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1 - O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), tem como objetivo geral avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências para atuação profissional e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira e mundial, bem como sobre outras áreas do conhecimento.
Características no âmbito da formação geral: I. ético e comprometido com as questões sociais, culturais e ambientais; II. humanista e crítico, apoiado em conhecimentos científico, social e cultural, historicamente construídos, que transcendam o ambiente próprio de sua formação; III. protagonista do saber, com visão do mundo em sua diversidade para práticas de letramento, voltadas para o exercício pleno de cidadania; IV. proativo, solidário, autônomo e consciente na tomada de decisões pautadas pela análise contextualizada das evidências disponíveis; V. colaborativo e propositivo no trabalho em equipes, grupos e redes, atuando com respeito, cooperação, iniciativa e responsabilidade social.
A prova ENADE avaliará se o concluinte desenvolveu, no processo de formação, competências para: I. fazer escolhas éticas, responsabilizando-se por suas consequências; II. ler, interpretar e produzir textos com clareza e coerência; III. compreender as linguagens comoveículosde comunicaçãoe expressão, respeitando as diferentes manifestações étnico-culturais e a variação linguística; IV. interpretar diferentes representações simbólicas, gráficas e numéricas de um mesmo conceito; V. formular e articular argumentos consistentes em situações sociocomunicativas, expressando-se com clareza, coerência e precisão; VI. organizar,interpretar e sintetizarinformaçõespara tomadadedecisões; VII. planejar e elaborar projetos de ação e intervenção a partir da análise de necessidades, de forma coerente, em diferentes contextos; VIII. buscar soluções viáveis e inovadoras na resolução de situaçõesproblema; IX. trabalhar em equipe, promovendo a troca de informações e a participação coletiva, com autocontrole e flexibilidade; X. promover, em situações de conflito, diálogo e regras coletivas de convivência, integrando saberes e conhecimentos, compartilhando metas e objetivos coletivos.
Democracia - “o significado mais usual da democracia se refere aos procedimentos e aos mecanismos competitivos de escolha de governos através de eleições”, ou seja, a democracia é compreendida habitualmente somente como um processo de escolha dos nossos representantes legais em todas as esferas, tanto local, municipal, estadual quanto federal, no qual a populaçãodessas esferas,pormeiode seuvoto, seleciona e elege o seurepresentante para legislar em nome dessa mesma população. Assim, “podemos considerar que a democracia nada mais é do que um sistema de governo, no qual o povo governa para sua própria sociedade”
Formas de Democracia: Democracia direta: Na qual o povo decide diretamente, por meio de referendo/ plebiscito, se aceita ou não determinadas questões políticas e administrativas de sua localidade, Estado ou país. Democracia Indireta: Nesta, o povo participa democraticamente, por meio do voto, elegendo seu representante político, ou seja, uma pessoa que o represente nas diversas esferas governamentais, para tomar decisões cabíveis em nome do povo que o elegeu.
Estado Democrático de Direito: o “Estado de direito [é aquele] que se organiza e opera democraticamente”. Nossa Carta Magna de 1988, já em seu preâmbulo, instituiu um Estado Democrático de Direito, ou seja, a Constituição da República Federativa do Brasil se organizou e definiu suas normativas em prol de um Estado Democrático, no qual a democracia deverá ser a base fundamental da República Federativa do Brasil. Assim, segundo Pieritz (2013, p. 133), “este sistema de governo democrático possui formatos diferentes nas diversas sociedades, pois em cada uma existem regras e normas diferentes, e isto acontece por causa da constituição dos princípios ético-morais de cada localidade”.
No que tange à conotação que a democracia tem de competição, participação e contestação pacífica do poder, pode-se expor que falar de democracia também está atrelado ao conceito do “jogo de poderes”, principalmente a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas governamentais ou não, além da competição entre partidos políticos e outros grupos econômicos, políticos, culturais e sociais.
“Participação do povo”, em que cada cidadão brasileiro é elemento fundamental no processo democrático do Brasil, pois direta ou indiretamente é parte do processo democrático instaurado neste país. Ao proferir sua escolha, independentemente do que for ou de que escolha fora feita, torna-se automaticamente parte do Estado Democrático de Direito e integra-se ao sistema vigente de democracia daquele determinado Estado.
A democracia “tornou-se uma aspiração universal, por ser o regime de governo mais propenso a garantir os direitos individuais, porém não se resume simplesmente ao ato de votar, sendo que o direito à participação tornou-se uma atividade importante diante da constituição da cidadania”.
O direito à participação pode ser tanto reativo quanto proativo. Em sua forma reativa, a participação consiste na articulação coletiva de respostas a políticas de desenvolvimento. Na forma proativa, ela invoca a responsabilidade popular no desencadeamento da articulação de políticas de desenvolvimento. No primeiro caso, os governos propõem e os cidadãos reagem; no segundo, os cidadãos propõem e os governos reagem. Em ambas as formas, o direito de participação assume a lógica de colaborar com o desenvolvimento. “No coração da democracia repousa, assim, o direito do cidadão de opinar nos assuntos públicos e de exercer controle sobre o governo, em pé de igualdade com os demais”
Existem quatro condições necessárias para que se possa instaurar um regime governamental pautado na democracia: 1- Direito dos cidadãos de ESCOLHEREM GOVERNOS por meio de eleições com a participação de todos os membros adultos da comunidade política. A isso se dá o nome de sufrágio universal (direito ao voto). 2-ELEIÇÕES regulares, livres, competitivas, abertas e significativas. 3- GARANTIA DE DIREITOS de expressão,reunião e organização, em especial, de partidos políticos para competir pelo poder. 4-Acesso a fontes alternativas de INFORMAÇÃO sobre a ação de governos e a política em geral.
“A ética é uma das áreas da filosofia que investiga sobre o agir humano na convivência com os outros [...]”. Em outros termos, as nossas ações perante a sociedade em que vivemos são orientadas por princípios éticos e morais, e esses princípios são norteadores de consciência moral do certo e do errado, do bem e do mal. A ética pode ser conceituada como a área da filosofia que investiga o agir humano, tanto aqueles com repercussão social, quanto aqueles sem maiores impactos na sociedade, ou seja, não somente os atos relativos à convivência com os outros, mas também consigo mesmo. 
O que são valores? Pedro faz um resgate etimológico da palavraAxiologia, de origem grega, que significa estudo dos valores ou ciência do valor, e aponta para um significado, o da vivência do valor, independentemente do valor que for, pois este é experienciado como um fenômeno que se apresenta à consciência como tal e como um acontecimento que nos é imediatamente dado. “Valor é tudo aquilo que faz parte do ser genérico do homem e contribui, direta ou mediatamente para a explicação desse ser genérico”. 
Atributos dos valores humanos: OBJETIVAÇÃO - que se expressa prioritariamente por intermédio do trabalho; - que proporciona sair do subjetivo e passar para o real e concreto. SOCIALIDADE - que se expressa com a convivência com o outro, em grupo; - aprendizagem com o outro; - assimilação de normas sociais. CONSCIÊNCIA - tomar ciência dos fatos ou de alguma coisa; - reconhecimento da realidade; - descoberta de algo; - capacidade de perceber as coisas. UNIVERSALIDADE - universal;- o todo; - fazer parte de um determinado grupo. LIBERDADE - livre-arbítrio.
Exemplos dos valores e virtudes humanos: Amizade Justiça Obediência Respeito Simplicidade Lealdade Compreensão Sinceridade Pudor Generosidade Paciência Ordem Humildade Autoestima Liberdade.
“todos nós possuímos princípios e valores que foram e são constituídos por nossa sociedade. E, com relação a esses valores, cada um de nós possui uma visão do que é certo e errado, do que é o bem e o mal”
“esta consciência moral é determinada por um consenso coletivo e social, ou seja, o conjunto da sociedade é que formula e compõe as normas de conduta que o regem. Como exemplo, temos a nossa Constituição Federal e outras regras e normas de nossa sociedade”
Se é um fato que nossa consciência moral é construída no seio de uma sociedade e com a influência do meio e das pessoas com as quais convivemos, há ainda outros fatores que concorrem para a constituição da consciência moral, e esse elemento é chamado de Lei natural – pelos jusnaturalistas – e tem caráter universal, pois perpassa as sociedades políticas, é algo mais profundo que elas, constitui-se na própria natureza humana em sua universalidade. Costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas específicos, de aplicação concreta, como os problemas da ética profissional, de ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética etc.
“Cada sociedade possui suas normas de conduta comportamental e seus princípios morais, ou seja, cada grupo social constitui o que é certo e errado, o que é o bem e o mal para o seu povo, portanto, nem sempre o que é certo para nós pode ser certo para um outro grupo social e vice-versa”
Então, como desvelar esta situação? Como saber se estamos no caminho certo? Se estamos fazendo certo ou errado? Ou se realmente estamos fazendo o bem ou o mal a alguém? São muitas indagações!
