfeito/impróprio, aplicando-se o cúmulo material. Se Pedro realiza querendo atingir somente o Mévio, tem-se dois homicídios, um com o dolo direto e outro com dolo eventual, em concurso formal imperfeito. Dolo eventual porque ao atirar para eliminar Tício, pode acasionar a morte de Mévio, assumindo o risco.
Se Pedro atira para matar Tìcio, que vem a óbito, mas é realizada uma cirurgia e Mévio permanece vivo. Tem um homicídio consumado e uma tentativa, em concurso formal imprório. 
DENÚNCIA ANÔNIMA X PIC/ MINISTÉRIO PÚBLICO X STF
Notícias criminis inqualificada/Denúncia anônima: notícia de um crime onde não tem a qualificação de quem está passando≠ Delatio Criminis postulatória ( tem uma delatio em um crime de açãoo penal pública condicionada a representação=> o agente deleta equer uma postura). 
O MP hoje, conforme decisão do STF, tem plenos poderes investigatórios. 
Parte da doutrina, capitaneada pela polícia judiciária, entende que o MP tem poderes apenas para propor ação penal e, não para investigar, porque a CF assim não fez. E a polícia judiciária invstigr os crimes. Essa corrente tem que ser mencionada em uma prova de delegado! 
Prevalece a teoria portuguesa: teoria dos poderes implícitos. Se o MP pode propor ação penal (que é o mais), ele não pode investigar (que é menos)? Ou seja, quem pode mais, pode menos.
MP não pode instaurar inquérito policial. MP pode requisitar a instauração de IP. 
MP investiga através do procedimento de investigação criminal (PIC), instaurado no âmbito do MP, com base na teoria dos poderes implícitos. 
A atribuição é do delegado de indiciar. MP e juiz não pode mandar delegado indiciar. Ato de indiciar demanda justa causa e o delegado dento da sua analise técnica e jurídica é que vai entender se deve indiciar ou não. 
O juiz pode mandar o delegado desindiciar, porque não é ato privativo do delegado. Se o juiz entender que alguém está indiciado sem justa causa, e a defesa entrar com HC, o juiz pode madar desindiciar. 
Pedra de toque: MP estadual, após receber diversas denúncias anônimas da prática de crimes e seus possíveis autores, procedeu investigações preliminares (oitivas informais de testemunhas). Após essas investigações preliminares, o MP entendeu que teria justa causa para instaurar um procedimento. MP instaurou um PIC e entendeu por representar pela interceptação teefônica. O juiz deferiu a medida. 
O art. 3 na lei 9296 dá legitimidade ao MP
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento:
II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.
MP pode representar, tanto em fase de investigação, como em sede de instrução processual.
Por força do art. 1, a representação deve ser dirigida a um juiz competente:
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.
* Cuidado com a aplicabilidade da teoria do juízo aparente: se o juiz, na época, aparentava ser competente, e ao final da investigação descobriu que não era competente desde o início, a prova é válida. 
Ex: Delegado que representa por uma interceptção entendendendo se tratar de um tráfico doméstico. O juiz estadual defere a representação. Ao final do relatório descobriu-se que desde a época quando o delegado epresentou, era tráfico internaciona. Ou seja, delegado não tinha atribuição e o juiz era absolutamente incompetente. Tráfico internacional é justiça federal. Pela teoria, na época não tinha como o delegado saber que era tráfico internacional, e o juiz estadual aparentava ser competente, aplica-se a teoria do juízo competente e a interceptação é válida. 
Se é um delegado que não tinha atribuição para investigar determinado fato, não se fala em prova nula. Delegado não tem competência. Um flagrante feito pelo delegado estadual de crime federal, o flagrante é válido e o juiz estadual declina para a justiça federal. Não tem que falar em nulidade e ter que relaxar o flagrante. 
Voltando a pedra de toque: MP que realizou q[o PIC e representou ela interceptação telefônica, juntamente com outras provas levantadas, ofertou a ação penal. A defesa pediu a nulidade do processo porque: não constam nos autos as provas de investigação preliminares e o PIC intaurado foi com base somente em denúncias anônimas e que durante as inestigações tinham sido deferidas diversas prorrogações, o que vilipendiava a lei (que diz prorrogar por 15 dias, não permitindo diversas prorrogações). O STF no HC 133148/ES (21/02/2017) entendeu que é possível a instauração de procedimento de investigação, seja PIC ou IP, com base em denúncias anônimas, desde ques sejam realizadas outras diligências (e o MP fez oitiva informal antes da instauração do PI). 
O que não é possível é instaurar exclusivamente com base em denúncias anônimas.
