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AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZO (A) DA ____ VARA CIVEL DA COMARCA DE CONDONÓPOLIS/TO
NORBERTO DA SILVA, brasileiro, viúvo, profissão..., filiação..., portador da identidade n°..., inscrito no CPF sob o n°..., RG..., órgão expedidor..., com endereço eletrônico ...., telefone n°..., residente e domiciliado à Rua ..., n°..., bairro..., Condonópolis/TO, CEP-..., vem perante V. Exa, por intermédio de seus advogados infrafirmados, com endereço profissional na Rua...., n°..., bairro..., cidade..., endereço eletrônico..., telefone..., conforme procuração em anexo propor a seguinte;
AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA
Em face de Cândido Gonçalves, pessoa física com inscrição no CPF..., RG..., órgão expedidor..., endereço eletrônico..., telefone..., residente e domiciliado a rua..., n°..., bairro..., cidade..., Estado.../... pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DA JUSTIÇA GRATUITA
O Autor, na inicial da presente ação postula a concessão de justiça gratuita por "ser pobre no sentido legal, não podendo, por isso, arcar com as custas processuais e demais encargos sem grave prejuízo do sustento próprio ou de sua família, tudo com inteligência do inciso LXXIV, do art. 5º, da Constituição Federal (CF/88) e do art. 98 e ss. do CPC.”
DA TUTELA DE URGÊNCIA
O artigo 300 do CPC prevê que o Juiz conceda liminarmente a tutela pretendida, vejamos:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
O autor mora no imóvel citado há nove anos e meio, e merece acolhimento da tutela pretendida para impedir que danos venham ocorrer, inclusive danos no que se refere ao seu direito de moradia resguardado na Constituição Federal de 1988 e, assim, como o de sua família.
Ainda assim, trata-se de pessoa idosa com setenta e dois anos de idade, sendo que ele não possui outro imóvel para moradia ou de sua família.
A urgência do direito pleiteado se vê na comprovação da idade do senhor Norberto conforme documentação em anexo. Ademais, os danos suportados são também evidentes, como tem sido feito pelas construtoras que vem oferecendo valor insignificante e alegando que a propriedade não pertence a ele e com isso acaba que por tirando o seu sossego e de sua família, onde estes acabam ficando com receio de ser retirado a força do terreno.
Por outro lado, o perigo na demora pode causar danos irreparáveis para o autor, como para sua família delineada pelas situações seguintes;
O autor é um senhor idoso que preza pela sua honra e de sua família e pagou pelo terreno apesar de não possuir documentação oficial que resguarde o seu direito de propriedade do imóvel, este, no entanto, exerce a posse mansa e pacifica sem qualquer oposição.
Por outro lado o autor vive a angustia e preocupação com o assedio das construtoras ao se referir a compra do imóvel a preços insignificantes.
Norberto exerce a posse do imóvel com animus domini, tendo ocupado o imóvel ininterruptamente e sem oposição desde a compra de seu anterior proprietário.
A posse do autor sobre o imóvel usucapindo é exercida para fins de sua moradia própria e de seus familiares.
Dessa forma, requer que seja concedida a tutela pretendida a presente ação que tem por objetivo a declaração da propriedade do autor sobre o imóvel descrito, tendo em vista que este e reconhecido como atual proprietário do imóvel que ora se pretende reconhecer, e no caso em tela seja regularizada a propriedade do autor sobre o imóvel.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O autor opta pela audiência de conciliação ou de mediação nos termos do artigo 319, VII do Novo Código de Processo Civil, razão pela qual requer a citação do réu com fulcro no artigo 246 do CPC, para comparecer a audiência para esta finalidade com fundamento no artigo 334 do CPC vigente.
DOS FATOS
Norberto da Silva, com setenta e dois anos de idade, viúvo, domiciliado em Condonópolis/TO, desprovida de qualquer bem material, adquiriu de terceiro Cândido Gonçalves, há nove anos e meio um terreno de 240m² em área urbana, onde construiu sua moradia e de sua família situado na Rua Cardoso Soares n°42 e tendo como confrontantes e vizinho do lado direito Carlos, do esquerdo Ezequiel e, dos fundos Edgar. Norberto exerce posse mansa e pacifica sobre o imóvel e nos últimos anos o bairro passou por um acelerado processo de valorização devido à construção de grandes imóveis e Norberto tem recebido propostas insignificantes para se retirar do local, onde fez sua moradia e de sua família.