7 Valores Básicos: I) vida; II) o conhecimento; III) o jogo; IV) a experiência estética; V) a sociabilidade; VI) a razoabilidade prática; e, VII) a religião. Esses valores, contudo, não são os únicos, pois existem, evidentemente, muitos outros, os quais, segundo propõe o autor, são modos ou combinações de modos de buscar – embora nem sempre com sensatez – e de realizar – nem sempre exitosamente – uma das sete formas básicas de bem, ou alguma combinação delas. 
Os problemas éticos se distinguem da moral pela sua característica genérica, enquanto que a moral se caracteriza pelos problemas da vida cotidiana. O que há de comum entre elas é fazer o homem pensar sobre a responsabilidade das consequências de suas ações. A ética faz pensar sobre as consequências universais, sempre priorizando a vida presente e futura, local e global. A moral faz pensar as consequências grupais, adverte para normas culturalmente formuladas ou pode estar fundamentada num princípio ético. A ética pode, desta forma, pautar o comportamento moral.
A ética é generalista e a moral reflete o comportamento socialmente construído e legitimado pelo seu povo. 
A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento que cada pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que é certo ou errado, o que é bom ou mal. Porém, este comportamento sempre partirá do ponto de vista dos princípios morais de cada sociedade, ou seja, seu grupo social. A ética auxilia no esclarecimento e na explicação da realidade cotidiana de cada povo, procurando sempre elaborar seus conceitos conforme o comportamento correspondente de cada grupo social.
“Podemos afirmar que a ética estuda e investiga o comportamento moral dos seres humanos. E esta moral é constituída pelos diferentes modos de viver e agir dos homens em sociedade, que é formada por suas diretrizes morais da vida cotidiana, transformando-se no decorrer dos tempos”
“A MORAL vem do latim mos, moris, que significa ‘costume’, ‘maneira de se comportar regulada pelo uso’, e de moralis, morale, adjetivo referente ao que é ‘relativo aos costumes’”. Assim, a moral é compreendida como um conjunto de regras de condutas socialmente admitidas em determinadas épocas ou por um grupo de pessoas, ou seja, “a moralidade dos homens é um reflexo direto do modo de ser e conviver em sociedade, no qual o caráter, os sentimentos e os costumes determinam o seu comportamento individual e social, que foi ou está sendo perpetuado num espaço de tempo”
A moral sugere, constantemente, a valorização de nossas ações e de nossos comportamentos em sociedade, mas é a moral que determina quais são os nossos direitos e deveres perante a sociedade em que vivemos. Estes deveres são conectados ao nosso modo de ser e conviver em sociedade, gerando certas responsabilidades com relação a si próprio e aos outros, tais como: • sentimentos; • escolhas; • desejos; • atitudes; • posicionamentos diante da realidade; • juízo de valor; • senso moral; • consciência moral.
A Moral Vem se constituindo historicamente, mudando no decorrer da própria evolução do homem em sociedade. Em que seus hábitos e costumes são constituídos por esta relação social, em que a essência humana é pautada por estes princípios morais. E estes, por sua vez, constituem o ser social que somos. E a ética nesta questão chega para simplesmente regular e analisar estes preceitos morais.
“A ética é precursora da TRANSFORMAÇÃO SOCIAL dos diversos sistemas ou estruturas sociais. Sistemas estes que imprimiam suas mudanças sociais, tais como: Capitalismo e Socialismo”.
O princípio constitucional da cidadania - Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Um dos princípios fundamentais da Carta Magna brasileira é a cidadania.
Cidadania “é um conjunto de direitos e deveres que denotam e fundamentam as condições do comportamento de cada indivíduo em relação à sociedade, ou seja, a cidadania designa normas de conduta para o convívio social, determinando nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa sociedade”
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade, para melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação, para o bem-estar e desenvolvimento da nação. A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas as outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário [...], até saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país. ‘A revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos’
A cidadania possui três dimensões: 
Cidadania civil - São aqueles direitos advindos da LIBERDADE de cada indivíduo, por exemplo: • o livre-arbítrio para expressar nossos pensamentos; • o direito de propriedade (venda e compra de um imóvel, um bem ou serviço); • entre outros.
Cidadania política - Podemos considerar que a cidadania política se legitima quando os homens exercem seu poder político de ELEGER e SER ELEITOS para o exercício do poder político, independentemente da instituição pública ou privada na qual venham exercer suas atribuições.
Cidadania social - Compreendida como o conjunto de direitos concernentes aoCONFORTO de cada cidadão, no que tange à sua vida econômica e social, ou seja, do seu bem-estar social.
A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e convivem em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange ao respeito a si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. Além de que a cidadania é participação nos espaços públicos de discussão, a qual permeia as questões de democracia e ética de toda a população daquele determinado grupo social, político ou econômico.
A cidadania é conquistada pela nossa participação nos momentos das discussões e decisões coletivas, portanto a cidadania se dá pela participação ativa de nossa vida em sociedade e na vida pública.
A diversidade cultural e a desigualdade social, apesar de terem conceitos distintos, desempenham uma ampla relação entre seus termos, isto é, quanto maior for a diversidade cultural, maior será a desigualdade social.
“a diversidade, entendida como construção histórica, social, cultural e política das diferenças, realiza-se em meio às relações de poder e ao crescimento das desigualdades e da crise econômica que se acentuam no contexto nacional e internacional”.
A diversidade no contexto cultural significa uma grande quantidade de coisas, ações, pensamentos, ideias e pessoas que se diferenciam entre si dentro de grupos sociais ou dentro de uma mesma sociedade, e os mesmos são passíveis de discussão, apelos, protestos, discórdia e geralmente acabam em conflitos, chegando até às desigualdades sociais.
Existem pontos de vista convergentes e pontos de vista divergentes, ambos discriminatórios, um no sentido positivo e outro no sentido negativo, isto é, no primeiro caso, trata-se daquilo que já foi estipulado pela sociedade como regras relacionadas com bom senso; já no segundo caso, são ações que não condizem com a ordem preestabelecida através das leis, normas e regras que regulam e inibem o que podemos definir como procedimentos absurdos. 
Portanto, a desigualdade social tem os seus princípios pautados nas tendências e nas diferenças de cada indivíduo. A pobreza: é uma condição que faz parte de um determinado grupo de pessoas que vivem à margem da sociedade, que são carentes dos recursos existentes, como moradia, alimentação, situação financeira etc. Raça: trata-se da discriminação social, o que é muito presente nos dias de hoje por alguns grupos inescrupulosos que agridem com palavras ou pela violência física pessoas que não são da mesma etnia, não têm a mesma cor da pele, ou são de diferentes religiões ou, até mesmo, por causa de seu comportamento sexual. A discriminação racial diz respeito à raça/cor/fenótipo, que é um fator inerente à pessoa. Outro tipo de discriminação é a avaliação dos atos e comportamentos, seja na escolha de uma religião e suas práticas ou nas ações que envolvem a sexualidade, entre outros aspectos do comportamento humano, pois nesses casos não se trata de aspectos inerentes ou involuntários, mas de opções sobre as quais podemos [e devemos] fazer juízos morais.
Adiversidade cultural varia de contexto para contexto. Nem sempre aquilo que julgamos como diferença social, histórica e culturalmente construída recebe a mesma interpretação nas diferentes sociedades. Além disso, o modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso. Por isso, a diversidade precisa ser entendida em uma perspectiva relacional. Ou seja, as características, os atributos ou as formas ‘inventadas’ pela cultura para distinguirtanto o sujeito quanto o grupo a que ele pertence dependem do lugar por eles ocupado na sociedade e da relação que mantêm entre si e com os outros.
O reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática da diversidade cultural (negros, índios, mulheres, portadores de necessidades especiais, homossexuais, entre outros) coloca-nos frente a frente com a luta desses e outros grupos em prol do respeito à diferença. Coloca-nos também diante do desafio de implementar políticas públicas em que a história e a diferença de cada grupo social e cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades, sem perder o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia dos direitos sociais. A luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não pode se dar de forma separada e isolada e nem resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solidárias e excludentes.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Pensar na diversidade cultural é pensar em sociedade, que envolve pensamento, ideia, ação e mudanças, isto é, significa pensar não apenas no reconhecimento do outro, mas pensar na relação entre o eu e o outro, pois, quando consideramos o outro estamos também considerando a nossa história, o nosso grupo e o nosso povo, mas não apenas como um simples padrão de comparação, e sim em sua totalidade.
Nessa perspectiva, percebemos que “somos todos iguais como seres humanos. Por isso devemos combater qualquer forma de discriminação e de arrogância, agindo solidariamente uns com os outros” (AQUINO et al., 2002, p. 16). O ser humano veio ao mundo não somente para compor ou contribuir para o povoamento da Terra, mas para ser útil, participativo, democrático, ético, moral e solidário para com os seus semelhantes.
