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INFLAMAÇÃO CRÔNICA

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PATOLOGIA MIV18 | Jamilly Felix 2017.1 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
 
A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semanas a meses ou anos) na qual inflamação ativa, 
destruição tecidual e reparação por fibrose ocorrem simultaneamente. Ela se caracteriza por um conjunto de 
alterações: 
 Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos, linfócitos e plasmócitos 
 Destruição tecidual, francamente induzida pelos produtos das células inflamatórias 
 Reparo, envolvendo proliferação de novos vasos (angiogênese) e fibrose 
 
A inflamação aguda, pode vim a se tornar crônica, assim como, alguns processos desencadeiam diretamente um 
processo crônico. A inflamação crônica origina-se nos seguintes contextos: 
 Infecções persistentes por microrganismos difíceis de erradicar. Normalmente, eles terão o estabelecimento de 
infecções persistentes e a suscitar resposta imune mediada por linfócito T, denominada hipersensibilidade tardia. 
 Doenças inflamatórias imunomediadas (distúrbio de hipersensibilidade). Nessas doenças, os autoantígenos 
suscitam uma reação imune autoperpetuadora que resulta em lesão e inflamação tecidual crônica. 
 Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos. 
 
CÉLULAS E MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
 
Macrófagos 
São as células dominantes da inflamação crônica, são células teciduais derivadas dos monócitos do sangue 
circulante após sua emigração da corrente sanguínea. Em conjunto, as suas diversas formas variadas – do fígado, SNC, 
etc – constituem o sistema de fagócitos mononucleares → sistema reticuloendotelial. 
Sob a influência das moléculas de adesão e das quimiocinas, eles começam a migrar para o local da lesão dentro 
de 24-48 horas após o início da inflamação aguda. Quando os monócitos alcançam o tecido extravascular, sofrem 
transformação em macrófagos maiores, de meia-vida mais longa e capacidade maior para fagocitose do que os 
monócitos. Há duas principais vias que trabalham na ativação dos macrófagos: 
 Ativação clássica: é induzida por produtos microbianos como endotoxinas, pelos sinais derivados da célula T, 
principalmente a citocina IFN-g, e por substâncias estranhas que incluem cristais e material particulado. Os 
macrófagos classicamente ativados produzem enzimas lisossômicas, NO e ERO, todas aumentando sua habilidade 
em destruir organismos fagocitados e secretando citocinas que estimulam a inflamação. 
 Ativação alternativa: é induzida por citocinas diferentes do IFN-g, como IL-4 e IL-13, produzidas pelos linfócitos 
T e outras células, incluindo mastócitos e eosinófilos. Os macrófagos alternativamente ativados têm papel no 
PATOLOGIA MIV18 | Jamilly Felix 2017.1 
 
reparo tecidual. Secretam fatores de crescimento que promovem angiogênese, ativam fibroblastos e estimulam 
a síntese de colágeno. 
Após ser ativado ele vai ter papel crítico na defesa do hospedeiro: 
1. Ingerem e eliminam micróbios e tecidos mortos 
2. Iniciam o processo de reparo tecidual – cicatriz e fibrose 
3. Mediadores da inflamação – citocinas e eicosanoides 
4. Expõem antígenos aos linfócitos T e respondem aos sinais das células T 
Depois que o estímulo inicial é eliminado e a reação inflamatória cessa, os macrófagos morrem ou tomam o 
caminho dos linfáticos. Entretanto, em áreas de inflamação crônica, persiste o acúmulo de macrófagos devido ao 
recrutamento contínuo a partir da circulação sanguínea e proliferação local. O IFN-g pode também induzir a fusão de 
macrófagos em grandes e multinucleadas células gigantes. 
 