Ex: Tício liga para a delegacia e falapara o delegado que mataram Mévio. O delegado instaura inquérito com base eclusivamente nessa denúncia, não pode. Temq eu primeiro apurar a veracidade do fato. 
Entra o que chamamos de VPI, muito questionado pelo MP. O delegado, antes de instaurar IP, tem que verificar a procedência das informações (VPI). 
Quando defesa alegou diversas prorrogações, o STF entende ser pacificado qeé pos´sivel a concessão de diversas prorrogações, desde que, haja razoabilidade, que demanda uma fundamentação. 
Interceptação telefônica abrange os crimes apenados com reclusão. Tem que ter indícios de autoria ou participação doa utor em infração penal, afastando a interceptação prospectiva (interceptação realizada para apurar fatos futuros, com base em juízo de periculosidade).
QUESTÕES CESPE PARA DELEGADOS- LEIS 10826/03 E 8072/90 (04/04/2017)
1) Delegado- PF- 2013: Um homem foi flagrado com arma de fogo de uso restrito, tendo a perícia técnica posteriormente atestado a cabal impossibilidade de o instrumento produzir disparos. Nessa situação, configura-se atípica a conduta de porte de arma, não podendo ser considerado o uso desse artefato para a prática de outra infração como majorante de pena pelo uso de arma.
R: Correto.
A lei 10826 dá tratamento homogêneo a porte ou posse de arma de fogo de uso restrito, diferente de como trata porte e posse de uso permitido.
Sendo de uso permitido, para o porte ou possse, o delegado pode arbitrar fiança.
Se a arma é de uso permitido, mas está com o sinal raspado, não pode aplicar fiança porque o agente responde como se de uso restrito fosse. Art. 16.
Se a arma está sendo portada por policial civil, maas não tem autorização legal (sem registro), vai responder por porte ilegal. Não pode arbitar fiança na esfera policial, pois considera as causas de aumento do art. 20.
Diferente não ter registro e ele está vencido!	
A questão menciona que a arma é absolutamente inapta para realizar disparos não entra no coneito técnico de arma, se compara a um simulacro, constituindo fat atípico. Cuidado: se a arama tem uma uneta acoplada, o agente responde pelo acessório. 
Arma de pressão: STJ entende que a importação é contrabando. 
Não entra no conceito de arma de fogo portar arma de pressão, não é fato típico. 
Para STF, Se portar arma de brinquedo, se for similar a arma de fogo, se estiver importando considera-se contrabando.
NÃO é do estatuto do desarmamentoimportar arma de briquedo ou arma de pressão.
STF entende que importação de colete balístico é contrabando também. 
Arma de brinquedo não pode ser considerada para majorar pena de um delito, a arma configura grave ameaça. 
Mara majorar, basta ser arma, não necessariamente tem que ser de fogo. 
2) Delegado- MPAC- 22014: Segundo entendimento consolidade do STJ, a potencialidade lesiva da arma é um dado dispensável para a tipificação do delito de prote ilegal de arma de fogo, pois objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a segurança pública e a paz social, colocados em risco com a posse ou porte de armas. 
R: Correta. 
Os crimes elencados na lei 10826 são de perigo abstrato. Porte de arma desmuniciada, para STJ e STF configura infração penal. Não só porte de arma de fogo desmuniciada, como porte de acessório, porte de munição.
A regra é que não se aplica princípio da insignificância em porte de uma arma ou de um acessório, pois são crimes de perigo abstrato.
Qual a potencialidade lesiva de arma desmunicada: é dispensada sua potencialidade quando se raciocina com a configuração de crime de arma desmuniciada. 
3) Delegado- MPAC- 2014: Se for possível, mediante o uso de processos físico-químicos, recuperar numeração e arma de fogo que tenha sido raspada, estará desconfigurado o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, devendo a conduta ser classificada como porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
R: Errado.
Mesmo que se recupere a numeração da arma, o crime está materializado.
É possível arbitramento de fiança em porte ou posse de arma de fogo de uso restrito? Sim. É possível arbitramento de fiança em todos os crimes do estatuto do desarmamento, todos são afiançáveis. Até 4 anos são afiançáveis na esfera policial, acima de 4 anos, na esfera judicial.
Se Tício porta uma arma de fogo de uso permitdo e através de oxidação alterou o sinal de identificação dessa arma, será que ele vai responder por porte ilegal de uso restrito? Depende. O direito penal adota a responsabilidade penal subjetiva. Tem que verificar se Tìcio tem o conhecimento de que o sinal foi adulterado. Se ele tem conhecimento, ele responde por porte ilegal restrito; se ele não sabe, responde por porte ilegal de uso permitido. Se Tício não sabe da alteração e for responsável mesmo assim, estaríamos adotando a responsabilidade objetiva no sentido de aplicar o art.16 em relação a oxidação; em relação ao porte é subjetiva porque ele queria portar a arma de fogo.