DAS TESTEMUNHAS
Com entendimento do artigo 246 § 3o do Novo Código de Processo Civil que seja citado os confrontantes;
Carlos, vizinho do lado direito, pessoa física com inscrição no CPF..., RG..., órgão expedidor..., endereço eletrônico..., telefone..., residente e domiciliado a rua..., n°..., bairro..., Condonópolis/TO,
Ezequiel, vizinho do lado esquerdo, pessoa física com inscrição no CPF..., RG..., órgão expedidor..., endereço eletrônico..., telefone..., residente e domiciliado a rua..., n°..., bairro..., Condonópolis/TO,
Edgar, vizinho dos fundos, pessoa física com inscrição no CPF..., RG..., órgão expedidor..., endereço eletrônico..., telefone..., residente e domiciliado a rua..., n°..., bairro..., Condonópolis/TO,
Para que possam compor a lide na comprovação do direito pleiteado pelo autor.
DO DIREITO
Em decorrência deste fato, o Requerente, tem seu sossego afetado, em virtude das varias propostas insignificante que lhe foi oferecida, uma vez que o mesmo pretende permanecer no imóvel com seus filhos. 
De acordo com a narrativa exposta o autor não pretende deixar o local sendo este resguardado pelos seguintes dispositivos legais;
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Com fulcro no artigo 1240 do CC/02 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Nesse sentido o artigo 9° da Lei 10257 Estatuto da cidade dispõe que;
Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
A delimitação da área usucapida é demonstrada fielmente por levantamento planimétrico e memorial descritivo, realizados por arquiteto devidamente habilitado. Dessa forma, estando presentes todos os requisitos legais exigidos, o autor demonstra o interesse e a necessidade para a causa, fazendo jus à aquisição da propriedade do imóvel mencionado, por via da usucapião.
Assim sendo o autor por se tratar de pessoa idosa goza de prioridade na tramitação do feito nos termos do artigo;
  Art. 71. Da Lei 10741/2003 - É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
        § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.
Art. 1.048. Do Novo Código de Processo Civil - Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadorade doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6°, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
Nesse contexto com fundamentos nos dispositivos supracitados não resta duvida do direito perseguido pelo autor, motivo pelo qual requer sejam apreciados os pedidos seguintes.
DOS PEDIDOS
5.1- requer que seja concedida a tutela pretendida nos termos do art. 300 do CPC vigente por se tratar de pessoa idosa, cuja idade é 72 anos, a fim de determinar a REGULARIZAÇÃO DA PROPRIEDADE DO AUTOR SOBRE O IMÓVEL e este seja reconhecido como atual proprietário do imóvel;
5.2- Seja intimado o Ministério Público nos termos do artigo 178 do CPC vigente a manifestar no feito;
5.3- Seja realizada a audiência de conciliação e mediação com fundamentos no artigo 334 do NCPC;
5.4- Requer a citação dos confrontantes para manifestar na presente ação;
5.5- Requer a citação da fazenda publica da união
5.6- Que seja concedida à parte autora a gratuidade da justiça;
5.7- Requer prioridade na tramitação do feito nos termos do artigo 71 da lei 10741/2003 Estatuto do Idoso e artigo 1048 do CPC vigente;
5.8- Que seja o réu (Cândido Gonçalves) condenado ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios e sucumbenciais nos termos do artigo 85 § 2° do NCPC;
5.9- Requer provar os fatos alegados por todos os meios de provas admitidos em direito nos termos do artigo 369 do NCPC.
 VALOR DA CAUSA
Dar-se-á causa o valor de R$ XXXX, XX.
Nestes termos,
Pede-se deferimento. 
Condonópolis/TO
Data; XX/XX/XXXX.
Advogado
OAB/XXX

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