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INFLAMAÇÃO CRÔNICA Inflamação de duração prolongada - semanas a meses. Inflamação ativa, injúria tecidual e tentativas de reparo por fibrose ocorrem simultaneamente. Inflamação aguda: alterações vasculares, edema e infiltrado predominantemente neutrofílico. Inflamação crônica de caracteriza por: > Infiltração de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos). > Destruição tecidual. > Reparo envolvendo proliferação de novos vasos e fibrose. Causas: > Infecções persistentes - reação granulomatosa. > Doenças inflamatórias imunomediadas (distúrbios de hipersensibilidade) - auto antígenos evocam uma reação imune autoperpetuada que resulta em dano tecidual e inflamação; respostas não reguladas contra micróbios. > Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos exógenos (sílica quando inalada causa uma resposta inflamatória crônica nos pulmões) e endógenos (cristais de colesterol na aterosclerose). CÉLULAS MEDIADORAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA > Macrófagos ● Célula predominante da inflamação crônica. ● Cerca de 48 horas para se tornarem a célula dominante da inflamação. ● Ocorre a proliferação de macrófagos teciduais. ● São controlados pelos mesmos fatores envolvidos na emigração dos neutrófilos. ● Ativados pelos linfócitos T e NK, toxinas bacterianas. ● Quando ativados apresentam aumento no tamanho e nas enzimas lisossomais. ● Na inflamação de curta duração: morte celular (apoptose), relacionadas com o sistema linfático. ● Na inflamação crônica: o acúmulo de macrófagos persiste como resultado do recrutamento contínuo. ● O que determina a persistência dos macrófagos nos tecidos? 1) Recrutamento dos monócitos da circulação (moléculas de adesão e fatores quimiotáxicos); 2) Proliferação local dos macrófagos após extravasamento do vaso sanguíneo; 3) Imobilização dos macrófagos no local da inflamação (citocinas e lipídios oxidativos). > Linfócitos ● Linfócitos T e B são mobilizados nas reações imunológicas humorais e celulares. ● Recrutamento pelas citocinas dos macrófagos (TNF, IL-1, quimiocinas). ● Os linfócitos e os macrófagos interagem de maneira bidirecional, e esta reação tem participação significativa na inflamação crônica. ● Os macrófagos expõe antígenos para as células T e produzem moléculas de membrana (coestimuladores) e citocinas (IL-12) que estimulam a resposta da célula T. ● Os linfócitos T produzem citocinas que recrutam os monócitos e uma, o interferon-gama (IFN-gama) é um potente ativador de macrófagos. ● Devido a esta interação entre linfócitos T e os macrófagos a inflamação tende a ser crônica e grave. LINFÓCITOS: são fundamentais na resposta imunitária. Distinguem-se pelos receptores membranares que possuem, com os quais reconhecem corpos estranhos. Linfócitos B - diferenciam-se em plasmócitos que produzem anticorpos. Reconhecem uma variedade de antígenos específicos: bactérias e vírus, toxinas produzidas por bactérias. Linfócitos T - reconhecem células estranhas: células cancerosa, parasitas multicelulares, fungos, células infectadas por vírus, enxertos e transplantes. > Plasmócitos (linfócitos B ativados) ● Derivados dos linfócitos B. ● Células linfóides ricas em retículo endoplasmático granular. ● Constituem fonte primária de anticorpos (resposta imune humoral). ● Importantes na neutralização da inflamação crônica. > Eosinófilos ● Presente nas reações imunológicas mediadas pela IgE e em infecções parasitárias. ● Produz a proteína básica principal - tóxica para os parasitas, mas também para o epitélio dos mamíferos. ● Contribuem para o dano tecidual nas reações alérgicas. > Mastócitos ● Presentes no tecido conjuntivo em grande quantidade. ● Participam da reação inflamatória aguda e crônica. ● Quando ligados a IgE liberam histamina e prostaglandinas. ● Produzem citocinas que promovem e limitam as reações inflamatórias em diferentes situações. > Neutrófilos ● Presentes nas inflamações crônicas onde há a persistência de microrganismos ou na persistência de mediadores produzidos por macrófagos e linfócitos T. ● Característica da osteomielite e na lesão crônica pulmonar determinada pelo tabagismo. > Fibroblastos ● Principal função na geração da matriz extracelular. ● São ativados e ativam a resposta imunológica, pois quando ativados produzem citocinas e quimiocinas. ● Participam do reparo tecidual (cicatrização). > Inflamação crônica: crescimento de vasos sanguíneos e linfáticos estimulado pelo VEGF (produzido por macrófagos e células endoteliais). INFLAMAÇÃO CRÔNICA - REPARO > Quando a resposta inflamatória é extensa ou desregulada leva a inflamação crônica. > O reparo tecidual leva ao restabelecimento da arquitetura e a preservação da função do órgão ou tecido. > Na resposta inflamatória prolongada os processos de reparo não são efetivos e levam a alteração arquitetural e a disfunção tecidual. INFLAMAÇÃO CRÔNICA GRANULOMATOSA > Padrão distintivo da inflamação crônica, caracterizada por agregados de macrófagos ativados com linfócitos esparsos. > Tem um número limitado de condições infecciosas e não infecciosas. > O granuloma é um esforço celular para conter um agente agressor de difícil erradicação. > Há a forte ativação de linfócitos T levando a ativação de macrófagos podendo causar injúrias aos tecidos normais. > Exemplos de doenças com inflamação granulomatosa: tuberculose, hanseníase, sífilis, doença da arranhadura do gato. > Substâncias que provocam reação inflamatória aguda e não podem ser digeridas pelos neutrófilos reativos. > Intimamente relacionada às reações imunológicas. > Desencadeia uma reação persistente. > Macrófagos perdem a sua motilidade e sofrem alterações e, sua estrutura - células epitelióides pálidas. > Coleções nodulares destas células formam os granulomas. > GRANULOMA: foco de inflamação crônica consistindo de agregados microscópicos de macrófagos transformados em células semelhantes a células epiteliais cercados por um colar de leucócitos mononucleares. > Granuloma de corpo estranho - provocados por um corpo estranho relativamente inerte (talco, fios de sutura). > Granuloma imune - partículas insolúveis e pouco degradáveis capazes de determinar resposta imune (microrganismos específicos); bacilo da tuberculose é o exemplo típico, associado a necrose caseosa central. EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO > Efeitos sistêmicos proeminentes determinados pela entrada de patógeno na circulação (septicemia) ou reação exacerbada de lesão inflamatória localizada. > Liberação de altas concentrações de citocinas na circulação (TNF, IL e interferons). > Síndrome da resposta inflamatória sistêmica. > Manifestações sistêmicas da inflamação: ● Leucocitose - a contagem de leucócitos costuma subir para 15000-20000 células/ml. Ocorre inicialmente devido à liberação acelerada de células do pool de reserva pós-mitótico da medula óssea, e está associada a uma elevação do número de neutrófilos mais imaturos no sangue. ● Hipertermia - a febre é produzida em resposta a substâncias chamadas pirogênios, que atuam estimulando a síntese de prostaglandina nas células vasculares e perivasculares do hipotálamo. ● Proteínas da fase aguda (PCR, fibrinogênio). ● Hipotensão/choque.
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