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Polímeros - Ciência dos Materiais

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1 
 
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
 
ENGENHARIA AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
VANESSA F. AMORIM 
JÉSSICA PACHECO 
ERIKA R. CERSKI 
FILIPE MASIERO 
KELLEN T. DA CUNHA 
 
 
POLÍMEROS 
 
 
 
CANOAS 
2013 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4 
1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 5 
2 CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS .............................................................. 6 
2.1 Classificação quanto ao tipo de estrutura química .................................. 6 
2.1.1 Em relação ao número de diferentes meros presentes no polímero....... 6 
2.1.2 Em relação a estrutura química dos meros que constituem o polímero . 7 
2.1.3 Em relação a forma da cadeia polimérica ................................................ 8 
2.2 Classificação quanto às características de fusibilidade .......................... 8 
2.3 Classificação quanto ao comportamento mecânico ................................. 8 
2.4 Classificação quanto a natureza .................................................................. 9 
3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS POLÍMEROS .............................................. 10 
4 OBTENÇÃO ...................................................................................................... 13 
4.1 Processos de Obtenção de Polímeros ...................................................... 13 
4.1.1 Reações de Polimerização...................................................................... 13 
4.1.1.1 Polimerização por Adição ................................................................. 14 
4.1.1.2 Polimerização por Condensação ...................................................... 14 
4.2 Técnicas de Polimerização ......................................................................... 15 
4.2.1 Polimerização em Massa ........................................................................ 15 
4.2.2 Polimerização em Solução ...................................................................... 15 
4.2.3 Polimerização em Emulsão ..................................................................... 16 
4.2.4 Polimerização em Suspensão ................................................................. 17 
5 APLICAÇÕES ................................................................................................... 18 
 
3 
 
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 20 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 21 
 
 
4 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Na atualidade, a utilização de polímeros em substituição de outros 
materiais vem sendo cada vez maior. Automóveis, brinquedos, peças para 
industrias e muitos outros materiais tem sido produzidos a partir deste 
materiais, que por sua vez apresentam propriedades superiores e custos mais 
baixos. 
 
 O presente trabalho tem por objetivo, portanto, demonstrar de forma 
clara e objetiva todas as propriedades deste tipo de material, bem como suas 
principais formas de obtenção e suas inúmeras aplicações. 
 
 
5 
 
 
1 DEFINIÇÃO 
 
A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de 
repetição). Assim, um polímero é uma macromolécula composta por muitas 
(dezenas de milhares) unidades de repetições denominadas meros, ligada por 
ligação covalente. A matéria-prima para a produção de um polímero é o 
monômero, isto é, uma molécula com uma (mono) unidade de repetição. 
Portanto, polímero é um composto químico de peso molecular elevado, 
formado por muitas moléculas pequenas iguais, chamadas de monômeros, 
unidas umas as outras por ligações covalentes, resultantes de muitas reações 
de adição consecutivas. 
 
 Os monômeros, para poderem sofrer reações de adição, devem ter 
ligações duplas, triplas ou determinados ciclos: 
 
Exemplo 1: Monômero: etileno; Polímero: Polietileno – PE 
n (CH2 = CH2) -CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2- -[CH2-CH2]n- 
 
Exemplo 2: Monômero: Cloreto de Vinila; Polímero: Poli (cloreto de vinila) – 
PVC 
n (CH2=CHCl) -[CH2-CHCl]n- 
 
Exemplo 3: Monômero: Isopreno; Polímero: Poliisopreno. 
N (CH2=C(CH3)-CH=CH2) -[CH2-C(CH3)=CH-CH2]n- 
 
 Assim, cada monômero deve ser capaz de se combinar com outros dois 
monômeros no mínimo, para ocorrer a reação de polimerização. O número de 
pontos reativos por molécula é chamado de funcionalidade. Portanto, o 
monômero deve ter, no mínimo, funcionalidade 2. Esta bifuncionalidade pode 
ser obtida com a presença de duplas ligações reativas ou grupos funcionais 
reativos. 
 