Diversidade cultural, o que significa, na prática, o relacionamento comunitário, ou melhor, o relacionamento em diferentes comunidades, podendo esse relacionamento contribuir significativamente no sentido cooperativo ou na geração de conflitos, que são chamados de conflitos sociais.
A desigualdade significa não só a diferença existente entre pessoas oucoisasquecompõemouniverso,mas significatambémadiferençanotratamento e no respeito para com o outro. Nesse caso, estamos nos referindo à desigualdade humana, que na maioria das vezes está caracterizada pelo preconceito e pelos diversos tipos de violências e pelas suas relações conflitantes dentro do contexto social. Exemplo: a desigualdade socioeconômica, as desigualdades raciais, a falta de segurança, a falta de acesso à moradia, ao saneamento básico, dentre outras formas de exclusão social. Muitas vezes, essas diferenças são ocasionadas pela falta de oportunidade, excluindo até o mais digno do ser humano, o que não deixa de ser uma forma preconceituosa de relação e convivência social. A
O termo preconceito significa o conjunto de opiniões formadas antecipadamente sobre o outro, sem levar em conta suas qualidades ou suas capacidades.
Ainda com relação aos preconceitos, segundo a denominação de inclusão e exclusão social, estas são pautadas e divididas em grupos ou classes sociais, que, por sua vez, são classificadas hierarquicamente de acordo com o seu poder aquisitivo, sua relação social, diferenças culturais, a cor da pele, sexualidade, etnia, deficiências físicas, idade, crenças etc.
Somos únicos como indivíduos, e por isso somos diferentes, somos iguais como seres humanos. A isso se dá o nome de equidade. Convém lembrar que ser igual não é ser idêntico. Ao contrário, somos semelhantes, embora diversos. Afinal de contas, em que nos diferenciamos uns dos outros? A resposta é óbvia: em praticamente tudo. A começar pela nossa história de vida, passando pelas características biológicas (raça, cor, sexo), até as de cunho social (escolaridade, condição econômica, opções políticas etc.). Mesmo sendo únicos, continuamos a pertencer à mesma espécie, à raça humana. Por essa razão, não há seres humanos “superiores” ou “inferiores”. Cada um é especial a seu modo. Só teremos um convívio democrático e pacífico se tratarmos o outro da mesmaforma que gostaríamos de ser tratados.
A cultura é, pois, “o conteúdo da construção histórica da humanidade dos seres humanos, humanizando-os ou desumanizandoos”
A educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da ideia de uma formação integral do aluno – segundo suas capacidades e seus talentos – e de um ensino participativo, solidário, acolhedor”
Trata-se de um trabalho de “‘ressignificação’ do papel da escola com professores, pais e comunidades interessadas, bem como de adoção de formas mais solidárias e plurais de convivência. Para terem direito à escola, não são os alunos que devem mudar, mas a própria escola!”. E a autora continua: “O direito à educação é natural e indisponível. Por isso, não faço acordos quando me proponho a lutar por uma escola para todos, sem discriminações, sem ensino à parte para os mais e para os menos privilegiados”.
Ao garantir a todos o direito à educação e ao acesso à escola, a Constituição Federal não usa adjetivos. Por essa razão, toda escola deve atender aos princípios constitucionais sem excluir nenhuma pessoa em decorrência de sua origem, raça, sexo, cor, idade ou deficiência. Apenas esses dispositivos já bastariam para que não se negasse a qualquer pessoa, com ou sem deficiência, o acesso à mesma sala de aula que qualquer outro aluno
A Inclusão: exige uma mudança de mentalidade e de valores nos modos de vida e é algo mais profundo do que simples recomendações técnicas, como se fossem receitas. Requer complexas reflexões de toda a comunidade escolar e humana para admitir que o princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade, presente numa comunidade humana
A escola: Foi e continua sendo um espaço de padronizações ao promover a construção de conhecimentos com pouco significado, formalizado, pronto, sem relação e sentido com a vida dos seres humanos que lá estão, sejam alunos ou docentes. Ela é construtora de pensamentos, ações e movimentos que denotam igualdade e repetição. É importante a escola oportunizar vivências capazes de desconstruir a realidade do igual, da repetição, para valorizar a diferença, acreditando na diversidade da vida, das cores, sabores e movimentos
Aprender a ser cidadão e cidadã é, entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não violência; aprender a usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida da comunidade e do país. Esses valores e essas atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos pelos estudantes e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola. Para que o(a)s estudantes possam assumir os princípios éticos, são necessários pelo menos dois fatores: - que os princípios se expressem em situações reais, nas quais o(a)s estudantes possam ter experiências e conviver com a sua prática; - que haja um desenvolvimento da sua capacidade de autonomia moral, isto é, da capacidade de analisar e eleger valores para si, consciente e livremente. Outro aspecto importante desse processo é o papel ativo dos sujeitos da aprendizagem, estudantes e docentes, que interpretam e conferem sentido aos conteúdos com que convivem na escola, a partir de seus valores previamente construídos e de seus sentimentos e emoções
A luta travada em torno da educação do campo, indígena, do negro, das comunidades remanescentes de quilombos, das pessoas com deficiência, tem desencadeado mudanças na legislação e na política educacional, revisão de propostas curriculares e dos processos de formação de professores. Também tem indagado a relação entre conhecimento escolar e o conhecimento produzido pelos movimentos sociais
A diversidade é muito mais do que o conjunto das diferenças. Ao entrarmos nesse campo, estamos lidando com a construção histórica, social e cultural das diferenças, a qual está ligada às relações de poder, aos processos de colonização e dominação. Portanto, ao falarmos sobre a diversidade (biológica e cultural)nãopodemosdesconsiderar a construção das identidades, o contexto das desigualdades e das lutas sociais. A diversidade indaga o currículo, a escola, as suas lógicas, a sua organização espacial e temporal. No entanto, é importante destacar que as indagações aqui apresentadas e discutidas não são produtos de uma discussão interna à escola. São frutos da inter-relação entre escola, sociedade e cultura e, mais precisamente, da relação entre escola e movimentos sociais. Assumir a diversidade é posicionar-se contra as diversas formas de dominação, exclusão e discriminação. É entender a educação como um direito social e o respeito à diversidade no interior de um campo politico.
A total inclusão de todos os membros da humanidade, de quaisquer raças, religiões, nacionalidades, classes socioeconômicas, culturas ou capacidades, em ambientes de aprendizagem e comunidade, pode facilitar o desenvolvimento do respeito mútuo, do apoio mútuo e do aproveitamento dessas diferenças para melhorar nossa sociedade. É durante seus anos de formação que as crianças adquirem o entendimento das diferenças, o respeito e o apoio mútuos em ambientes educacionais que promovem e celebram a diversidade humana.
A construção de sociedades e escolas inclusivas, abertas às diferenças e à igualdade de oportunidades para todas as pessoas, é um objetivo prioritário da educação nos dias atuais. Nesse sentido, o trabalho com as diversas formas de deficiências e uma ampla discussão sobre as exclusões geradas pelas diferenças social, econômica, psíquica, física, cultural, racial, de gênero e ideológica, devem ser foco de ação das escolas. Buscar estratégias que se traduzam em melhores condições de vida para a população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e na construção de valores éticos socialmente desejáveis por parte dos membros das comunidades escolares é uma maneira de enfrentar essas exclusões e um bom caminho para um trabalho que visa à democracia e à cidadania
A inclusão escolar: Só será viável se o professor e toda a comunidade escolar mudarem seu jeito de lidar com a diferença, via aceitação de formas relacionais de afetividade, de escuta e de compreensão, suspendendo juízos de valores como pena, repulsa e descrença. Uma mudança como desejo interior, porque algo interior nos diz que vale a pena mudar.
