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AVALIAÇÃO DE ÁREAS VERDES URBANAS NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ – SC Wellinton Camboim de Moraes da Silva – wellinton@univali.br Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Curso de Engenharia Ambiental 88330380- Balneário Camboriú - Santa Catarina Thaiane de Almeida Furlaneto – thaianefurlaneto@hotmail.com Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Curso de Arquitetura e Urbanismo Carolina Schmanech Mussi – csmussi@gmail.com Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Curso de Arquitetura e Urbanismo, Laboratório de Geoprocessamento Resumo: As áreas verdes urbanas exercem diversas funções no ambiente urbano, as quais estão relacionadas à extensão, qualidade, quantidade, tipo, localização e distribuição destes espaços. O objetivo desse estudo é mapear as áreas verdes no espaço urbano no município de Balneário Camboriú, englobando as áreas protegidas por lei, assim como a arborização e demais vegetações existentes no perímetro urbano, a fim de avaliar qualidade socioambiental do município. Este levantamento foi realizado a partir de pois índices, o “IAVs- Índice Superfície Total da Estância” e o “IAVp - Índice de Áreas Verdes por População” realizado com os Sistemas de Informações Geográficas- SIG. O mapeamento foi realizado na escala de bairros e na escala de distritos censitários para melhor detalhamento das informações. Os dados obtidos pelos índices mostram uma necessidade de implantação de áreas verdes no município a fim de potencializar as funções e serviços ecossistêmicos e estéticos dos recursos naturais, e conseqüentemente melhorar a qualidade de vida do cidadão. É uma ferramenta que gera subsídios para as políticas públicas de planejamento urbano sustentável visando melhorias na gestão ambiental das cidades e minimização de impactos provocados pela urbanização Palavras-chave: Áreas verdes urbanas, Planejamento Urbano, Sistemas de Informações Geográficas (SIG), Qualidade Ambiental, Ambiente Urbano. EVALUATION OF URBAN GREEN AREAS IN BALNEARIO CAMBORIU-SC Abstract: Urban green areas are responsible for many functions in the urban environment, which are related to the extent, quality , quantity, type, location and distribution betweens those spaces . The aim of this study is to map urban green areas in Balneario Camboriu city, including green areas protected by law, as well as trees and other existing vegetation in the urban perimeter, in order to assess the environmental quality of the city. These evaluation was realized using two different index, Green Area Index as function of population size (IAV-p) and Index Total Surface (IAVs), developed in Geographic Information Systems- GIS. The mapped was realized in two different scale, neighborhood and districts. The index shows the necessity of green areas implementation in order to enhance the functions and ecosystem services, as well as aesthetic beauty of natural resources and improvement of quality life for the population. It is a tool that generates grants for public policies on sustainable urban planning aiming to improve environmental management and minimizing urbanization impacts. Keywords: Green Areas Urban, Urban Planning, Geographic Information System (GIS), Environmental Quality, Urban Environment. 1. INTRODUÇÃO As questões ambientais têm conquistando importante espaço da sociedade moderna, colocando os recursos ambientais e espaços verdes de qualidade como requisitos básicos em cidades que buscam melhorar a qualidade de vida do cidadão. A presença de áreas verdes no universo urbano é um fator essencial no resgate dos aspectos positivos da relação das formas urbanas com a natureza (BRAGA, 2005). As áreas verdes urbanas são consideradas como o conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades. Essas áreas verdes estão presentes numa enorme variedade de situações: em áreas públicas; em áreas de preservação permanente (APP); nos canteiros centrais; nas praças, parques, florestas e unidades de conservação (UC) urbanas; nos jardins institucionais; e nos terrenos públicos não edificados (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2013). A realização da manutenção de áreas verdes urbanas é justificada diretamente pelo seu potencial em realçar os aspectos associados à qualidade ambiental e pela interferência benéfica na qualidade de vida da população local, no que diz respeito à manutenção das atividades e funções ambientais, sociais e estéticas que venham a mitigar ou