6 
 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS 
 
 Além dos polímeros clássicos produzidos e comercializados a alguns 
anos, a cada dia, novos polímeros surgem oriundos de pesquisas científicas e 
tecnológicas desenvolvidas em todo o mundo. Logo, devido a grande variedade 
de materiais poliméricos existentes, torna-se necessário selecioná-los em 
grupos que possuam características comuns, que facilitem a compreensão e 
estudo das propriedades desses materiais. Portanto, com este objetivo, os 
polímeros foram classificados de acordos com as suas estruturas químicas, 
características de fusibilidade, comportamentos mecânicos, tipos de aplicações 
e escalas de produção. 
 
2.1 Classificação quanto ao tipo de estrutura química 
 
 Existem três tipos de classificações dos polímeros em função de sua 
estrutura química. 
 
2.1.1 Em relação ao número de diferentes meros presentes no polímero 
 
 A composição de um polímero pode apresentar apenas um único tipo de 
mero (cadeia homogênea), dois ou mais (cadeia heterogênea). Quando a 
cadeia é homogênea, diz-se que o polímero é um homopolímero, e caso a 
cadeia seja heterogênea, o polímero é designado copolímero. 
 
 HOMOPOLÍMERO: temos como exemplo o polietileno, poliestireno, 
poliacrilonitrila. Se considerarmos A como um “mero” presente em um 
homopolímero, sua estrutura será: 
 
-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A- 
 
 COPOLÍMERO: formado por dois ou mais “meros”, este pode, ainda, ser 
classificado em: 
7 
 
 
 - Copolímeros randômicos (estatístico ou aleatório): nestes copolímeros 
os meros estão dispostas de forma desordenada na cadeia: 
 
~~A-A-A-B-A-B-B-A-B-A-B-B-B-B-A-A-B-A-B-A-B-A-A~~ 
 
 - Copolímeros alternados: as unidades de repetição estão ordenadas de 
forma alternada na cadeia do polímero: 
 
~~A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B~~ 
 
 - Copolímeros em bloco: formado por seqüências de meros iguais de 
comprimentos variáveis: 
 
~~A-A-A-A-B-B-B-A-A-A-B-B-B-B~~ 
 
 - Copolímeros grafitizados (ou enxertados): a cadeia principal é formada 
por um tipo de unidade repetida, enquanto a outra forma a cadeia lateral 
(enxertada): 
 
~~A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A~~ 
 
 
 
 
 
 Geralmente, os copolímeros constituídos por três unidades químicas 
repetidas diferentes são denominados terpolímeros. Um exemplo típico deste 
tipo de polímero é o ABS, ou melhor, o terpolímero acrilonitrina-butadieno-
estireno. 
 
2.1.2 Em relação a estrutura química dos meros que constituem o 
polímero 
 
B 
B 
B 
B 
B 
B 
B 
 
B 
B 
B 
B 
8 
 
 Esta classificação é baseada no grupo funcional a qual pertencem os 
meros presentes na cadeia do polímero. Assim, temos como exemplo: 
 
NOME EXEMPLO 
Poliolefinas polietileno, poliestireno, polibutadienoPoliésteres poli (tereftalato de etileno), policarbonado 
Poliéteres poli (óxido de etileno), poli (óxido de fenileno) 
Poliamidas nylon, poliimida 
Polímeros celulósicos nitrato de celulose, acetato de celulose 
Polímeros acrílios poli (metacrilato de metila), poliacrilonitrila 
Polímeros vinílicos poli (acetato de vinila), poli (álcool vinílico) 
Poliuretano poliuretano 
Resinas formaldeídicas resina fenol-formol, resina uréia-formol 
 
 
2.1.3 Em relação a forma da cadeia polimérica 
 
 TERMOPLÁSTICOS: podem ter as cadeias lineares ou ramificadas; 
 TERMOFIXOS: podem ter as cadeias apenas na forma ramificada. 
 