A esperança humana, da qual estamos falando, é um horizonte de futuro tecido com desejo. Não o desejo de um único indivíduo, nem o desejo de subir na ‘escada do sucesso’ segundo os parâmetros da eficiência do mercado regendo todos os aspectos da nossa vida, mas o desejo do reconhecimento mútuo e respeitoso entre pessoas e grupos sociais, o desejo de uma vida mais digna e prazerosa para todos\as. O desejo de um mundo onde caibam muitos e muitos mundos
É esse horizonte de esperança que nos mostra, nos revela, a mesquinhez e a irracionalidade de uma sociedade centrada na exclusão e insensibilidade, e a desumanidade de uma vida humana voltada para negar a sua condição humana. Horizonte de esperança não é algo que se toma dentre as ofertas do mercado, nem pode ser produzido individualmente. Como todo horizontede compreensão, eledeve sertecidonodiálogo,na construção de uma linguagem e esperanças comuns. Por isso, um horizonte de esperança que nos abra e nos interpele para a sensibilidade solidária só pode ser fruto de um desejo de dialogar com os\as que estão dentro e fora da sociedade, do nosso mundo (o mundo de cada um, o mundo de cada grupo social). Diálogo que pressupõe o reconhecimento mútuo
Quando imergimos nesse horizonte, descobrimos algumas verdades humanas básicas. A descoberta da minha condição humana não se dá fora do reconhecimento da condição humana (da dignidade humana) dos que estão ‘dentro e fora’ da sociedade. Eu não posso me descobrir como pessoa humana se não ‘descobrir’ o\a outro\a, o\a diferente, como participante da mesma condição humana. É o reconhecimento do\a diferente como ‘igual’, isto é, coparticipante da mesma condição humana, que me possibilita encontrar comigo mesmo. Na década de 70 haviauma propaganda que mostrava um menino e uma menina, cada um olhando dentro do short de banho do\a outro\a. Acima do desenho, a frase: ‘Ah! Descobri a diferença!’ É a descoberta de que existe um sexo diferente na mesma espécie humana, que me faz descobrir que eu sou um ser sexuado, masculino ou feminine
Em resumo, tentar encontrar-se consigo mesmo e realizar-se como ser humano negando o\a outro\a que lhe revela e lhe lembra as suas angústias e medos inerentes à sua condição humana é um caminho trágico, no sentido grego desse conceito, isto é, não como destino, mas como tomada de consciência de um desafio radical que parte da nossa condição humana. A única forma de nos realizarmos como seres humanos é reconhecendo e assumindo a nossa condição humana. É isto que nos possibilita vivermos as alegrias da vida, mas também os momentos tristes e angustiantes. Esse assumir a nossa condição humana pressupõe o reconhecimento do(a) outro(a) que nos lembra das nossas inseguranças. Este reconhecimento mútuo só é possível se cultivarmos e vivermos a sensibilidade solidária e o horizonte de esperança. Educar para a esperança é uma das chaves para educar para a sensibilidade solidária
A diversidade, as diferenças, a identidade, a exclusão e a inclusão, quando reparadas na sua desarmonia social,representam partes integrantes da vida em comunidade, em que são introduzidas as mudanças necessárias ao desenvolvimento social e, ao mesmo tempo, produzidas outras formas de relacionamentos, outras formas de diversidade, ou até mesmo outras maneiras e meios de abordagens no processo de interação do eu com o outro. Isso faz parte da natureza humana, ou seja, um estado em movimento, de renovação e de mudanças.
O ‘multiculturalismo’ é um termo polissêmico e existem, pelo menos, dois sentidos diferentes em que este pode ser utilizado. Um primeiro sentido é descritivo e reporta a um fato da vida humana e social, que é a diversidade cultural étnica, religiosa que se pode observar no tecido social, ou seja, um certo cosmopolitismo que atualmente é fácil de ver em qualquer grande cidade da Europa e da América do Norte. Um segundo sentido é prescritivo e está associado às chamadas políticas de reconhecimento da identidade e/ou da diferença que os poderes públicos prosseguem, ou deveriam prosseguir, segundo os seus defensores, em nome dos grupos minoritários e/ou ‘subalternos’
Multiculturalismo significa a existência de grupos de diversas culturas, assim como o embate político, econômico e social travado pelos diferentes grupos sociais na luta pelo respeito à diversidade. Por isso, além de estudos teóricos e empíricos, o termo implica na conquista de reivindicações das chamadas minorias ou grupos marginalizados, como os negros, índios, mulheres, homossexuais e outros tantos que buscam assegurar seus direitos sociais através de políticas públicas de ação afirmativa.
O multiculturalismo é pluralista, porque as diferenças coexistem em um mesmo país ou região. Ali convivem diferentes culturas, valores e tradições. Há o diálogo e convivência pacífica entre as culturas diversas. No entanto, esta coexistência pacífica não significa negar as diferenças entre as culturas, nem homogeneizá-las, mas compreendê-las a partir de uma visão dialética sobre os termos igualdade e diferença, na medida em que não se pode falar em igualdade sem levar em conta as diferenças culturais, e não se pode relacionar a diferença como medida de valor.
Igualdade e diferença não são termos opostos. Na verdade, a igualdade opõe-se à desigualdade, enquanto diferença opõe-se à padronização, à homogeneização, à produção em série. O que o multiculturalismo quer é lutar pela igualdade e pelo reconhecimento das diferenças.
O movimento multiculturalista surgiu em grande escala nas sociedades nas quais o direito à diversidade cultural foi historicamente negado.
O multiculturalismo teve início em países em que a diversidade cultural era vista como um problema para a construção da unidade nacional. Muitas nações construíram suas identidades por intermédio de processos autoritários, pela imposição de uma cultura, dita superior, a todos os membros da sociedade.
O multiculturalismo é um campo de estudos que aborda a problemática dos grupos de forma multidisciplinar.
O estudo do multiculturalismo requer uma compreensão interdisciplinar do contexto histórico, socioeconômico e cultural desses diferentes grupos sociais e da sua diversidade cultural construída conforme seu tempo e suas condições humanas e geográficas.
O Estudo de Gênero só foi possível porque, ao longo do tempo, o movimento social de mulheres “fez muito barulho”, denunciando as situações de opressão, preconceito e dominação que sofreram. A amplitude do movimento feminista não pode e não deve ser reconhecida apenas como um dos movimentos de luta das mulheres, porque muitas mulheres com perfis e histórias diferentes participaram. Se hoje o gênero representa uma categoria de análise tão importante para as ciências humanas e sociais, é porque se fez legítimo pelas tantas batalhas dos movimentos feministas, tornando-se fundamental para a compreensão das relações humanas.
O feminismo é um conceito múltiplo, ele possui uma dimensão política, que se refere aos movimentos de luta por direitos, e uma dimensão acadêmica, que se refere aos estudos da condição feminina. A dimensão acadêmica, ou seja, o campo de pesquisa e de conhecimento sobre as mulheres, pode ser considerada multidisciplinar, porque ocorre em diferentes campos disciplinares, como: Antropologia, História, Educação, Sociologia, Direito e vários outros.
O principal objetivo do movimento feminista não foi alcançar a igualdade entrehomensemulheres,mas simaequidadeentreeles.Paraasseguraraigualdade não deve ser necessário que as mulheres assumam posturas “masculinas”. Elas devem preservar suas identidades. Porisso a ideia de “equidade” e não igualdade.
O movimento femisnista foi dividido em três grandes momentos, que explicam as diferentes concepções e lutas do movimento.
A primeira onda feminista: Esse primeiro momento do feminismo, chamado “Primeira Onda Feminista”, refere-se a um período extenso de atividade feminista ocorrido durante o século XIX e fim do século XX, no Reino Unido, na França e Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos. No entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar, principalmente, na conquista de poder político, especialmente o direito ao sufrágio (voto) por parte das mulheres.
A segunda onda feminista: As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.
A Terceira onda feminista: o movimento feminista e o movimento gay merecem destaque como aqueles que de fato questionaram as relações “afetivosexuais” no espaço privado. A partir de então, esses questionamentos começaram a adentrar o espaço universitário e pesquisas passaram a ser desenvolvidas no interior de várias disciplinas. No Brasil, a partir dos anos 1970/80 começam a se desenvolver estudos sobre a condição feminina, em que basicamente se discutia a opressão das mulheres em uma sociedade patriarcal. Já a partir dos anos 1980 surgem os estudos sobre as mulheres, pois: “[...] se percebe que não é possível falar de uma única condição feminina no Brasil, uma vez que existem inúmeras diferenças, não apenas de classe, mas também regionais, de classes etárias, de ethos,entre as mulheres brasileiras” 
O gênero torna-se uma maneira de indicar ‘construções sociais’ – a criação inteiramente social de ideias sobre os papéis adequados aos homens e às mulheres. É uma maneira de se referir às origens exclusivamente sociais das identidades subjetivas dos homens e das mulheres. O gênero é, segundo esta definição, uma categoria social imposta sobre um corpo sexuado.
O conceitode gênero é relacional, ou seja, se constrói na relação entre homens e mulheres, haja visto que ninguém vive só, pois todas as pessoas se relacionam desde que nascem, independente das regras sociais e culturais.
Papéis de gênero são as representações (tomadas como representações de uma personagem no teatro) de cada sexo, ou seja, papéis sexuais são as características atribuídas a cada sexo, de acordo com sua cultura. São modelos do que é próprio e concernente a cada sexo. Sabe-se, através de relatos de historiadores, que os papéis de gênero podem ser alterados dentro de uma mesma sociedade, dependendo das situações.
A identidade de gênero, se forma a partir da socialização de valores e comportamentos que são internalizados logo nas primeiras fases da infância. Esses valores e comportamentos que são repassados são diferentes para cada sexo e também variam de uma cultura para outra.
