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Exercício de Tirante: Calcular o DMF e as reações de apoio para o pórtico da figura. Considerar três carregamentos: a) Carga concentrada; b) Carga distribuída; c) Carga total. (Dados: Jc = 100 x 10-4 m4; At = 10 cm2 (tirante elástico)) Carga concentrada Carga distribuída Diagrama para X1 = 1 Diagrama para X2 = 1 Comprimentos elásticos: (Jb = Jc = 100 dm4) Barras AB e CD (verticais): L’ = 4 x 100 / 200 = 2 m Barra BC: L’ = 10 x 100 / 100 = 10 m Matriz de flexibilidade: (x EJc) d11 = 1/3 x 1 x 1 x 10 + 1 x 1 x 1 x 2 = 5,33 d12 = - 1/2 x 1 x 4 x 10 – 1/2 x 1 x 4 x 2 = -24,00 d22’ = 2 x 1/3 x 4 x 4 x 2 + 1 x 4 x 4 x 10 = 181,33 d22t = (1/10) x (100 x 10-4/10 x 10-4) x 10 = 10,00 d22 = 181,33 + 10,00 = 191,33 Carga concentrada: (x EJc) d10’ = -1/3 x 800 x 1 x 10 – 1/2 x 800 x 1 x 2 = -3466,70 d20’ = 1/2 x 800 x 4 x 10 + 1/3 x 800 x 4 x 2 = 18133,30 Carga distribuída: (x EJc) d10’’ = 1/3 x 375 x 1 x 10 = 1250,00 d20’’ = -2/3 x 375 x 4 x 10 = - 10000,00 a) Carga concentrada: 5,33 X1 – 24,00 X2 = 3466,70 -24,00 X1 + 191,33 X2 = -18133,30 X1 = 513,9 e X2 = -30,3 (comp.) b) Carga distribuída: 5,33 X1 – 24,00 X2 = -1250,00 -24,00 X1 + 191,33 X2 = 10000,00 X1 = 1,89 e X2 = 52,5 (tração) c) Carga total: 5,33 X1 – 24,00 X2 = 2216,70 -24,00 X1 + 191,33 X2 = -8133,30 X1 = 515,8 e X2 = 22,2 (tração) Assim, podemos verificar que o tirante só funciona nos casos b e c. No caso a, a estrutura deve ser recalculada sem o tirante. Esforços Finais: MB = 0 + 0 + 0 + (-4) x 22,2 = -88,8 kNm MC = -80 + 0 + 1 x 515,8 + (-4) x 22,2 = -373,0 kNm MD = 0 + 0 + 1 x 515,8 + 0 = 515,8 kNm RA = -80 + 150 + 1/10 x 515,8 = 121,58 kN RB = 80 + 150 – 1/10 x 515,8 = 178,42 kN Exercício de tirante elástico: Obter os diagramas de momento fletor no quadro e de esforço normal no tirante, se este sofrer um encurtamento de 1 cm. São dados: EJ = 3 x 104 tm2 e EJ/ES(tir.)= 2 m2. Observar que a rótula inferior do quadro está colocada no nó (3 barras). Trata-se de uma estrutura duas vezes hiperestática. Rompendo-se o tirante e rotulando-se um nó da estrutura, temos o sistema principal da figura. Diagramas no sistema principal: Diagramas M1 e N1(tirante) Diagramas M2 e N2(tirante) Cálculo dos EJc dij: EJc d1enc = 0 EJc d2enc = -3 x 104 x 10-2 = -300 EJc d11 = 1 + 3 + 1 = 5 EJc d12 = 3 2 / 2 EJc d22 = 2 x 1/3 x 3 x (3 2 / 2)2 + 2 x 1 x 1 x 3 2 = 15 Equações de compatibilidade: d11 X1 + d12 X2 = -d1enc d21 X1 + d22 X2 = -d2enc X1 = -9 e X2 = 21,3 Diagramas Finais: A partir de E = -9 E1 + 21,3 E2, temos o diagrama: Exercício proposto: Calcular o DMF e as reações de apoio para a estrutura com inércia constante da figura. Resposta: Exercício com carga distribuída parcial: Calcular o DMF para a estrutura representada na figura. Matriz de flexibilidade: d11 = 1/3 x 1 x 1 x 5 + 1/3 x 1 x 1 x 4 = 3 d12 = 1/6 x 1 x 1 x 4 = 2/3 d22 = 1/3 x 1 x 1 x 4 = 4/3 Vetor de termos independentes: d10 = 1/3 x 1 x 0,2 x 15 + 1/6 x 3 x [15(2 x 0,2 + 0,8) + 15(2 x 0,8 + 0,2)] + 1/3 x 3 x (0,2 + 0,8) x 11,25 + 1/6 x 1 x [15(2 x 0,8 + 1,0)] + 1/6 x 2 x [30(2 x 0,5 + 1,0)] + 1/3 x 2 x 30 x 0,5 = 1,00 + 22,50 + 11,25 + 6,50 + 20,00 + 10,00 = 71,25 d20 = 1/3 x 2 x 30 x 0,5 + 1/6 x 2 x [30(2 x 0,5 + 1,0)] = 10,00 + 20,00 = 30,00 Sistema: 3 X1 + 2/3 X2 = -71,25 X1 = -21,09 2/3 X1 + 4/3 X2 = -30,00 X2 = -11,95 M1 = 1 x (-21,09) = -21,09 kNm M2 = 1 x (-11,95) = -11,95 kNm R = 15 + 1/5 x (-21,09) = 10,78 kN Minício = 10,78 x 1 = 10,78 kNm Mfim = 10,78 x 4 – 10 x 3 2 / 2 = -1,87 Diagrama Final: Artifício do Arranjo de Cargas