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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM MACHADINHO D’OESTE/RO 2016 FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ ELIZABETE PEREIRA NUNES AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Educação Infantil , conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96. Orientador: MACHADINHO D’OESTE/RO 2016 FOLHA DE APROVAÇÃO ELIZABETE PEREIRA NUNES AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Educação Infantil, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96. Orientador (a): Aprovado (a) em: _____/_____/_______ Examinadores: Prof. (Esp/Me/Dr.) _______________________________________________ Instituição: ___________________________ Assinatura: ________________ Prof. (Esp/Me/Dr.) _______________________________________________ Instituição: ___________________________ Assinatura: ________________ Prof. (Esp/Me/Dr.) _______________________________________________ Instituição: ___________________________ Assinatura: ________________ RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar as contribuições da relação afetiva para o processo de aprendizagem, compreendendo como acontece a relação afetiva entre professor e aluno no final dos anos iniciais do ensino fundamental. Objetiva-se também buscar nas principais obras educacionais e pedagógicas referência sobre a Afetividade no processo de aprendizagem, elencando pesquisas contemporâneas que refletem sobre as contribuições da relação entre professor e aluno para o processo de aprendizagem escolar. A escola deve proporcionar um espaço de reflexões sobre a vida do aluno como um todo, contribuindo para o desenvolvimento pleno da criança, na qual esse processo não deveria dissociar-se da afetividade, sendo que o professor é fundamental para a aprendizagem dos alunos, tornando a afetividade um dos elementos que influenciam esse processo. Palavras -chave: Afetividade – Família - Escola 1. INTRODUÇÃO Ao se refletir sobre a afetividade no processo de aprendizagem percebe-se o quanto essa temática passa despercebida ou até mesmo é ignorada por alguns professores. Os efeitos negativos dessa prática podem ser percebidos durante todo o percurso escolar, o qual terá como foco de estudo as séries iniciais do ensino fundamental. Nesse sentido, este trabalho apresenta as contribuições da relação afetiva para o processo de aprendizagem de alunos e como acontece a relação afetiva entre professor e aluno no processo de aprendizagem ,bem como os fatores afetivos se apresentam na relação professor-aluno e qual sua influencia no processo ensino-aprendizagem final dos anos iniciais do ensino fundamental. Fundamentada, sobretudo nos procedimentos trabalhados por Ludk e André (1986), este trabalho proporcionará elementos para o professor avaliar sua prática educativa, favorecendo a reflexão e a tomada de posição referente ao tema proposto no aspecto cientifica e contribuirá na medida em que os educadores e educando entendam melhor. Por tanto para que o professor alcance seu objetivo nas práticas pedagógicas é preciso que o professor considere seu trabalho e suas experiências de vida educadora e com isso alcançar seus objetivos pedagógicos e educacionais. 2. A IMPORTANCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM A afetividade é um elemento sempre presente na sala de aula, mas nem sempre percebido e considerado como tão importante quanto os conteúdos. É através da afetividade e aprendizagem que a criança vai adquirindo subsídios para formação de sua personalidade. . Os sentimentos demonstrados ao professor pelo aluno podem ser amigáveis ou não, devendo, contudo, desvirtuar seu papel de docente. O professor precisa estar atento a fim de não aprisionar o aluno à sua imagem, mas sim permitir que o conhecimento influencie a aprendizagem desse aluno. No cotidiano escolar são comuns as situações de conflito envolvendo professor e alunos. Turbulência e agitação motora, dispersão, crises emocionais desentendimentos entre alunos e destes com o professor são alguns exemplos de dinâmicas conflitais, que com freqüência deixam a todos desamparados e sem saber o que fazer. Irritação, raiva, desespero e medo são manifestações que costumam acompanhar as crises funcionando como “termômetro” do conflito. De acordo com Vygostky (1994), citado por Tassoni (2011) a interação social é de fundamental importância como sendo o principal requisito para a aprendizagem. Vygostky defende que a partir