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TRABALHO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - PRIMEIROS SOCORROS

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FACULDADE IATELC
POLO - VIANA
DATA: 22/04/2018
CURSO: TÉCNICO EM ENFERMAGEM
PROFESSORA: AILA ARAÚJO
ALUNA: AGDA FERREIRA MARINHO
CUIDADO COM AS VÍTIMAS DE ENVENAMENTO, AFOGAMENTO E CHOQUE ANAFILÁTICO 
VIANA, MARANHÃO 
2018
CUIDADOS COM AS VÍTIMAS DE ENVENENAMENTO:
O que é envenenamento?
Envenenamento são todos os efeitos danosos às células do organismo por substâncias nocivas que entraram no corpo de alguma forma e que podem causar sérios danos ao indivíduo ou até levar à morte. Os venenos podem ser ingeridos, aspirados do ar, injetados na veia ou absorvidos na pele, seja acidentalmente, seja de forma voluntária. Alguns venenos são potencialmente ou inevitavelmente mortais; outros podem causar danos variáveis e deixar sequelas graves sem, contudo, levarem à morte. Os efeitos dos venenos sobre o organismo dependem, por um lado, da dose deles e, por outro, do tempo decorrido desde que foram ingeridos.
Paracelso, um famoso médico do século XV dizia que "tudo é veneno; só depende da dose”. Os mecanismos físicos e químicos pelos quais os venenos danificam o organismo são variáveis e deles dependem as medidas terapêuticas a serem adotadas. Costuma-se falar em intoxicações nos casos em que as substâncias nocivas causam transtornos ao organismo, mas não a morte do indivíduo.
A maioria dos casos de envenenamento ocorre dentro de casa e com crianças.
Quais são os sinais e sintomas do envenenamento?
É difícil falar de sinais e sintomas do envenenamento porque eles variam muito, na dependência do veneno. No entanto, em se tratando de venenos ingeridos, quase sempre há náuseas, vômitos, palidez, semiconsciência ou inconsciência, suor frio excessivo e estado de choque.
Como prestar os primeiros socorros em casos de envenenamento?
Em todo caso de envenenamento deve ser chamado socorro médico ou a vítima deve ser levada prontamente ao hospital, mas algumas providências podem ser tomadas pela pessoa que primeiro atende à vítima. Assim, ela deve procurar identificar o tipo, a quantidade e a via de administração do veneno, bem como o tempo ocorrido do envenenamento, evitando entrar ela própria em contato com o produto intoxicante. Em seguida, deve verificar:
Os sinais vitais da vítima (pulsação e respiração, principalmente).
Se as vias respiratórias estão desobstruídas.
Se a pessoa está ou não consciente.
Deve também procurar saber se há antídotos para o veneno e se ele estiver à mão deve ser dado à vítima.
Se possível, deve recolher parte ou resto do veneno ou a embalagem e levá-los até a equipe de socorro, com cuidado para não entrar em contato direto com ele.
Para venenos ingeridos, o xarope de ipeca, a magnésia calcinada ou o carvão ativado agem como uma espécie de antídoto universal.
Se o veneno tiver sido ingerido, em alguns casos pode ser necessário fazer a vítima vomitar, seja colocando os dedos na garganta dela ou por qualquer outra manobra vomitiva como, por exemplo, induzindo a vítima a tomar três ou quatro copos de água morna. No entanto, essa providência tem restrições: se o veneno for corrosivo ou irritante ou se houver dúvidas quanto à natureza do veneno, não se deve provocar vômitos; se a vítima estiver inconsciente também não se deve fazê-la vomitar, pela possibilidade de que ela aspire o conteúdo do vômito. Se ela vomitar por si mesma, mantenha a vítima deitada sobre um dos lados para evitar a aspiração dos eventuais vômitos. As pneumonias causadas por aspiração são sempre graves e muitas vezes mortais. Elas levam para os pulmões o conteúdo ácido do estômago e, no caso, resíduos do veneno.
ATENÇÃO:
Não se deve oferecer água, leite ou qualquer outro líquido porque eles podem favorecer a absorção da substância venenosa. A vítima deve ser mantida agasalhada porque é frequente haver queda da temperatura corporal. Em casos de aspiração, como de gás de cozinha, por exemplo, retire a vítima do local onde esteja a substância inalada e areje bem o novo ambiente para onde ela será levada.
Procure verificar se há necessidade de manobras de ressuscitação em casos de parada respiratória e/ou parada cardíaca e as pratique, se necessário.
Se a vítima estiver consciente, mas com dificuldade de respirar, procure ajudá-la da seguinte maneira: deite-a em decúbito dorsal, com o rosto voltado para cima; coloque uma almofada sob os ombros da vítima de modo que ela fique com a cabeça inclinada para trás, para facilitar a aeração; ajoelhe-se e ponha a cabeça dela entre os seus joelhos; tome os braços da vítima pelos pulsos e cruze-os, comprimindo-os contra a parte inferior do peito; em seguida puxe os braços da vítima para cima, para fora e para trás o máximo que puder. Repita isso com uma frequência de quinze vezes por minuto, até que a vítima possa respirar vigorosamente.
CUIDADO COM AS VÍTIMAS DE AFOGAMENTO:
O que é afogamento?
O afogamento é a dificuldade ou impossibilidade respiratória causada pela aspiração de um líquido que entra em contato com as vias aéreas de modo a dificultar ou impedir as trocas gasosas que devem se dar nelas. Isso acontece por submersão (quando o indivíduo fica abaixo da superfície do líquido por um tempo muito longo) ou imersão (quando, por exemplo, um jato de água é projetado na sua face). Assim, o afogamento pode ou não levar ao óbito.
Quais são os sintomas do afogamento?
