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9.Sistemas de planejamento e controle da produção

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19/07/2018 Estácio
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Discplina: Administração da Produção e Operações
Aula 9: Sistemas de planejamento e controle da produção
Apresentação
Ao �nal desta aula, você deverá ser capaz de: Conhecer a Introdução aos Sistemas de
Planejamento e Controle da Produção; compreender as Funções do PCP; compreender as Funções
de Suporte; conhecer as Interfaces do PCP.
Objetivos
Conceitos e Função dos Estoques;
Classi�cação dos Estoques;
Classi�cação ABC dos Materiais.
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Conceitos e Funções de Estoques
Os estoques merecem uma atenção muito especial no nosso estudo da APO, pois
devemos ter um tremendo cuidado, já que ele pode representar o sucesso ou o fracasso
em alguns negócios. Em toda a atividade produtiva, a grande questão é produzir ou
comprar. Após esta decisão, caso a opção seja produzir, o outro grande questionamento
será quanto temos de estoques. Repare que estamos nos referindo neste caso ao estoque
do produto pronto, já produzido e neste quesito é a demanda que irá determinar esta
quantidade.
Quando falamos em estoques durante a produção ou para se produzir, como vimos na
aula anterior, o PCP irá nos auxiliar. É neste sentido que �ca fácil de entender a
importância do estoque, pois ele se torna uma parte vital do negócio, onde teremos como
estratégia o seu controle, quando conhecemos realmente os nossos processos, �ca mais
fácil este gerenciamento e controle, sendo o oposto também verdadeiro.
Os estoques possuem basicamente seis diferentes funções, a saber:
01
Ter em seu estoque quantidade su�ciente para atender uma demanda por partes dos
clientes (externos e internos), mesmo que esta demanda seja antecipada.
02
Dependendo do modelo de demanda existente no negócio, poder trabalhar o estoque para
o que é conhecido como “desvincular a produção dos fornecedores”, ou seja, fazer com
que a produção não �que escrava de seus fornecedores em algumas etapas de produção,
mesmo com uma demanda sazonal.
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03
Trabalhar os estoques para se tirar proveito na hora da compra, empregando a economia
de escala.
04
Poder ter uma margem para se resguardar em casos de in�ação ou até mesmo de
aumentos de preços.
05
Possuir uma quantidade mínima necessária para atender à demanda mesmo em casos
que ocorrerem problemas, sejam estes: Problemas climáticos, greves, falta de qualidade,
falta de material, entre outros. O que é conhecido como “estoque de segurança”.
06
Fornecer condições para que as operações de produção continuem suas rotinas
operacionais sem interrupções por falta de algum componente, ou subproduto.
Classi�cação dos Estoques
Todo estoque é basicamente encontrado e classi�cado em tipos ou famílias, a saber:
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Estoque de matéria-prima
Todo material que não é processado, apenas comprado na sua forma natural, temos
que ter cuidado em especial com a sua qualidade, quantidade e prazo de entrega.
Estoque de produto em processo ou material semiacabado (MSA)
São componentes que já sofreram algum tipo de processo mas não estão prontos,
se encontram no meio da fase processo ou produção.
Estoque de suprimentos de manutenção/reparo/operacional (MRO)
São estoques destinados a suprimentos para a manutenção, para reparo ou até
mesmo operacional, mas não é diretamente um item do produto em produção, e sim
das máquinas ou do processo para que seja possível realizar esta produção.
Estoques de produtos acabados
São estoques dos produtos já �nalizados e prontos, aguardando a expedição e
entrega.
Em relação aos estoques, temos ainda alguns detalhes muito importantes dos quais
precisamos dar e ter toda a atenção possível, pois irão in�uenciar nos custos. Por esta
razão, devemos acompanhar de perto e dentro do possível trabalhar neles para buscar
uma maior e�ciência.
São os chamados custo de estoques, e como veremos a seguir, alguns deles �cam
“escondidos” de uma visão geral e algumas empresas são em alguns casos
surpreendidas por sua existência. Infelizmente, em algumas delas, isto pode ser um erro
fatal.
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Custo do item
Está é a mais fácil de entender e acompanhar, pois é o custo do próprio item.
Custo �nanceiro
Todo o valor gasto que estocado é um valor monetário que a empresa deixa de ter
em sua conta bancária, que poderia estar investido e rendendo lucros ou disponível
para novos empreendimentos.
Custo de armazenagem
Custos com mão de obra, com aluguel, contas de água, luz, e demais custos ligados
à existência do estoque propriamente dito.
