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Acidentes na Infância e na Adolescência Profa. Kellen Coelho Conceito de Acidente • “Acidente é um acontecimento independente da vontade humana, desencadeado pela ação repentina e rápida de uma causa externa, produtora ou não de lesão corporal e/ou mental” (OMS). • O acidente pode ser definido como um acontecimento não intencional, desastroso e evitável, desencadeado pela ação repentina e rápida de uma causa externa, produtora ou não de lesão corporal, no âmbito doméstico ou nos outros ambientes sociais como trânsito, escola, esporte e lazer, ocorrendo transferência de uma ou mais energia cinética, química, térmica ou radiação ionizante. Conceito de Acidente • É um evento previsível e que pode ser prevenido, tornando possível identificar os grupos de risco e, a partir daí, as principais estratégias de prevenção. • O acidente tem causa, origem e determinantes epidemiológicos como qualquer outra doença e, em consequência, pode ser evitado e controlado. Modelo Agente-Hospedeiro-Ambiente • Dr. William Haddon Jr (1972). • Os acidentes foram assim caracterizados a existência de um hospedeiro (pessoa com pneumonia ou que sofreu um trauma fechado) que interage com um agente (a bactéria ou o veículo automotor) e com o ambiente físico e sócio- econômico (local superpopuloso), propiciando a liberação de energia sobre a vítima. Modelo Agente-Hospedeiro-Ambiente • A criança é o hospedeiro (ou a vítima). • O agente patogênico é a energia (mecânica, térmica, química, elétrica etc.). • Os vetores são todos os objetos (automóvel, moto, bicicleta, escada, mobília, faca, brinquedo, fios elétricos etc.), elementos naturais (fogo, água), produtos químicos (medicamentos, produtos de limpeza) ou animais (cão, animais peçonhentos) que possibilitam a liberação da energia sobre a vítima. • Mas para que o acidente ocorra, é necessário que exista um meio ambiente que favoreça sua ocorrência e, do ponto de vista sócio-econômico, seja desfavorável. Modelo Agente-Hospedeiro-Ambiente Modelo Agente-Hospedeiro-Ambiente Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores Sociais Habitação inadequada (má higiene, aglomeração, sem segurança etc); Condições salariais baixas (saída de ambos os pais sem o acompanhamento adequado das crianças que ficam no domicílio); Ausência de escolaridade e desconhecimento de comportamentos adequados em saúde. Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores relacionados à civilização Trânsito; Aparelhos domésticos; Máquinas e defensivos agrícolas; Brinquedos perigosos; Aglomeração; Poluição. Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores ecológicos e culturais Fixação em locais acidentados, excessivamente frios ou quentes; Zonas urbanas ou rurais; Os fatores culturais gerando hábitos potencialmente causadores de acidentes, como uso de querosene, chimarrão, fogueiras, fogões de lenha etc. Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores relacionados à condição física Indivíduos doentes; Sob efeito de medicamentos; Portadores de deficiências auditivas, visuais olfativas etc. Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores relacionados à condição psicológica e características individuais Ansiedade; Insegurança; Baixa autoestima; Depressão; Impulsividade; Agressividade; Competitividade. Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores relacionados ao Crescimento e Desenvolvimento O grau de maturação motora, cognitiva e psicossocial, embora progressivo na infância normal, expões a criança aos acidentes em função dos limites a que está condicionada nas relações de adaptação ao meio. A incidência e a distribuição dos acidentes estarão ligadas à etapa evolutiva, influências socioculturais, geográficas, constituição física e somática das crianças. Tipos de Acidente na Infância e Adolescência Queimadura; Acidentes com corpos estranhos; Sufocamento ou engasgamento; Queda; Afogamento; Lesão elétrica; Acidentes por animais peçonhentos; Intoxicações e envenenamento; Acidentes de trânsito; Armas de fogo. Relação entre acidente e o desenvolvimento da criança e do adolescente • imaturidade física e mental, • falta de coordenação motora, • desproporção crânio-corpo, • inexperiência e incapacidade para