Buscar

AD1 de Legislação Tributária 2015.1

Prévia do material em texto

AD1 de Legislação Tributária 2015.1
Aluna: Renata Muniz Loureiro
Matrícula: 14115060578
Após estudar as AULAS 01 a 08 desta disciplina, responda às questões que se seguem, em texto on line: 
Como  foi estudado na aula 2, de acordo com o art. 5º do Código Tributário Nacional (CTN), “os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. Esta disposição legal é confirmada pela Constituição da República Federativa do Brasil (CF) em seu art. 145, incisos I a III.  Assim, considerando estes três tributos, elabore um quadro comparativo que os diferencie em relação aos seguintes aspectos: ente federativo com competência para instituição e cobrança de cada um deles; e necessidade ou não de contraprestação em razão da cobrança de cada um deles.  (15 pontos) 
	 TRIBUTO
	 CONTRAPRESTAÇÃO
	 COMPETÊNCIA
	Imposto
	Independente de uma atividade específica 
	Exclusiva de cada ente federativo
	Taxa
	Vinculada a uma atividade específica 
	Comum a todos os entes federativos 
	Contribuição de Melhoria
	Vinculada a uma atividade específica
	Comum a todos os entes federativos 
Estabeleça a distinção entre “bis in idem” e “bitributação”. (10 pontos)
Bis in idem é quando a pessoa jurídica de direito público tributa mais de uma vez o mesmo fato jurídico. Ex.: o lucro de uma empresa permite que seja cobrado o Imposto de Renda, bem como a Contribuição Sobre o Lucro Líquido(CSLL).
Bitributação ocorre quando dois entes da Federação decidem cobrar o mesmo contribuinte sobre o mesmo fato gerador. Ex.: quando dois municípios resolvem cobrar o ISS sobre o mesmo serviço prestado.
Ao estudar a aula 5, você aprendeu que, “embora as imunidades tributárias e as isenções tributárias possam ser consideradas exonerações tributárias, visto que ambas se destinam a limitar o alcance e a aplicação dos tributos, elas não se confundem”. Desta forma, em um máximo de 20 linhas discorra sobre as diferenças existentes entre estas duas modalidades tributárias: as imunidades e as isenções.(20 pontos) 
Imunidade Tributária é uma proteção que a Constituição Federal confere aos contribuintes. É uma hipótese de não incidência tributária constitucionalmente qualificada. As imunidades previstas no artigo 150 da Constituição Federal só existem para impostos, mas não podemos esquecer que existem imunidades espalhadas na Constituição em relação às taxas e contribuições especiais. A imunidade só atinge a obrigação principal, permanecendo assim as obrigações acessórias.
Tipos de imunidade:
*Imunidade recíproca às pessoas políticas (art. 150, VI, “a” da CF)
*Imunidade do patrimônio, renda e serviços das Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público (art. 150, §2º da CF).
*Imunidade do patrimônio, da renda e dos serviços dos templos de qualquer culto (art. 150, VI, “b” da CF).
*Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos dos empregados, Instituições assistências e educacionais sem fins lucrativos (art. 150, VI, “c” da CF).
*Imunidade dos jornais, livros, periódicos e o papel destinado a sua impressão (art. 150, VI, “d” da CF).
Isenção Tributária é uma hipótese de não-incidência legalmente qualificada, para alguns autores. Para outros, é uma exclusão do crédito tributário, pois embora tenha acontecido o fato gerador do tributo (haja incidência), o ente tributante esta impedido de constituir e cobrar o crédito tributário. As isenções não são extensíveis às taxas, as contribuições de melhoria e aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão (art. 177, I e II do CTN).
Na isenção tributária existem algumas observações importantes a serem feitas:
* Princípio da legalidade:
Assim como um tributo só pode ser criado por meio de lei, a isenção também só pode ser concedida por meio de lei (sentido lato). O poder de isentar decorre do poder de tributar (art. 176 do CTN).
* Isenção quanto ao ICMS:
Cabe a lei complementar regular a forma como, mediante liberação dos Estados e distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados (art. 155, §2º, XII, “g” da CF). As isenções, incentivos e benefícios fiscais devem ser concedidos por meio de convênio entre as unidades da federação. Segundo Geraldo Ataliba, os convênios, depois de celebrados, devem ser ratificados. Assim a isenção de ICMS é concedida por meio de decreto legislativo que ratifica convênio entre todos os Estados-Membros e o Distrito Federal.
* Revogação da isenção e o princípio da anterioridade:
Há autores que afirmam que a lei que revoga uma isenção tributária deve obedecer ao princípio da anterioridade. A que concede não precisaria, pois é para proteger o contribuinte e não para prejudicá-lo.
* Características:
As isenções tributárias podem ser concedidas com prazo certo (isenções transitórias) ou com prazo indeterminado (isenções permanentes). De modo condicionado (bilateral ou onerosa) e incondicionado (isenção unilateral ou gratuita).