Estudos de gênero: A construção social da desigualdade de Gênero (Educação Diferenciada): Os estudos compreendem que há uma educação diferenciada para meninos e meninas desde o seu nascimento. Nessa educação, reproduzem-se idealizações e modelos de papéis destinados a homens e mulheres na sociedade. Por exemplo, os meninos brincam de bola e carrinho, enquanto as meninas brincam de boneca e casinha, deixando claro o espaço que cada um ocupará dentro da sociedade. Por este motivo é que se organizam papéis diferenciados para homens e mulheres. Papéis femininos ou Feminilidades: De acordo como estudos, os modelos de feminino em nossa sociedade são criados a partir de símbolos antagônicos: Eva e Maria, bruxa e fada, mãe e madrasta. Sendo que essas definições propõem o que é bom para as mulheres e culpam-nas quando não correspondem a este padrão. A sociedade espera que as mulheres cuidem da casa, dos filhos e do marido, que sejam as guardiãs da moral da família, que sejam meigas, atenciosas, maternais e frágeis. Outras expressões de feminino são marginalizadas. Papéis masculinos ou Masculinidades: Os estudos sobre masculinidade tratam da construção da identidade masculina e das diferentes masculinidades. Além disso, tratam do discurso sobre o masculino, a idealização dele e os padrões de masculinidade. O que a sociedade espera do papel desempenhado pelos homens é que sejam provedores, fortes e viris. Outras expressões de masculinidade também são consideradas desviantes. Violência de gênero: Os estudos apontam que a violência de gênero é demonstrada no exercício de poder dos homens (na forma de espancamentos, insultos, ameaças, estupros, assédio, assassinatos e outros) sobre as mulheres e demais pessoas consideradas "inferiores" (homossexuais, crianças, idosos etc.). Esses estudos demonstram uma série de situações em que as mulheres têm sido historicamente violentadas em seus direitos, tanto no aspecto físico, quanto psicológico. Famílias: Muitos estudos reconhecem que há uma visão tradicional de família que não reconhece a existência de núcleos familiares chefiados somente por mulheres ou a constituição de famílias compostas por "agrupamento". De igual forma, são abordadas aqui as questões relativas aos papéis tradicionais desempenhados por homens e mulheres dentro das estruturas familiares. A imagem das mulheres nos meios de comunicação: Os estudos demonstram que os meios de comunicação parecem dar às mulheres "visibilidade" e "espaçoparadiscussão", mas que reforçam constantemente o seupapelde "objeto de consumo", de "utilidade pública" e "sexual". Por exemplo, nas propagandas de bebidas alcoólicas. A educação escolar: Os estudos reforçam que a educação escolar é transmissora de valores, atitudes e preconceitos, reprodutora das desigualdades de gênero e homofobia. Isso porque, no universo das instituições de ensino do nosso país, assuntos como Gênero e Sexualidade têm sido tratados historicamente como tabus. Quando se permite falar sobre esses temas, a escola tende a tratar a questão como uma dimensão da vida adulta, ligada à constituição da família e da reprodução, através de uma perspectiva biológica. Desta forma, tanto o exercício da sexualidade por si, quanto as orientações homoafetivas, neste espaço disciplinar, são negados. A escola tem assumido, entre outros, o papel de vigiar os limites entre as identidades e os papéis de gênero. Público e Privado: Os estudos demonstram que, a partir da consolidação do capitalismo, consolida-se também a ideologia de que existe uma esfera pública e outra privada. Esfera privada: Lugar próprio das mulheres, do doméstico, da subjetividade, do cuidado, da honra. Esfera pública: Espaço dos homens, da objetividade, dos iguais, da liberdade e do direito. Desta maneira, convencionou-se nas sociedades ocidentais o espaço privado para a mulher, a casa, o cuidado com os filhos e marido; e o espaço público ao homem, relações sociais, políticas e de trabalho. Essa “ordem” social criou diferenças e justificou desigualdades sexuais ao longo da história, sendo que muitas ainda permanecem nos dias de hoje. A divisão sexual do trabalho: Os estudos demonstram que historicamente a divisão sexual do trabalho enfatiza para os homens a produção e a subsistência da família e para as mulheres a reprodução e a educação das crianças. 
O setor privado, por mais óbvio que seja, não deveria ter participação do setor público. Esse setor também é conhecido como ‘iniciativa privada’ e tem papel preponderante na economia e desenvolvimento de um país.
Terceiro Setor: Tradicionalmente, as organizações são pensadas e divididas a partir de uma lógica política administrativa que dirige a organização, partindo de dois pontos: de ordem pública ou de ordem privada. As organizações que estão fora desses dois grupos, que não apresentam objetivo meramente lucrativo ou não (apenas) desempenham funções públicas, são as organizações sociais, ou seja, todas as organizações residuais são definidas nesse guarda-chuva, o que abarca um conjunto muito heterogêneo de tipos e práticas. Não podemos aqui confundir com o terceiro setor do ponto de vista econômico, ou também conhecido como setor terciário, que se caracteriza por desenvolver as atividades de comércio da produção industrial, e por serviços, como transportes, telecomunicações e energia.
“A expressão ‘terceiro setor’ pode considerar-se também adequada na medida em que sugere uma terceira forma de propriedade entre a privada e a estatal, mas se limita ao não estatal enquanto produção, não incluindo o não estatal enquanto controle”
“[...] o conceito de terceiro setor descreve um espaço de participação e experimentação de novos modos de pensar e fazer sobre a realidade social. É um campo marcado por uma irredutível diversidade de atores e formas de organização” 
A Organização Social é um tipo específico de ator dentro do terceiro setor. Apesar disso, algumas características podem ser apontadas como típicas das Organizações Sociais: • iniciativas privadas que buscam suprir uma utilidade de ordem pública, ou seja, seus fins são públicos; • constituído em grande parte por voluntários. Isso quer dizer que alguns membros devem trabalhar sem remuneração; • sem fins lucrativos (o que não quer dizer que não haverá salário para alguns membros, mas sim que o objetivo não é enriquecer); • deve ser formalmente constituída. Isso não significa que deve necessariamente ser uma instituição legalizada, mas sim possuir regras, procedimentos que assegurem a existência e atuação da organização; • a gestão é própria, não deve ser realizada por grupos externos; • passar por processo de regulamentação nesses últimos anos.
O terceiro setor não é público nem privado. Ele se situa num entremeio, preenchendolacunas do Estado através de uma atuação na esfera privada. Assim, as organizações visam prestar serviços com fins de atender demandas sociais em áreas como saúde, educação, cultura etc. Seu formato típico não é da Organização Não Governamental (ONG), e sim do setor estatal e do setor privado, que visam suprir as falhas do Estado e do setor privado no atendimento às necessidades da população, numa relação conjunta. 
O surgimento das Organizações Sociais acontece no contexto de crise do último quarto do século XX, a partir da proposta de Estado mínimo nos anos 1980 pelo neoliberalismo, que significa a maior redução possível do Estado na economia, o que significou um corte nos programas destinados ao apoio da população. Na década de 1990 essa proposta começa a se mostrar irreal e se inicia um retorno do Estado a uma posição mais atuante.
Possuir um título de Organização Social no Brasil, atualmente, garante o recebimento de benefícios do Estado, que abrangem dotações orçamentárias, isenções fiscais, subsídios etc. Reiterando que as Organizações Sociais devem atender a uma demanda específica da comunidade. Elas se fazem presentes atualmente na gestão de hospitais, santas casas, museus, institutos de fomento à pesquisa, de projetos voltados a algumas áreas específicas (saúde e cultura, esporte, no caso de alguns estados), manutenção de grupos (como a Fundação Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo).
Essas Organizações Sociais realizam a gestão do espaço público e querem melhorar a vida das pessoas, e, por consequência, a sociedade como um todo.
No Brasil, as Organizações Não Governamentais (as ONGs) surgem no país no contexto da entrada da sociedade civil de forma orgânica, quer dizer, da sua participação efetiva nos rumos do país através da política. Isso acontece nas últimas décadas do século XX, ou seja, pouco mais de 20 anos.
“[...] no Brasil, temas como direitos humanos, meio ambiente e fome têm tido como porta-voz, em grande parte, um conjunto de ONGs, que toma a iniciativa diante do Estado, propondo políticas diretamente ao Poder Executivo ou pressionando o Congresso Nacional para aprovações de leis” (
Exercendo o papel de pressionar governantes, as ONGs tratam de temas relativos a grupos e questões não trabalhadas sistematicamente, entre outras formas de atuação política. Como exemplo, podemos citar a questão do meio ambiente. Dentro das plataformas dos partidos, recentemente a discussão surgiu, e mesmo assim algo ainda raso, que não compreende o problema de forma profunda.