Todas as pessoas que, não morrendo, passam por um apuro dentro da água podem apresentar hipotermia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, dores musculares, dor no tórax, diarreia e outros sintomas inespecíficos.
O que fazer em caso de afogamento não fatal?
No caso de ameaça de afogamento no mar a vítima deve procurar nadar diagonalmente à corrente, ao mesmo tempo deixando-se levar por ela e procurando sair dela. Nunca deve debater-se contra a corrente, mesmo que isso lhe pareça o caminho mais curto para sair da água, porque fatalmente será vencida em sua batalha.
O socorrista deve ter cuidados para que ambos (a vítima e ele) não se afoguem. É muito grande o número de casos em que isso ocorre. O socorrista deve evitar entrar na água, mas se tiver de fazer isso e a vítima se agarrar a ele e imobilizá-lo, deve mergulhar. Assim ela o soltará. De preferência, deve ser lançado para o indivíduo algo em que ele possa apoiar-se para boiar.
Retire a vítima da água. De preferência, socorra-a sem entrar na água, estendendo até ela alguma coisa em que possa se agarrar. Mesmo tendo que entrar na água, leve algum objeto em que a vítima possa se apoiar. Este tipo de socorro deve ser feito preferencialmente por pessoa treinada. Se tiver que fazê-lo você mesmo, aborde a vítima pelas costas e use seu braço dominante para nadar e o outro para segurar a vítima, mantendo a cabeça dela fora da água.
Aspire as secreções do nariz e da garganta da vítima para deixar suas vias respiratórias desimpedidas e facilitar a respiração.
Verifique a pulsação e a respiração da vítima. Se necessário, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca ou a reanimação cardíaca.
Coloque a vítima sobre os joelhos, de barriga para baixo ou, estando você de pé, segure-a pelo abdome, com a barriga voltada para baixo, de modo que ela fique arqueada, com a cabeça abaixada, para que ela elimine a água ingerida.
Depois, mantenha a vítima na posição de espera do socorro, deitada de lado para evitar que a língua obstrua a glote ou que ela aspire eventuais vômitos para os pulmões.
Procure acalmar e aquecer a vítima, retirando as roupas molhadas e fornecendo novas roupas.
Dirija-se ao médico, mesmo se a vítima se recuperar, porque ela pode necessitar de medidas preventivas de eventuais complicações.
Como praticar a respiração boca-a-boca e a reanimação cardíaca?
Respiração boca-a-boca
Deite a vítima sobre uma superfície rígida, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, de forma que o pescoço fique esticado.
Abaixe a língua da vítima e certifique-se de que as vias respiratórias dela estejam desobstruídas. Caso contrário, procuredesobstrui-las.
Feche completamente o nariz da vítima, pressionando-o com o polegar e o indicador, em forma de pinça.
Encha os seus pulmões de ar.
Aplique firmemente seus lábios sobre a boca da vítima e sopre o ar que você inalou para dentro da boca dela.
Repita esse ato cerca de 15 vezes por minuto.
Faça isso até que a vítima volte a respirar ou que chegue o socorro.
Reanimação cardíaca
Deite a vítima sobre uma superfície rígida, com as pernas levantadas (sobre uma cadeira, por exemplo).
Coloque uma das mãos sobre o peito da vítima, mais ou menos sobre o coração.
Coloque a outra mão sobre a primeira, entrelaçando os dedos.
Alternativamente, pressione com força e alivie a pressão, fazendo o osso esterno (é o osso que fica no meio do peito) rebaixar-se por quatro ou cinco centímetros, repetindo esse ato cerca de 80 vezes por minuto, até que o coração volte a bater ou até que chegue o socorro.
Em casos que a vítima também não esteja respirando, alterne quinze compressões no esterno com duas respirações boca-a-boca.
CUIDADOS COM AS VÍTIMAS DE CHOQUE ANAFILÁTICO:
O choque anafilático é uma grave reação alérgica que pode levar ao encerramento da garganta, impedindo a respiração adequada e podendo levar à morte em poucos minutos. Dessa forma, o choque anafilático deve ser tratado o mais rápido possível.
Como reconhecer um choque anafilático:
Os primeiros sintomas do choque anafilático são:
Aumento dos batimentos cardíacos;
Dificuldade para respirar e presença de tosse e chiado no peito;
Dor no estômago;
Náuseas e vômitos;
Inchaço nos lábios, na língua ou na garganta;
Pele pálida e suor frio;
Coceira no corpo;
Tontura e desmaio;
Parada cardíaca.
Esses sintomas podem surgir segundos ou horas após o contato com a substância que causa a reação alérgica, que normalmente é um medicamento, o veneno de animais como abelhas e maribondos, alimentos como camarão e amendoim, e luvas, camisinha ou outros objetos feitos de látex.
PRIMEIROS SOCORROS:
Neste caso são importantes para garantir as chances de sobrevivência da vítima e incluem:
Chamar uma ambulância, ligando para o número 192 ou levar a pessoa imediatamente para o pronto-socorro;
Observar se a pessoa está consciente e respirando. Se a pessoa desmaiar e deixar de respirar, deve-se iniciar a massagem cardíaca. Veja aqui como fazer corretamente.
Se estiver respirando, deve-se deitá-la e levantar as suas pernas para facilitar a circulação sanguínea.
Além disso, deve-se procurar se a pessoa tem alguma seringa de adrenalina na roupa ou bolsa, por exemplo, e injetá-la na pele o mais rápido possível. Normalmente, pessoas com alergia alimentares, que têm grande risco de ter um choque anafilático, costumam transportar este tipo de injeções para serem usadas em situações de emergência.
Já no caso de o choque ter acontecido após uma picada de inseto ou cobra, deve-se retirar o ferrão do animal da pele, aplicar gelo no local para diminuir a disseminação do veneno.

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