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Jean Piaget – A Psicogênese do Desenvolvimento Cognitivo Piaget foi biólogo, zoólogo, filósofo, epistemólogo e psicólogo e dedicou a sua vida a investigação do processo de desenvolvimento cognitivo do homem, especialmente da criança. Com seus estudos, criou métodos que gerou grandes avanços na psicologia. O psicólogo desenvolveu a teoria interacionista, onde o desenvolvimento humano resulta de uma adaptação psicológica ao meio, de contínua interação, ou seja, se vincula o desenvolvimento biológico com o desenvolvimento social, um dependente do outro e sempre buscando o equilíbrio. Piaget explica que a evolução da inteligência é marcada por estágios e são próprias a cada nível de desenvolvimento, sendo através do contato com o ambiente que os conhecimentos vão ser adquiridos e construídos, por isso o termo construtivismo. Para o construtivismo, quando se recebe um esquema novo, causa um desequilíbrio no organismo até que haja uma acomodação e organização do conhecimento, retornando ao equilíbrio. Três indispensáveis conceitos expostos por Piaget em sua teoria: Esquemas são estruturas que se usa para organizar as informações adquiridas. A princípio os esquemas são simples, ou seja, uma criança ao nascer apresenta poucos esquemas, mas à medida que ela se desenvolve acabam se tornando mais distintos e numerosos. Portanto, um adulto apresenta esquemas mais complexos. Assimilação é tentar solucionar uma situação utilizando estruturas cognitivas prévias. Ou seja, quando uma criança tem novas experiências, ela tenta adaptar esses novos estímulos as estruturas já construídas. Acomodação ocorre quando a estrutura mental altera perante a uma nova informação, construindo um novo conceito. Piaget divide o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios: Fase Sensório-Motora (0-2 anos) Neste estágio, a partir de reflexos básicos, que mudam conforme a maturação e a interação com o meio, o bebê começa a construir uma inteligência prática e esquemas de ação. Ainda não estão envolvidos representações de pensamentos. Pré–Operacional (2-7 anos) Fase marcada pelo desenvolvimento da linguagem, contribuindo para a interação social, interiorização de palavras e o planejamento de ações. A criança nesse estágio é egocêntrica e deixa se levar pelo pensamento intuitivo, sem relacionar os fatos. Nessa fase ela é incapaz de ter reversibilidade, ou seja, reverter mentalmente um processo já ocorrido. Fase Operatório-Concreta (7 a 12 anos) Neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço e causalidade, porém esse começo de pensamento lógico necessita do auxílio de objetos concretos e depende deles para abstrair. Consegue desenvolver o pensamento reversível. O pensamento não é mais egocêntrico, ou seja, constrói um conhecimento relacionando com o ambiente em que vive. Fase Operatório–Formal (Adolescência) As estruturas cognitivas alcançam um nível mais elevado. A abstração é total e a criança é capaz de utilizar o raciocínio hipotético – dedutivo, ou seja, pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções sem depender da observação da realidade. É importante ressaltar que cada ser humano tem o seu tempo para alcançar o pensamento hipotético – dedutivo, mas para chegar a esse nível é necessário passar por todas as etapas anteriores e receber estímulos.
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