 
2.2 Classificação quanto às características de fusibilidade 
 
 TERMOPLÁSTICOS: são polímeros que fundem ao serem aquecidos e que 
se solidificam ao seres resfriados. Ex.: polietileno, nylon. 
 
 TERMORRÍGIDOS: são polímeros que formam ligações cruzadas ao serem 
aquecidos, tornando-se infusíveis e insolúveis. Ex.: resina fenol-formol, resinal 
uréia-formol; 
 
 
2.3 Classificação quanto ao comportamento mecânico 
 
9 
 
 Plásticos: são materiais poliméricos estáveis nas condições normais de 
uso, mas que, em algum estágio de sua fabricação, são fluídos, podendo ser 
moldados por aquecimento, pressão ou ambos. Ex.: PE, PP e PS; 
 
 Elastômeros: são materiais poliméricos de origem natural ou sintética que, 
após sofrerem deformação, sob a ação de uma força, retornam a sua forma 
original quando esta força é removida. Ex.: polibutadieno, borracha nitrílica. 
 
 Fibras: são corpos em que a razão entre o comprimento e as dimensões 
laterais é muito elevada. Geralmente são formados por macromoléculas 
lineares orientadas longitudinalmente. Ex.: poliésteres, poliamidas e 
poliacrilonitrila. 
 
 
2.4 Classificação quanto a natureza 
 
 Naturais: proteínas, polissacarídeos, gomas e resinas; 
 Sintético: termoplásticos, termofixos e elastômeros. 
 
 
10 
 
 
3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS POLÍMEROS 
 
- Mais leves que metais ou cerâmica. Ex: PE é 3 vezes mais leve que o 
alumínio e 8 vezes mais leve que o aço. Motivação para uso na indústria de 
transportes, embalagens, equipamentos de esporte. 
 
Propriedades Mecânicas Interessantes: 
 
- Alta flexibilidade: variável ao longo de faixa bastante ampla, conforme o tipo 
de polímero e os aditivos usados na sua formulação; 
 
- Alta resistência ao impacto: Tal propriedade, associada à transparência, 
permite substituição do vidro em várias aplicações. Quais seriam? lentes de 
óculos (em acrílico ou policarbonato), faróis de automóveis (policarbonato), 
janelas de trens de subúrbio, constantemente quebradas por vândalos 
(policarbonato); Note-se, contudo, que a resistência à abrasão e a solventes 
não é tão boa quanto a do vidro. Lentes de acrílico riscam facilmente e são 
facilmente danificadas se entrarem em contato com solventes como, por 
exemplo, acetona! 
 
- Baixas Temperaturas de Processamento: Conformação de peças requer 
aquecimento entre Tamb e 250
oC. Alguns plásticos especiais requerem até 
400oC. Disso decorre baixo consumo de energia para conformação. E também 
faz com que os equipamentos mais simples e não tão caros quanto para metais 
ou cerâmica. 
 
- Ajuste Fino de Propriedades através de Aditivação: Cargas inorgânicas 
minerais inertes (ex. CaCO3) permitem reduzir custo da peça sem afetar 
propriedades. Exemplo: piso de vinil/cadeiras de jardim (PP), que contém até 
60% de cargas. Uso de fibras (vidro, carbono, boro) ou algumas cargas 
minerais (talco, mica, caolim, wolastonita) aumentam a resistência mecânica; 
11 
 
As cargas fibrosas podem assumir forma de fibras curtas ou longas, redes, 
tecidos. 
Negro de fumo em pneus (borracha) e filmes para agricultura (PE) 
aumentam resistência mecânica e a resistência ao ataque por ozônio e raios 
UV. Aditivos conhecidos como plastificantes podem alterar completamente as 
características de plásticos como o PVC e borrachas, tornando-os mais 
flexíveis e tenazes. A fabricação de espumas é feita através da adição de 
agentes expansores, que se transformam em gás no momento da 
transformação do polímero, quando ele se encontra no estado fundido. 
 