amenizar as propriedades negativas da urbanização (HENKE-OLIVEIRA, 1996 apud SOUZA, 2008). Segundo Souza (2008) as florestas urbanas (definidas como qualquer vegetação arbórea existente nas imediações de locais habitados, de pequenos povoados a grandes cidades), contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades de diversas maneiras, como por exemplo, recreação, diminuição da poluição do ar e ruídos, manutenção de sistemas de proteção a desastres naturais, estímulos de encontros urbanos sociais, etc. A vegetação atua na zona urbana como um indicador de qualidade ambiental, sendo associados a outros indicadores (qualidade do ar, da água, solos, fauna e clima) como um dos elementos principais para o equilíbrio, seja agindo na manutenção de algumas condições desejáveis, ou seja, nas ações que visem à melhoria da qualidade de vida em áreas com condições adversas. A importância das áreas verdes como indicador de qualidade ambiental reflete nas funções de desempenho na zona urbana (BRAGA, 2005). Os benefícios de locais arborizados nas áreas urbanas, também tem sua devida importância econômica no setor imobiliário. Segundo estudo realizado por Kielbaso (1994), imóveis próximos às áreas verdes têm um valor agregado de 5 a 15% superior àquelas em áreas desprovidas de arborização. Esses benefícios dependem, entre outros aspectos, do estudo dos espaços livres urbanos e da avaliação do seu potencial para serem utilizados na composição da floresta urbana (SABADIN et al, 2003 apud SOUZA, 2008). De acordo com Mota (1999), o ambiente urbano é formado por dois sistemas intimamente inter-relacionados: o sistema natural, composto do meio físico e biológico (solo, vegetação, animais, água, etc) e o sistema antrópico, consistindo do homem e de suas atividades.Porém as atividades do homem são na maioria das vezes de forma rápida e variada, não permitindo, muitas vezes, que haja a recuperação normal da natureza e causando modificação, algumas vezes irreversíveis, com prejuízo para o ambiente e para si próprio, sendo como um único indivíduo ou para uma comunidade. Nos últimos séculos houve um grande crescimento dos centros urbanos, resultante do êxodo rural da população em busca de melhorias econômicas e de qualidade de vida. No Brasil grande parte deste crescimento urbanístico tem se dado de forma desordenada interferindo negativamente sobre os bens e serviços ecossistêmicos, e conseqüentemente sobre a qualidade de vida da população. O planejamento urbano está diretamente ligado ao desenvolvimento sustentável das cidades, porém esse planejamento urbano sustentável tem de ser um planejamento integrado, assim se desenvolvendo com participação social e técnica de forma que seja interligado com outros setores estratégicos da cidade e que seja um solucionador de conflitos entre homem e o meio ambiente. De acordo com a política de desenvolvimento urbano, a Constituição Federal de 1988 (art.182), deve ser executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizesgerais fixadas em lei, tendo por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes (MOTA, 1999). Um dos instrumentos com a maior importância para gestão pública no que concede o planejamento urbano é o Plano Diretor, instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbano. O plano contém as diretrizes e padrões da organização do espaço urbano, do desenvolvimento socioeconômico e do sistema político-administrativo, construído com o objetivo de melhorar as condições de vida da população, na cidade. O dever do município perante a democracia é o plano não ser um documento estático, com duração definida, mas ser avaliado e adaptado tecnicamente com a necessidade do município e principalmente da população local (MOTA, 1999). Para desenvolvimento dos indicadores e realização da avaliação da qualidade de áreas verdes foi utilizada a metodologia proposta por Braga e Jesus (2005) e de fonte de Fontes e Shimbo (2003). A distribuição das áreas verdes urbanas, assim como as distâncias entre elas influem diretamente sobre a sua função econômica, estética, social e ecológica. Desse modo, torna-se imprescindível que a gestão das áreas verdes urbanas incorpore a seus aspectos sociais e ambientais conceitos relacionados à qualidade, quantidade e distribuição destes espaços, fazendo associações quanto às diferentes categorias de áreas verdes, assim como de sua distribuição espacial na cidade. (BRAGA, 2005). Este trabalho se propõe a avaliar o espaço urbano do município de Balneário Camboriú, a partir do mapeamento das áreas verdes existentes no município, e avaliar a capacidade destas áreas de desempenhar suas funções de aumentar a qualidade socioambiental-econômica do município. 