Buscar

Portfólio Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

(Portfólio (ciclo 3)
Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica
Descrição e resolução da atividade
Primeira Etapa:
A Leitura do primeiro texto O autor Prof. Dr. Vitor Henrique Paro, no livro “Gestão Escolar, Democracia e Qualidade do Ensino, em especial no capítulo 2 apresentou uma pesquisa enfatizando três elementos da maior importância para a escola que pretende ser democrática: “a função da escola, a estrutura didática e a qualidade do ensino”.
No decorrer da leitura, anote os apontamentos da pesquisa sobre a qualidade do ensino nas salas de aula dos anos iniciais do ensino fundamental, feitas por este professor-pesquisador.
Segunda Etapa:
A leitura do segundo texto A autora Vanda Moreira Machado Lima em seu texto denominado A complexidade da docência nos anos iniciais na escola pública pontua questões imprescindíveis sobre a atividade docente, tais como “o seu papel social, suas alegrias e seus desafios”.
Leia atentamente este trabalho e registre em uma folha do seu caderno todos os comentários feitos sobre os desafios dos professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental.
Terceira Etapa:
A produção do texto Após a realização das leituras e de posse das anotações sugeridas para a realização desta tarefa, elabore um texto dissertativo respondendo as seguintes questões:
 1) O que é possível afirmar sobre a qualidade do ensino das escolas públicas da educação básica estudadas pelo autor Vitor Henrique Paro?
2) Quais são os principais desafios apontados pela pesquisadora Vanda Moreira Machado Lima que devem ser superados pelos professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas brasileiras?
3) A “escola democrática”, com os seus fundamentos e orientações, contribui para que a escola pública no Brasil possa superar as dificuldades relacionadas ao ensino? Justifique a sua resposta.
Observação: Mínimo de duas páginas inteiramente digitadas no seu editor de texto e o máximo de três páginas. Fonte: arial ou times new roman, tamanho 12, entrelinhas de 1,5 ponto.
 Pontuação: 0 a 1,5 ponto.
 
O envio de mensagens se encerra em 22/10/2018
Resolução:
Primeira etapa
Com relação ao tipo de educação mais adequado, é notável a dificuldade que os educadores, em geral tem de definir o que seja qualidade do ensino. Num primeiro momento, o que aparece, usualmente, é o reconhecimento do bom ensino como aquele pelo qual o aluno consegue “saber a matéria” e reproduzi-la em provas e exames. Mas, embora no dia a dia as pessoas tendam a relacionar qualidade do ensino com a quantidade de conhecimentos que a escola consegue passar para os alunos, quando são questionadas e instadas a precisar melhor o papel da educação percebe-se a insegurança em formular respostas satisfatórias.
Na reunião inicial feita com os educadores, um deles diz: “Acho que a qualidade perpassa por vários fatores, como aulas dinâmicas, família estando amparando a escola, nas ações escolares. Acho que a qualidade em si tem vários âmbitos que precisam ser trabalhados: a sala de aula, a família, a sociedade como um todo.” Uma professora afirma: “Eu acho que é oferecer o que a gente tem de melhor para os nossos alunos. O máximo: respeito, saber acolher o aluno e estar sempre pesquisando coisas boas para estar passando para ele. Não só decoreba”.
Na tentativa de conceituar a qualidade do ensino é comum também os educadores entrevistados relacionarem a educação com uma maior preparação para o viver bem. Durante a entrevista inicial com os educadores, Lucia, coordenadora pedagógica diante da pergunta de como se tem buscado a qualidade na escola, responde:
“Nos, no planejamento que é feito no início do ano, e replanejamento que é feito ao longo do ano letivo, a gente tem-se preocupado muito em está trabalhando os conteúdos educativos, trabalhando conteúdos que possam, realmente, ser valor para o aluno, ao seu cotidiano. Então, eu acho que qualidade passa por ai também, trabalhar aquilo que o aluno vai realmente usar no cotidiano, a sua vida, ne”.
Segunda etapa
Embora tenhamos atingido atualmente altos índices de universalização da oferta do ensino fundamental, a qualidade do ensino desenvolvido em nossas escolas encontra-se em situação crítica. Assim, a construção de uma escola pública dos anos iniciais democrática, inclusiva, crítica, reflexiva e de qualidade para todos é ainda um enorme desafio. Desafio esse que pode ser vencido mediante diversos caminhos, “mas todos eles passam pelos professores [...] No presente, o seu papel é essencial para que a escola seja recriada como espaço de formação individual e de cidadania democrática” (NÓVOA, 1999, p. 20).