prever e evitar situações de perigo, • grande curiosidade, • motivação em realizar tarefas, • tendências a imitar e repetir comportamentos, • falta de preocupação corporal, • ignorância, • impaciência. Várias etapas do desenvolvimento neuropsicomotor: Condições dos domicílios • Ambiente doméstico bem-estar da criança nos aspectos físicos, psicológicos, sociais. • Negligência de cuidados mínimos de segurança. • Dois terços de todos os acidentes com crianças ocorrem dentro de casa e a maioria poderia ter sido evitada. Acidentes e Meio Ambiente Rural e Urbano RURAL • Perigos: água, animais, equipamentos, produtos para uso agropecuário, situações de risco no trabalho, uso de álcool e outras drogas. URBANO • Perigos: trânsito, transporte público inseguro, condições socioeconômicas precárias das periferias, aglomeração, violência, uso de álcool e outras drogas. A enfermagem e os Acidentes na Infância e na Adolescência • A prevenção dos acidentes na infância é obrigação do profissional da saúde que, por meio de ações educativas, deve orientar os familiares quanto aos riscos e causas de acidentes em cada grupo etário. • O enfermeiro é um educador, um agente transformador, estando apto para realizar programas e campanhas educacionais que envolvam pais e crianças, no que diz respeito à prevenção de acidentes e às condutas a serem tomadas nesses casos. Acidentes com Pessoas Idosas Profa. Kellen Coelho Envelhecimento Populacional taxas de mortalidade e fecundidade esperança de vida. O que é Envelhecimento? “Um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte” (OPAS). SENESCÊNCIA: processo natural de envelhecimento, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos e que, em condições normais, não provoca qualquer problema. SENILIDADE: em condições de sobrecarga como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica que requeira assistência e pode causar a morte. Mortalidade entre Idosos Morbidade e uso de serviços de saúde Características dos Idosos • Mobilidade prejudicada; • Diminuição da massa e da força muscular; • Perdas sensoriais; • Perda de atividades laborativas; • Perda de funções sociais; • Doenças crônicas; • Incontinência urinária; • Instabilidade postural; • Instabilidade cerebral (depressão, demência e delirium); • Dificuldades de memória; • Dificuldades de linguagem; • Incapacidade para realizar tarefas comuns do cotidiano; • Alterações do comportamento e da personalidade. Qualidade de Vida • Desafio da longevidade preservação da qualidade de vida. • Manter a autonomia e a independência nas atividades básicas de vida diária (AVD) e nas atividades instrumentaisde vida diária (AIVD). • Capacidade funcional - preservação da capacidade de realizar AVD e para desempenhar AIVD. Principais Acidentes com Idosos Quedas Acidentes de trânsito Queimaduras Intoxicações e envenenamentos Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores Intrínsecos • Alterações fisiológicas relacionadas com o envelhecimento, presença de doenças, fatores psicológicos e reações adversas a medicamentos em uso. • Perda da acuidade visual e auditiva; • Polifarmácia (principalmente psicoativos e cardiológicos); • Condições médicas específicas; • Osteoporose; • Atrofia muscular e osteoartrose; • Sedentarismo; • Deficiências nutricionais; • Condições psicológicas • Problemas nos pés – malformações, úlceras, deformidades em dedos, etc. Fatores relacionados aos Acidentes • Fatores extrínsecos • Relacionados aos comportamentos, atividades e meio ambiente ao qual os idosos estão inseridos; • Riscos ambientais – má iluminação, chão escorregadio ou irregular, móveis inadequados, uso de tapetes não aderentes, animais domésticos, escadas e rampas sem corrimão, ausência de barras de apoio no banheiro, fios elétricos soltos, etc.; • Uso inadequado de sapato e de roupas; • Uso inadequado de aparelhos de auxílio à locomoção (bengala, andadores, etc.). Quedas • Problema de saúde pública 1ª causa de acidentes com idosos. • 40% das causas de lesão entre os idosos. • Cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. • Consequência: fraturas, ferimentos importantes, traumas psicológicos, hospitalizações, limitações funcionais, óbito. • Locais mais comuns de fratura: quadril, punho e coluna vertebral. • 