Tendo em vista os conhecimentos adquiridos na AULA 6 do caderno didático, discorra em até 20 linhas sobre as peculiaridades da lei tributária no tempo. (20 pontos)
Vigência: É a qualidade daquilo que está em vigor. A lei está em vigor quando apta a produzir os seus efeitos. “A vigência no espaço e no tempo, da legislação tributária, rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo” (art. 101 do CTN).
Entrada em vigor da lei tributária: A lei tributária entra em vigor (tem potencialidade para incidir no caso concreto) na data que ela própria apontar. Se nada dispuser, as leis entram em vigor, no Brasil, 45 dias após sua publicação, salvo disposição em contrário, e no exterior (Territórios fictos como embaixadas, aeronaves e etc), em 3 meses após sua publicação (art. 1º e §1º da LICC).
Segundo a Lei complementar 95/98, alterada pela Lei complementar 107/01, a lei não pode entrar em vigor na data da sua publicação, salvo se de pouca importância. “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula” entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão” (art. 8 da Lei 95/98). Para muitos doutrinadores, tal disposição é inconstitucional, visto que as funções legislativas estão expostas na Constituição Federal e não poderiam ser ampliadas por meio de uma lei complementar.
Entrada em vigor da lei que cria ou aumenta tributos: A lei que cria ou aumenta tributos só pode entrar em vigor no 1º dia do exercício financeiro seguinte ao que ocorreu a publicação. O tributo, ao entrar em vigor, fica com sua eficácia suspensa até o início do próximo exercício financeiro quando incidirá (artigo 150, III, “b” da CF). Há exceções ao princípio da anterioridade que serão estudadas nos princípios constitucionais do direito tributário (art. 150, § 1º da CF).
Vacatio legis: Vacatio legis é o período entre a publicação da lei e sua vigência, que tem a função de dar conhecimento da lei aos futuros destinatários. Quanto mais complexa for a matéria em questão, mais se estende a “vacatio legis”. A Constituição Federal não regula a “vacatio legis”, deixando a questão ao arbítrio do legislador.
Discorra sobre a aceitação dos tratados internacionais no âmbito  do Direito Tributário brasileiro, enfatizando, ainda, a posição em que eles se situam na hierarquia das leis do Estado brasileiro. (15 pontos) 
De acordo com a Convenção de Viena (art. 2º, 1º, a): Tratado significa um acordo internacional celebrado entre Estados em forma escrita e regido pelo Direito Internacional, que conste ou de um instrumento único ou de dois ou mais instrumentos conexos, qualquerque seja sua denominação específica. São, portanto, fontes que têm tramitação especial no Congresso Nacional, a qual se inicia com a assinatura de quem tenha competência para este ato, que pode ser: • o chefe do governo ou do chefe do Estado, no Brasil ambos concentrados na figura do presidente da República; • um plenipotenciário, ou seja, alguém que tenha recebido do chefe de governo ou do Estado a competência para fazê-lo, como o ministro de Estado de Relações Exteriores ou o chefe de missão diplomática (embaixador); ou • o chefe de uma delegação nacional, chefiada, necessariamente, por um diplomata. Portanto, assinado o tratado, ele é submetido ao Congresso que o aprova por Decreto Legislativo (CF 49, I), sendo encaminhado depois ao presidente que determina o seu cumprimento por decreto (CF 84, VIII). Os tratados e as convenções internacionais revogam a legislação tributária interna (CTN 98) e são observados pela legislação que lhes sobrevenha. O tratado, no entanto, não pode contrariar o disposto na Constituição Federal, sob pena de ser declarado inconstitucional.
Diferencie entre o LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO e o LANÇAMENTO DE OFÍCIO. (20 pontos)
Lançamento por declaração Art. 147, CTN 
É aquele efetuado pela Administração com base em declaração prestada pelo sujeito passivo ou por terceiro, contendo informações sobre matéria de fato indispensável à sua realização. O lançamento por declaração funda-se no dever de colaboração que o legislador impõe ao contribuinte. Essa colaboração consiste em informar ao Fisco na ocorrência do fato gerador, indicando, também, aspectos fatos relacionados a essa situação para que ele possa constituir o crédito tributário.
Lançamento de ofício Art. 149, CTN 
É aquele efetuado por iniciativa direta da Administração, sem qualquer colaboração do sujeito passivo. Há atributos que são necessária e originalmente lançados de ofício, mas qualquer deles poderá ser submetido a tal modalidade de lançamento, caso não tenha sido regularmente lançado de outra forma. Obs.: O prazo decadencial norteia não apenas a realização do lançamento de ofício, como também a revisão do lançamento.
Fontes: 
https://vetustup.files.wordpress.com/2013/06/caderno-de-direito-tributc3a1rio-i-anc3b4nimo.pdf
 http://www.portaltributario.com.br/artigos
http://masterjurisonline.com/wp-content/uploads/2014/01/Caderno-de-Apoio-Master-Direito-Tribut%C3%A1rio-Aula-22.pdf

Continue navegando