- Baixa Condutividade Elétrica: Polímeros são altamente indicados para 
aplicações onde se requeira isolamento elétrico. Explicação: polímeros não 
contém elétrons livres, responsáveis pela condução de eletricidade nos metais. 
A adição de cargas especiais condutoras (limalha de ferro, negro de fumo) 
pode tornar polímeros fracamente condutores, evitando acúmulo de 
eletricidade estática, que é perigoso em certas aplicações. Há polímeros 
especiais, ainda a nível de curiosidades de laboratório, que são bons 
condutores. O Prêmio Nobel de Química do ano 2000 foi concedido a cientistas 
que sintetizaram polímeros com alta condutividade elétrica. 
 
- Baixa Condutividade Térmica: A condutividade térmica dos polímeros é 
cerca de mil vezes menor que a dos metais. Logo, são altamente 
recomendados em aplicações que requeiram isolamento térmico, 
particularmente na forma de espumas. Mesmo explicação do caso anterior: 
ausência de elétrons livres dificulta a condução de calor nos polímeros. 
 
- Maior Resistência a Corrosão: As ligações químicas presentes nos plásticos 
(covalentes/Van der Walls) lhes conferem maior resistência à corrosão por 
oxigênio ou produtos químicos do que no caso dos metais (ligação metálica). 
Isso, contudo, não quer dizer que os plásticos sejam completamente 
invulneráveis ao problema. Ex: um CD não pode ser limpo com terebentina, 
que danificaria a sua superfície. De maneira geral, os polímeros são atacados 
por solventes orgânicos que apresentam estrutura similar a eles. Ou seja: 
similares diluem similares. 
12 
 
 
- Porosidade: O espaço entre as macromoléculas do polímero é relativamente 
grande. Isso confere baixa densidade ao polímero, o que é uma vantagem em 
certos aspectos. Esse largo espaçamento entre moléculas faz com que a 
difusão de gases através dos plásticos seja alta. Em outras palavras: esses 
materiais apresentam alta permeabilidade a gases, que varia conforme o tipo 
de plástico. A principal conseqüência deste fato é a limitação dos plásticos 
como material de embalagem, que fica patente no prazo de validade mais curto 
de bebidas acondicionadas em garrafas de PET. Por exemplo, o caso da 
cerveja é o mais crítico. Essa permeabilidade, contudo, pode ser muito 
interessante, como no caso de membranas poliméricas para remoção de sal da 
água do mar. 
 
- Reciclabilidade: Alguns polímeros, como termorrígidos e borrachas, não 
podem ser reciclados de forma direta: não há como refundí-los ou 
depolimerizá-los. A reciclagem de polímeros termoplásticos, apesar de 
tecnicamente possível, muitas vezes não é economicamente viável devido ao 
seu baixo preço e baixa densidade. Compare com o caso do alumínio... 
Somente plásticos consumidos em massa (PE, PET, ...) apresentam bom 
potencial econômico para reciclagem. Problema adicional: o plástico reciclado 
é encarado como material de segunda classe, ao contrário do que ocorre com 
aço ou mesmo o alumínio. Nos casos em que a reciclagem do polímero não 
for possível, sempre é possível queimá-lo, transformando-o em energia, em 
incineradores ou alto-fornos. Esta última saída é mais favorável, pois o carbono 
do polímero seria usado na redução do minério. Contudo, plásticos que 
contém halogêneos (PVC e PTFE, por exemplo) geram gases tóxicos durante a 
queima. Solução: identificação desse material, que deve ser encaminhado para 
dehalogenação antes da queima. 
13 
 
 
4OBTENÇÃO 
 
Polimerização é a formação de polímeros. É o conjunto de reações 
químicas, segundo o qual, as moléculas dos monômeros se unem umas a 
outras, por ligações covalentes, para formar polímeros. 
 
