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RESUMOS DE PORTUGUÊS 1 AULAS 1 A 15 AP1

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RESUMOS DE PORTUGUÊS 1 – AULAS 1 A 15
LINGUAGEM – diferencia o homem dos animais, possibilita a comunicação. Relação do homem com o homem e com o mundo (função social). O homem consegue representar o mundo, nomear e distinguir os seres pelas suas características (função simbólica). 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM:
1 – Referencial denotativa: informa sobre o referente
2 – Emotiva ou expressiva: revela o mundo interior de quem se comunica, ou seja, o enunciador
3 – Poética: mensagem, jogos de ideias, imagens, sons, ritmos, seleção de palavras
4 – Conativa ou apelativa: seduz e influencia o comportamento do destinatário
5 – Fática: por onde a mensagem é transmitida, a fim de iniciar um contato, enfatiza o canal.
6 – Metalinguística: faz referência à própria linguagem, código, signos utilizados.
DISCURSO:
1 – Oral
2 – Escrito
Quando falamos não transmitimos apenas sons, através das palavras, mas comunicamos nossa maneira de ver o mundo (dentro do espaço social e momento histórico)
Exemplo: discurso machista “homem não chora”
TEXTO
Produto do discurso, as pessoas não se comunicam por meio de palavras soltas, mas sim soltas, mas sim, por meio de textos. É um produto da atividade discursiva, não necessariamente vinculado à escrita (verbal = um conto; visual = um quadro; verbal + visual = um filme. 
No texto ocorre uma construção de sentido em que cooperam quem o enuncia e quem o recebe. Um enunciado para ser chamado de texto precisa fazer sentido, os elementos devem ter relação entre si e respeita a estrutura básica da língua.
Textualidade: uma rede de relações que garantem sua unidade (texto = tecido = tessitura)
A trama do texto: o sentido de uma frase depende das demais, é dado pelo todo. Na trama do texto, às vezes o contexto está implícito e precisamos buscar maiores informações sobre ele
Linguística textual: evento comunicativo para o qual convergem ações linguísticas sociais e cognitivas
FATORES DE TEXTUALIDADE: CENTRADOS NO TEXTO, CENTRADOS NO CONTEXTO E CENTRADOS NOS INTERLOCUTORES
CENTRADO NO TEXTO: 
Coerência (harmonia + conectividade conceitual = responsável pelo sentido do texto). A coerência faz com que um texto tenha sentido para seus usuários, já que o sentido do texto é construído não só pelo produtor, mas também pelo recebedor, que precisa deter os conhecimentos necessários à sua interpretação.
AS METAREGRAS DE COERÊNCIA: 
Metarregra da repetição: um texto coerente deve ter elementos repetidos; 
Metarregra da progressão: um texto coerente deve apresentar contribuição semântica constantemente renovada; 
Metarregra da não contradição: em um texto coerente, não se contradiz o que já se disse antes ou o que ficou pressuposto; 
Metarregra da relação: em um texto coerente, o conteúdo deve estar adequado a um estado de coisas no mundo real ou em mundos possíveis.
TIPOS DE COERÊNCIA:
A coerência narrativa ocorre quando é respeitada a organização lógica entre as partes da narrativa e as ações dos personagens. Por exemplo, o que é posterior depende do que é anterior. 
A coerência figurativa ocorre quando há uma articulação entre os elementos de um mesmo frame. Por exemplo, se quisermos mostrar uma festa de Natal, não cabem figuras relativas a uma festa de casamento. Mas devemos prestar atenção para o fato de que pode haver uma incompatibilidade intencional, acarretando uma ruptura num padrão convencional. Isso se justifica quando a intenção é o humor, a piada, ou a ironia. 
A coerência temporal ocorre quando há compatibilidade entre os enunciados do texto, com base na localização temporal. Por exemplo: “Montou a cavalo e saiu a galope.” 
A coerência argumentativa ocorre quando há relação entre afirmações colocadas no texto e suas consequências. Por exemplo, se uma pessoa diz que é contra a pena de morte e depois afirma que “bandido bom é bandido morto”, a sua argumentação não é válida. 
A coerência espacial ocorre quando há compatibilidade entre os enunciados do ponto de vista da localização no espaço. 
A coerência no nível da linguagem ocorre quando há compatibilidade em relação à variante linguística escolhida. Por exemplo, seria incoerente usar uma linguagem informal num texto que exigisse a variante formal. 
