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Relatório Fitossociologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Campus Universitário de Curitibanos
Curso de Engenharia Florestal
Rod. Municipal Ulysses Gaboardi, km 3 – CEP 89.520-000
Curitibanos – Santa Catarina
CBV 7306 – Fitossociologia
Profº. Dr. Marcelo Callegari Scipioni
FLORESTA OMBRÓFILA MISTA 
Análise fitossociológica em floresta de 
Araucária na região de Fraiburgo, SC
Leonardo Demarchi Schites dos Santos
Curitibanos
2017
INTRODUÇÃO
Segundo Liebsch (2004), a Floresta de Araucária ou pinheiral, também denominada Floresta Ombrófila Mista (FOM), possui tais denominações por conter uma massiva quantidade de araucária (Araucaria angustifólia (Bert.) O. Kuntze), sendo que esse tipo de floresta apresenta uma das mais ricas formações florestais do planalto sul-brasileiro. Estudos relacionado à Floresta Ombrófila Mista conforme Higuchi (2012), demonstram que a maior área de distribuição geográfica que essas áreas se encontram, são em locais de elevada altitude e com baixas temperaturas médias anuais, associando-se aos campos naturais, de predominância da região do planalto meridional. 
O planalto catarinense localiza-se na porção central do Estado e apresenta relevo amplamente variável, podendo ser desde montanhoso a suave ondulado, com altitudes que variam entre 700 a 1.800 m acima do nível do mar. Seu gradiente de altitude declina ao longo do sentido Leste-Oeste. (HIGUCHI, 2012)
No sul do Brasil, as áreas ocupadas pela Floresta Ombrófila Mista, reduziram significativamente nos últimos anos, razão essa, pela exploração de madeira de Araucaria angustifolia e espécies consorciadas à mesma, como por exemplo a imbuia (Ocotea porosa (Nees) L. Barr.), a expansão de áreas para agricultura, entre outros fatores. Portanto, essas áreas necessitam de preservação por meio de proteção integral de seus remanescentes e/ou por execuções de planos de manejo em regime sustentado, sobretudo pelo conhecimento da sua regeneração natural. (KOZERA, 2006)
Narvaes (2005) elucida que, os remanescentes florestais, na sua grande maioria, poderiam encontrar-se em melhores condições, caso a exploração das espécies de interesse econômico tivesse levado em consideração as áreas de regeneração natural. O conhecimento sobre a caracterização, auto-ecologia, estrutura e dinâmica, sendo essas, características fundamentais nas diretrizes dos planos de manejo, auxiliariam na contabilização do estoque da regeneração natural. 
Trabalhos onde são levantados dados de levantamento qualitativo e quantitativo são importantes, para o conhecimento da flora e a estrutura da vegetação, dado que a devastação das florestas brasileiras é uma atual realidade. Em trabalhos de recuperação de áreas degradadas, esses estudos contribuem fortemente para a compreensão da dinâmica das comunidades vegetacionais (KOZERA; DITTRICH; SILVA, 2006; apud RODRIGUES, 1988).
Objetivo
	O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento do conhecimento prático e teórico de métodos de amostragem e plotagens de perfis verticais e horizontais de parcelas de floresta em estágio avançado de regeneração, utilizando o programa Corel Draw.
Justificativa
	Considerando o atual cenário de devastação das florestas brasileiras, se faz necessário e de grande importância, o conhecimento sobre os levantamentos qualitativos e quantitativos de áreas naturais, principalmente no sentido de compreender a dinâmica destas comunidades vegetacionais para a recuperação de áreas degradadas.
Materiais e Métodos 
Materiais:
Balizas;
Fitas para medições de circunferências;
Facão;
Pranchetas, planilhas para anotações, canetas;
Trenas;
Trupulse 200X;
Computador para análise dos dados;
Métodos