A diversidade dos alunos na escola pública deve-se ao processo de democratização do ensino, que possibilitou o direito à educação para todos, o que, sem dúvida, foi um avanço na história educacional deste país. Graças a essa diversidade, os professores mencionam desafios em trabalhar com diferentes ritmos de aprendizagem da criança e com aquelas que, em virtude das condições familiares, apresentam dificuldades na leitura e escrita, agressividade e desinteresse. Lidar com os diferentes níveis de aprendizagem é outro desafio para o professor dos anos iniciais. Enquanto alguns alunos chegam ao 4º ano do Ensino Fundamental sem estar alfabetizados, outros, no 2º ano, já leem fluentemente.
Observa-se que, enquanto os aspectos que mais agradam na docência dos anos iniciais se concentram em poucas alternativas, os desafios se distribuem em vários itens, o que nos possibilita supor que “as fontes de satisfação são mais reduzidas e delimitadas- mais facilmente nomeáveis-, enquanto as fontes de frustrações têm um espectro mais amplo, com uma atuação mais difusa, porém mais forte pela somatória delas” (GATTI, 2000, p. 62). O professor ao mesmo tempo em que se torna o centro dos discursos das reformas educativas, e é considerado fundamental no processo educativo, o sujeito ator e autor imprescindível para a melhoria da qualidade do ensino público, também enfrenta no exercício da docência vários desafios que dificultam e impedem que atinja sucesso em sua atuação. Os professores convivem com inúmeros paradoxos e são avaliados: [...] com desconfiança, acusados de serem profissionais medíocres e de terem uma formação deficiente; por outro lado, são bombardeados com uma retórica cada vez mais abundante que os considera elementos essenciais para a melhoria da qualidade do ensino e para o progresso social e cultural. Pedese lhes quase tudo. Dá-se-lhes quase nada (NÓVOA, 1998, p. 34. grifo do autor).
Referindo-se ao primeiro ponto como função da educação escolar assumida no projeto de pesquisa e refletida no contexto dessa investigação, podemos apontar uma concepção educativa da instituição escolar que não se limita ao provimento de informações a seus alunos, a fim de prepará-los para um próximo nível escolar, ou tão somente ao mercado de trabalho, mas também a uma educação estendida como o conjunto de conhecimentos que envolvam valores, crenças, artes, filosofia e ciência, como base na formação integral do cidadão em sua dimensão individual e social. Essa formação deve ser baseada de forma democrática de ensinar, promovendo um notável potencial formador de personalidades democráticas, na descoberta da importância da consciência de seus direitos, reconhecidos no ensinamento escolar, através do qual formam-se conceitos, habilidades e conhecimentos de como se relacionar com o mundo em todas as circunstâncias.
        Visando uma melhor qualidade de ensino, os professores vem buscando utilizar o melhor do dia-a-dia, procurando desenvolver concepções que contribuam  para solução de problemas, a medida que esses, vão aparecendo.
        Podemos afirmar que não há uma concepção emancipadora, a educação é a apropriação da cultura, não só de uma das partes.
A escola brasileira continua organizada pedagogicamente para atender os objetivos da aquisição de conhecimentos, num sistema de seriação a disposição de “conteúdos” distribuídos em currículos.Esses currículos deveriam corresponder a realidade do educando e a importância de sua exposição deveria ser exercida colocando-se em prática as atribuições do reconhecimento de sua cidadania, onde se desenvolvam cidadãos conscientes e preparados para uso de seus direitos.
        Uma didática organizada, consequentemente exercerá funções educativas que atenda a necessidade de educar alunos com todas as características pessoais, onde professores bem preparadores e envolvidos com essas complexidades de situações na aprendizagem, sintam-se aptos a orientar e exercer com exatidão sua função. Formalmente explanando, poderemos estar diante do aperfeiçoamento do educador no quadro institucional de seu trabalho.
        A estrutura dessa didática vem trazer uma motivação intrínseca do aprender, formando cidadãos críticos, com ampla perspectiva que contemple com a formação íntegra do cidadão.
        Novos métodos de ensino podem transformar a maneira tradicional onde a forma educativa propicie condições ao educando, em que ele queira aprender, fazendo-se sujeito de suas ações, sendo essa, uma condição necessária para a realização da aprendizagem.
        A pesquisa e investigação vem notoriamente demonstrar que a qualidade relacionada as expectativas  dos alunos os levam a ter uma visão do futuro, o que não é propício a um outro grupo, devido a essas perspectivas serem nulas, devido a sociedade que esse está inserida, ao relacionamento pais, filhos e família, a exclusão de apoio familiar e estrutura precária oferecida pelas instituições governamentais de apoio a criança e adolescente.
        Tendo em vista esse fator, cabe ressaltar também sobre a forma respeitosa entre professor e aluno .Esse relacionamento é muito importante, pois colabora com o  compromisso educador/educando, facilitando o conceito de afeto entre ambos.
        O laço estreito desse relacionamento: pais, família e escola não colabora com o processo ensino-aprendizagem, nem com a motivação e incentivo da permanência do aluno no ambiente escolar.