Coesão (conectividade sequencial, uso de advérbios, conjunções etc) artifícios de coesão gramatical entre as palavras. Conexões entre os enunciados do texto (pronomes, advérbios, conjunções, preposições). A coesão não é condição nem ne
Informatividade (grau de previsibilidade do texto). 
Contextualização: Conhecimento do mundo + Conhecimento compartilhado. (ex.: uma menina de 10 anos fala para a mãe que vai casar. A mãe acha que ela está falando bobagens, pois não sabe do contexto, ou seja, a filha será a noiva da festa junina na escola)
FATORES DE COERÊNCIA:
Elementos linguísticos: ordem de apresentação dos fatos, modo como se relacionam e marcas para veicular o sentido = COESÃO TEXTUAL
Conhecimento de mundo:
FRAMES: conjunto de conhecimentos armazenados na memória sob certo rótulo, porém sem ordenação;
ESQUEMAS: conjunto de conhecimentos armazenados em sequência temporal ou casual;
PLANOS: conjunto de conhecimentos sobre como agir para atingir determinado objetivo;
SCRIPTS: conjunto de conhecimentos sobre modos de agir estereotipados em dada cultura;
SUPERESTRUTURAS OU ESQUEMAS TEXTUAIS: conjunto de conhecimentos sobre os diversos tipos de textos adquiridos à proporção que se vai travando contato com eles, comparando-os;
CONHECIMENTO PARTILHADO: que é armazenado conforme experiências pessoais, formado por informações velhas (ou dadas) e novas (trazidas pelo texto); 
INFERÊNCIAS: que ocorrem quando o leitor busca, fora do texto, informações e conhecimentos adquiridos por experiências pessoais;
FATORES DE CONTEXTUALIZAÇÃO: que ancoram o texto em uma situação comunicativa determinada. Podem ser de dois tipos: contextualizadores propriamente ditos (data, local, assinatura, elementos gráficos) e perspectivos (autor, título, início do texto);
SITUACIONALIDADE (CENTRADO NO CONTEXTO): que pode atuar em duas direções – da situação para o texto (em que medida a situação comunicativa interfere na produção/recepção do texto) e do texto para a situação (o texto tem reflexos sobre a situação comunicativa, já que o mundo textual não é uma cópia do mundo real);
INFORMATIVIDADE: que diz respeito ao grau de previsibilidade ou expectabilidade da informação veiculada pelo texto;
FOCALIZAÇÃO: que se refere ao foco de concentração dos usuários;
INTERTEXTUALIDADE (CENTRADO NO CONTEXTO): que é o recurso a outros textos para o processamento cognitivo (produção/recepção do texto). Pode ser de conteúdo ou de forma. INTERTEXTUALIDADE DE CONTEÚDO – um texto faz referência a temas ou assuntos contidos em outros de forma explícita (citando entre as aspas, com ou sem indicação de fontes), ou implícitas (sem indicação da fonte, pois não se tem por objetivo identificar o texto em que consta a ideia original). INTERTEXTUALIDADE DE FORMA: quando o autor “imita” a linguagem de outro texto ou o estilo de outro autor. Você já deve ter visto, por exemplo, publicidades que aparecem em forma de receita culinária, bula de remédios.
INTENCIONALIDADE E ACEITABILIDADE: relacionadas, respectivamente, ao locutor/produtor e ao interlocutor/receptor do texto;
CONSISTÊNCIA: com relação a enunciados anteriores. Harmonia, se tem consistência com o que foi dito antes e com o que não está explicitado no texto. 
FOCO: O que é relevante para a decodificação da mensagem.;
RELEVÂNCIA: com referência ao tópico discursivo subjacente, ou seja, os enunciados que compõem o texto digam respeito ao mesmo tema subjacente.
CENTRADO NOS INTERLECUTORES:
Intencionalidade (PRODUTOR): satisfazer os objetivos do produtor do texto, agir sobre o interlocutor (exemplo: gênero publicitário – objetivo principal é convencer o leitor a praticar uma ação. O texto publicitário deve aproveitar o tempo e o espaço em um meio de comunicação de massa, para ter sucesso nas vendas, por isso não é tãoinformativo).
