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UNIPINHAL- CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL GIOVANNA PEREIRA COSTA RESUMO: CORPO: UMA MERCADORIA NA PÓS-MODERNIDADE Espírito Santo do Pinhal 2018 É através do corpo que o indivíduo se relaciona com o mundo e com o contexto cultural e social no qual está inserido. Desse modo, essa relação sofre alterações com o passar do tempo e readquire significados e simbologias nas diferentes épocas da sociedade. Na atualidade, também conhecida como período contemporâneo, a nossa consciência de corporalidade sofre uma grande influência de dois aspectos que são considerados uma marca do século em que vivemos: consumo e tecnologia. A cultura da modernidade faz com que o indivíduo não aceite seu corpo e entenda que o mesmo deva ser corrigido e transformado, fazendo com que ele viva buscando uma espécie de perfeição aparentemente atingível, mas nunca completamente possível. A negação do corpo real (formas, proporções, genética e envelhecimento) é comprovada pela crescente demanda de produtos e consumo (cosméticos, fármacos, alimentos variados, procedimentos médicos e espaços especializados), ou seja, suas verdadeiras necessidades são distorcidas e se adequam a lógica industrial. Mas obviamente essa lógica de consumo foi alavancada pela tecnologia, pois as mídias sociais são, sem dúvida, a maior fomentadora dessa busca e culto incessante ao corpo considerado perfeito. Nas redes socias, o corpo físico apontado como “bonito” se transformou em um requisito, que significa mais seguidores e idolatria, que aparentemente garantem uma espécie de felicidade, ou seja, o corpo se transformou em um tipo de mercadoria, pois o indivíduo vende imagens corporais de sucesso, o que acaba condicionando outras pessoas. A Psicóloga Jô Alvim, em entrevista ao portal Globo diz: “É inegável a importância de exercícios físicos e de uma boa alimentação, em qualquer faixa etária, para o próprio bem-estar físico e mental. Porém, o que se observa hoje, é que este bem-estar está associado apenas a um padrão de beleza igual ao da(o) modelo da capa de revista, uma vez que este corpo ideal, na fantasia do indivíduo, irá lhe trazer sucesso. É também através da imagem corporal que se cria a identidade pessoal. A imagem que a pessoa tem de si é formada por três pilares: a imagem idealizada ou aquela que se deseja ter; a imagem que o outro tem sobre ela; e, por fim, a imagem objetiva, aquela em que a pessoa vê e sente o próprio corpo” Dessa forma, é possível observar como a construção cultural do corpo está intimamente relacionada com as dinâmicas sociais de cada época. REFERÊNCIAS: MAROUN, K.; VIEIRA, V. Corpo: uma mercadoria na pós-modernidade. Psicologia em Revista 14(2): 171-186, 2008 ALVIM, J. A necessidade de ser belo. Disponível em: http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/psicoblog/post/necessidade-de-ser-belo.html. Acesso em:01/09/2018
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