Custo de segurança
Todo estoque ou deveria possuir um sistema de segurança patrimonial (físico) e
também �nanceiro (seguro).
Custo de manutenção
Alguns produtos ou itens, para que se mantenham íntegros e em perfeitas condições
de uso, se faz necessário realizar manutenção mesmo com este item em estoque e
sem utilização, tais como lubri�cação, funcionamento de rolamentos ( para que não
�quem presos), regulagem de motores, e vários outros.
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Custo de inspeção
Em certos casos, são necessárias inspeções regulares para uma completa avaliação
do estado real do item estocado, em alguns produtos antes ou depois de uma
manutenção.
Custo de validade
Alguns itens ou produtos possuem prazos de validades e, em alguns casos, até
mesmo são produtos perecíveis, exemplo comum em itens alimentícios,
farmacêuticos, entre outros vários exemplos.
Custo de obsolescência
Alguns itens ou produtos, por �carem muito tempo em estoques, ou em alguns
casos, em razão da alta velocidade tecnológica, produtos novos já são
ultrapassados por novos modelos, em alguns casos pelo próprio fabricante ao
lançar um novo produto com variações ou modi�cações.
Custo de perda por avaria
Alguns itens ou produtos são avariados durante o período de permanência no
estoque, seja no momento do transporte ou no próprio local estocado.
Custo de perda por roubo ou desvio – Nos estoques, é comum ocorrerem desvios ou
roubos, principalmente em itens pequenos e fáceis de esconder ou transportar.
Custo do tempo de preparação – Alguns estoques, em função do tamanho ou da forma
de utilização, gasta tempo e recursos em reagrupações, ou deslocamentos dentro do
estoque, até mesmo preparo dos itens para serem estocados.
Custo de registros não precisos – Este é um exemplo que traz uma dupla preocupação e
um gasto �nanceiro também dobrado. É quando o registro do item ou produto ocorre de
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maneira errada ou não precisa e, em razão disto, quando se consulta o estoque não
identi�ca este item ou produto, e aqui é o problema duplo. O item existe, já foi pago e não
é encontrado, será necessário uma nova compra e o item �cará perdido no estoque.
Custo de contagem periódica – Mesmo a empresa que possui um tremendo controle nos
seus registros e manipulação de estoques, deve realizar uma contagem ou checagem do
seuestoque.
Custo de falta de espaço – A falta de espaço físico se não for bem calculada e ocorrer de
forma repentina pode trazer problemas graves de custo e operacionais, sem contar é
claro na necessidade de alugar um novo espaço.
Custo de compras urgentes – Sem um controle efetivo no estoque, pode ocorrer a
necessidade de compras urgentes para cobrir a necessidade operacional, certamente
estas compras terão um preço maior e serão realizadas de forma a atender a urgência,
sem levar em conta melhores preços, condições, etc.
Custo de falta de estoque – Se tivermos na fase de operação, este custo deve ser
calculado levando-se em conta o tempo que a produção �ca parada aguardando o item
chegar para continuar a sua produção, em alguns casos o prazo �nal �ca comprometido.
Se tivermos na fase do produto já pronto, a falta de estoque pode signi�car perder o
cliente e, em alguns casos, esta perda pode ser de�nitiva.
Classi�cação ABC dos Materiais
Diversos estudos foram realizados em função destes custos gerados pelos estoques, o
mais empregado para que seja possível um controle mais e�ciente é utilizar a lei de
Pareto, o conhecido economista italiano que, no século dezenove, desenvolveu os estudos
e criou o conceito também conhecido como princípio 80-20.
A ideia principal do estudo é que 80% das consequências são em razão de 20% as causas
quando este estudo foi abordado percebeu-se que esta proporção ocorre em vários
segmentos e funções.
Temos alguns exemplos:
É estimado que 80% do
faturamento de uma empresa
provém de 20% de suas
atividades.
Em vendas comissionadas, 20%
dos vendedores irão receber 80%
das comissões.
Em torno de 80% dos livros mais
vendidos são de 20% dos
escritores e autores.
Mais de 80% das grandes
descobertas cienti�cas foram
realizadas por 20% dos cientistas.
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É claro que os números não são sempre de forma exata na proporção 80-20, como
também não se aplica a tudo de forma genérica. Porém, neste estudo, quando aplicados
aos estoques, se descobriu uma relação muito forte entre produtos, mesmo quando temos
uma aplicação sendo realista com diferentes aplicações.