4.1 Processos de Obtenção de Polímeros 
 
Como visto anteriormente, os polímeros são classificados quanto às 
suas propriedades químicas, físicas e estruturais. Entretanto, também podem 
ser agrupados em função do tipo de reação utilizada em sua obtenção e quanto 
à técnica de polimerização empregada. Esses fatores afetam significativamente 
as características dos polímeros produzidos. 
 
4.1.1 Reações de Polimerização 
 
Em 1929, Carothers dividiu as polimerizações em dois grupos, de acordo 
com a composição ou estrutura dos polímeros. Segundo esta classificação, as 
polimerizações podem ser por adição (poliadição) ou por condensação 
(policondensação). Anos mais tarde, em 1953, Flory generalizou e 
aperfeiçoou esta classificação, utilizando como critério o MECANISMO DE 
REAÇÃO envolvido na polimerização, dividindo as reações em polimerizações 
em cadeias e em etapas, que correspondem, respectivamente, às poliadições e 
policondensações. 
 
Com esta nova classificação, polímeros que antes eram incorretamente 
considerados como produtos de poliadição, como os poliuretanos (que não 
liberam moléculas de baixo peso molecular, mas são caracteristicamente 
obtidos por uma reação de condensação), receberam uma classificação mais 
precisa, sendo considerados provenientes de polimerizações em etapas. 
 
 
14 
 
 
 
4.1.1.1 Polimerização por Adição 
 
 Nas reações de polimerização por adição, os reagentes se somam e não 
há perda de matéria, todos os átomos das moléculas do monômero estão na 
molécula do polímero. Portanto, monômero e polímero têm a mesma 
composição centesimal e igual fórmula mínima, e o peso molecular do polímero 
é múltiplo inteiro do peso molecular do monômero. Este tipo de polimerização 
se denomina polimerização por adição ou poliadição. 
 
n (etileno) → polietileno 
n (CH2 = CH2) → (- CH2 - CH2 -) n 
 
4.1.1.2 Polimerização por Condensação 
 
A polimerização é denominada polimerização por condensação ou 
policondensação quando as moléculas de monômeros se unem entre si para 
formar polímeros e ocorre desprendimento de moléculas pequenas. Nestes 
tipos de reações pode ocorrer perda de matéria, há formação de subprodutos, 
desprendem-se moléculas pequenas, tais como: água, metanol, cloreto de 
hidrogênio, etc. Daí que o peso molecular de uma molécula de polímero seja 
menor que a soma dos pesos moleculares de todas as moléculas dos 
monômeros que a formaram. A diferença corresponde ao subproduto. 
 
 Por isto, a composição centesimal de um polímero obtido por reações de 
condensação é sempre diferente da composição centesimal dos monômeros, 
mesmo que se trate de um homopolímero. 
 
 Os monômeros, para poder dar reações de condensação, devem ter 
determinados grupos funcionais ou átomos, tais como: carboxila, hidroxila 
(alcoólica ou fenólica), éster, carbonila, amina, halogênio, hidrogênio ativo, etc. 
 
n (α-glicose) → amido + n H2O 
n (C6H12O 6) → (C6H10O 5) n + n H2O 
15 
 
 
 
 
4.2 Técnicas de Polimerização 
 
 Existem quatro técnicas industriais empregadas na polimerização de um 
monômero: a polimerização em massa, em solução, em suspensão e em 
emulsão. Cada uma destas técnicas possui condições específicas, originando 
polímeros com características diferentes. 
 
4.2.1 Polimerização em Massa 
 
A polimerização em massa é uma técnica simples, homogênea, onde só 
o monômero e o iniciador estão presentes no sistema. Caso a polimerização 
seja iniciada termicamente ou por radiação, só haverá monômero no meio 
reacional. Logo, esta técnica é econômica, além de produzir polímeros com um 
alto grau de pureza. Esta polimerização é altamente exotérmica, ocorrendo 
dificuldades no controle da temperatura e da agitação do meio reacional, que 
rapidamente se torna viscoso desde o início da polimerização. A agitação 
durante a polimerização deve ser vigorosa para que haja a dispersão do calor 
de formação do polímero, evitando-se pontos superaquecidos, que dão uma 
cor amarelada ao produto. Este inconveniente pode ser evitado ao se usar 
inicialmente um pré-polímero (mistura de polímero e monômero), que é 
produzido a uma temperatura mais baixa, com uma baixa conversão e 
condições controladas. A caminho do molde, o pré-polímero é aquecido 
completando-se a polimerização. 
 