        Outro aspecto promissor que infelizmente não é positivo quanto seriam as suas finalidades, é o processo: Teoria x Prática, ou seja o discurso comprometido com relações democráticas são restritos quanto a liberdade e suas práticas.
 O que o educador, planeja, se dispõe, e viabiliza nem sempre está sendo colocado em seu alcance, e são tantos os motivos que desencadeiam esses fatores, e os deixa longe da finalidade de seus objetivos, desencadeando muitas frustações e desmotivações.  
Vale ressaltar, a falta de motivação quanto as  faixas salariais, a valorização do profissional, as necessidades do material didático, muitas vezes escassas, dentre outros, os ciclos implantados de forma inadequada, e uma quantidade de alunos em sala de aula que não condiz com o ambiente e suas necessidades.
        A formação do docente e suas necessidades profissionais é uma tarefa educativa que ultrapassa os limites do Ensino-aprendizagem.
Como sujeito histórico, o professor tem a possibilidade de intervir, mediante seu trabalho, na transformação social, visto que sua profissão tem como objetivo a formação de outros seres humanos, uma atividade complexa para a qual se exige uma formação sólida e qualificada, não apenas inicial, mas contínua, que lhe dê condições de enfrentar os inúmeros desafios que o contexto educacional apresenta diariamente nas escolas.
 Compete ao professor dominar o conteúdo, saber ensiná-lo, relacionar o ensino à realidade do aluno e a seu contexto social, desenvolver uma prática de investigação crítica e reflexiva sobre seu próprio trabalho.
Lecionar nos anos iniciais é uma tarefa complexa e desafiante, visto que os
professores precisam  repensar em nossos cursos de Pedagogia. Os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental  trabalham com diferentes áreas do conhecimento, seu papel principal  mencionado nos dados empíricos, é a formação integral da criança, com a ênfase para ensinar a ler, a escrever e a contar, que envolve as áreas de Língua Portuguesa e Matemática.
A formação integral consiste em formar o aluno como sujeito crítico e questionador, pronto a discutir as questões sociais e a formação da cidadania.
É papel do professor não apenas a transmissão do conhecimento, mas a formação integral, o desenvolvimento pleno do aluno, com ênfase na formação da cidadania, continuidade dos estudos e qualificação para o trabalho.
É fundamental assegurar uma formação qualificada aos professores, que os preparem para a participação crítica e consciente no projeto pedagógico da escola e a convivência com os colegas e a comunidade escolar.. Os professores valorizam essa interação, principalmente ao apontarem que em virtude das mudanças sociais, além de ser um profissional, o professor, tem que exercer diariamente na escola, diferentes papéis, como ser mãe, pai, psicólogo, médico, família, artista, e outros.
Outro aspecto de comparação refere-se à faixa etária das crianças. Nos anos
iniciais, entre seis e dez anos de idade, o aluno demonstra certa dependência do professor, o que gera muitas vezes um amor maternal, um carinho especial. Nos anos finais, o aluno encontra-se entre os onze e quatorze anos, a fase da adolescência.
Alegrias e desafios na docência dos anos iniciais
No exercício da docência, identificamos as maiores alegrias e desafios que os professores dos anos iniciais enfrentam em sua atuação profissional. Constatou-se como a profissão de professor tem em si algo ambíguo, mesclando diariamente sentimentos muito diversos. Em um mesmo dia, em uma mesma turma, com um mesmo aluno o professor vivencia o sentimento de alegria com seu desenvolvimento em uma atividade, mas, de repente, entristece-se com uma atitude dele ou mesmo se revolta com as condições de vida desse aluno.
Segundo os professores pesquisados a maior alegria em ser professor dos anos iniciais consiste na interação com a criança, no conviver com sua espontaneidade, no constatar os avanços e o desenvolvimento da criança no processo ensino-aprendizagem. O amor das crianças e o sentimento de ajudá-las são temas significativos na fala dos professores pesquisados, que evidenciaram a alegria em contribuir para a formação da nova geração que atuará na sociedade.
 Percebe-se que a relação com as crianças transforma-se em motivação para continuar na docência, porque ela é direta, autêntica e afetiva, já que ensinar representa um trabalho emocional, que se sustenta por um ideal de serviço, “onde é preciso apoiar, até mesmo ‘salvar’ o outro, acreditar nele e fazer aparecer suas potencialidades.
Os desafios se distribuem em vários itens, o que nos possibilita supor que “as fontes de satisfação são mais reduzidas e delimitadas-, mais facilmente nomeáveis, enquanto as fontes de frustrações têm um espectro mais amplo, com uma atuação mais difusa, porém mais forte pela somatória delas.