da inserção da criança na cultura e com a interação social com as pessoas mais próximas ela vai se desenvolver de forma integral. Nesse sentido é fundamental que os professores de proporcione um ambiente no espaço escolar favorável aos valores sociais. Assim, estará priorizando os alunos, auxiliando-os e abrindo novos horizontes em sua vida escolar para progredir com sucesso, seu desenvolvimento e a interação na escola para contribuir na efetividade e na formação. Para Wallon (1975) citado por Borba e Spazziani (2005) a afetividade e a inteligência são duas funções que constituem a personalidade. A afetividade está ligada às sensibilidades internas e também ao mundo social. A inteligência está vinculada às sensibilidades externas e o mundo físico para a construção do objeto.Através dessa interação com o meio humano, a criança passa de um estado de total sincretismo para um progressivo processo de diferenciação. Onde a afetividade está presente, permeado a relação entre criança e o outro, constituindo elementos essenciais na construção de identidade da mesma forma, e ainda através da afetividade que o individuo acessa o mundo simbólico, atividade cognitiva e possibilitando seu avanço sendo um sujeito social e interativo, Dessa forma, considera-se que a aprendizagem acorre através de um intenso processo de interação social, através do qual o individuo vai internalizado os instrumentos culturais, ou seja, as experiências vivenciadas com outras pessoas é que vão possibilitar a capacidade de cada ser em questão. Para Henry Wallon (1968), a dimensão afetiva é destacada de forma significativa na construção da pessoa e do conhecimento de afetividade inteligências apesara de ter funções definidas e diferenciadas são inseparáveis na evolução psíquica entre o aspecto cognitivo e afetivo. Existe a oposição e complementaridade. Dependendo da atividade da à preponderância do afetivo ou do cognitivo, não se trata da exclusão de um em relação a outro, mas sim de alternâncias em que um ser submerge para que outro possa fluir. A escola é um campo fértil, onde essas relações a todo tempo se evidenciam, seja através dos conflitos e oposições,seja do dialogo e da interação. Conforme a teoria de Henry wallon (1971), a origem da afetividade, é definida como a teoria da emoção e do caráter. Para ele o nascimento da afetividade interior, a inteligência, ela é um ponto de partida do desenvolvimento do individuo, pois: A afetividade não é apenas uma dimensão do ser humano, ela é também uma fase do desenvolvimento, a mais arcaica. O ser humano foi, logo que saiu da vida puramente orgânica, um ser afetivo. Da afetividade diferenciou-se, o mundo humano. Portanto, no inicio da vida, a afetividade e inteligência estão todos interligados, com predomínio do desenvolvimento da educação humana. Com isso, o professor deve procurar trabalhar as emoções com fonte de energia e quando necessário for, as expressões emocionais dos alunos como facilitadores do conhecimento, pois para Wallon (1971) é necessário encarar o afetivo como parte do processo de conhecimento, uma vez que, os dois são inseparáveis,segundo o autor,a escola é um espaço de construção da afetividade, uma vez que, está centrado na intervenção sobre a inteligência, de cuja evolução depende da afetividade. Desse modo, o professor precisa compreender o aluno no âmbito da sua dimensão humana, na qual tanto os aspectos intelectuais quando os aspectos afetivos estão presentes e interpenetram em todas as manifestações do conhecimento. Na convivência em sala de aula observa-se nos alunos o prazer em produzir as atividades e de vencer os desafios, quando são valorizados pela professora. A forma de trabalhar da professora, o jeito de aplicar e de planejava, foram indicadores importantes e prazerosos manifestos pelos alunos. Então a professora demonstrou a intenção de expressar o modo de planejar suas atividades para que despertasse o interesse e curiosidade dos alunos. Outro ponto observado foi a importância da interação entre a professora e alunos, para a construção da autoestima, e da confiança, influenciando no processo de aprendizagem frequentemente detectaram-se, nas interações, de apoio, admiração, respeito e apreciação. Da mesma forma destacamos os sentimentos de compreensão, aceitação e valorização do outro. Nessa ocasião devemos concluir que as atividades desenvolvidas em sala de aula, permitiram tocar afetivamente que deixaram marcas registradas e o conhecimento, como também favoreceram o domínio e fortaleceram a confiança dos alunos em suas capacidades e decisões. Indispensável para que esta relação possa contribuir na relação entre o ensino e aprendizagem. 