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O APARECIMENTO DA FILOSOFIA EM SOLO TUPINIQUIM

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 O APARECIMENTO DA FILOSOFIA EM SOLO TUPINIQUIM 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS E DIVISÃO
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Considerações gerais 
Para início, todo grande povo tem a sua própria ambição de ser o autor de sua própria civilização. (PADOVANI, CASTAGNOLA. Pg. 525) É importante salientar que para que se construa uma base de pensamento, se faz necessário o conhecimento de suas origens, de onde se iniciou um dado raciocínio. No caso de se dizer que exista uma Filosofia típica de solo tupiniquim, apesar de alguns autores negarem essa possibilidade, e até existirem alguns ainda que neguem completamente à América latina disposições filosóficas, não é, contudo, impossível uma produção de um pensamento típico de solo brasileiro, ainda que imperfeita. 
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Considerações gerais 
Segundo Padovani, 
Deve-se, antes de mais nada, considerar que somos um povo novo em comparação com as quase bimilenárias nações européias. Ora, como é demonstrado pela história, as grandes e originais sínteses filosóficas só aparecem depois de longa investigação especulativa. Buda, Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, Kant foram o resultado de vasta especulação anterior. (PADOVANI, CASTAGNOLA. Pg. 525).
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Considerações gerais 
 Ainda conforme João Cruz Costa apud PADOVANI, pg. 525,
Nós, povos das Américas, somos na nossa maior parte descendentes dos humildes que sofriam na Europa, vimos, quase todos, da aventura que os levou a procurar, no Novo mundo, uma vida nova. As primeiras preocupações das novas gerações americanas e, portanto, também da brasileira, foram necessariamente de ordem material: [...] antes existir e depois filosofar. 
*
Considerações gerais
Mas, em contrapartida, não se pode admitir que os que povoaram o continente americano, dentre os quais o Brasil, perderam sua capacidade especulativa; já que os imigrantes eram em sua maioria, europeus. 
Portanto, Padovani vai afirmar quê:
Assim é que o Brasil, também no campo filosófico, tem feito notáveis progressos, que justificam as palavras clarividentes de Alceu Amoroso Lima: “Estou mesmo convencido de que a primeira vez que tentarem a organização de cursos de filosofia sistemática, para o grande público, o êxito será surpreendente”. (PADOVANI, pg. 526)
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DIVISÃO
Enumeraremos, por conseguinte, o que podemos depreender como sendo uma filosofia praticada não por índios, inexistente como sistematização orgânica e científica, muito menos a dos africanos; sobrando, portanto, a dos imigrantes europeus ou a de seus descendentes brasileiros como uma primeira tentativa da prática filosófica.
Sendo a civilização brasileira concomitante com a civilização do velho mundo, a filosofia aqui praticada vem a guisa dessas doutrinas estranhas; ou seja, uma doutrina que na verdade vem a ser uma extensão de doutrinas do Velho Mundo.
*
DIVISÃO
FILÓSOFOS ESPIRITUALISTAS
Segundo Umberto Padovani, quem no Brasil primeiro se ocupou de assuntos filosóficos foi Francisco de Monte Alverne. Nasceu no Rio de Janeiro em 1784 e pertencia a uma modesta família. Antes de entrar pára a ordem franciscana, chamava-se Francisco José de Carvalho.
Pensamento
Seu único legado foi Compêndio de Filosofia, escrito em 1833, mas publicado no Rio 1 ano após sua morte. No pensamento do filósofo franciscano percebem-se influências de Condillac e Cousin. No começo tentou conciliar as teses do espiritualismo cristão com as perspectivas sensitas então dominantes. Vendo tão impossível empreita, recebeu com entusiasmo o ecletismo francês filosófico, para poder restaurar o espiritualismo cristão contra as investidas do sensualismo e do materialismo.
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DIVISÃO
Seguindo a transcrição fiel do texto de Padovani e Castagnola,
A passagem da filosofia sensualista para o ecletismo espiritualista foi um progresso. “Nesta evolução cifra-se toda a história do pensamento de Monte Alverne. Educado na escola sensualista de Condillac, deixou mais tarde por Cousin, tornando-se assim mais espiritualista, sem conseguir, porém, desembaraçar-se de todo das antigas teorias. (PADOVANI, CASTAGNOLA. Pg. 527) A importância de Monte Alverne é por demais histórica do que propriamente teorética.