O professor ao mesmo tempo em que se torna o centro dos discursos das
reformas educativas, e é considerado fundamental no processo educativo, o sujeito ator e autor imprescindível para a melhoria da qualidade do ensino público, também enfrenta no exercício da docência vários desafios que dificultam e impedem que atinja sucesso em sua atuação. Os professores convivem com inúmeros paradoxos e são avaliados. Essa ambiguidade não é o único desafio do professor. Ele depara com muitos outros no cotidiano de sua profissão.
Um desafio impõe à docência a compreensão do ser humano, o aluno que, como ser ativo é livre, mas muitas vezes é forçado a ir à escola. Isto significa que “a escola não é escolhida livremente, ela é imposta, e isso, inevitavelmente suscita resistências importantes em certos alunos. Precisamos transformar os alunos em atores, em parceiros da interação pedagógica. Nada, nem ninguém pode forçar um aluno a aprender se ele mesmo não optar por se empenhar no processo de aprendizagem.
Outro desafio consiste na tomada de decisões sem muito tempo para reflexão. O professor constantemente faz escolhas difíceis entrefazer a turma avançar rapidamente ou cuidar dos alunos com dificuldades, afastar os alunos que perturbam ou procurar integrá-los ao grupo os desafios relevantes na docência dos anos iniciais, concentram-se prioritariamente sobre a ausência da família
Na escolaridade do filho, a diversidade dos alunos em virtude da democratização do ensino e, em menor intensidade, os cursos de formação de professores e a desvalorização da escola pública e do professor.
A maioria das crianças que apresentam dificuldades no processo ensino-aprendizagem vive situação de risco, têm famílias desestruturadas financeira, social ou emocionalmente. Elas enfrentam a violência da fome, a violência verbal e, em alguns casos, a violência física.
A diversidade dos alunos na escola pública deve-se ao processo de democratização do ensino, que possibilitou o direito à educação para todos, o que, sem dúvida, foi um avanço na história educacional deste país. Graças a essa diversidade, os professores mencionam desafios em trabalhar com diferentes ritmos de aprendizagem da criança e com aquelas que, em virtude das condições familiares, apresentam dificuldades na leitura e escrita, agressividade e desinteresse.
Lidar com os diferentes níveis de aprendizagem é outro desafio para o professor dos anos iniciais. Enquanto alguns alunos chegam ao 4º ano do Ensino Fundamental sem estar alfabetizados, outros, no 2º ano, já leem fluentemente.
Alguns professores relatam inúmeras experiências que têm vivenciado com os alunos portadores de necessidades especiais frequentando as salas regulares das escolas públicas dos anos iniciais. relatam suas práticas com a inclusão, todas sem formação especial para atuar.
Lidar com essa “diversidade, assegurando a aprendizagem da leitura e da
escrita em situações tão heterogêneas é o desafio que está posto à comunidade educacional”.
O estudo proposto possibilita compreender as ações e os desafios na busca da gestão democrática na escola pública, principalmente no contexto em que vivemos, onde a escola acaba se distanciando do sentido real da democracia.
Mesmo com tantos desafios devemos nos respaldar no pressuposto de que toda e qualquer mudança, requer uma compreensão crítica e reflexiva, principalmente nas discussões e debates pedagógicos que norteiam a democratização da gestão escolar. Todas essas explanações teóricas nos levam a um só objetivo que é o de promover a equidade na educação por intermédio de uma gestão participativa e democrática. Como vimos a efetivação de uma gestão democrática é sempre processual e, portanto, permanente vivência de aprendizado. É um processo eminentemente pedagógico, que envolve, entre outros, o conhecimento da legislação e a participação nas modalidades de provimento ao cargo de dirigente escolar, a implantação e consolidação de mecanismos de participação.
Com esse contexto, é importante o trabalho participativo e a valorização de idéias novas trazidas pela comunidade escolar, para que todos se sintam integrantes do processo educativas.
A reflexão sobre os desafios apontados neste trabalho permite-nos afirmar que a docência transformou-se em um trabalho extenuante e difícil, sobretudo no plano emocional e cognitivo. No plano emocional, em virtude dos alunos estarem mais difíceis, devido as problemáticas pessoais e sociais acarretando seu afastamento das escolas. Os Cursos de Pedagogia, por vezes, não possibilitam o desenvolvimento do trabalho docente com qualidade nos anos iniciais, principalmente devido a desarticulação entre teoria e prática. Sendo assim, a ausência de conhecimentos básicos e indispensáveis para que o professor pudesse atuar com sucesso na escola atual.
Outro fator atenuante é a importância de se acreditar no desenvolvimento de uma gestão democrática. Apesar das adversidades, é necessário pensar a gestão de forma diferente e buscar modificar as práticas comumente utilizadas, visando a melhoria da qualidade da Educação. Os desafios encontrados, principalmente nos dias atuais, devem ser enfrentados, tendo em vista a necessidade de inovação para a superação dos problemas encontrados no dia-a-dia da Escola.