A área que o presente estudo foi realizado, localiza-se no município de Fraiburgo (SC), mais precisamente no parque Rene Frey, coordenadas (xxxx), com altitude de 1048 metros. A região apresenta clima quente e temperado. Existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. Segundo a Köppen e Geiger o clima é classificado como Cfb. A temperatura média anual em Fraiburgo é 15.3 °C. 1746 mm é a pluviosidade média anual. 
O estudo contou com a seleção de 11 parcelas, sendo que cada uma com 10 x 10,50 m. As parcelas selecionadas receberam uma identificação individual de acordo com uma sequência de números de 1 a 11. Os seguintes parâmetros foram determinados: DAP; altura de bifurcação (HB); altura de copa (HC); altura total (HT), posição sociológica (PS) e localização geográfica das posições X e Y, além do tamanho de copa. Depois da instalação das parcelas, foi estipulado um valor de inclusão para as mensurações das espécies de 5 cm de diâmetro à altura do peito. A posição fitossociologica foi determinada de acordo com o arranjo dos indivíduos arbóreos na floresta, onde 1= dominante, 2= codominante e 3= suprimida. O trabalho foi realizado por 10 alunos, divididos em 3 grupos. Quando todos os dados e informações foram coletados, realizaram-se análises e tratamento dessas informações no laboratório de informática da Universidade Federal de Santa Catarina, utilizando-se programas Corel e Excel.
DADOS e ANÁLISES
Descrição florística
Diante os dados coletados para a realização do estudo, foram registrados 92 indivíduos numa área basal de 7,10m². Desse total de indivíduos, foram determinadas 24 espécies em 17 famílias botânicas. Apenas um indivíduo foi caracterizado em nível de família e dois indivíduos não puderam ser identificados.
Das 17 famílias identificadas no presente estudo, as famílias Sapindaceae e Lauraceae apresentaram maiores valores de riqueza de espécies, sendo que as duas apresentaram três espécies cada. (Tabela 2). Em estudos realizados por Nascimento (2001), indica que em amostra estudada em fragmento de FOM, no estado do RS, as famílias com a maior riqueza são Myrtaceae, Sapindaceae e Lauraceae. 
As espécies 
Descrição Fitossociológica
Para a caracterização da estrutura horizontal das parcelas, cálculos dos estimadores fitossociológicos foram utilizados, como os de frequência, dominância, densidade, valor de importância e valor de cobertura. A estrutura vertical foi caracterizada de acordo com os diferentes estratos e suas espécies dominantes, co-dominantes e suprimidas,de acordo com a composição vegetal da comunidade. Seguindo a metodologia usada por Santos (2016), foi considerado para a análise da estrutura vertical do fragmento, a distribuição do número de indivíduos em cada estrato, levando em consideração o valor da posição sociológica de cada espécie. Os índices ecológicos de diversidade de Shannon-Weaver (H’) foram calculados por meio do software Past 3.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fitossociologia e florística do componente arbóreo arbustivo
Com o auxílio do programa Excel foram feitas as análises estatísticas das amostras, nestas novas análises descobriu-se que algumas árvores foram perdidas ou mortas desde a análise anterior, houve o incrento de madeira de algumas espécies, porém em sua maioria, não houve mudança significativa de incremento ou altura. A tabela 1 mostra a quantidade e porcentagem de árvores dominantes, co-dominantes e suprimidas encontradas nas parcelas analisadas, com destaque para algumas espécies conforme a tabela a seguir. 
No componente arbóreo das parcelas foram amostrados 114 indivíduos vivos, 39 indivíduos mortos não classificados e 1 cipó, totalizando 154 indivíduos dentro das 10parcelas amostrais instaladas, além do registro dos xaxins presentes no fragmento, totalizando 12 xaxins. A família que se destacou com maior riqueza foi a Myrtaceae, e a família com maior número de indivíduos foi a Bignoniaceae.
Tabela 1: Porcentagens e números de árvores dominantes, co-dominantes e suprimidas nas parcelas
	Espécies
	Dominância
	Co-dominânciaSuprimida
	Total
	