Ex.: Está quente aqui (contexto: janelas fechadas na sala) = mensagem: querendo dizer para abrir a janela, ou seja, a intencionalidade implícita no discurso, no valor ilocutório (intencionalidade)
Intencionalidade: objetivos do produtor em uma situação comunicativa (metas do produtor: alarmar, informar, impressionar, convencer, pedir, ofender etc). Está ligada à pragmática (contexto discursivo situacional), ao valor ilocutório (intencionalidade) do discurso. 
A mensagem só é completa quando o receptor entende a intencionalidade do produtor. Por isso a intencionalidade se relaciona tanto com o produtor, como com o receptor (aceitabilidade).
Aceitabilidade (INTERLOCUTOR): expectativa do sujeito sobre o texto, se o texto é coerente, coeso, útil, relevante etc. Aceita a intencionalidade, compreende o sentido da mensagem.
CONTRATO DE COOPERAÇÃO = 
INTENCIONALIDADE (produtor) + ACEITABILIDADE (receptor)
INFORMATIVIDADE: QUANTO MAIS PREVISÍVEL FOR O TEXTO, MENOS INFORMATIVO ELE SERÁ! O MESMO ACONTECE AO SE USAR UMA LINGUAGEM REBUSCADA, INCOMPREENSÍVEL PELO RECEPTOR.
ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM: ex. as placas de trânsito que são lacônicas, pois precisam ser vistas rapidamente e compreendidas, ou seja, precisamos adequar a linguagem à situação de comunicação.
MÁXIMAS CONVERSACIONAIS: estratégias do produtor para aumentar a aceitabilidade do receptor
Máxima da quantidade: não diga nem mais nem menos do que o necessário (falar o suficiente);
Máxima da qualidade: só diga coisas para as quais tem evidência adequada; não diga o que não sabe ser verdadeira;
Máxima da relação (relevância): diga somente o que é relevante, só o que importa.
Máxima de modo: seja claro e conciso; evite a obscuridade, a prolixidade etc., tenha clareza e concisão.
IMPLICATURA CONVERSACIONAL: metáforas, ironias, mensagens subentendidas.
MECANISMOS LINGUÍSTICOS DE COESÃO:
Gramatical: sistema fechado;
Léxico: sistema aberto 
Coesão lexical – repetições: reiteração do item lexical.
Coesão lexical – substituições: por sinônimos ou antônimos, hiperônimos, hipônimos, nomes genéricos a fim de acrescentar elementos ao texto, ampliá-lo ou enriquecer com outras palavras.
Coesão lexical – hiperônimo/hipônimo: sentido amplo, geral. Exemplo: móvel é hiperônimo de mesa, guarda roupa, sofá (que são hipônimos de móvel). Frutas (hiperônimo) – maçã (hipônimo).
A substituição de itens lexicais possibilita a renomeação dos referentes. Ex.: Um soldado da marinha (hipônimo) foi parado em uma rodovia por dirigir em alta velocidade. O militar (hiperônimo) justificou-se...
Coesão lexical – hipônimo: palavras se relacionam pelo sentido. Exemplo: avião, moto, trem são hipônimos de meios de transportes (meios de transporte = hiperônimo)
HOLONÍMIA (HOLOS = TODO): Do todo para parte. Exemplo: “O hotel (=TODO) foi todo reformado. Os quartos (=PARTE) foram redecorados.
MERONÍMIA: da parte para o todo. Ex.: “Um coração (=PARTE) solidário que se... Madre Teresa de Calcutá foi uma mulher (=TODO) inesquecível”.
MECANISMOS DE COESÃO GRAMATICAL (FECHADO);
Coesão frásica: na oração a ordem das palavras, emprego adequado de pronomes e preposições, concordância entre sujeito e predicado, relativa à pessoa (primeira, segunda ou terceira pessoa), ao gênero (“o”, “a”), ao número (plural, singular);
Coesão temporal: encadeamento em relação à localização temporal, ordenação natural, segundo nossa concepção de mundo. Descrição da ordem dos fatos e das coisas, correlação dos tempos verbais e emprego dos conectores, ou advérbios temporais.
Coesão interfrásica ou interfrástica: entre as frases, conectivos (conjunções, pronomes relativos, preposições) e pausas. Exemplo: “João estuda muito, mas infelizmente foi reprovado”, a palavra “infelizmente” é um conector, mas não é um conectivo tradicional (pronomes, preposições etc.).