No art. 16§único, V: menciona vender arma de fogo a criança ou adolescente, CUIDADO para o legislador não dizer que é crime do ECA!
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; 
Um policial chega em casa e deixa a arma de fogo em cima da mesa para que o filho dele pegue. O filho dele pega. Isso não é art. 13 porque nele é crime culposo. Se o policial deixou a arma intencionado, tem o dolo. Cai no art. 16, §único, V. CUIDADO: tem que olhar se ele deixou a arma culposa ou dolasamente com a intenção do filho dele pegar a arma. 
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Tem divergência na doutrina para que configure o art. 13 tem que acontecer o aponderamento. Outra parte da doutrina ententende que não, porque a lei assim não faz. 
Se o policial não tomou as cautelas necessárias, independe se teve aponderamento ou não. 
O art. 13 é um tipo híbrido, tem a modalidade culposa no caput e no §único tem que ter o dolo. Um aluno perguntou quando começa a contar o prazo para apresentar para Polícia FEDERAL? A letra da lei diz que depois de ocorrido o fato tem 24hrs (letra de lei). No contexto fático, é a partir do conhecimento do fato que o tempo irá contar, para não admitir uma responsabilidade objetiva do diretor ou responsável da empresa. 
Há posicionamento da doutrina que pode registrar a ocorrência e comunicar a polícia civil.*
Respondendo a qustão: ERRADA. Não desconfigura o delito de porte de arma de fogo com sinal de identificação de sinal raspado.
OBS: Ficar ligado no porte de arma de fogo de uso permitido ou restrito; comércio ilegal de arma de fogo e causa de aumento do art. 20 e a vedação de liberdade provisória do art. 21 que foi considerada inconstitucional. 
4) Delegado- MPAC-2014: Responde pelo crime de porte ilegal de arma de ilegal de arma de fogo o responsável ilegal de empresa que mantenha sob sua guarda, sem autorização, no interior de seu local de trabalho, arma de fogo de uso permitido.
R: ERRADO, o delito é posse irregular de arma de fogo. É crime próprio.
Tício trabalha em uma padaria. Seus colegas ficam sacaneando ele e Tìcio reslve levar sua arma de fogo para padaria para se defender. Isso é porte de arma de fogo, porque Tìcio não é o responsável legal da empresa.
Se o agente está com arma de fogo na sua cintura em sua residência, tem-se a posse de arma de fogo (intra muros). Se ele está fora do quintal, tem extra muros, porte. 
Tício te uma arma de fogo enterrada no quintal foi ocultada, e o art. 12 não traz o verbo ocultar, cai no art. 14, respondendo pelo porte, mesmo sendo intra muros. 
O art. 12 é possível fiança na esfera policial e não se aplica o art. 20.
Policial com arma de fogo em sua residência, sem o registro responde por posse irregular de arma de fogo. Posse irregular de arma de fogo por policial não incide a causa de aumento do art. 20 porque so se aplica do art. 14 ao 18, não se aplica aos art. 12 e 13.
Tício em seu caminhão é abordado em uma blitz e tinha uma arma no interior do caminhão. Foi preso, delegado prendeu pelo porte. MP oferta ação pelo porte. Defesa alega que o caminhão é local de trabalho sendo, portanto, posse de arma de fogo. STJ: não entende caminhão como local de trabalho e, sim como instrumento de trabalho. 
5) Delegado- PCPE- 2-16: Lucas, delegado de polícia de determinado estado da Federação, em dia de folga, colidiu seu veículo contra outro veículo que estava parado em um sinal de trânsito. Sem motivo justo, o delegado sacou sua arma de fogo e executou um disparo para o alto. Imediatmente, Lucas fois abordado por autoridade policial que estava próxima ao local onde ocorrera o fato. Nessa situação hipotética, a conduta de Lucas poderá ser enquadrada como rime, com possibilidade de aumento de pena, devido ao fato de ele ser delegado de polícia. 
R: CERTA
Ao realizar um disparo em via pública, o fato de ser delegado de polícia, há sim incidência de causa de aumento.
 Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
É possível arbitramento de fiança na esfera policial, desde que, não tenha sido um policial civil ou militar, pois irá incidir causa de aumento.
A vedação da fiança no art. 15§único foi considerada inconstitucional. É possível sim liberdade provisória inclusive com fiança!
É possível a liberdade provisória com ou sem fiança.
Atenção as causas de aumento do art. 19.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de arma de fogo tem pena aumentada da ½ se forem de uso proibido ou restrito.
Tício dá diversos tiros para o alto, 15 tiros. Responde

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