	N
	%
	N
	%
	N
	%
	
	Allophylus edulis (A.St.-Hil., A.Juss.&Cambess.)Hieron. ex Niederl.
	0
	
	0
	
	1
	
	1
	Annona rugulosa (Schltdl.) H. Rainer.
	0
	
	0
	
	1
	
	1
	Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
	2
	
	0
	
	1
	
	2
	Asteraceae coleta 1
	0
	
	0
	
	1
	
	1
	Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg
	1
	
	0
	
	0
	
	1
	Casearia decandra Jacq.
	0
	
	2
	
	6
	
	8
	Cipó
	0
	
	0
	
	2
	
	2
	Clethra scabra Pers.
	0
	
	2
	
	1
	
	3
	Cupania vernalis Cambess.
	1
	
	1
	
	1
	
	3
	Dicksonia sellowiana Hook.
	0
	
	1
	
	1
	
	2
	Ligustrum lucidum W.T. Aiton
	0
	
	0
	
	1
	
	1
	Matayba elaeagnoides Radlk.
	0
	
	2
	
	2
	
	4
	Mimosa scabrella Benth.
	0
	
	2
	
	0
	
	2
	Morta
	0
	
	1
	
	0
	
	1
	Myrsine gardneriana A. DC.
	0
	
	1
	
	0
	
	1
	Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
	0
	
	1
	
	1
	
	2
	Ocotea puberula (Rich.) Nees
	1
	
	0
	
	0
	
	1
	Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez
	0
	
	1
	
	0
	
	1
	Prunus myrtifolia (L.) Urb.
	0
	
	1
	
	0
	
	1
	Sem folha
	0
	
	1
	
	2
	
	3
	Solanum pseudoquina A. St.-Hill.
	0
	
	1
	
	0
	
	1
	Strychnos brasiliensis Mart.
	0
	
	0
	
	1
	
	1
	Styrax leprosus Hook. & Arn.
	0
	
	1
	
	1
	
	2
	Vernonia discolor (Spreng.) Less
	1
	
	4
	
	1
	
	6
	Total geral
	6
	-
	22
	-
	64
	-
	
	Araucária angustifólia é a árvore que apresentou-se maior no quesito de dominância. Para o parâmetro de planta co-dominante, a espécie que se apresentou em maior quantidade foi a Vernonia discolor. Em relação ao parêmetro de espécie mais suprimida deste estudo foi a Dicksonia sellowiana
Estruturas: horizontal e vertical
	A plotagem dos perfis horizontais e verticais referentes a cada parcela, foram realizadas no programa Corel Draw, no laboratório de informática, assim representado na Figura 1:
Figura 1: Estruturas horizontal e vertical das parcelas amostradas
Estrutura Horizontal
As espécies arbóreas que apresentaram maior densidade no fragmento foram o Jacaranda puberula, seguido pela Ocotea pulchella, Matayba elaeagnoides e a Casearia decandra. No entando a árvore com maior dominância foi a Ocotea pulchella. O M representa na tabela 2 o valor de importância de cada espécie, neste quesito a Ocotea pulchella se sobressaiu novamente, devido ao fato de ter sido a espécie com maior valor de frequência e densidade.. As árvores mortas em pé e as desaparecidas apresentaram 39 indivíduos amostrados no fragmento estudado.
Estrutura Vertical
Dentre as espécies com maior abundância de indivíduos, Jacaranda puberula obteve a maioria dos indivíduos distribuídos no estrato inferior, a espécie com maio valor de importância foi a Ocotea pulchela (gráfico 1), entre as árvores suprimidas a Celtis iguanaea, Drimys brasiliensis, Maytenus ilicifolia, Myrceugenia miersiana, Myrsine coreacea, Sloanea monosperma e Styrax leprosus foram as que mais se destacaram
Tabela 2: Dados de densidade absoluta e relativa, dominância absoluta e relativa e as frequências absoluta e relativa das espécies amostradas
	Espécies
	N
	DoA (m²/ha)
	DoR (%)
	DA (ind./ha)
	DR (%)
	FA(%)
	FR (%)
	VI
	PI
	Dicksonia sellowiana Hook.
	42
	14,94160
	23,17
	381
	45,7
	81,8
	18,0
	86,8
	28,9
	Ocotea puberula (Rich.) Nees
	1
	22,55460
	34,98
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	38,1
	12,7
	Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
	3
	18,55184
	28,77
	27
	3,3
	18,2
	4,0
	36,0
	12,0
	Casearia decandra Jacq.
	8
	0,82053
	1,27
	73
	8,7
	63,6
	14,0
	24,0
	8,0
	Vernonia discolor (Spreng.) Less
	6
	3,28884
	5,10
	54
	6,5
	36,4
	8,0
	19,6
	6,5
	Matayba elaeagnoides Radlk. 
	4
	0,11700
	0,18
	36
	4,3
	27,3
	6,0
	10,5
	3,5
	Styrax leprosus Hook. & Arn.
	2
	1,86626
	2,89
	18
	2,2
	18,2
	4,0
	9,1
	3,0
	Cupania vernalis Cambess.
	3
	0,51781
	0,80
	27
	3,3
	18,2
	4,0
	8,1
	2,7
	Sem folha
	3
	0,30005
	0,47
	27
	3,3
	18,2
	4,0
	7,7
	2,6
	Clethra scabra Pers.
	3
	0,20059
	0,31
	27
	3,3
	18,2
	4,0
	7,6
	2,5
	Mimosa scabrella Benth.
	2
	0,17994
	0,28
	18
	2,2
	18,2
	4,0
	6,5
	2,2
	Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
	2
	0,14443
	0,22
	18
	2,2
	18,2
	4,0
	6,4
	2,1
	cipó
	2
	0,06070
	0,09
	18
	2,2
	9,1
	2,0
	4,3
	1,4
	Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg
	1
	0,28648
	0,44
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,5
	1,2
	Strychnos brasiliensis Mart.
	1
	0,12566
	0,19
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,3
	1,1
	Allophylus edulis (A.St.-Hil., A.Juss.&Cambess.)Hieron. ex Niederl.
	1
	0,10978
	0,17