Estas classi�cações nos ajudam no gerenciamento do estoque, pois nos dão a separação
por itens ou gêneros, podendo ser divididos conforme o interesse de sua utilização:
Pelo valor do item.
Pelo peso.
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Pelo custo operacional.
Desta forma, teremos maiores informações e, consequentemente, um maior controle em
função desta classi�cação. Deste estudo nasceu a conhecida curva ABC, que aplicada a
Lei de Pareto, deixou clara a identi�cação de três categorias, sendo de acordo a escolha
em função da utilização, separados e identi�cados.
Cerca de 20% dos itens correspondem a aproximadamente 80% da utilização em
importância; 
 
Cerca de 30% dos itens correspondem a aproximadamente 15% da utilização em
importância; 
 
Cerca de 50% dos itens correspondem a aproximadamente 5% da utilização em
importância; 
 
Gra�camente teremos então a chamada Curva ABC.
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Na APO, o nosso trabalho dentro da empresa para podermos gerar uma curva ABC deve
seguir algumas etapas, a saber:
Primeiramente determinar e/ou escolher qual será o critério que utilizaremos nesta
etapa, se o valor, ou peso, ou custo operacional ou outro;
Uma vez escolhido o critério, devemos então listar os itens de estoque;
Devemos agora classi�cá-los seguindo o critério estabelecido, identi�cando os itens
por grupos A, B e C;
Agora temos os itens identi�cados e classi�cados, o que nos possibilitará um melhor
gerenciamento e controle do nosso estoque. Tornando a nossa atividade gerencial mais
fácil e, o mais importante, mais e�ciente.
Temos agora como ponto importante no nosso estoque o chamado tempo de
ressuprimento, ou seja, o tempo necessário para que façamos uma nova compra para
ressuprir o item ou produto no nosso estoque.
Temos aqui duas �loso�as, ambas amplamente utilizadas, mas com diferenças
signi�cativas no sentido da sua aplicação e com vantagens e desvantagens em cada
uma delas. O que é claro irá determinar qual �loso�a deverá ser empregada em cada
processo.
1. A chamada compra direta ou total – É quando compramos todos os
itens necessários para uma produção de uma só vez.
Vantagens: Desvantagens:
Certeza de ter todos os itens para a
produção;
Garantia de manter o preço inicial;
Evita problemas no ressuprimento.
É necessário um espaço físico maior;
É realizado um desembolso �nanceiro
maior.
2. A chamada compra por reposição ou por lote econômico – É quando
compramos os itens necessários para uma produção em momentos
separados, quando forem de fato necessário
Vantagens: Desvantagens:
É necessário um espaço físico Não ter certeza de ter todos os itens para
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menor;
É realizado um desembolso
�nanceiro menor, em períodos
maiores.
a produção;
Possibilita problemas no ressuprimento;
Não tem descontos maiores na compra,
pois as quantidades são menores.
Neste segundo modelo, serão utilizados alguns termos
que nos auxiliarão nesta tarefa de quando comprar?
TR Tempo de ressuprimento ou lead time, tempo que será considerado desde a compra
até a chegada do item ou produto no almoxarifado.
ES
Estoque de segurança, quantidade mínima que deve ser mantida em estoque de
forma que a produção não pare, é na verdade uma reserva que deve ser calculada
em função de importância do item para a produção.
C Consumo, quantidade que deverá ser comprada.
QR Quantidade de ressuprimento ou reposição, quantidade a ser adquirida para
completar o nível necessário.
PR Ponto de ressuprimento ou reposição, ponto em relação ao tempo que, ao ser
atingido pela quantidade em estoque, deve ser realizado o novo pedido de compra.
RE Ruptura de estoque ou Stock out, situação aonde o nível de estoque chega ao zero.
NO Nível de operação, quantidade disponível para atender a demanda, a quantidade
máxima em cada ressuprimento.
EM Estoque médio, quantidade equivalente às movimentações, dentro de um período de
observação.
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Com a utilização deste grá�co temos então todos os
parâmetros para determinar quanto pedir e quando pedir,
pois agora estes valores foram identi�cados, classi�cados,
quanti�cados e calculados.
Temos ainda que ter um cuidado especial em relação a estes ressuprimento, pois
conforme as �guras seguintes, temos algumas particularidades em cada caso.
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Notas
Referências
P E N D E N T E
Próximos Passos
Na próxima aula, abordaremos os seguintes assuntos: sistemas de Produção, JIT,
KanBan e Produção Enxuta.
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