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DIVISÃO
Manuel Maria de Morais e vale vai ser adepto de uma filosofia sensualista e ecletista de sua época (1824-1886). Nasceu no rio e foi diretor da faculdade de medicina. Publicou em dois volumes um compêndio de Filosofia (1851) cujo objetivo principal era facilitar os estudos aos alunos ingressantes na faculdade. Não expondo nenhuma idéia nova, o pensador inspira-se no sensualismo e no ecletismo. É muito criticado por Leonel Franca apud PADOVANI, pg. 528 quando diz que “não merece ser lido, nem por curiosidade. Perde-se tempo.” 
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DIVISÃO
Outros nomes deste período:
Eduardo Ferreira França (1809-1857) Gonçalves de Magalhães (italiano naturalizado brasileiro), Gregório Lipparoni, Patrício Muniz.
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POSITIVISTAS, MATERIALISTAS, EVOLUCIONISTAS
Por se tratar de um pequeno ensaio sobre a História da filosofia no Brasil, não nos deteremos a pormenorizações, mas a nomes e fatos principais.
Sobre o positivismo, é importante salientar que tanto na França como no Brasil essa corrente teve duas linhas de raciocínio antagônicas, a ortodoxa e a dissidente; uma fiel a August Comte na íntegra e a outra apenas a parte pertinente a filosofia, negando a parte política e religiosa.
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POSITIVISTAS 
Benjamim Constant (1833-1891) sendo um dos fundadores da sociedade positivista, foi também matemático, professor, homem político de grande projeção e, segundo J. Serrano apud PADOVANI, pg. 531, “cujo nome está ligado para sempre à proclamação da República em 1889”, não escreveu nenhuma obra de filosofia positivista, por ter sido um homem mais da ação do que da própria especulação. 
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POSITIVISTAS 
Miguel Lemos (1854-1917) Nascendo em Niterói, dedicou-se ao apostolado positivista no Brasil. Por causa de um artigo escrito contra Visconde do Rio Branco foi expulso da Escola Politécnica em 1877, onde Visconde era o diretor. Escreveu as obras: Pequenos ensaios positivistas (1877); Nossa iniciação ao Positivismo (1889); Epítome da vida e do escritos de August Comte (1898).
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POSITIVISTAS
Teixeira Mendes (1855-1927) Foi o sucessor de Miguel Lemos na sucessão da chefia do “apostolado positivista” de que se tornou a figura principal. 
Luiz Pereira Barreto (1840-1922) que pertenceu ao assim chamado grupo dissidente do positivismo. 
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MATERIALISTAS
José de Araujo Ribeiro (1800-1879) Visconde do Rio Grande, nasceu em Porto Alegre, estudou em Coimbra, foi diplomata e faleceu no Rio de Janeiro, como senador do império. Escreveu O fim da Criação ou a natureza interpretada pelo senso comum (1875).
Domingos Guedes Cabral (1852-1883), natural da Bahia e formado em Medicina em sua cidade. Publicou função do Cérebro (1876). Teve sua tese de doutoramento rejeitada pela faculdade por pretender explicar o funcionamento mecânico do pensamento.
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EVOLUCIONISTAS
Tobias Barreto de Meneses (1839-1889), nascido em Sergipe, escreveu ensaios e estudo de Filosofia e Crítica (1875); Estudos alemães (1883); Questões vigentes de Filosofia e de Direito (1888). Sobre esse filósofo, Padovani vai afirmar quê: 
No pensamento de Tobias Barreto não se encontram doutrinas verdadeiramente originais. O que ele disse a respeito de Deus, do homem, da religião, da alma, do direito natural já se encontra nos famosos fundadores europeus do materialismo e do monismo evolucionista. (PADOVANI, CASTAGNOLA. Pg. 536)
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RAIMUNDO DE FARIAS BRITO (1862-1917) 
nascido na serra de Ibiapaba, no Ceará, foi um dos mais ilustres representantes do pensamento filosófico no Brasil. 
Para Farias Brito, a filosofia será sempre um caminhar contínuo do espírito humano à busca da verdade. Para ele, “a filosofia, pois, tem o fim supremo de resolver o problema da vida, do sofrimento e da morte e proporcionar ao homem a verdade.” (PADOVANI, CASTAGNOLA. Pg. 541)
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PRINCIPAIS OBRAS
Suas obras principais foram: A filosofiacomo atividade permanente do espírito humano (1895); A filosofia moderna (1899); Evolução e relatividade (1905); A verdade como regra das ações (1905); dentre outras 
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EXPOSIÇÃO DO TRABALHO
Márcio de Sousa Agostinho Vitório
Graduado em Filosofia Personalista
Mestrado (trancado) em Filosofia da Ciência
Professor de Filosofia
marcioagostinho70@gmail.com

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