1.2. Caracterização da área de estudo O município de Balneário Camboriú tem uma área de 46.238 Km² com um território predominantemente urbano, juntamente com as áreas naturais caracterizadas pela Mata Atlântica e praias, que formam todo o conjunto físico da cidade. Encontra-se localizado em posição estratégica e privilegiado no estado de Santa Catarina, situando-se na linha de desenvolvimento do litoral, a BR- 101, o mais importante eixo de conexão regional das cidades das litorâneas do estado e nacional. Devido a sua posição estratégica pode-se atrelar seu crescimento ao fator de fácil acesso e passagem de fluxos econômicos e turísticos pela BR-101 que a margeia. Apresenta, conforme o Censo de 2010, uma população de 108.089 habitantes (IBGE, 2010) e que conforme sua limitada extensão territorial detém uma das densidades mais elevadas do Estado, estimada em 2.309,74 hab./km². Balneário Camboriú tem sua economia baseada no setor de serviços que apoia o Turismo na região e fortalecem os vínculos econômicos com as cidades próximas, que buscam a cidade por serviços especializados e diferenciados. Esse fenômeno confere a cidade uma predominância em relação às cidades vizinhas, aumentando os fluxos pendulares. O setor industrial é configurado principalmente pelo ramo da construção civil, que nos últimos anos teve um crescimento expressivo a nível estadual e nacional, atraindo grandes investidores para região e acelerando assim o desenvolvimento econômico pelos investimentos oriundos de outras localidades. A cidade apresenta um dos melhores índices do Produto Interno Bruto Per Capita do estado, R$ 4.827,41 (IBGE 2010). Os aspectos socioeconômicos se observados a partir do IDH-M, que avalia três aspectos do desenvolvimento das cidades composto por dados de expectativas ao nascer, educação e PIB per capita, ocupa quarto lugar no ranking brasileiro apresenta com um índice de 0,854 (PENUD, 2010). O dado que mais colabora para esta posição é a longevidade, uma importante característica da cidade de promover qualidade de vida aos cidadãos, conceito que tem atraído uma população mais idosa para se instalar na cidade. 2. METODOLOGIA A primeira etapa consiste no levantamento bibliográfico sobre o estado da arte e de metodologias utilizadas para qualificação das áreas verdes urbanas, assim como do levantamento de bases cartográficas e dados secundários com da sistematização mapeamento em Sistemas de Informações Geográficas (SIG), utilizando o software Arcgis10. 1. O mapeamento das áreas verdes foi realizado a partir de interpretação visual de imagens Quickbird ofertadas pelo BingMap de 2010 no ArcGIS, e vetorizadas manualmente no software. Foram mapeados todos os tipo de vegetação encontrados no município, incluindo áreas arbóreas e gramíneas de grandes extensões, manguezais, áreas de preservação ambiental e áreas verdes de uso público. Os vetores de área verde identificados obtiveram suas as áreas calculadas no SIG. Da mesma foram os dados de população por distrito censitário e por bairro do ano de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) foram organizadas em SIG e cruzados com os vetores de áreas verdes a partir da ferramenta de união de bases vetoriais do SIG, o “union”, e cálculo dos índices nas tabelas de atributos dos vetores. Os índices IAVs- Índice Superfície Total da Estância”(2) e o “IAVp - Índice de Áreas Verdes por População” (1) (FONTES & SHIMBO 2003; BRAGA & JESUS 2005) utilizados para avaliar a qualidade socioambiental dos município estão descritos na nas equações abaixo. IAV P= áreas verdes do setor censitário / População (1) IAV S= Superfície Territorial do setor censitário / áreas verdes do setor censitário (2) O primeiro índice avalia a proporção de áreas verdes com a área total do setor censitário e por bairro; E o segundo a proporção entre a área verde e o número de habitantes de cada setor censitário e de cada bairro. 