Coesão interfrástica simples – pausas
Coesão interfrástica por elementos de coesão/articuladores textuais – relações lógicas (naturais) + encadeadores discursivos (arcula um enunciado ao outro).
COESÃO REFERENCIAL EXOFÓRICA: (remissão = referência) situacional, do contexto, externa.
Exemplo: “Ele transformou água em vinho. Se fosse São Lourenço, transformava em champanhe”. (Ele = Jesus. Precisamos conhecer o milagre bíblico para compreender a mensagem, por isso o contexto, por isso exofórica, externa). 
COESÃO ENDOFÓRICA: referência a elementos do texto
Anáfora = RECUPERA: Carlos foi promovido. Ele estava muito feliz. (retrospectiva, de traz pra frente); Ele se refere a Carlos. (Carlos é o referente, RECUPERADO na segunda frase).
Anáfora associativa: os termos a seguir, todos eles se referem ao INCÊNDIO e estão associados a este FRAME. 
Ex.: houve um INCÊNDIO num grande shopping da cidade. Os bombeiros chegaram. Muitas ambulâncias transportavam para os hospitais os feridos e as pessoas intoxicadas pela fumaça.
Catáfora = ANTECIPA: Desejo isto: que seja feliz. (prospectiva, de frente para traz); (isto aponta para outro termo à frente, ANTECIPA = feliz, o referente)
Elipse = OMITE: Carlos é estudioso. Ana, Preguiçosa. (Ana é preguiçosa). A omissão é utilizada para deixar o texto redundante, prolixo, pois os termos omitidos são facilmente recuperáveis no contexto
ENCADEADORES DISCURSIVOS (dentro da coesão interfrástica):
Argumentativo: “Ele é muito ambicioso. Ele quer ser pelo menos (argumento mais forte) coordenador”.
Sequencialização: Primeiramente vou falar da ementa da disciplina. Posteriormente abordarei as atividades propostas.
CONEXÃO: 
Por causa: Choveu tanto que o rio transbordou. (Por que o rio transbordou? Porque choveu tanto). Passou mal porque bebeu demais.
Adição: A vinda dos imigrantes foi ao encontro não só da necessidade... como também da substituição dos negros na lavoura.
Conformidade: Carlos montou o equipamento conforme o manual indicou.
Disjunção: Para o desfile cívico, a professora solicitou que os alunos viessem de roupa branca ou trouxessem bandeiras da mesma cor. (Neste caso, “ou” inclusivo, pode ser a roupa branca ou a bandeira branca). Você deseja comer churrasco ou feijoada? (neste caso “ou” exclusivo, uma coisa ou outra).
Mediação: Fez o possível para comprar a casa.
Consequência: Bebeu tanto que passou mal.
Finalidade: Ele estudou muito para passar de ano. (orações finais, ou seja, com a finalidade de...).
Condicionalidade: Caso faça bom tempo, iremos à praia. 
Modo: Para vencer no trabalho, Carlos age como um leão.
Temporalidade: Quando chegou à praia, encontrou alguns amigos que não via há alguns anos. (Temporalidade posterior: Depois que almoçou, saiu para a escola; temporalidade simultânea: Mal chega à praia, corre para a água; temporalidade anterior: Antes que os pacientes começassem a reclamar, a enfermeira distribuiu as senhas.
PRODUTOR + RECEPTOR = são estrategistas pois sintetizam uma série de conhecimentos para produção de sentido a partir do texto.
PAUSAS:
Causalidade: Perdi o ônibus. Cheguei atrasado. / Fomos à praia. O dia estava lindo. (O ponto entre as frases representa a pausa, neste caso é uma pausa de causalidade, pois a frase poderia ser: Porque perdi o ônibus, cheguei atrasado. Há uma relação semântica implícita).
Conclusão: O dia estava lindo. Fomos à praia.
Contrariedade: O dia estava lindo. Não fomos à praia.
Condição: Mate aula. Verá o que lhe acontece.
Explicação: Não fale alto. Você acorda todo mundo.
VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO:
Quentes: alto grau de tensão, de informatividade e complexidade. Ex.: artigo científico;
Frios: baixo grau de tensão, complexidade. Ex.: Televisão.
INTERTEXTUALIDADE:
Explícita: a fonte do outro texto é citada. Não existe texto completamente original, pois toda escrita se apoia em leituras prévias;
Implícita
REPERTÓRIO: conhecimento de mundo que precisamos ter para compreender um texto.
