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Parasitologia - Amebíase ─ Amebas Parasitas do Homem Entamoeba dispar Entamoeba histolytica Entamoeba Coli A E. histolytica é o agente etiológico da amebíase,importante problema de saúde pública, constituindo a segunda causa de mortes por parasitoses. A E. dispar é uma espécie que acomete o homem de forma assintomática ( ou mais branda da amebíase) , quadro denominado colite não- disentérica. Gênero entamoeba: Caracteriza-se pelo núcleo esférico , de aspecto vesiculoso, com membrana delgada e é revestida, internamente, com grânulos cromáticos, enquanto um ou mais grânulos se reúnem no centro ou perto dele (cromatina central). Apresentam-se nas formas: trofozoítas e cistos As espécies de entamoeba podem ser divididas em vários grupos, de acordo com o número de núcleos que apresenta na sua forma cística: Entamoeba coli : com até 8 núcleos; Características: 2 membranas ( interna: membrana plasmática e externa:parede cística); corpos cromatóides pontiagudos; Entamoeba histolytica: com até 4 núcleos; Características: Esféricos, parede cística; tetranucleados; corpos cromatóides: em bastão; resistem aproximadamente 30 dias no meio; Forma invasiva e não invasiva : TROFOZOÍTA; Entamoeba histolytica Forma não - invasiva: CISTOS; TROFOZOÍTA histolytica: Forma não invasiva (minuta): Características: - cromatina periférica delgada, cariossomo central. vacúolos citoplasmáticos : bactérias (endocitadas) Forma invasiva (magna): vacúolos citoplasmáticos: hemácias engolfadas em seu interior; TROFOZOÍTA coli: cromatina periférica mais grosseira e irregular; cariossomo grande e deslocado para periferia; ausência de vacúolos citoplasmáticos; Localização: ceco,cólon sigmóide e reto. Mecanismo de Transmissão e Ciclo Evolutivo: Ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos maduros (4 núcleos) . Esse cisto passa pelo estômago, entra em contato com o ácido clorídrico, que enfraquece a parede cística . Ao chegar no ínicio intestino grosso, sofre o processo de desencistamento, dando origem ao metacisto, esse metacisto sofre sucessivas divisões que darão origem ao trofozoíta, esse migra ao intestino grosso, no qual se colonizam. A partir daí, podem sofrer dois rumos biológicos: ciclo não-patogênico: Em geral, ficam aderidos à mucosa do intestino, vivendo como um comensal, alimentando-se de dendritos e de bactérias, futuramente se transformam em cistos tetranucleados que são eliminados nas fezes formadas [A]. Colite não disentérica ciclo patogênico: o equilíbrio parasito hospedeiro pode ser rompido e os trofozoítas invadem a submucosa intestinal , realizando ativamente multiplicação,além da liberação de citocinas e enzimas proteolíticas, causando a diarréia muco sanguinolentas, além de através da circulação porta atingir outros órgãos, como fígado, pulmão, rim , cérebro ou pele, causando a amebíase extra intestinal. [C] Esse trofozoíta não forma cistos e são hematofágos. Indivíduos com amebíase invasiva e amebíase extra intestinal não eliminam cistos nas fezes. Apenas os com a forma assintomática são capazes de eliminar cistos nas fezes. Via sexual anal – oral. Fatores que contribuem para virulência do parasito: Ligados ao hospedeiro: microbiota intestinal (ambiente, fatores); Resposta imune; Estado nutricional; Ligados ao parasito: Cepas virulentas - conseguem driblar o sistema imunológico e invadir os tecidos. Adesão à parede intestinal – possuem lectinas, que são proteínas adesivas, que promovem a aderência dele à mucosa intestinal. Produção de enzimas proteolíticas (efeito citopático) - proteases, hialuronidases e mucopolissacaridoses, servem para degradar o tecido intestinal, facilitando a permanência do trofozoíto nesse tecido Citotoxicidade direta dos trofozoítos no intestino (invasão) – forma lesões no intestino que pode formar úlcera e facilitar outras formas de amebíase. Manifestações Clínicas: Amebíase intestinal Não invasiva Invasiva Assintomática 1- Colite não disentérica: muco; fezes moles, pastosas, diarréicas; retire, tenesmo, febre. 2 - Colite disentérica: diarréias mucosanguinolentas dor abdominal , febre, náusea, vômito retossigmoidoscopia – úlceras grandes e profundas Eliminam cistos de E. histolytica nas fezes normais. Não eliminam cistos nas fezes Amebíase extra-intestinal: Hepática: Dor, “dor escapular”, náusea, vômito, icterícia, febre. Abscessos hepáticos; Hepatomegalia. Pulmonar: Abscessos pulmonares, expectoração vermelha chocolate, febre, dor torácica. Cerebral: Abscessos cerebrais. Complicações da amebíase: Colite amebiana fulminante Perfurações / peritonite Hemorragias Apendicite Ameboma (formação granulomatosa) - causa obstrução intestinal Diagnóstico: Exame parasitológico das fezes : FEZES FORMADAS : pesquisa de CISTOS TÉCNICAS DE CONCENTRAÇÃO: → FAUST (solução de alta densidade – sulfato de zinco) → Centrifugação em formol-éter – Ritchie Fezes diarreicas : pesquisa de TROFOZOÍTOS Exame direto a fresco; Esfregaços; Imunodiagnóstico : detecção de antígeno fecais, detecção de AC no soro. Exames complementares : RETOSIGMOIDOSCOPIA (amebíase intestinal) - pesquisa de ulcerações. Exames auxiliares na identificação do local, tamanho e número de abscessos : • ressonância magnética • ultrassonografia Epidemiologia: Maior prevalência em países tropicais e subtropicais; Relacionado às condições socioeconômicas; Profilaxia: identificação e tratamento de fontes de infecção - portadores assintomáticos saneamento básico educação sanitária combate aos vetores mecânicos cuidados alimentos
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