No que concerne às formas como as ONGs se movem no espaço público, vale chamar a atenção para o potencial de construção de redes, abrangendo os espaços locais,regionais e globais, como também as potencialidades de incluir, nessas redes, desde organizações internacionais, como as do sistema ONU e fundações financiadoras, até grupos semimarginalizados em bairros da periferia das grandes cidades.A noção de rede em relação às ONGs pode ser pensada de duas formas: uma é a rede entre ONGs incluindo também os movimentos sociais, na qual cada organização é ponto de transmissão para outras, maiores ou menores, locais ou globais. Outra forma de pensar a rede é como um espaço tridimensional onde as ONGs funcionam não apenas como pontos de transmissão, mas como pontos nodais, que acumulam e distribuem informações, acumulam poder, credenciam-se como representantes fazendo a ligação entre o Estado e a sociedade em geral
O que se espera de uma sociedade que se vê desafiada pelos seus indivíduos é que ela seja capaz de: • orientar as pessoas e os recursos materiais e financeiros para a promoção humana; • manter uma atitude crítica frente às propostas políticas vigentes; • vivenciar o espírito de partilha e ajuda mútua na comunidade educativa; • realizar campanhas comunitárias diante das situações emergentes.
A cultura e a arte são áreas que interagem entre si e com as demais áreas de conhecimento. A cultura, assim como a arte, é dinâmica, vai mudando conforme o tempo e o espaço. A cultura e a arte devem ser estudadas a partir de três concepções: erudita, popular e de massa.
A cultura erudita é aquela proveniente de estudos, pesquisas e que geralmente está associada às instituições acadêmicas, por se tratar de um processo de legitimação. A arte está associada a esta área, pois envolve a compreensão de conhecimentos artísticos, históricos, filosóficos e sociais. Assim, a arte erudita, também conhecida como a de vanguarda, é concebida conhecendo lugares como galerias de arte, exposições e museus, bem como toda a estrutura e dinâmica de mediação que ocorrem entre os locais e o espectador, propondo humanização dos sentidos. Já a cultura de massa surge com as novas tecnologias e com os meios de comunicação, como: jornais, televisão, rádio, cinema, música, internet, entre outros. A cultura de massa tem relação com o consumismo, devido à influência que a mídia exerce.A arte está relacionada à cultura de massa, devido à tecnologia utilizada e à grande quantidade de signos criados. E, por último, a cultura popular, que está relacionada ao que pertence à maioria do povo e que não é ensinada necessariamente em espaços formais de educação. É a definição de várias áreas de conhecimento, como: folclore, dança, música, festa, literatura, arte, artesanato etc. O conhecimento da cultura popular é passado de geração a geração.
Cultura é uma construção histórica, seja como concepção, seja como dimensão do processo social. Ou seja, a cultura não é algo natural, não é decorrência de leis físicas e biológicas. Ao contrário, a cultura é produto coletivo da vida humana.Isso se aplica não apenas à percepção da cultura, mas também à sua relevância, à importância que passa a ter. Aplica-se ao conteúdo de cada cultura particular, produto da história de cada sociedade. Cultura é um território bem atual das lutas sociais por um destino melhor. É uma realidade e uma concepção que precisam ser apropriadas em favor do progresso social e da liberdade, em favor da luta contra a exploração de uma parte da sociedade por outra, em favor da superação da opressão e da desigualdade.
A cultura é avaliada como um movimento humano que acontece a partir da convivência em grupo e da interação social. Portanto, é necessário percebermos as especificidades de cada grupo cultural, para assim observar e descobrir os signos existentes em busca da identidade de cada povo. São os valores culturais que identificam um povo, uma comunidade e cada pessoa. É através da cultura que se pode observar e caracterizar a história de vida, os costumes, as crenças e os hábitos de um determinado grupo social.
A compreensão de cultura é extremamente complexa, pois recebe novas definições com o passar do tempo, mas a partir da segunda metade do século XX criase uma concepção ampliada de cultura:
A partir de então, o termo cultura passa a ter uma abrangência que não possuía antes, sendo agora entendida como produção e criação da linguagem, da religião, da sexualidade, dos instrumentos e das formas do trabalho, das formas da habitação, do vestuário e da culinária, das expressões de lazer, da música, da dança, dos sistemas de relações sociais, particularmente os sistemas de parentesco ou a estrutura da família, das relações de poder, da guerra e da paz, da noção de vida e morte. A cultura passa a ser compreendida como o campo no qual os sujeitos humanos elaboram símbolos e signos, instituem as práticas e os valores, definem para si próprios o possível e o impossível, o sentido da linha do tempo (passado, presente e futuro), as diferenças no interior do espaço (o sentido do próximo e do distante, do grande e do pequeno, do visível e do invisível), os valores como o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, o justo e o injusto, instauram a ideia de lei, e, portanto, do permitido e do proibido, determinam o sentido da vida e da morte e das relações entre o sagrado e o profano.
A cultura pode ser entendida como importante agente para debater o estar e ser no mundo, que é entendido como um movimentoque está intimamente ligado a tudo e a todos os aspectos sociais, culturais, históricos e filosóficos.
Etnocentrismo é um preconceito que cada sociedade ou cada cultura produz, ao mesmo tempo em que procura incutir, em seus membros, normas e valores peculiares. Se sua maneira de ser e proceder é a certa, então as outras estão erradas, e as sociedades que as adotam constituem ‘aberrações’. Assim, o etnocentrismo julga os outros povos e culturas pelos padrões da própria sociedade, que servem para aferir até que ponto são corretos e humanos os costumes alheios. Desse modo, a identificação de um indivíduo com sua sociedade induz à rejeição das outras.
A Arte - O homem primitivo, por exemplo, precisou criar objetos que correspondessem às suas necessidades de sobrevivência, representando por meio de desenhos nas cavernas os seus anseios para suas caçadas. A partir da concepção de arte primitiva, Marilena Chauí (2008, p. 403) questiona sobre o “que dizem os desenhos nas paredes da caverna”. A autora afirma que “o mundo é visível, e para ser visto é que o artista dá a ver o mundo”. Com isso, a arte inicialmente teve aspecto de utilidade, mas com o passar do tempo, os utensílios e as representações começaram a ser criados pelo prazer em si, desvinculando da ideia unicamente de utilidade. 
Assim, a arte surge com novas compreensões: A distinção entre artes da utilidade e artes da beleza acarretou uma separação entre técnica (o útil) e arte (o belo), levando à imagem da arte como ação individual espontânea, vinda da sensibilidade e da fantasia do artista como gênio criador. Enquanto o técnico é visto como aplicador de regras e receitas vindas da tradição ou da ciência, o artista é visto como dotado de inspiração, entendida como uma espécie de iluminação interior e espiritual misteriosa, que leva o gênio a criar a obra.
A arte é muitas coisas. Uma das coisas que a arte é, parece, é uma transformação simbólica do mundo. Quer dizer: o artista cria um mundo outro – mais bonito ou mais intenso ou mais significativo, ou mais ordenado – por cima da realidade imediata [...]. Naturalmente, esse mundo do outro que o artista cria ou inventa nasce de sua cultura, de sua experiência de vida, das ideias que ele tem na cabeça, enfim, de sua visão de mundo
A primeira definição da arte estava ligada ao propósito de fazer ou produzir. A segunda definição de arte é compreendida como conhecimento, visão ou contemplação, isto significa que a obra pode retratar aspectos históricos, sociais e educativos. Já a terceira definição está ligada à arte como expressão, que é uma experiência com o sensível.
É difícil um conceito definitivo para responder o que é arte, pois a arte se transforma, se modifica de acordo com o contexto cultural no qual está inserida.
A arte é uma ciência do conhecimento que representa um elo entre o passado, o presente e o futuro, pois demonstra o pensar, o agir e todos os aspectos culturais existentes desde o homem primitivo até o homem contemporâneo.
O patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade de um povo. A preservação do patrimônio cultural significa, principalmente, cuidar (reproduzir sempre e os manter vivos) dos bens aos quais esses valores estão associados, ou seja, cuidar de bens representativos da história e da cultura de um lugar ou de um grupo social. A Constituição brasileira de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação – como o registro e o inventário – além do tombamento, instituído pelo Decreto nº 25, de 30 de novembro de 1937, que determina especialmente a proteção de edificações, paisagens e conjuntos históricos urbanos. O patrimônio imaterial cuida da preservação dos bens culturais de natureza imaterial, como os ofícios e saberes artesanais, as maneiras de pescar, caçar, plantar, cultivar e colher, de utilizar plantas como alimentos e remédios, de construir moradias, mas também manifestos através das danças e músicas, incluindo também os modos de vestir e falar, os rituais e festas religiosas e populares, as relações religiosas, sociais e familiares que revelam os múltiplos aspectos da cultura cotidiana de uma comunidade 
A arte na atualidade ou arte contemporânea, que surgiu mais intensamente a partir de 1960, busca romper com aspectos tradicionais da arte. A arte contemporânea passa a ser pensada como integrante da vida e do mundo, em que é concebida em lugares formais e informais, buscando a participação do público. Tem como característica a apropriação de materiais e objetos encontrados no cotidiano. Neste sentido, a obra tem um tempo de duração determinado.