3. Família e Afetividade Para que haja maior interação entre família e escola, a instituição deve estar preparada para lidar com as diferentes estruturas familiares, que vão muito além do modelo tradicional de marido- mulher- filhos. É cada vez mais comum a família monoparental como se refere à Constituição Federal, artigo 226, § 4º (BRASIL, 1988), isto é, aquela em que apenas um dos pais (homem ou mulher) é referência. No Brasil, quase um terço das famílias é chefiado por mulheres. Há também famílias reconstituídas, nas quais mulheres e homens vivenciam novos casamentos e reúnem filhos de outras relações, famílias que articulam em uma mesma casa vários núcleos familiares, famílias formadas por casais homossexuais, entre outras. 4.CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este trabalho pode-se perceber que se houvesse a parceria entre família e escola as coisas seriam mais fáceis, é preciso quebrar as barreiras que dificultam o convívio entre escola e comunidade escolar e para que isso ocorra é necessário que a instituição oportunize situações para que os pais sintam-se interessados em fazer uma visita à escola para saber sobre o rendimento escolar do filho e cabe também á família exercer o seu papel como parte estimuladora da construção do conhecimento. Portanto, pela análise dos dados levantados neste estudo, conclui-se que afetividade e aprendizagem são inseparáveis, pois por meio deste vínculo o aluno sentirá confiança e motivado a aprender o que resultará em um ensino de qualidade, mas, é claro, isso só ocorrerá se houver comumente a parceria entre a família e a escola. Penetrar no universo escolar, tão presente em nossas vidas, porem tão difícil de desvendar, onde não há caminhos definidos, mas que vão sendo construídos no caminhar, revelar-nos a noção de que não podemos vê-lo realmente como é, vemos o que podemos e conseguimos ver, o que nos permite nossos conhecimentos e concepções. Assim, a procura de respostas, é possível que mais indagações tenham sido provocadas do que respostas encontradas. As explanações, pesquisas e constatações abordadas, Os estímulos para o ensino são observados de vários componentes e situações diferentes. Quando o conteúdo a ser aprendido já foi visto pelos os alunos. Nessa perspectiva, considera-se por um lado, que os sentimentos, as emoções e os valores serem encarados como objetivos de conhecimento, haja vista que a consciência, de organizar melhor a afetividade e sentimentos e ações e todos entrelaçados fazem parte de nosso mundo educacional. Sentir faz parte da nossa forma de pensar e expressar e tudo acima são ações indissociáveis. O intuito é mostrar como é importante a educação da afetividade, como protagonista da educação a aprendizagem ganha uma faceta para desempenhar melhor seu papel, e, além disso, tudo as diferenças sócio cultural que é uma realidade nossa aqui de Rondônia. Cotidianos. Trabalhando dessa maneira, por meio de situações que solicitem a resolução de conflitos, quando uma sociedade democrática se destaca para melhorar e transformar o sistema e direcionar o objetivo realmente a melhoria da educação nacional. A função da educação e deve ser continua para a sociedade em geral. Por fim, são discutidas as relações entre esses movimentos e as políticas educacionais curriculares que os desencadearam no intuito de caracterizar avanços e dificuldades observados nas práticas analisadas e as condições necessárias para que sua implementação se dê de forma coerente, contribuindo efetivamente para a construção de uma comunidade escolar autônoma, comprometida com a transformação da realidade sociocultural em que está inserida. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ana Rita silva. A Emoção na Sala de Aula, Papiros. Ed, 3ª. São Paulo, 2003. CANDAU, Veramaria (org) Reinventara Escolar. Petrópolis: vozes, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia, saberes necessários á pratica educativa. São Paulo, ed. Paz e terra S.A., 20º edição, 2001. PIAGET, Jean. Inteligência e Afetividade. Buenos Aires: Aique, 2001. VYGOTSKY, L.S Teoria e Método em Psicologia. São Paulo: Martins fontes, 1996. WALLON, Henri. Atividade Proprioplastica. In: Nadel-Brulfert J. & Werebe, M.J.G Henri Wallon.
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