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,3
	1,1
	Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez
	1
	0,09354
	0,15
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,2
	1,1
	Solanum pseudoquina A. St.-Hill.
	1
	0,08344
	0,13
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,2
	1,1
	Asteraceae coleta 1 
	1
	0,04879
	0,08
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,2
	1,1
	Morta
	1
	0,04511
	0,07
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,2
	1,1
	Prunus myrtifolia (L.) Urb.
	1
	0,03818
	0,06
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,1
	1,0
	Ligustrum lucidum W.T. Aiton
	1
	0,03493
	0,05
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,1
	1,0
	Myrsine gardneriana A. DC.
	1
	0,03493
	0,05
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,1
	1,0
	Annona rugulosa (Schltdl.) H. Rainer.
	1
	0,02887
	0,04
	9
	1,1
	9,1
	2,0
	3,1
	1,0
	Total Geral
	92
	64,47394
	100
	834
	100,0
	454,5
	100,0
	300,0
	100,0
Fonte: o autor. Em que: N: quantidade de espécies; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; DA: densidade absoluta; DR: densidade relativa; FA: frequência absoluta; FR: frequencia relativa; VI: valor de importância, PI: percentual de impotância.
A tabela acima mostra que as famílias que obtiveram maiores valores de riqueza foram Lauraceae e Sapindaceae, totalizando 3 espécies cada. As espécies de Dicksonia sellowiana, Casearia decandra e Vernonia discolor obtiveram maior densidade. 
Índice de Shannon-Wiener (H’)
Este índice pode expressar a riqueza e a uniformidade de certos grupos e considera igual peso entre as espécies raras e abundantes, quanto maior for o valor do índice, maior será a diversidade florística da população em estudo (MATA NATIVA, 2017).
Conforme demosntrado no gráfico 2, o índice de Shannon-Wiener apresentou valores significantes e positivos para a riqueza e uniformidade, esse fato pode ter ocorrido, pois a área amostrada apresentava estágio avançado de regeneração com baixo efeito de ação antrópica
Tabela 3: Índice de diversidade das parcelas amostradas
Gráfico 2: Índice de diversidade das parcelas amostradas
Curva de acumulação de espécie
Os métodos para o estabelecimento da área amostral mínima, podem ser considerados pela curva de acumulação de espécies. Esta curva leva em consideração o valor representativo de espécies amostradas e o tamanho das parcelas levantadas. Como demonstrado no gráfico 3, a curva de acumulação de espécies contém 24 espécies, porém não se estabilizou, ou seja, há uma necessidade de mais amostragens. O número de espécies aumenta com o aumento do esforço amostral (BARROS, 2009).
Gráfico 3: Curva de acumulação de espécie
Conclusões
	O fragmento estudado demostrou regeneração positiva nos estratos arbustos arbustivos, porém nestas novas análises descobriu-se que algumas árvores foram perdidas ou mortas desde a análise anterior, houve o incrento de madeira de algumas espécies, porém em sua maioria, não houve mudança significativa de incremento ou altura. O acréscimo de xaxins nessa nova análise serviu para mostrar o estado satisfatório de regeneração em que o fragmento estudado se encontra, o qual obteve presença significativa.
	A partir das análises estatísticas realisadas, foi possível concluir que a Ocotea pulchella é a árvore com maior número de indivíduos no quesito dominância, enquantoo Jacaranda puberula obteve maior representatividade ao se tratar de árvores co-dominantes, encontramos ainda, um número significativo de árvores suprimidas da espécie Casearia decandra, no caso dessas árvores suprimidas, isso pode estar ligado ao fato de que a floresta ainda se encontra em regeneração, outro fator importante é o fato da ocorrência de uma estrada que passava pelo local onde hoje se encontram essas parcelas.
	Os dados analisados mostraram ainda que a árvore com maior densidade foi o Jacaranda puberula, seguido pela Ocotea pulchella, Matayba elaeagnoides e a Casearia decandra, no entando a árvore com maior dominância foi a Ocotea pulchella. Quando analisado o valor de importância de cada espécie a Ocotea pulchella se sobressaiu novamente, devido ao fato de ter sido a espécie com maior valor de frequência e densidade. A curva de acumulação de espécies, mostrou que mesmo com trinta indivíduos a curva ainda não se estabilizou, isso por que a quantidade de parcelas, que totalizaram 10, não foi suficiente para uma análise significativa, levando em consideração que a riqueza total não foi atingida.
	
