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Violência na Atenção Obstétrica - O que é a violência na atenção obstétrica? A violência obstétrica inclui qualquer prática realizada por profissionais de saúde durante o pré-natal e o trabalho de parto, que de alguma forma seja contrária aos direitos humanos. Esse conceito inclui o atendimento desrespeitoso, uso excessivo de medicamentos sem necessidade e tratamento do parto como doença, causando a perda da capacidade de decisão da mulher sobre o seu corpo e a sua sexualidade. - Qual a importância do parto hospitalar? Mesmo que a maioria dos partos ocorra sem nenhuma intercorrência, não há como garantir um parto sem complicações. Por isso, é necessária a presença de uma equipe capacitada, incluindo obstetra e pediatra, que vão agir de forma rápida para tentar solucionar qualquer problema no parto, diminuindo assim a chance de complicações e óbito da mãe e do bebê. Se não houver nenhuma intercorrência durante o pré-natal, o parto domiciliar pode ser feito, desde que a gestante tenha condições de acesso rápido a uma unidade de saúde em caso de qualquer sinal de perigo, como por exemplo febre e já tenha tido parto normal anterior. - A vaga em maternidade é um direito de qualquer gestante em trabalho de parto? Sim! O parto é considerado uma urgência. Se a Unidade de Snão tem condições para atender a gestante naquele momento, ela deve ser examinada por profissionais de saúde daquele local e só poderá ser transferida para outro local se estiver evoluindo bem e houver tempo suficiente para o deslocamento. É muito importante que a família não esqueça de levar o cartão da gestante. A gestante deve sempre procurar a Unidade de Saúde de referência para a sua região! É ela que tem obrigação de recebê-la. - Como reconhecer procedimentos incorretos durante o trabalho de parto? Segue a lista de alguns procedimentos que os profissionais de saúde NÃO devem realizar: Provocar ou acelerar o parto sem necessidade; Romper a bolsa de água sem explicar o motivo; Empurrar a barriga da mulher para forçar a saída do bebê; Fazer o corte do períneo muito grande ou sem necessidade; Cortar o cordão imediatamente caso o bebê esteja bem; Deixar de ouvir o coração do bebê durante o trabalho de parto; Fazer cesariana desnecessária. - Por que optar pelo parto normal? Quando não é possível realizá-lo? Na maioria dos casos, o parto normal é a maneira mais segura e saudável de ter filhos, e por isso, deve ser estimulado por meio de uma assistência humanizada, segura e de qualidade. As gestantes precisam reivindicar seu direito ao parto normal. A cesariana só deve ser realizada se for realmente necessária para proteger a mãe e o bebê, e a gestante tem o direito de saber os motivos que a impedem de optar pelo parto normal. Algumas indicações de cesariana são: Risco de vida para a mãe, bebê ou ambos; A mãe tem hipertensão grave; A cabeça do bebê é maior que a passagem da mãe; O cordão umbilical sai antes do bebê; A placenta descola antes do nascimento do bebê; A placenta está na frente da saída do bebê; O bebê está sentado ou atravessado; Em parto de gêmeos, quando um deles está sentado ou quando dividem a mesma placenta. - Como se proteger da violência obstétrica? A melhor forma de se proteger é conhecer os seus direitos e reivindicá-los. Se você sofreu qualquer tipo de abuso durante o período gestacional, você pode denunciar os profissionais responsáveis. Para isso, deve seguir os seguintes passos: Exija cópia do prontuário junto à instituição de saúde onde foi atendida. Procure a ouvidoria do hospital / maternidade Procure a defensoria pública, independente se usou o serviço público ou privado. Ligue para o 180 (Violência contra a Mulher) ou para o 136 (Disque Saúde).
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