PARALELISMO ESTRUTURAL: mesma estrutura nas frases de um enunciado. 
Ex: O condomínio decidiu pintar a fachada das lojas, rever todas as instalações elétricas, consertar os portões de entradae manter o valor da taxa de adesão dos condôminos. (todos os verbos em negrito estão no infinitivo).
AFINAL, EXISTE TEXTO INCOERENTE?
ADEQUAÇÃO: ao mundo real + ao mundo imaginário (mitos, ficção científica, discurso religioso, contos de fadas).
A adequação ao conhecimento do mundo pode não se referir apenas ao mundo rela, pois abemos que uma das propriedades da linguagem é criar mundos (mitos, ficção científica, discurso religioso, contos de fadas). Nessas histórias, no mundo da fantasia, as incoerências passam a fazer sentido, tornando-se, pois, fatores coerência.
(lembrar do livro: “Alice no país das maravilhas”)
PROBLEMAS MAIS COMUNS NA (DE)CODIFICAÇÃO DE TEXTOS:
O emprego inadequado de conectores que ligam porções de textos (de maior ou menor extensão);
Exemplos:
O dia estava lindo. Fomos à praia. (conclusão = por isso, então)
Fomos à praia. O dia estava lindo. (causa= Como o dia estava lindo... / Fomos à praia porque o dia...)
O dia estava lindo. Não fomos à praia. (contrariedade = mas, contudo)
As falhas no paralelismo estrutural, que, conforme vimos, é um dos mecanismos de coesão textual;
Exemplos:
“Enquanto deputados distribuem panfletos, cada vez mais crianças roubam e usando (correto seria usam) drogas.” Há desvio de atenção do leitor devido à falha do paralelismo estrutural)
“Os políticos podem pôr eles (crianças marginalizadas) na escola, oferecem (correto seria: podem oferecer) cursos e muitas outras coisas educativas.” Houve quebra da ideia de POSSIBILIDADE, ou seja, na primeira sentença há possibilidade de os políticos... na segunda sentença, já se afirma que os políticos fazem, ou seja, vai além das possibilidades.
A falta de paralelismo de ideias, ou seja, a primeira parte do texto não pode apontar para uma direção e a segunda, para outra;
As partes devem falar de temas da mesma área de significação, para não perder a unidade temática, senão a mensagem se tornará incoerente.
Exemplo: “O governo deve coibir a venda de produtos piratas. Vendendo produtos piratas, muitas pessoas têm como levar comida para casa.”
O emprego de orações ou períodos soltos, desconexos.
Frases ou orações soltas afetam a coerência textual, há falta da organização lógica do pensamento que deve preceder à escrita.
Exemplos:
O dia estava lindo. Fomos à praia. (conclusão = por isso, então)
Fomos à praia. O dia estava lindo. (causa= Como o dia estava lindo... / Fomos à praia porque o dia...)
O dia estava lindo. Não fomos à praia. (contrariedade = mas, contudo)
A COMUNICAÇÃO HUMANA: inferência
Seria fastidioso e repetitivo, explicitar todas as informações, daí a importância do repertório, do conhecimento de mundo e do conhecimento compartilhado. O texto deve ser considerado como processo inferencial, construído da interação com outros indivíduos e envolvendo uma atividade tanto decodificadora, quanto criadora, com base nas vivências e experiências socioculturais determinadas.
A INFERÊNCIA, ou subentendido, se dá no plano mental, sendo responsabilidade do ouvinte. O leitor constrói novas proposições a partir das que foram dadas.
Exemplo: “Preparo e localização ajudam Chile a evitar ‘tragédia haitiana’”.
A COMUNICAÇÃO HUMANA: pressupostos
São marcados linguisticamente no texto, ideias implícitas, mas possíveis de serem recuperadas a através de certas palavras ou expressões contidas no texto.
Exemplo: “Ana recomeçou a tocar violão” (pressuposto: Ana já tocava violão, o verbo – recomeçou – me aponta para esta interpretação)
AMBIGUIDADE = POUCO CLARO
Propriedade de certos enunciados poderem ser interpretados de diferentes maneiras, sendo, pois, sinônimo de “pouco claro”.