a) Suponhamos a estrutura elástica e geometricamente simétrica da figura, submetida ao carregamento indicado. Seção S: • Deslocamento horizontal nulo • Rotação nula • Força cortante nula Sendo o carregamento simétrico, se ele tende num dos lados da seção S a provocar um deslocamento horizontal ou uma rotação num dado sentido, o carregamento do outro lado tenderá a provocá-las no sentido oposto, anulando-se as duas parcelas. No exemplo, a estrutura três vezes hiperestática pode ser simplificada para a estrutura duas vezes hiperestática da figura inferior. Obtidos os diagramas solicitantes para a metade da estrutura, os diagramas para a outra metade serão obtidos lembrando que, para carregamento simétrico, os diagramas de momentos fletores e esforços normais são simétricos e o de esforço cortante é anti- simétrico. Outro exemplo: b) Suponhamos a mesma estrutura anterior elástica e geometricamente simétrica submetida ao carregamento anti-simétrico indicado. Seção S: Deslocamento vertical nulo Força normal nula Momento fletor nulo No caso agora, as tendências de deslocamento horizontal e de rotação da seção S de simetria, provocadas pelas forças atuantes de cada um de seus lados, se somarão. No entanto, para o deslocamento vertical, as tendências do deslocamento em S se oporão, fazendo com que seja nulo. No exemplo, a estrutura três vezes hiperestática pode ser simplificada para a estrutura uma vez hiperestática da figura inferior. Obtidos os diagramas solicitantes para a metade da estrutura, os diagramas da outra metade serão determinados lembrando que os diagramas de momentos fletores e esforços normais serão anti-simétricos e o de esforços cortantes é simétrico. Outro exemplo: c) Caso em que o eixo de simetria contém uma barra da estrutura: Suponhamos o quadro simétrico da figura, submetido ao carregamento simétrico indicado. (Comparar com o caso a com deslocamento vertical impedido – engaste) Se não houver o impedimento ao deslocamento, não pode haver a simplificação aqui proposta. G = 6 G = 3 A barra SC, interceptada pelo eixo de simetria. Ficará submetida apenas a um esforço normal constante, igual ao dobro da reação vertical em S calculada a partir do esquema simplificado da figura anterior. Analisemos, agora, o caso do carregamento anti- simétrico, conforme a figura abaixo, para a qual a barra interceptada pelo eixo de simetria tem inércia igual a J. A metade da barra SC é solicitada pelo carregamento atuante na parte da esquerda da estrutura e que a outra metade é solicitada pelo carregamento atuante na parte da direita da estrutura, que poderá ser resolvida a partir do esquema indicado à na figura, para a parte da esquerda. Os diagramas finais serão obtidos lembrando que os diagramas de momentos fletores e de esforços normais serão anti-simétricos e que o diagrama de esforços cortantes será simétrico. Notar que, para a barra SC, o diagrama final de momentos fletores será, por esta razão, igual ao dobro do obtido a partir do esquema acima indicado. Exemplos de Estruturas Simétricas: Treliças Pórtico plano com dois eixos de simetria Anel com quatro eixos de simetria Exemplos de EstruturasAnti-simétricas: Pórtico plano O Artifício: Quando tivermos, numa estrutura elástica e geometricamente simétrica, a atuação de um carregamento qualquer, vamos decompor este carregamento em suas componentes simétrica e anti-simétrica (o que é sempre possível fazer), resolvendo a estrutura, separadamente, para cada uma destas componentes do carregamento. Poderemos explorar as simplificações aqui