Referências
LIEBSCH, D.; ACRA, L. A. Riqueza de espécies de subbosque de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, em Tijucas do Sul, PR. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 14, n. 1, p. 67-76, 2004.
HIGUCHI, P. et al. Influência de variáveis ambientais sobre o padrão estrutural e florístico do componente arbóreo, em um fragmento de floresta ombrófila mista montana em Lages, SC. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 1, p. 79-90, jan./mar. 2012b.
KOZERA, Carina; DITTRICH, Vinícius Antonio de Oliv Eira; SILVA, Sand Ro Menezes. COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA MONTANA DO PARQUE MUNICIPA L DO BARIGÜI, CURITIBA, PR. Curitiba: Banpesq, 2006. 14 p. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/floresta/article/view/5965/4267>. Acesso em: 01 dez. 2017.
NARVAES, I. S.; BRENA, D. A.; LONGHI, S. J. Estrutura da regeneração natural em Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 15, n. 4, p. 331-342, 2005.
CLIMATE-DATA.ORG. Clima: Fraiburgo. 2017. Disponível em: <https://pt.climate-data.org/location/43649/>. Acesso em: 01 dez. 2017
MATA NATIVA (Viçosa). Mata Nativa. Interpretação dos Índices de Diversidade de espécies obtidos em Levantamento Fitossociológico – Parte 1. 2017. Disponível em: <http://www.matanativa.com.br/blog/interpretacao-dos-indices-de-diversidade-de-especies-obtidos-em-levantamento-fitossociologico/>. Acesso em: 02 dez. 2017.
Nascimento, A.R.T.; Longhi, S.J. & Brena, D.A. 2001. Estrutura e padrões de distribuição espacial de espécies arbóreas em uma amostra de Floresta Ombrófila Mista em Nova Prata, RS. Ciência Florestal 11(1): 105-119.
Seger, C. D.; Dlugosz, F. L.; Kurasz, G.; Martinez, D. T.; Ronconi, E.; Melo, L. A. N. de; Bittencourt, S. M. de.; Brand, M. A.; Carniatto, I.; Galvão, F.; Roderjan, C. V. 2005. Levantamento florístico e análise fitossociológica de um remanescente de floresta ombrófila mista localizado no município de Pinhais, Paraná-Brasil. Floresta, 35 (2): 291-302.

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