Pode provir de uma “imperfeição” do falante, e/ou de uma “deficiência” do sistema da língua e é problemática porque se instala no receptor, já que o falante, por saber o que quer dizer, não percebe que está sendo ambíguo.
AMBIGUIDADE POLISSÊMICA
Envolve palavras que apresentam mais de um sentido, podendo ser evitada pela substituição do vocábulo problemática por outro equivalente, ou, ainda, pelo maior esclarecimento do contexto.
Exemplo: A moção disse: não gostei da manga (fruta, ou da blusa?)
Explicitação do contexto: A moça, ao escolher as frutas para a salada, disse: não gostei da manga.
Ou
A moça disse à costureira não gostei da manga.
AMBIGUIDADE ESTRUTURAL
Ocorre devido a problemas de construção na estrutura do enunciado. Falhas ou brechas no sistema linguístico.
Exemplo: A descrição da professora foi perfeita! (a professora descreveu algo com sucesso, ou foi descrita com sucesso?
Exemplo: Botafogo e Fluminense jogarão amanhã. (não se sabe se jogarão entre si ou se jogarão cada um com outro time).
Exemplo: A professora deixou a turma entusiasmada. (quem se entusiasmou foi a professora ou a turma?)
AMBIGUIDADE E OS POSSESSIVOS
A principal ambiguidade na língua portuguesa com os possessivos é em relação a “SEU”.
SEU pode corresponder a de você, dele, deles, de vocês, dela, delas, do senhor et.
Exemplo: Ao ouvir Maria Betânia, a mulher disse para a amiga – “Sua voz é muito bonita.” A amiga respondeu – “Obrigada”. Mas a mulher estava se referindo à voz de Maria Betânia e não à da amiga. 
SENTIDO DE LÍNGUA (= LITERAL, DENOTATIVO, TRANSPARENTE, COMPREENDER) X SENTIDO DE DISCURSO (= NÃO LITERAL, CONOTATIVO, IMPLÍCITO, INTERPRETAR)
QUESTÃO DA AD2 DE PORTUGUÊS, REFERENTE AO VÍDEO PUBLICITÁRIO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
1) A partir do vídeo, explique a diferença entre “sentido de língua” e “sentido de discurso”, tomando como base o enunciado: “As dívidas atrasadas estão deixando a sua cabeça em outro lugar?”
Para se chegar a esta interpretação, foi necessário usar a subjetividade e ir além do “sentido de língua”, ou seja, associado ao significante, literal, baseado no sistema, no sentido intrínseco das palavras, no sentido referencial apenas. As pessoas não estavam sem cabeça literalmente, sentido denotativo.
A interpretação de que negociando suas dívidas com a Caixa Econômica é possível colocar a cabeça no lugar novamente, foi obtida contextualizando o valor social que a mensagem traz, ou seja, o “sentido de discurso”. O significado de “estar sem cabeça” é modificado no contexto do vídeo, na circunstância de estar endividado, sentido conotativo.
Este vídeo serviu para estabelecer a diferença entre “sentido de língua” – denotado que permite a compreensão, resultante de um processo semântico-linguístico, enquanto que o “sentido de discurso” relaciona-se a um processo semântico-discursivo inferencial – conotado que nos possibilita a interpretação da mensagem.
RELAÇÃO DE SEMELHANÇA OU DE CONTIGUIDADE
METÁFORA:
É a alteração de sentido de uma palavra pelo acréscimo de um segundo significado, quando há uma relação de semelhança, de interseção entre o sentido de base e o acrescentado, ou seja, quando esses significados apresentam traços comuns. É uma comparação implícita. 
Ex.: Maria é uma rosa. (Estou comparando Maria com uma rosa, por meio de atributos comuns não explicitados: beleza, graça, fragilidade = interseção entre “rosa” e Maria).
METÁFORAS ORIENTACIONAIS:
Baseiam-se em nossa experiência física e cultural, a maioria se destina à orientação espacial. Ex.: Felicidade é pra cima / Tristeza é pra baixo.
Esse produto é top de linha (o que é pra cima é bom “top”)
METÁFORAS ANTOLÓGICAS:
Relacionam-se a experiências com objetos físicos. Especialmente nossos corpos. Ex.: A mente é uma máquina. Ideias são comidas. São muito usadas quando se trata de textos publicitários.
