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Actividade do hipotálamo

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Actividade do hipotálamo 
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O hipotálamo desempenha muitas funções - é nesta estrutura, por exemplo, que se situam os centros nervosos reguladores da sede, do apetite, da temperatura corporal e do sono. É preciso referir que o hipotálamo encontra-se numa zona privilegiada do cérebro, pois está ligado a imensas estruturas encefálicas, a partir das quais recebe informação sobre o meio interno, e também ao córtex cerebral, o centro das funções intelectuais, enviando em simultâneo estímulos para as mesmas.
O hipotálamo constitui uma ponte entre o sistema nervoso e o endócrino. Por um lado, elabora duas hormonas libertadas ao nível da neuro-hipófise - a oxitocina e a hormona antidiurética. Por outro lado, o hipotálamo segrega inúmeras hormonas estimulantes ou inibidoras  da  produção  de diversas  hormonas  por parte da adeno-hipófise. Conhecem-se, entre outros, vários factores hipotalâmicos, que estimulam a libertação de adrenocorticotropina (ACTH), de tirotropina (TRH), de somatotropina (GRH), de gonadotropinas (LH/FSH-RH), de prolactina (PRH) e de hormona melanocitoestimulante (MSH), e factores que inibem a libertação de somatotropina (GIH), de prolactina (PIH) e de hormona melanocitoestimulante (MSHIH).
Actividade da hiptófise
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A hipófise segrega um total de nove hormonas, sete elaboradas pela adeno-hipófise outras  duas  que, embora  sejam elaboradas pelo hipotálamo, são armazenadas na neuro-hipófise, de forma a serem libertadas para o sangue. Algumas destas hormonas têm a missão de estimular a actividade de outras glândulas do sistema endócrino ou agir sobre determinados órgãos do corpo, com vista a controlar alguma das suas funções, enquanto outras têm efeitos sobre praticamente todos os tecidos do organismo.
Hormona do crescimento. Igualmente conhecida pela sua abreviatura HC ou GH (do inglês, growth hormone), também designada como somatotropina ou STH, esta hormona actua sobre todo o organismo, tendo uma função anabólica, ou seja, favorece a formação dos tecidos. A sua acção é fundamental ao longo da infância e da puberdade, pois regula o processo de desenvolvimento corporal, particularmente no que diz respeito ao crescimento dos ossos e à formação de proteínas. A sua produção, controlada pelo hipotálamo, é especialmente intensa durante as duas primeiras décadas de vida, embora se mantenha ao longo de toda a vida, através de uma pulsação intermitente.
Hormona melanocitoestimulante. Igualmente conhecida como MSH, actua ao nível da pele, nomeadamente sobre os melanócitos, as células cutâneas responsáveis pela elaboração do pigmento escuro denominado melanina - por isso, a acção desta hormona tem uma considerável contribuição para a coloração da pele de cada indivíduo.
Adrenocorticotropina. Habitualmente denominada ACTH, esta hormona actua sobre o córtex das glândulas supra-renais, cujas secreções desempenham várias e importantes funções, sobretudo ao provocarem um aumento da produção de glucocorticóides, como o cortisol, que intervêm no metabolismo dos lípidos, glúcidos e proteínas. Ainda que menos significativamente, também provoca a secreção de mineralocorticóides, como a aldosterona, que intervêm na regulação do equilíbrio hidrossalino, e de androgénios, como a deidroepiandrosterona, hormonas sexuais masculinas.
Tirotropina. De forma abreviada TRH. Esta hormona controla a tiróide, regulando a quantidade de hormonas produzida por esta glândula. As hormonas tiróideas desempenham uma importantíssima função na regulação do metabolismo orgânico.
Gonadotropinas. São assim denominadas as duas hormonas que actuam sobre as gónadas masculinas (testículos) ou femininas (ovários). Uma é a hormona foliculoestimulante, ou FSH, que nas mulheres estimula a maturação dos folículos ováricos que contêm os óvulos e produzem os estrogénios (hormonas sexuais femininas), enquanto que nos homens actua sobre os testículos ao estimular a elaboração de testosterona (hormona sexual masculina). A outra é a hormona luteinizante, ou LH, igualmente denominada hormona estimulante das células intersticiais, ou ICSH, que nas mulheres intervém na ovulação e estimula a progressão dos folículos, após a ovulação, no corpo lúteo ou amarelo, encarregue de produzir a hormona progesterona, enquanto que nos homens actua sobre as células testiculares situadas entre os tubos seminíferos, estimulando a produção de hormonas masculinas.
Prolactina. Conhecida pelas abreviaturas PRH ou LTH, esta hormona estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias, sendo responsável pela secreção de leite após o parto.
Oxitocina. Esta hormona, produzida no hipotálamo e libertada na neuro-hipófise, desempenha uma importante função durante o parto, pois é responsável pelas contracções uterinas. Intervém igualmente no processo de lactação, estimulando a contracção das pequenas células musculares existentes nas glândulas mamárias, o que facilita a saída do leite.

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