A arte contemporânea proporcionou aos artistas maior Liberdade de criação, sendo que ampliou o conceito das linguagens artísticas do que pode ou não ser considerado como arte. Desta forma, podemos dizer que a arte contemporânea é uma arte conceitual, pois a ideia proposta pelo artista é mais importante que o objeto em si, valorizando a experiência que irá causar no público. Desta forma, pode-se pensar a arte na atualidade como uma área do conhecimento em uma relação com a natureza, com a realidade urbana e com o mundo tecnológico.
2 – Ciência - Quando contrapomos a ciência natural à ciência humana podemos perceber o jogo de conflitos, pois, conforme Omnés (1996), a ciência é capaz de explicar a realidade, bastando para isso princípios, regulamentos e normas. De qualquer maneira, tais conflitos são indissociáveis da epistemologia e da política, uma vez que ocorre a tentativa de autoridade de uma ciência sobre a outra. Desta forma, a realidade é comumente explicada pela ciência.
A ciência apresenta características que a fazem singular; é cumulativa, ou seja, não se costuma descartar informações ou dados obtidos; é computável, permite o devido registro de tais informações ou dados, e, além disso, é irrevogável. Segundo Abbagnano (2000), além de utilizar sua própria linguagem, é baseada em métodos e fundamentos epistemológicos, o que faz com que seja clara e objetiva.
Métodos - um método científico pode ser “um conjunto de procedimentos lógicos e de técnicas operacionais que permitem o acesso às relações causais constantes entre os fenômenos”. É “um conjunto de regras práticas que permitem garantir a qualidade da correspondência entre a representação científica e a realidade”.
Método deve cumprir ainda algumas etapas que visam diminuir a distância entre a cientificidade do conhecimento e a proposta de explicação do mesmo, que seriam: 
Etapa 1 - • EMPÍRICA OU EXPLORATÓRIA • análise dos fatos e determinação de regras baseadas na experiência. Etapa 2 - • CONCEPÇÃO OU PERCEPÇÃO • apropriação de conceitos e criação de princípios. Etapa 3 - • ELABORAÇÃO • indicação das consequências dos princípios. Etapa 4 - • CONSTATAÇÃO OU COMPROVAÇÃO • aprovação ou não das hipóteses propostas.
Tecnologia - Três vertentes possíveis para a utilização dessa palavra: 1. Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou prático. 2. Conjunto dos processos especiais relativos a uma determinada arte ou indústria. 3. Aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral.
Quando se fala nesse assunto, logo se pensa em tecnologia de ponta, sondas espaciais, nanotecnologia, enfim; porém, a própria transformação das peles de animais em roupas, dos elementos da natureza em utensílios domésticos, o uso do fogo, entre outros ao longo da história, são exemplos de tecnologia. E, sim, a tecnologia está presente desde muito cedo na vida do ser humano.
A tecnologia está em todos os meios, seja científico, cultural, social; com isso, ratificamos as colocações de que em todas as ações humanas há técnica e, portanto, a tecnologia está amplamente disseminada. Outrossim, é relacionada às implicações sobre todo esse conhecimento desenvolvido; segundo Diase Silveira (2005), o uso, o aproveitamento e os resultados são de acordo com o objetivo para o qual foi desenvolvida e o meio em que está inserida.
Pode-se perceber que a técnica está tão enraizada entre a natureza e o ser humano que, para Santos (2006), é quase impossível separá-la, pois o homem já não se vê mais sem o uso de tecnologia, que facilita, medeia e auxilia em muitos processos. Talvez possa surgir aí um fator de preocupação: substituição (em demasia) dos elementos naturais por processos artificiais.
Tecnocracia, ou seja, o uso do conhecimento científico nos demais meios, porém, com a divulgação exclusiva a partir do que a ciência e a técnica propõem como resultado. Nesse último, tal ação elimina as demais análises feitas a partir da concepção política, ideológica e social, o que, por sua vez, pode causar o determinismo tecnológico.
As ações são interligadas e que agem como reação em cadeia. Nesse processo, faz-se necessário entender a sociedade como agente integrante e mediador de todos os processos descritos
Sociedade: A Sociedade como Organismo - • Auguste Comte (1898): teoria do positivismo. Cita três etapas para a evolução da humanidade: teológica, metafísica e positiva. • Lewis Henry Morgan (1978): mudança social através da integração com a descoberta das forças motoras. 
A teoria dos ciclos históricos - Osvald Spengler (1932): propõe que as evoluções ocorrem de maneira cíclica e que têm período para iniciar e para encerrar.
O materialismo histórico e a mudança social - • Karl Marx (1867): a mudança na sociedade só ocorre impulsionada pelo conflito entre as diferentes classes sociais.
Fenomenologia - • Edmund Husserl (1859): apregoava que a sociedade necessitava apenas de análise no âmbito da consciência e que o mundo exterior poderia ser desconsiderado nesta análise.
Existencialismo - • Heidegger e Jean-Paul Sartre (1905): apresentaram correntes filosóficas que analisavam a relação entre o homem e o mundo, considerando homem um ser independente e, portanto, capaz de definir suas próprias ações.
Comte, em cuja teoria fez uso de leis e métodos das ciências naturais, entendendo a sociedade como um grande organismo vivo, interligado e interdependente. O principal conceito defendido por Comte era de que a sociedade evoluía apenas em uma direção, ou seja, sua postura frente às mudanças era conservadora. Com base nesta teoria surgiram outras, nesta mesma linha de pensamento, denominadas como Neopositivismo. Spengler entendia que a sociedade evoluía em ciclos que se encerravam em grandes períodos, citando como exemplos as sociedades babilônica, egípcia, romana. Marx, por sua vez, defendia a ideia de que a sociedade, como capitalista, começara a dividir as classes sociais e tal divisão proporcionava observar a evolução da sociedade num viés de produtividade e capitalismo. Husserl tinha grande preocupação com a essência dos objetos e não com o materialismo. Desta forma, considerava mais importante a experiência da consciência do que os demais fatores materiais ou ideias. Michel Foucault defendia a ideia de que o saber estava fortemente ligado ao poder, e propunha uma genealogia para analisar a sociedade com a ideia de que o saber estaria presente nas relações humanas e nas instituições disciplinadoras.
Tecnocracia, pela qual a ciência passa a ter razão sobre tudo e todos. Pois bem, esta visão apresenta um modelo de progresso linear, pelo qual o desenvolvimento social é apenas consequência do desenvolvimento proposto pela ciência, que, por sua vez, geraria o desenvolvimento tecnológico e, somente então, chegaria no desenvolvimento social. 
Quando se trata do modelo linear apresentado, a perspectiva é de que tanto a ciência quanto a tecnologia determinam as ações e melhorias, e a sociedade, por sua vez, somente as recebe sem possibilidade de interação. 
“Utopia de interesses”, ou seja, coloca a ciência como melhor explicação da real condição da sociedade.
A tecnocracia, ou seja, a decisão de manter apenas uma vertente entre ciência, tecnologia e sociedade não é neutra, pois age sobre interesses políticos.
Após a II Guerra Mundial, a parceria entre ciência e tecnologia passou por profundas mudanças, principalmente por começar a levar em conta o bem-estar social. O primeiro avanço foi no sentindo de considerar o desenvolvimento tecnológico um dos impulsionadores do progresso. A ciência, de certa maneira, também passou por mudanças, ganhando a cada período maior importância. 
Com o criticismo social, ciência e tecnologia passam a ter uma conotação diferente e menos isolada. O ensino de Ciências com enfoque ciência, tecnologia, sociedade e ambiente (CTSA) a partir de questões sociocientíficas (QSC), “tem por objetivo a emancipação dos sujeitos ao fazer com que eles problematizem a ciência e participem de seu questionamento público, engajando-se na construção de novas formas de vida e de relacionamento coletivo” “têm em comum o objetivo de focar o ensino de Ciências na formação para a cidadania dos estudantes no ensino básico e superior, bem como nos processos de formação cidadã mais amplos abrangidos na sociedade”.
Wiebe Bijker (1951- ) é um construtivista social que trabalhou visando estabelecer novas bases teóricas e metodológicas entre a CTS. O elo para esta nova parceria seria a sociedade e, no momento em que assume este ponto de vista, começa a trabalhar com o também construtivista social Trevor Pinch. Ambos envolvidos na divulgação de documentos que debatem o relacionamento entre ciência e tecnologia, e destacando a importância da essência social.
Milton Santos traz à luz a discussão do meio ambiente e sua relação com CTS, portanto, na visão desse pesquisador já poderíamos usar o conceito CTSA. Ele aborda questões como o espaço e a sucessão de relacionamento entre o homem e a natureza, bem como a da organização humana. Dessa forma, faz uma interessante análise sobre a divisão do espaço geográfico
Meio natural, o homem escolhia da natureza aquelas suas partes ou aspectos considerados fundamentais ao exercício da vida, valorizando, diferentemente, segundo os lugares e as culturas, essas condições naturais que constituíam a base material da existência do grupo.