Linfócitos 
Os linfócitos T e B migram para os locais inflamatórios usando alguns dos mesmos pares de moléculas de adesão 
e quimiocinas que recrutam outros leucócitos. Nos tecidos, os linfócitos B podem se desenvolver em plasmócitos, que 
secretam anticorpos, e os linfócitos T CD4+ são ativados para secretar citocinas. Por causa dessa secreção de citocinas, 
os linfócitos T auxiliadoras CD4+ promovem inflamação e influenciam na natureza da reação inflamatória. 
 As células TH1 produzem a citocina IFN-y que ativa macrófagos na via clássica 
 As células TH2 secretam IL-4, IL-5 e IL-13, que recrutam e ativam eosinófilos e são responsáveis pela via alternativa 
de ativação de macrófagos 
 As células TH17 secretam IL-17 e outras citocinas que induzem a secreção de quimiocinas responsáveis pelo 
recrutamento de neutrófilos e monócitos para a reação 
Os macrófagos apresentam os antígenos às células T, expressam moléculas de membrana (chamadas 
coestimuladoras) produzem citocinas (IL-12 e outras) que estimulam as respostas da célula T. Os linfócitos T 
ativados, por sua vez, produzem citocinas, que recrutam e ativam macrófagos e depois promovem mais 
apresentação do antígeno e mais secreção de citocinas. O resultado é um ciclo de reações celulares que abastece 
e mantém a inflamação crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIA MIV18 | Jamilly Felix 2017.1 
 
Outras células 
Eosinófilos são encontrados caracteristicamente em torno de infecções parasitárias ou como parte de reações 
imunes mediadas por IgE, tipicamente associadas com as alergias. 
Os mastócitos são células sentinelas amplamente distribuídas nos tecidos conjuntivos por todo o corpo. Em 
indivíduos atópicos (indivíduos propensos a reações alérgicas), os mastócitos estão “armados” com o anticorpo IgE 
específico para certos antígenos ambientais. Induzidos a liberar histamina e metabólitos do AA que suscitam as 
alterações vasculares iniciais da inflamação aguda. Participam das reações alérgicas, incluindo choque anafilático e 
também produzem também citocinas, como TNF e quimiocinas. 
 
 Embora a presença de neutrófilos seja a marca clássica da inflamação aguda, muitas formas de inflamação crônica 
podem continuar a mostrar extensos infiltrados neutrofílicos. 
 
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA 
É um padrão distintivo de inflamação crônica, caracterizada por agregados de macrófagos ativados com linfócitos 
esparsos. Elas podem se formar de 3 formas: 
1. Nas respostas persistentes de células T a certos microrganismos nos quais as citocinas derivadas de célula T são 
responsáveis pela ativação crônica do macrófago 
2. Doenças inflamatórias imunomediadas 
3. Podem se desenvolverem resposta a corpos estranhos relativamente inertes (p. ex., sutura ou farpa), formando 
os conhecidos granulomas de corpos estranhos 
 
 
 
Morfologia 
Tipicamente, os agregados de 
macrófagos epitelioides são circundados por 
um colar de linfócitos. Os granulomas mais 
antigos podem ter uma orla de fibroblastos e 
tecido conjuntivo. Nos granulomas associados 
com certos microrganismos infecciosos (mais 
classicamente o bacilo da tuberculose), a 
combinação de hipóxia e lesão por radical 
livre leva a uma zona central de necrose. 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIA MIV18 | Jamilly Felix 2017.1 
 
EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO (são os mesmos efeitos sistêmicos da aguda) 
 Febre: citocinas (TNF, IL-1) estimulam a produção de prostaglandinas no hipotálamo 
 Produção de proteínas de fase aguda: proteína C reativa, outras; síntese estimulada por citocinas (IL-6, outras) 
atuando nas células hepáticas 
 Leucocitose: citocinas (CSFs) estimulam a produção de leucócitos a partir de percursores na medula óssea 
 
Choque séptico → grande quantidade de produtos bacterianos no sangue e no tecido extravascular estimula a 
produção de enorme quantidade de várias citocinas, notavelmente TNF, IL-12 e IL-1. Altos níveis de TNF causam 
coagulação intravascular disseminada (CID) e distúrbios metabólicos, incluindo acidose e choque hipotensivo. Essa 
tríade clínica é descrita como choque séptico.

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