 A polimerização em massa é muito usada na fabricação de lentes 
plásticas amorfas, devido às excelentes qualidades ópticas obtidas pelas peças 
moldadas, sem pressão, como no caso do poli(metacrilato de metila). 
 
 
4.2.2 Polimerização em Solução 
 
16 
 
 Na polimerização em solução, além do monômero e do iniciador, 
emprega-se um solvente, que deve solubilizá-los, formando um sistema 
homogêneo. O solvente ideal deve ser barato, de baixo ponto de ebulição e de 
fácil remoção do polímero. Ao final desta polimerização, o polímero formado 
pode ser solúvel ou insolúvel no solvente usado. Caso o polímero seja insolúvel 
no solvente, é obtido em lama, sendo facilmente separado do meio reacional 
por filtração. Se o polímero for solúvel, utiliza-se um não-solvente para 
precipitá-lo sob a forma de fibras ou pó. 
 
 A polimerização em solução possui como vantagem a homogeneização 
da temperatura reacional, devido à fácil agitação do sistema, que evita o 
problema do superaquecimento. Entretanto, o custo do solvente e o 
retardamento da reação são inconvenientes desta técnica. A polimerização em 
solução é utilizada principalmente quando se deseja usar a própria solução 
polimérica, sendo muito empregada em policondensações. 
 
 
4.2.3 Polimerização em Emulsão 
 
 A polimerização em emulsão é uma polimerização heterogênea em meio 
aquoso, que requer uma série de aditivos com funções específicas como: 
emulsificante (geralmente um sabão), tamponadores de pH, colóides 
protetores, reguladores de tensão superficial, reguladores de polimerização 
(modificadores) e ativadores (agentes de redução). 
 
 Nesta polimerização, o iniciador é solúvel em água, enquanto o 
monômero é parcialmente solúvel. O emulsificante tem como objetivo formar 
micelas, de tamanho entre 1 nm e 1 mm, onde o monômero fica contido. 
Algumas micelas são ativas, ou seja, a reação de polimerização se processa 
dentro delas, enquanto outras são inativas (gotas de monômeros), constituindo 
apenas uma fonte de monômero. À medida que a reação ocorre, as micelas 
inativas suprem as ativas com monômero, que crescem até formarem gotas de 
polímeros, originando posteriormente os polímeros. A Figura 5 representa o 
esquema de um sistema de polimerização em emulsão. 
17 
 
 
 A polimerização em emulsão tem uma alta velocidade de reação e 
conversão, sendo de fácil controle de agitação e temperatura. Os polímeros 
obtidos por esta técnica possuem altos pesos moleculares, mas são de difícil 
purificação devido aos aditivos adicionados. Esta técnica é muito empregada 
em poliadições. 
 
 
4.2.4 Polimerização em Suspensão 
 
 A polimerização em suspensão, também conhecida como polimerização 
por pérolas ou contas, pela forma como os polímeros são obtidos, é uma 
polimerização heterogênea, onde o monômero e o iniciador são insolúveis no 
meio dispersante, em geral, a água. 
 
A polimerização se passa em partículas em suspensão no solvente, com 
um tamanho médio entre 1 a 10 mm, onde se encontram o monômero e o 
iniciador. A agitação do sistema é um fator muito importante nesta técnica,pois, dependendo da velocidade de agitação empregada, o tamanho da 
partícula varia. 
 