apresentadas, superpondo, a seguir, os diagramas solicitantes encontrados para cada caso, a fim de obter o diagrama solicitante final. Exemplos: Exemplo de Aplicação do Artifício G = 6 G = 4 G = 2 Exercícios: 1) Para a estrutura elástica e geometricamente simétrica da figura, identificar as parcelas simétrica e anti-simétrica do carregamento e o diagrama de momentos fletores, sendo que o DMF da parcela simétrica é dado. Diagrama da parcela simétrica As parcelas simétrica e anti-simétrica do carregamento estão mostradas na figura abaixo: A resolução da parcela anti-simétrica recai na análise do modelo reduzido isostático representado na figura, onde está representada a obtenção das reações de apoio. Diagrama Final – Carregamento Total A partir dos diagramas de momentos fletores para as parcelas simétrica e anti-simétrica, podemos obter o DMF para o carregamento total. 2) Determinar os diagramas de esforços seccionais do pórtico plano representado na figura, considerando apenas a deformação do momento fletor. Todas as barras têm o mesmo EJ. A decomposição do carregamento está apresentada na figura seguinte. Análise da parcela simétrica do carregamento: Considerando a simetria do pórtico e do carregamento, vamos utilizar o modelo e o sistema principal indicados na figura seguinte. Os estados E0, E1 e E2 estão mostrados na figura seguinte, juntamente com os correspondentes diagramas de momento fletor. Assim: EJ d10 = (1/3)x80x4x4 + (1/3)x20x4x4 + (1/3)x80x4x6 = 1173,30 EJ d20 = -(1/6)x80x1x6 = -80,00 EJ d11 = (1/3)x4x4x4 + (1/3)x4x4x6 = 53,33 EJ d22 = (1/3)x1x1x6 = 2,00 EJ d12 = -(1/6)x4x1x6 = -4,00 Resolvendo o sistema: 53,33 X1 – 4,00 X2 = -1173,30 X1 = -22,35 -4,00 X1 + 2,00 X2 = 80,00 X2 = -4,71 Os diagramas dos esforços seccionais serão: Análise da parcela anti-simétrica do carregamento: Considerando a simetria do pórtico e a anti- simetria do carregamento, vamos utilizar o modelo e o sistema principal indicados na figura seguinte. Os estados E0 e E1 estão mostrados na figura seguinte, juntamente com os correspondentes diagramas de momento fletor. Assim: EJ d10 = -(1/3)x80x4x4 –(1/3)x20x4x4 –(1/2)x80x4x6 = -1493,3 EJ d11 = (1/3)x4x4x4 + 4x4x6 + 2x(1/3)x4x4x4 = 160,0 Resolvendo o sistema: 160X1 = 1493,3 X1 = 9,33 Os diagramas dos esforços seccionais estão representados Na figura seguinte. Os diagramas da estrutura original são obtidos por soma dos diagramas dos carregamentos simétrico e anti-simétrico. O grau de indeterminação estática da estrutura original é 3 e os das estruturas simplificadas são, respectivamente, 2 e 1. 3) Determinar o diagrama de momentos fletores para o quadro, cujas barras têm EJ = 104 kNm2, para um recalque de apoio de 2 cm, de cima para baixo, do apoio A. O recalque de apoio de que fala o problema pode ser decomposto nas parcelas simétrica e anti- simétrica indicadas a seguir. a) Parte simétrica: A estrutura está afundando, toda ela, de 1 cm, não aparecendo nenhum esforço devido a este recalque uniforme, pois ele não terá qualquer impedimento. b) Parte anti-simétrica: A estrutura a resolver é a da figura seguinte. Levando em conta a rótula em B, podemos escrever que Vc = 0, simplificando-se a estrutura a resolver. A figura abaixo esclarece a resolução: Assim: EJd11 = (1/3)x(-1)x(-1) x 2 + (-1)x(-1)x3 = 3,67 2 m é o comprimento da barra ED. 1 x d1r – (1/2) x 0,01 = 0 d1r = 0,005 EJd1r = 0,005 x 104 = 50 X1 = -50/3,67 = -13,6 O diagrama já é o diagrama final, devido à contribuição nula da parte relativa ao carregamento simétrico
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