Meio técnico - O período técnico vê a emergência do espaço mecanizado. Os objetos que formam o meio não são, apenas, objetos culturais; eles são culturais e técnicos ao mesmo tempo. Quanto ao espaço, o componente material é crescentemente formado do “natural” e do “artificial”. Mas, o número e a qualidade de artefatos variam. As áreas, os espaços, as regiões, os países passam a se distinguir em função da extensão e da densidade da substituição, neles, dos objetos naturais e dos objetos culturais, por objetos técnicos.
O meio técnico-científico-informacional - O terceiro período começa praticamente após a Segunda Guerra Mundial, e sua firmação, incluindo os países de terceiro mundo, vai realmente dar-se nos anos 70. É a fase a que R. Richta (1968) chamou de período técnico-científico, e que se distingue dos anteriores pelo fato da profunda interação da ciência e da técnica, a tal ponto que certos autores preferem falar de tecnociência para realçar a inseparabilidade atual dos dois conceitos e das duas práticas.
Um dos principais incentivadores do movimento construtivista social foi Wiebe Bijker - Bijker pretende dar conta dessa realidade através da elaboração de uma teoria que: a) explique tanto a mudança quanto a estabilidade das técnicas; b) seja simétrica, ou seja, possa ser aplicada tanto às técnicas que dão certo como às que falham; c) considere tanto as estratégias inovadoras dos atores como o caráter limitador das estruturas; e, finalmente d) evite distinções a priori entre o social, o técnico, o político ou o econômico.
Os “grupos sociais relevantes” são aqueles mais diretamente relacionados ao planejamento, desenvolvimento e difusão de um artefato dado; na verdade, seria na interação entre os diferentes membros desses grupos que os artefatos são constituídos. Nesse processo, os atores não agem aleatoriamente,mas segundo padrões específicos, isto é, agem a partir das “estruturas tecnológicas” às quais estão ligados; esta noção – central, neste quadro analítico-descritivo – é ampla o suficiente para incluir teorias, conceitos, estratégias, objetivos ou práticas utilizadas na resolução de problemas ou mesmo nas decisões sobre usos, pois não se aplica apenas a grupos profissionais especializados, mas a diferentes tipos de grupos sociais.
Na medida em que os grupos atribuem diferentes significados a um mesmo artefato, sua construção supõe um exercício de negociações entre esses mesmos grupos, onde o uso da retórica é um recurso poderoso, ou seja, é objeto de uma “flexibilidade interpretativa”. Quando esta atividade de ajustes se estabiliza e um significado é fixado ou aceito, diz-se que o artefato atingiu o estágio de “fechamento”.
Três vertentes singulares: modernidade, pós-modernidade e globalização.
Globalização: está fortemente ligado à maneira como foi apreendido pela sociedade. O marco inicial da globalização é fracamente indicado, como no período da Revolução Tecnocientífica, porém, viu-se nesse uma importante ferramenta de longo alcance, com ligações para diferentes partes do mundo. A globalização está amparada, principalmente, nos avanços tecnológicos, assim como nas relações sociais e econômicas, no mercado da conectividade e da virtualidade. A compressão da globalização, conhecida como compressão tempoespaço, é abordada como sendo a responsável por alterar a forma de comunicação entre as pessoas, como a telefonia móvel (HARVEY, 2003). Porém, como tudo tem seu outro lado, assim também é na globalização, podendo proporcionar tanto a inclusão como a desigualdade social.
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) COMO FATOR DETERMINANTE NO ADVENTO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
As grandes organizações mundiais passam por um processo de descentralização e interconexão das empresas, exemplos desse processo são: o aumento do capital frente ao trabalho, com o declínio do sindicalismo e crescente desemprego e a incorporação massiva da mulher no mundo do trabalho.
Com o crescente aumento do uso das Tecnologias da Informação e de Comunicação nos diversos setores da atividade humana, bem como a sua integração às facilidades das telecomunicações, tornou-se evidente a possibilidade de ampliar cada vez mais, tanto o acesso à informação, quanto o desenvolvimento de novos meios que proporcionem de forma rápida sua distribuição no campo das pesquisas científicas. As atividades tradicionais, como a leitura, a escrita, o correio, o comércio, a publicidade ou o ensino, em atividades realizadas em ambientes virtuais, passam agora a ser capturadas por esses novos dispositivos tecnológicos de informática, cada vez mais avançados.
O uso das TIC resultou da interação de três processos independentes: revolução da tecnologia da informação; da economia (crise econômica do capitalismo e do estatismo e a consequente reestruturação de ambos); e apogeu de movimentos sociais e culturais, tais como a afirmação das liberdades individuais, dos direitos humanos, do feminismo e do ambientalismo.
Sociedade em rede: Na escala societária, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) constituíam um limiar sobre o qual se sucediam os acontecimentos políticos, militares ou científicos, tornando-se desta forma uma expressão de competição global, cuja lógica encontrava-se inserida dentro de uma economia informacional/global; e uma nova cultura, a cultura da virtualidade real, em que a sociedade e a cultura estão subjacentes à ação e às instituições sociais em um mundo interdependente. A interação entre esses processos e as reações por eles desencadeadas fez surgir uma nova estrutura social dominante, a sociedade em rede.
Por intermédio da tecnologia, redes de capital, de trabalho, de informação e de mercados conectaram funções, pessoas e locais valiosos ao redor do mundo, ao mesmo tempo em que desconectaram as populações e territórios desprovidos de valor e interesse para a dinâmica do capitalismo global. Seguiram-se exclusão social e não pertinência econômica de segmentos de sociedades, de áreas urbanas, de regiões e de países inteiros, constituindo o que chamo de ‘o Quarto Mundo’. A tentativa desesperada de alguns desses grupos sociais e territórios para conectar-se à economia global e escapar da marginalidade levou a uma situação que chamo de ‘a conexão perversa’, quando o crime organizado em todo o mundo tirou vantagem de sua condição para promover o desenvolvimento da economia do crime global. O objetivo é satisfazer o desejo proibido e fornecer mercadorias ilegais à contínua demanda de sociedades e indivíduos abastados
Resultados da “revolução tecnológica na estrutura social”: • informação e conhecimento estão profundamente inseridos na cultura das sociedades; • as novas tecnologias da informação agregam processos de produção, distribuição e direção, permitindo diferentes tipos de atividades interligadas de acordo com o modo organizativo que se ajusta melhor à estratégia da empresa ou à história da instituição. Três conceitos surgem dessa transformação fundamental do modo em que o sistema de produção opera e, juntos, formam as bases atuais da nova economia e forçarão a redefinição da estrutura ocupacional, além do sistema de classes da nova sociedade: articulações entre as atividades; redes que configuram as organizações; e fluxos de fatores de produção e de mercadorias; flexibilidade e adaptabilidade são necessidades fundamentais para a direção de organizações, pois complexidade e incerteza são características essenciais do novo meio ambiente organizacional; • as novas tecnologias de comunicação têm um impacto direto sobre os meios de comunicação e sobre a formação de imagens, representações e opinião pública em suas sociedades, resultando em uma tensão crescente entre globalização e individualização no universo dos audiovisuais; • as fontes de poder na sociedade e entre as sociedades são alteradas pelo caráter estratégico das tecnologias e da informação na produtividade da economia e na eficáciadas instituições sociais.Ahabilidadedepromover amudança tecnológica está relacionada diretamente com a habilidade de uma sociedade para difundir e intercambiar informações e relacioná-las com o restante do mundo. 
As chamadas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) têm se apresentado como um fator decisivo na nova organização social, sem precedentes na história. O próprio capitalismo passa por um processo de profunda restauração, caracterizado por maior flexibilidade de gerenciamento; descentralização das empresas e sua organização em redes tanto internamente quanto em suas relações com outras empresas; considerável fortalecimento do papel do capital vis-à-vis o trabalho, comodeclínio concomitanteda influênciadosmovimentosde trabalho; incorporação maciça das mulheres na força de trabalho remunerada, geralmente em condições discriminatórias; intervenção estatal para desregular os mercados de forma seletiva e desfazer o estado do bemestar social com diferentes intensidades e orientações, dependendo da natureza das forças e instituições políticas de cada sociedade; aumento da concorrência econômica global em um contexto de progressiva diferenciação dos cenários geográficos e culturais para acumulação e a gestão de capital.
O termo tecnologia provém do verbo grego tictein, que significa "técnica, arte, ofício", juntamente com o sufixo "logia", que significa "estudo", portanto, o conhecimento prático que almeja alcançar um determinado fim concreto.
“Tecnologia” como o repositório acumulado de conhecimento cultural sobre ambientes físicos e seus recursos materiais, com vista sasatisfazer desejos e vontades. Contudo, segundo afirma Johnson (1997), tecnologia não pode ser confundida com a ciência, na medida em que ela consiste de conhecimentos práticos sobre como usar recursos materiais, ao passo que a ciência consiste de conhecimento abstrato e teorias sobre como o processo do conhecimento se constrói.
A tecnologia se

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