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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MAR E PETRÓLEO ENGENHARIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO ALEX ALBINO CORREA ANA KAROLINA LACERDA LOBO BEATRIZ DOS SANTOS SANTANA ISABELA CAROLINE DA SILVA PEREIRA LORENA CARDOSO BATISTA TIAGO DA SILVA SANTIAGO PLANO INCLINADO Salinópolis, Pará Julho, 2018 Alex Albino Correa Ana Karolina Lacerda Lobo Beatriz Dos Santos Santana Isabela Caroline Da Silva Pereira Lorena Cardoso Batista Tiago Da Silva Santiago PLANO INCLINADO Relatório referente ao quinto experimento no Laboratório de Física do curso de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, como requisito avaliativo da disciplina de Física Experimental I, sob a orientação do Dr. Cledson Santana Lopes. Salinópolis, Pará 2018 Laboratório de Física I Plano Inclinado 3 1. Introdução O primeiro experimento realizado foi referente ao Plano Inclinado, no qual colocava-se um bloco em cima de uma base e com determinada inclinação o bloco se movia. O plano inclinado trata-se de uma superfície plana cujos pontos de início e fim estão a alturas diferentes. Ao mover um objeto sobre um plano inclinado em vez de movê-lo sobre um plano completamente vertical, o total de força F a ser aplicada é reduzido, ao custo de um aumento na distância pela qual o objeto tem de ser deslocado. O plano inclinado permite que o mesmo trabalho seja realizado aplicando-se uma força menor por uma distância maior. O segundo experimento realizado foi referente ao Plano horizontal, no qual utilizou-se uma base plana e um bloco que com um fio interligava a outra extremidade, que continha um recipiente e com determinado peso ali aplicado a força peso atuava sobre o bloco, puxando o mesmo para baixo, com a ajuda de uma polia para transferir a força. Dessa forma, polias são utilizadas basicamente para elevar verticalmente um corpo por meio da aplicação de forças em cordas ou fios. Dependendo da forma em que são associadas, as polias podem diminuir o esforço humano necessário para elevar objetos muito pesados. 2. Objetivos Determinar o coeficiente de atrito estático entre duas superfícies; Analisar a dependência do coeficiente de atrito estático com a rugosidade, com a área de uma superfície e com a força normal a ela. 3. Fundamentos Teóricos Foram realizados os seguintes experimentos no laboratório de física: Com uma base de aproximadamente 20 cm, com espaçamentos de 5 cm, coloca-se um bloco de madeira de 258g em cima da mesma, no primeiro experimento, averígua-se através da manipulação de um paquímetro que em uma determinada inclinação e ângulo o bloco era capaz de se mover, saindo assim da inércia, onde em determinada inclinação a força peso deslocava-se para Laboratório de Física I Plano Inclinado 4 baixo no plano inclinado. Já no segundo experimento usava-se a mesma rampa, só que com um fio ligado ao bloco de madeira até a outra extremidade que passava primeiro por uma roldana, que continha um recipiente que se colocava as esferas, onde no primeiro momento acrescentava-se as esperas uma a uma até o bloco de madeira se mover, logo após, pesava-se o recipiente com as esferas, em seguida retornava com o recipiente ligado ao bloco e acrescentava mais esferas ao recipiente até que o bloco de madeira fosse capaz de percorrer toda a base. Com ajuda de um cronômetro, verificava-se cuidadosamente os tempos que o bloco passava pelos intervalos, se constatados que fossem iguais, concluía-se que realizava um movimento retilíneo uniforme. 