Buscar

Artigo Caracterização da Argamassa para Assentamento de Alvenaria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UTILIZAÇÃO DE AREIA NATURAL E ARTIFICIAL NA CARACTERIZAÇÃO DA 
ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO 
 
1 
Suzana Regina Sozin, 
1
Lucas Alexandre Signori, 
2
Cristiane Zuffo da Silva Marasca
 
 
1 
Discente - UNIPAR 
2 
Docente - UNIPAR 
 
Introdução: A argamassa é um dos produtos de maior utilização na construção, estando presente no 
revestimento e assentamento de alvenarias. Ela deve apresentar boa qualidade, não apresentar 
fissuras e ter boa aderência apresentando seu melhor desempenho (FILHO; PELISSER, 2014). 
A argamassa é um produto importante para a definição do desempenho da alvenaria. Ela ajuda no 
isolamento de água e de ar da edificação e possui funções ligação das unidades e de enchimento 
(MONTAGNER; POZZOBON; MODLER, 2006). 
O estudo de argamassas de assentamento possui uma grande importância de forma a diminuir 
algumas manifestações patológicas correntes em alvenarias. Por isso, devem apresentar um conjunto 
de características das quais se destacam: capacidade de resistir a esforços mecânicos, capacidade 
de aderência, capacidade de absorver deformações, capacidade de distribuição de cargas, 
durabilidade e eficiência (PEREIRA et al., 2010). 
Objetivo: Abordar a importância das propriedades da argamassa para um bom desempenho na 
alvenaria, com a utilização de agregados naturais e artificiais, de forma a evitar manifestações 
patológicas no futuro. 
Desenvolvimento: De acordo com a NBR 12281/2005, a argamassa é definida como uma mistura 
homogênea de três componentes: agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, que podem 
ou não conter aditivos, com propriedades de aderência e endurecimento. Pode ser dosada em obra 
ou em instalação própria (argamassa industrializada) (ABNT, 2005). 
As argamassas de assentamento desempenham algumas funções na alvenaria, as principais são: 
resistir a esforços mecânicos, distribuir as cargas uniformemente, unir as unidades de alvenaria e 
absorver as deformações da parede de alvenaria. E para isso, os materiais empregados na 
fabricação da mesma, devem ser de boa qualidade, para terem capacidade de aderência, absorver 
deformações, resistir a esforços mecânicos distribuição de cargas, durabilidade e eficiência 
(PEREIRA et al., 2010). 
É indispensável conhecer a composição mineralógica dos agregados que servem para a confecção 
das argamassas. Eles são considerados como inertes; entretanto, possuem características físicas e 
químicas que intervêm no comportamento da argamassa (ARMANGE, 2005). 
Os agregados apresentam a capacidade de limitar a retração e a fissuração durante o 
desenvolvimento das reações. Devido às limitações provenientes da necessidade de trabalhabilidade 
e coesão, a proporção de agregados deve ser sempre a maior possível. Exercem função econômica, 
por apresentarem custo menor, por volume, do que os aglomerantes, a utilização dos agregados 
possibilita que se execute uma estrutura resistente com menor custo (FERREIRA, 2009). 
Sendo assim, Pereira et al. (2010), realizaram um estudo que analisou a qualidade de areia para 
utilização na argamassa, o qual selecionou dois tipos de areias, sendo uma natural e outra artificial. 
Para realizar a caracterização, usou-se parâmetros tais como: o teor em ar, retração e fratura. Onde, 
através dos ensaios de compressão e flexão, se concluiu que a argamassa de areia natural, obteve 
valores superiores à de areia artificial, para as mesmas classes de resistência. 
Esse resultado se teve essencialmente com a quantidade de água utilizada nas amassaduras das 
argamassas de areia artificial, que precisavam de mais água que as argamassas de areia natural. A 
razão água/cimento é um parâmetro importante para se obter elevadas resistências mecânicas. 
(PEREIRA et al., 2010). 
Já no estudo de Montagner, Pozzobon e Modler (2006), foi caracterizado o agregado miúdo através 
dos ensaios. Dentre eles, foram determinadas a absorção de água, a granulometria e a massa 
específica absoluta e aparente. Foram analisadas duas areias, sendo uma artificial (pó de pedra) e a 
outra natural, adquiridos na cidade de Ijuí/RS, onde obteve-se o resultado do módulo de finura para a 
areia natural como areia fina e para a areia artificial como areia média. 
Foi verificada para a argamassa no estado fresco, a retenção de água e depois confeccionados 
corpos de prova para a verificação da resistência à compressão. Os resultados mostraram poucas 
 
 
variações de resistência à compressão e de resistência à aderência entre as misturas pesquisadas. 
Por isso, constatou-se que a areia natural pode ser substituída pela areia artificial (MONTAGNER; 
POZZOBON; MODLER; 2006). 
Conclusão: No estudo de Pereira et al. (2010), constatou-se que a resistência da areia natural 
utilizada na produção de argamassa de assentamento foi superior à da areia artificial, devido a 
quantidade de água utilizada a mais na areia artificial. 
E no estudo realizado por Montagner, Pozzobon e Modler (2006), os testes de verificação da 
resistência à compressão, utilizando os dois tipos de areia, mostraram-se com poucas variações. 
Nos dois estudos foram realizados diferentes testes com areias de diferentes regiões, ao que se 
conclui que a areia natural pode ser utilizada na produção de argamassa, devido a ter apresentado 
um melhor desempenho no primeiro estudo e no segundo não ter apresentado resultados 
significativos. 
 
Referências 
 
ARMANGE, L. C. Utilização de areia de fundição residual para uso em Argamassa. 2005. 41f. 
Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais - 
Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2005. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13281/2005. Argamassa para 
assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos. Rio de Janeiro, 2005. 
FERREIRA, J. B.; Materiais de Construção Civil: Notas de Aula. 2009. 52f. UNESP, Guaratinguetá, 
2009. 
FILHO, F. H.; PELISSER, F. Caracterização de Argamassa de Revestimento a Base de Cal e 
Aditivada. 2014. 15f. UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma-SC, 2014. 
MONTAGNER, M.; POZZOBON, C. E.; MODLER, L. E. A. Uma Contribuição ao Estudo de 
Argamassa de Assentamento Utilizando Areia Artificial, Cal e Aditivo Plastificante. 2006. 10f. XI 
Encontro Nacional de Tecnologia no Ambiente Construido, Florianópolis-SC, 2006. 
PEREIRA, M. F. P.; AGUIAR, J. B.; CAMÕES, A.; CRUZ, H. M. A. Caracterização de argamassas 
para assentamento de alvenaria de tijolo. 2010. 12f. Universidade do Minho Portugal, Portugal, 
2010.

Continue navegando