70% das quedas acontecem no domicílio. • 2007 - Ministério da Saúde instituiu o Comitê Assessor para Prevenção da Osteoporose e Quedas em Pessoas Idosas. Acidentes de Trânsito • É a 2ª causa de acidentes com idosos. • Acidentes com ocupantes de veículos (28%) e Atropelamentos (10%). • Grupo mais vulnerável à acidentes no trânsito. • Fatores de risco: Perda da visão; Perda da audição; Dificuldade de locomoção; Aumento do tempo de reação; Declínio da velocidade de julgamento. Vulnerabilidade de pedestre idosos no trânsito Queimaduras • Pode ser produzidas pelo fogo direto, líquidos aquecidos, corrente elétrica, eletrodomésticos (fogão, ferro), exposição excessiva ao sol (insolação), querosene e causas diversas. • Cicatrização dificultada: a pele do idoso é menos elástica, enrugada e desidratada. Intoxicação e Envenenamento • Causado pela introdução de substâncias tóxicas no organismo. • Principais substâncias: medicamentos, produtos de limpeza, veneno de animais peçonhentos. • Os tóxicos podem penetrar no organismo através das vias digestivas (a mais comum), respiratória (inalação), cutânea e injetável. Prevenção dos Acidentes • Retirar móveis que estejam atrapalhando a passagem (principalmente em corredores, caminho para atender ao telefone, à porta, para chegar ao banheiro) ou colocá- los em outros locais; • colocar corrimão nas escadas e utilizá-los sempre; • utilizar as escadas sempre com luz acesa; • colocar fita adesiva colorida e antiderrapante nos degraus ou principalmente no primeiro e no último degrau; • não deixar objetos espalhados pelo chão; Prevenção dos Acidentes • evitar animais de estimação que corram pela casa; • retirar todos os tapetes avulsos; • guardar todos os produtos tóxicos fora do alcance de idosos depressivos, como alterações mentais ou oculares; • não tomar banho com água superaquecida; • no fogão, não deixar os cabos de panela e bico de chaleira para fora; • não deixar velas acesas durante a noite e não jogar tocos de cigarros no chão. Vídeo – Casa Segura A enfermagem e os Acidentes com Idosos • Educar a população idosa e familiares sobre a importância da prevenção de acidentes e promover atividades que possam influenciar nos cuidados e garantia dos direitos dos idosos. • Contribuir para que, apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, haja redução das complicações durante o tratamento das lesões e após retorno do idoso ao seu ambiente familiar; bem como contribuir para que possam redescobrir possibilidades de viver com a máxima qualidade de vida possível. Acidentes e o Uso de Drogas Profa. Kellen Coelho O uso de drogas • Um problema de saúde pública e de relevante preocupação mundial. • Consequências causam grande impacto sobre os indivíduos e a sociedade. • Brasil, 2003 ―A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas: enfrentar os diferentes problemas associados ao consumo de álcool e outras drogas como uma questão de saúde pública, em consonância com os princípios e orientações do SUS, buscando a universalidade do acesso e do direito à assistência aos usuários. Principais Drogas • Álcool • Tabaco • Anfetaminas (ecstasy, ice, crystal) • Opiáceos (principalmente heroína) • Cocaína e Crack • Maconha • Solventes (vernizes, tintas, colas etc) Fatores de risco para uso de drogas Fatores de risco para uso de drogas Fatores de risco para uso de drogas Vídeo: Drogas e seus efeitos Acidentes e Uso de Drogas • Substâncias que causam alterações nas funções cerebrais ou em processos mentais. • O uso de drogas pode causar: falsa sensação de liberdade e segurança; euforia; irritabilidade; maior sensibilidade à luz; diminui o controle muscular e a coordenação; prejudica a habilidade de avaliar velocidades e distâncias; reduz a acuidade visual e a capacidade de lidar com o inesperado (estado de vigilância e alerta). Risco para acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, acidentes domésticos, armas de fogo, incêndios, queimaduras. Consumo de Álcool • É a 1ª droga mais consumida em todo mundo. • População de maior risco: Adolescentes e adultos jovens. • 29,0% dos homens e 10,5% das mulheres no Brasil. • A partir de 65 anos de idade: 8,7% dos homens e 1,6% das mulheres. • Afeta diretamente a produtividade do trabalhador, convívio