3. RESULTADOS A partir da imagem de satélite do Quickbird disponibilizada pelo BingMaps no ArcGIS 10.1 do município de Balneário Camboriú as áreas verdes foram identificadas e mapeadas a partir de interpretação visual das massas vegetativas (Figura 1). As áreas verdes consideradas englobaram todos os tipos de cobertura vegetal, incluído arborizações de grande porte, unidades de conservação, espaços verdes públicos, vegetações rasteiras e manguezais. Entretanto não estão diferenciadas em classes separadas no mapeamento. Foi encontrado somente duas áreas verdes de espaço público no município, localizada no bairro municípios, o Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta e no bairro Nova Esperança o Parque Da Fauna Flora e GEA denominado Parque Cyro Gevaerd onde localiza-se também o Zoológico 1Da Santur. As demais áreas verdes significativas mapeadas foram as áreas de APP, parques, manguezais e topos de morro. Figura 1 - Mapeamento das Áreas Verdes através de interpretação visual imagem Quickbird Fonte: Elaborado pelos acadêmicos, 2013 Percebe-se a partir deste mapeamento que as maiores massas vegetativas estão justamente nas áreas de borda da zona urbana, demonstrando um crescimento foi limitado pelos fatores topológicos e hidrográficos da região. A existência de áreas de preservação estabelecidas no entorno da malha urbana também funcionaram como fator limitante da expansão urbana, como por exemplo a Área de Proteção Ambiental (APA) denominada Costa Brava -lei 1985/00. A área das massas verdes mapeadas foram representadas em cinco intervalos de classe para facilitar a avaliação espacial da quantidade de áreas verdes no município (Figura 2) Figura 2 - Mapa Classificação Áreas Verdes classificadas através das áreas em m² Em contrapartida, nas áreas de maior densidade populacional no município, percebe-se que a cobertura vegetal bastante escassa, onde apenasalgumas vegetações arbóreas isoladas são encontradas (Figura 3e 4). Mostra também a falta de acessibilidade da população em poder ter contato com as áreas verdes remanescentes no município, que apresenta alta taxa de crescimento urbano. Figura 3- Quantidade Populacional conforme os setores censitários. Fonte: Dados IBGE, 2010 Figura 04: Densidade populacional bruta de Balneário Camboriú. Fonte IBGE 2010 , elaborado pelos acadêmicos, 2013 O “Índice Superfície Total da Estância-(IAVs)” que indica a relação de área territorial de cada bairro pela área verde existente no mesmo está descrito na Figura 5. Os valores encontrados foram classificados em cinco intervalos e grandezas definidos pelos quartis. Na Figura 6 observa-se um maior detalhamento do índice através do cruzamento das áreas dos distritos censitários por áreas verdes encontradas nos mesmos. Da mesma forma, valores encontrados foram classificados em cinco intervalos e grandezas definidos pelos quartis. Figura 5 - Índice Superfície Total da Estância-(IAVs): Panorama dos Bairros de área total por área verde (m²) Fonte: Elaborado pelos acadêmicos, 2013. Este índice mostra que a porção central do território, onde existe maior concentração populacional, maior verticalização formas construídas e maior especialização dos serviços tem uma baixa proporção de áreas verdes se comparado com os locais periféricos da cidade. O mapeamento deste índice mostra também a quantidade de área verde que a cidade mantém em seu território. Entretanto, estes espaços não estão qualificados como áreas verdes públicas de lazer, por se configurarem como áreas de preservação e conservação. Isto demonstra mais uma vez a falta de acessibilidade da população aos bens e serviços ecossistêmicos, incluindo desde atividade de lazer em áreas verdes, até melhorias na qualidade do ar urbano, prevenção de enchentes, ilhas de calor (FONTES & SHIMBO 2003;MOTA ,1999). Mostra também as áreas verdes não estão sendo aproveitadas como mecanismos de melhoria da paisagem urbana Figura 6 - Índice Superfície Total da Estância-(IAVs): Panorama dos Distritos censitários (IBGE 2010) por área verde (m²) Fonte: Elaborado pelos acadêmicos, 2013. Para o cálculo do “Índice de Áreas Verdes em função do tamanho da população –IAV P” foi realizado o cruzamento das áreas verdes pelo o número de habitantes dos bairros e dos distritos censitários de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apresentados nas Figuras 3 e 4. O índice está representados nas Figuras 7 e 8. Analisando as informações obtidas pelo “IAVp” que fornece a relação as áreas verdes do município por habitante, identifica-se que nas áreas de maior densidade populacional esta relação é praticamente nula, demonstrando mais uma vez a falta de áreas verdes expressivas no centro da zona urbana. O bairro centro não se enquadram dentro das recomendações de 12m² por habitante propostas por órgãos gestores como, por exemplo, a OMS e ONO (FONTES & SHIMBO, 2003) . Existe entretendo divergências quanto a área verde necessária por habitante, já que deve se levar em considerações