Além do monômero, iniciador e solvente, também são adicionados ao 
meio reacional surfactantes, substâncias químicas que auxiliam na suspensão 
do polímero formado, evitando a coalizão das partículas e, conseqüentemente, 
a precipitação do polímero, sem a formação das pérolas. A precipitação do 
polímero também pode ser evitada pela adição ao meio reacional de um 
polímero hidrossolúvel de elevado peso molecular, que aumente a viscosidade 
do meio. A incorporação destes aditivos ao sistema dificulta a purificação do 
polímero obtido. 
 
 
18 
 
5 APLICAÇÕES 
 
- Polímeros termoplásticos 
 
PC - Policarbonato 
Aplicações: Cd´s, garrafas, recipientes para filtros, componentes de interiores 
de aviões, coberturas translúcidas, divisórias, vitrines, etc. 
 
PU – Poliuretano 
Aplicações: Esquadrias, chapas, revestimentos, molduras, filmes, estofamento 
de automóveis, em móveis, isolamento térmico em roupas impermeáveis, 
isolamento em refrigeradores industriais e domésticos, polias e correias. 
 
PVC - Policloreto de vinila ou cloreto de polivinila 
Aplicações: Telhas translúcidas, portas sanfonadas, divisórias, persianas, 
perfis, tubos e conexões para água, esgoto e ventilação, esquadrias, molduras 
para teto e parede. 
 
PS - Poliestireno 
Aplicações: Grades de ar condicionado, gaiútas de barcos (imitação de vidro), 
peças de máquinas e de automóveis, fabricação de gavetas de geladeira, 
brinquedos, isolante térmico, matéria prima do isopor. 
 
PP - Polipropileno 
Aplicações: brinquedos, recipientes para alimentos, remédios, produtos 
químicos, carcaças para eletrodomésticos, fibras, sacarias (ráfia), filmes 
orientados, tubos para cargas de canetas esferográficas, carpetes, seringas de 
injeção, material hospitalar esterilizável, autopeças (pára-choques, pedais, 
carcaças de baterias, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no 
habitáculo), peças para máquinas de lavar. 
 
Polietileno Tereftalato (PET) 
19 
 
Aplicações: Embalagens para bebidas, refrigerantes, água mineral, alimentos, 
produtos de limpeza, condimentos; reciclado, presta-se a inúmeras finalidades: 
tecidos, fios, sacarias, vassouras. 
 
- Polímeros termorrígidos (ou termofixos) 
 
Baquelite: usada em tomadas, telefones antigos e no embutimento de amostras 
metalográficas. 
 
Poliéster: usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, dentre outros, na 
forma de plástico reforçado (fiberglass). 
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CONCLUSÃO 
 
Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular, 
resultantes de reações químicas de polimerização. Eles são macromoléculas 
formadas a partir de unidades estruturais menores (os monômeros). O número 
de unidades estruturais repetidas numa macromolécula é chamado grau de 
polimerização. 
 
Em geral, os polímeros contêm os mesmos elementos nas mesmas 
proporções relativas que seus monômeros, mas em maior quantidade absoluta. 
Através da discussão em grupo podemos observar que os polímeros são muito 
importantes no nosso cotidiano, e que apesar de serem bastante poluentes 
eles podem ser recicláveis. Além disso, eles são mais leves e assim gastam 
menos combustível no seu transporte, o que diminui a poluição. São divididos 
em três grupos: polímeros de adição, copolímeros e polímeros de 
condensação; cada grupo formado pelo tipo de formação do polímero. 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ANON. Curso Básico Intensivo de Plásticos. Jornal de Plásticos, Niterói, 
1997. 
 
CIENFUEGOS, Freddy; VAITSMAN, Delmo. Polímeros. Rio de Janeiro: 
Interciência, 2000. 
 
FELTRE, Ricardo. Química. 3ª edição. São Paulo. 1988 – Editora Moderna. 
472p. 
 
OPP PETROQUÍMICA & UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO 
SUL. POLÍMERO. 2003. Disponível em: < www.enq.ufrgs.br > 
 
USBERCO, João & SALVADOR, Edgard. Química. 5ª edição. São Paulo. 2002 
– Editora Saraiva. 670p.

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