social, principalmente familiar e no trabalho. Acidentes de trânsito e consumo de álcool • Acidentes de trânsito no Mundo: 10ª causa de morte; 1ª entre as causas externas; 2,3% de todas as mortes; mortes no trânsito: 12,1% países desenvolvidos e 87,9% países em desenvolvimento; consumo de álcool é a principal causa dessa mortalidade em todo o mundo. Acidentes de trânsito e consumo de álcool • Acidentes de trânsito no Brasil: O álcool é responsável por cerca de 60% dos acidentes. Mais de 1.000 brasileiros morrem por ano, vítimas de acidentes causados por excesso de álcool. • Lei 11705/2008 – Lei Seca – proíbe o uso de bebidas alcoólicas no trânsito. Consumo de Tabaco • É a 2ª droga mais consumida em todo mundo. • População de maior risco: Adolescentes. • O tabagismo é uma doença resultante da dependência de nicotina. • Os usuários dos produtos de tabaco se expõem a aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas. • 5 milhões de mortes ao ano em todo o mundo, podendo alcançar o patamar de 8,4 milhões ao ano, em 2020. • No Brasil são aproximadamente 22 milhões de fumantes (15,5% da população brasileira). Acidentes e consumo de tabaco • Estima-se que cerca de 6 trilhões de guimbas de cigarros são descartadastodos os anos no ambiente. • A temperatura da brasa do cigarro está em torno de 900°C. • Risco para queimaduras. • Risco para e incêndios residenciais, comerciais e no meio ambiente. • Cerca de 25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas. Drogas Ilícitas • Mundo: Prevalência anual ultrapassa 200 milhões de pessoas em uso de maconha, anfetaminas, cocaína, opiáceos e heroína. Aproximadamente 4,9 milhões em tratamentos contra o uso de drogas. • Brasil: aproximadamente 23% da população já fez uso de qualquer droga ilícita. Maior consumidor de crack e o segundo em cocaína do mundo. Acidentes e drogas ilícitas • Risco para acidentes: Trânsito (principalmente caminhoneiros); Trabalho (40% dos acidentes nas empresas estão ligados ao uso de drogas lícitas e ilícitas); Com armas de fogo; Domésticos. • O usuário de drogas lícitas e ilícitas tem 500% mais risco de acidente no trabalho e 900% de causar acidente com carro. A enfermagem e o Uso de Drogas • Contribuir para o desenvolvimento de política locais que assegurem e fortaleçam ambientes sociais saudáveis, livres do uso de drogas lícitas ou ilícitas, estimulando atividades saudáveis, como esportes e atividades físicas e de lazer, principalmente com a população jovem. • Atuar na detecção e no atendimento de usuários de álcool e de outras drogas, tendo como parceiras as escolas e os diversos espaços sociais, para o trabalho de prevenção e a visão do uso dessas substâncias como um problema social e familiar, não apenas como um problema fisiológico. Referências • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. • Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. SVS/CN-DST/AIDS. A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas/Ministério da Saúde. 2.ed. rev. ampl.– Brasília:Ministério da Saúde, 2004. • Ponce, JC, Leyton, V. Drogas ilícitas e trânsito: problema pouco discutido no Brasil. Revista de Psiquiatria Clínica, 2008. • Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da SIlva . Rio + 20: saúde e tabagismo. / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da SIlva. – Rio de Janeiro: INCA, 2012. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Por uma cultura da paz, a promoção da saúde e a prevenção da violência / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Área Técnica Saúde do Idoso. – Brasília , 2010. Referências • WAISELFISZ, J.J. Mapa da Violencia 2012: criancas e adolescentes do Brasil. Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos. FLACSO Brasil. Edicao 1. Rio de Janeiro, 2012. • ALVES, C.R.L.; VIANA, M.R.A . Saúde da família: cuidando de crianças e adolescentes. Belo Horizonte, Coopmed, 2003. • SCHMITZ, E.M.R. A Enfermagem em pediatria e puericultura. São Paulo, Atheneu, 2000. • RESOLUÇÃO N.º 277 , DE 28 DE MAIO DE 2008. Dispõe sobre o transporte de menores de 10 anos e a utilização do dispositivo de retenção para o transporte de crianças em veículos. • Primeiros Socorros: http://www.bombeirosemergencia.com.br/ • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012