outros fatores locais como tipo de solo e clima para manutenção da qualidade ambiental dos centros urbanos. Figura 7 - Índice de Áreas Verdes em função do tamanho da população –IAV P”,: Áreas Verdes por População Fonte: Elaborado pelos acadêmicos, 2013 Na Figura 8, como o mapeamento do “IAVp” nos distritos censitários as relações de área de verde por habitante encontrada no espaço fica mais clara, permitindo um melhor entendimento dos do cenário atual do município. Mostra também que outros bairros também apresentam em algumas regiões áreas com menos de 12m²/habitante de área verde. Figura 8 - Índice de Áreas Verdes em função do tamanho da população –IAV P”,: Áreas Verdes por População Fonte: Elaborado pelos acadêmicos, 2013 Fica evidente a carência de áreas verdes no município de Balneário Comburiu, configurando problemas como a redução da qualidade ambiental e de vida da população. Entetanto estudos mais aprofundados devem ser levados em consideração. Este mapeamento mostra um panorama geral que pode servir como balizador de futuros estudos e ações de gestão no município. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A distribuição das áreas verdes no município de Balneário Camboriú não é muito regular, sendo os espaços de concentração de áreas verdes localizados nas periferias do município, principalmente vinculadas a áreas de preservação ambiental. A inexistência de áreas verdes no centro demonstra um modelo de planejamento no qual não existe uma distribuição homogênea em torno de todo o município. O município por ter destaque nacional no setor turístico e imobiliário apresenta uma variação no numero de habitantes, principalmente levando em consideração a alta temporada em relação à baixa temporada do município. Nesse trabalho foram relacionados somente o numero de habitantes residentes. Considerar o aporte dos turistas no cálculo do índice é relevante, pois a relação de área verde por população será prejudicada. Tudo isso para atender uma demanda diretamente relacionada com a qualidade de vida dos habitantes e dos turistas As áreas verdes urbanas em municípios litorâneos são ainda mais relevantes, pois além de proporcionar o lazer e o convívio com a natureza para seus habitantes, prevenir ilhas de calor, constituem o importante função ecológica de proteção da costa frente erosão e inundação costeira. Este estudo gera indicativos sobre a necessidade de melhor diversidade da paisagem, incluindo a paisagem natural na região mais densas e centrais do município, fato que tem sua devida importância e deve ser mencionado como um futuro objeto de estudo. Além da criação de indicadores de áreas verdes, seria interessante analisar a abrangência dessas áreas no tecido urbano e a criação de um mapeamento de possíveis áreas para a implantação de novas áreas verdes, como por exemplo, a criação de áreas verdes em áreas centrais da cidade, corredores ecológicos ao longo de cursos d´água, parques lineares urbanos e vias parques, para o aumento da superfície de áreas verdes predominantemente arbóreas. Contudo deve ser recomendada a manutenção de áreas verdes existentes no espaço urbano em Balneário Camboriú, sendo algumas já protegidas como unidades de conservação, áreas de preservação permanente e reserva legal. Conforme os resultados obtidos no trabalho e as análises dos indicadores de áreas verdes para a cidade de Balneário Camboriú, se torna imprescindível a reavaliação da gestão ambiental que o município vem adotando. Para isso é necessário propor novas diretrizes de planejamento urbano e ambiental, que se adequem a um sistema de áreas verdes dispostos entre a área urbanizada, que vise minimizar os efeitos negativos do adensamento populacional e construtivos. 5. AGRADECIMENTOS A Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI por apoiar e fomentar o desenvolvimento de pesquisa e estudo juntamente com os órgãos estaduais de desenvolvimento regional e a Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí, que proporcionou esse intercâmbio de conhecimento entre os Acadêmicos e Discentes da UNIVALI e pelo incentivo ao Programa de Desenvolvimento Regional. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, Roberto; JESUS, Silvia Cristina de. ANÁLISE ESPACIAL DAS ÁREAS VERDES URBANAS DA ESTÂNCIA DE ÁGUAS DE SÃO PEDRO - SP. Caminhos De Geografia, São Pedro - Sp, n. , p.207-224, 12 ago. 2005. Disponível em:<http://www.ig.ufu.br/revista/caminhos.html>. Acesso em: 5 ago. 2013. DERISIO, José Carlos. 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