4. Experimentos e Atividades Utilizamos a força de atrito diariamente sem perceber a sua importância, pois caso não houvesse o atrito não haveria a aderência e ao andar escorregaríamos, ao escrever em uma lousa a tinta do pincel não iria aderir ao quadro e os carros não teriam controle. No experimento, calculou-se a média do peso do bloco de madeira que estava em repouso devido ao atrito e obteve- se 258g. No plano inclinado, ao começar o deslizamento do bloco pelo aumento da inclinação, verificou-se cinco vezes o ângulo e calculou-se o ângulo médio de ocorrência do movimento quando o deslizamento estava aproximadamente uniforme com o bloco de madeira deitado e em pé. Observando-se, assim, os seguintes dados: Tabela 1 - Valores dos ângulos de ocorrência do movimento uniforme Bloco deitado Bloco em pé Ɵ = 9,95 Ɵ = 8,04 Ɵ = 10,07 Ɵ = 8,16 Ɵ = 10,07 Ɵ = 8,04 Ɵ = 10,19 Ɵ = 8,04 Laboratório de Física I Plano Inclinado 5 Ɵ =10,07 Ɵ = 7,92 Ɵ̅ = 10, 07 Ɵ̅ = 8,04 Conforme os ângulos médios de ocorrência do movimento uniforme, verifica-se as forças atuantes sobre o bloco de madeira no respectivo diagrama: Diagrama 1- Forças atuantes sobre o móvel de madeira Ao verificar a validade das expressões: 𝑁 = 𝑚. 𝑔. 𝑐𝑜𝑠 𝛼 e 𝐹𝑎𝑡 = 𝑚. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛 𝛼, constatou-se para o bloco deitado que: 𝑁 = 0,258 . 9,8 . 𝑐𝑜𝑠10 → 𝑁 = 0,258 . 9,8 . 0,98 → 𝑁 = 2,477 𝑁 e 𝐹𝑎𝑡 = 0,258 . 9,8 . 𝑠𝑒𝑛10 → 𝐹𝑎𝑡 = 0,258 . 9,8 . 0,175 → 𝐹𝑎𝑡 = 0,429 𝑁. E para o bloco em pé: 𝑁 = 0,258 . 9,8 . 𝑐𝑜𝑠8 → 𝑁 = 0,258 . 9,8 . 0,99 → 𝑁 = 2,503 𝑁 e 𝐹𝑎𝑡 = 0,258 . 9,8 . 𝑠𝑒𝑛8 → 𝐹𝑎𝑡 = 0,258 . 9,8 . 0,140 → 𝐹𝑎𝑡 = 0,353 𝑁. Como 𝑓𝑐 = µ𝑐 . 𝑁, prova-se que µ = 𝑡𝑔 𝛼, pois 𝑡𝑔𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜 = µ𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜, verificou-se assim para o bloco deitado 𝑡𝑔 10 = 0,176 e para o bloco em pé 𝑡𝑔 8 = 0,140. E a partir desta equação: 𝑓𝑐 > µ𝑐 . 𝑁 , calcula-se o µ𝑐 entre as superfícies envolvidas. Quando 𝑡𝑔 10 = 0,176 . 𝑁 = 2,477 𝑁 → 𝑓𝑐 > 0,436 𝑁 para o bloco deitado e 𝑡𝑔 8 = 0,140 . 𝑁 = 2,503 𝑁 → 𝑓𝑐 > 0,350 𝑁 para o bloco em pé. Notou-se que a massa inicial não foi capaz de deslizar no plano inclinado e com o aumento da massa, o bloco saiu do repouso. A força que vence a inércia do corpo é calculada pela fórmula: 𝐹𝑎𝑡 = µ . 𝑁 → 𝐹𝑎𝑡 = 𝑇𝑔Ɵ . 𝑝 . 𝑠𝑒𝑛 → 𝐹𝑎𝑡 = 𝑃 . 𝑀𝑒 . 𝑔 No plano inclinado, para que o bloco se mova é necessário que a força aplicada supere a força de atrito. Por isso, com massas de baixa magnitude é Laboratório de Física I Plano Inclinado 6 comum que o bloco não altere seu estado inicial. No entanto, ao aumentar a massa sobre o plano inclinado é capaz do bloco realizar movimento. No experimento em questão, o bloco desceu movimento retilíneo quando a massa atingiu o valor de 51,4g. Com o aparato utilizado em laboratório, após adicionar-se as massas concluiu-se que a força externa é igual ao peso. Logo: 𝐹𝐸𝑥 = 𝑃 𝐹𝐸𝑥 = 0,0514 . 9,8 𝐹𝐸𝑥 = 0,5𝑁 Para observar melhor a causa da inércia do bloco com massas menores, calculou-se a força de atrito e o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano em questão como mostra a seguir: Onde: 𝐹𝑎𝑡 = 𝑃 → µ . 𝑁 = m. g µ𝑒𝑠𝑡 . 𝑁 = 𝑚𝑒 . 9,8 → µ = 𝑚𝑒 . 9,8 𝑚𝑏 Encontrando assim: µ . 0,258 = 0,0514 . 9,8 µ =1,95 𝐹𝑎𝑡 = µ. N 𝐹𝑎𝑡 = 1,95 . 0,0514 𝐹𝑎𝑡 = 0,1𝑁 Embora a força externa inicial atue sobre o corpo, ela não conseguiu ser capaz de mover o bloco, pois essa força externa não foi maior que a força de atrito para retiraro bloco da inércia. 5. Conclusão Laboratório de Física I Plano Inclinado 7 . Constatou-se que quando uma força externa aplicada sobre um corpo estático é maior que a força de atrito estático, esta determinada pelo produto do seu coeficiente de atrito estático e o módulo da força normal, o corpo consegue sair da inércia por vencer a barreira do atrito de contato entre as superfícies envolvidas. Além disso, foram observados os ângulos de iminência da ocorrência do movimento uniforme quando o bloco de madeira começara a sair do estado de repouso, observando que alguns fatores influenciam no ângulo dessa inclinação para início do movimento como: a força externa que está sendo aplicada para forçar o movimento, o próprio peso e a posição do bloco: em pé ou deitado e no segundo experimento, mais a tração exercida que age sobre o objeto. A partir disso, levantou-se diversos dados por meio da observação e dos cálculos realizados para compreender um pouco mais sobre esses experimentos. Laboratório de Física I Plano Inclinado 8 6. Referências Bibliográficas BRÍGIDA, Ângela Costa Santa. Plano Inclinado. Salinópolis: Apostila de Laboratório de Física I, 2017.
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