Ex.: Lutamos por esse projeto (metáfora de guerra)
Você vai engolir tudo o que me disse (ideias são comida)
METONÍMIA:
É a alteração de sentido de uma palavra pelo acréscimo de um segundo significado, que guarda com o significado primeiro uma relação de contiguidade, de implicação, de interdependência, de inclusão.
Ex.: João gostava muito de curtir o seu “havana”.
Nesta frase, o produtor (havana) foi empregado no lugar de produto (charuto).
Outros casos de metonímiatambém são muito comuns, como, por exemplo, quando se usa o autor pela obra, a parte pelo todo, o símbolo pela coisa simbolizada.
Ex.: A pomba branca é o desejo da humanidade (símbolo pomba pela coisa simbolizada paz)
O Senado não aprovou a lei (senado por senadores)
Compramos um Ford novo (produtor pelo produto)
TIPO DE METONÍMIA: SINÉDOQUE
Se usa uma parte para designar o todo ou vice-versa
Ex.: As velas cortavam os mares (velas = partes do navio)
DIZER UMA COISA PARA SIGNIFICAR OUTRA:
IRONIA: afirma-se uma coisa que na verdade se quer negar, ou seja, devemos entender a frase como o contrário do que foi dito.
EUFEMISMO: abrandamento da ideia, suavização, atenuação. Exemplo para se referir a doenças (ex.; doença ruim, ao invés de câncer)
MECANISMOS DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDO
O texto não é uma soma aleatória de palavras ou frases, mas um todo harmonioso de ideias, constituído a partir de coesão e coerência.
O sentido vai além do que está escrito explicitamente, mas também e, sobretudo, pelo que está nas entrelinhas, ou subentendido, e que será recuperado com base no conhecimento compartilhado pelos interlocutores. 
CONTEXTO + SITUAÇÃO COMUNICATIVA = 
APREENSÃO DO SENTIDO DO TEXTO.
Esse sentido depende também da escolha da palavra certa e adequada para determinada situação.
SELEÇÃO E A ADEQUAÇÃO DO VOCABULÁRIO:
Adequação vocabular: precisamos ter conhecimento do vocabulário da nossa língua. A escola não incentiva. Não se faz diferenciação entre língua oral e língua escrita. As palavras não devem ser rotuladas entre boas ou más.
Uso da língua: varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social. Nem mesmo um único falante emprega sua língua de maneira uniforme, variando entre formalidade e informalidade. O bom usuário da língua emprega a linguagem adequada a cada situação comunicativa. Não existe um padrão de linguagem superior ou inferior. A situação concreta de comunicação é que vai determinar o uso adequado da língua, sem criar dificuldades de compreensão. A utilização de palavras rebuscadas só para impressionar não faz sentido.
Seleção vocabular: quando a palavra destoa do conjunto, só se compreende o que a pessoa quis dizer pelo sentido geral do enunciado.
CAUSAS DOS DESVIOS LEXICAIS:
Há “semas” (ex.: sofá, cadeira e banco. Todas estas palavras têm algo em comum que é lugar para se sentar. A diferença entre elas é que sofá serve para várias pessoas se sentarem; cadeira se diferencia de banco porque tem encosto etc.) comuns entre o item ocorrente e o item esperado.
Exemplo: “Temos um irrisório conhecimento da violência.” – O termo “irrisório” (item ocorrente) tem algo em comum com o termo “insuficiente” (item esperado).
Sons comuns entre o item ocorrente e o item esperado.
Exemplo: “O autor tinha uma ideia visual dos fatos, assimilando-se ao cinema.”
Item ocorrente: assimilando-se
Item esperado: assemelhando-se
Os sinônimos: lembrando que não existem sinônimos perfeitos! O uso consagra uma forma e rejeita outra.
Exemplos: 
O professor usou o quadro-negro.
Gosto de feijão preto. (Desvio lexical por sinônimo seria: Gosto de feijão negro. Apesar de serem sinônimos, o negro e o preto ficam convencionados em algumas situações e em outras não)
Comprei dólares no câmbio negro.
Gosto do preto no branco.
Tenho muitos amigos negros.
AINDA OS DESVIOS LEXICAIS
Por troca: A situação se diverge um pouco (se modifica)
Por falta: A sobrevivência tem piorado ultimamente (falta: as condições de sobrevivência)
Por excesso: O cenário é a grande cidade urbana. (a palavra cidade já traz o sentido urbano)

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