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Petição+Estágio+Supervisionado+Constitucional (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO MUNICÍPIO X, ESTADO DE PERNAMBUCO.
ANTONIO AUGUSTO, qualificação completa, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso) com endereço profissional na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., local indicado para receber as devidas intimações nos termos do artigo 39, inciso I do Código de Processo Civil, vem perante Vossa Excelência com fulcro no artigo 5º, inciso LXXIII da Constituição Federal e na Lei 4717/65 propor
AÇÃO POPULAR
em face do ESTADO DE PERNAMBUCO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., Bairro..., Recife, Estado. De Pernambuco, do GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I – DOS FATOS
O ESTADO DE PERNAMBUCO, primeiro réu, nomeou para o cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco o sr. Martiniano Santos, famoso político local, que responde a processos por execução fiscal, movido pela União, em face da sonegação de imposto de renda. inaugurou um novo Estádio para ser utilizado durante um grande evento esportivo. Acontece que, embora o mencionado evento esportivo apenas fosse acontecer um ano depois, a inauguração do novo Estádio foi feita às pressas e, logo após este evento, o respectivo Prefeito, juntamente com o secretário de administração, respectivamente segundo réu e terceiro réu, resolveram liberar um terreno municipal próximo ao mencionado estádio para o quarto réu.
Tendo em vista que a nomeação fere o princípio da moralidade pública, não resta alternativa ao autor senão o ajuizamento da presente ação popular.
II – DO DIREITO
a) DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR
O art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB, admite a impetração da ação popular, por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou se entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
Tem como objeto ato ilegal lesivo ao patrimônio público ou entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. O art. 2º, da Lei da Ação Popular determina que são nulos os atos lesivos ao patrimônio público, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. Como patrimônio público (art. 1º, §1º), define: os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico. Assim, o ajuizamento da presente ação é perfeitamente cabível.
b) DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA
A ação popular tem previsão no art. 5º da CRFB, garantindo o seu ajuizamento a todos o cidadão no regular gozo dos seus direitos políticos, o que é o caso do autor, conforme de plano comprovado pelo Título de Eleitoral nº_, e Certidão de Obrigações Eleitorais nº_.
Os réus apontados nesta peça vestibular são efetivamente os responsáveis pela produção do ato ilegal, lesivo ao patrimônio público, conforme art. 6º da Lei 4.717/65: “A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo”
c) DO ATO LESIVO À MORALIDADE PÚBLICA
A doutrina admite que a conceituação do conteúdo jurídico do princípio da moralidade é muito ampla e de pouca precisão. “Tendo em vista que a Administração Pública deve pautar‐se pela obediência aos princípios constitucionais a ela dirigidos expressamente, mas também aos demais princípios fundamentais, tem‐se que, em sua atuação, deve ser capaz de distinguir o justo do injusto, o conveniente do inconveniente, o oportuno do inoportuno, além do legal do ilegal” (MENDES, 2016, p. 886). Portanto, o princípio da moralidade administrativa deve ser interpretado de forma aliada a outros princípios fundamentais, como o da proporcionalidade, razoabilidade, isonomia e outros. 
O princípio da moralidade possui intrínseca relação com a finalidade da atividade administrativa, que é sempre o bem comum, todas as vezes que a sua atuação se desviar dessa finalidade, a moralidade administrativa estará ameaçada. Por isso, não possui uma conceituação estanque, devendo ser analisado em cada caso concreto, podendo, a depender da situação fática, apresentar diferentes facetas. O reconhecimento expresso do dever da Administração Pública, em observar o princípio da moralidade, amplia significativamente o controle dos atos administrativos pelo Poder Judiciário, pois a ele incumbe, diante do caso concreto, fazer a análise da observância do princípio pela Administração, levando em conta a sua esfera de discricionariedade. O princípio da moralidade se afigura como uma limitação ao exercício do poder discricionário da Administração Pública. 
Do princípio da moralidade decorre, por exemplo, a Súmula vinculante 13 do STF que trata sobre o chamado “nepotismo” nos seguintes termos: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou ainda de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.” (BRASIL, STF, 2008).
Como se verifica, tais fatos afrontam diretamente os dispositivos legais acima citados.
 
Assim, em se tratando de nomeação, não pode o nomeado responder processos por fraude à Receita Federal. 
Tem-se então que a referida nomeação constitui ato lesivo à moralidade administrativa, pois não houve escolha de candidato devidamente habilitado pela Administração, bem como atentatório aos princípios da moralidade, probidade e legalidade.
Por tudo isso, é nulo o ato praticado, nos termos do art. 2º, alínea a, c e e da Lei 4.717/65, “litteris”:
Art. 2.º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
c) ilegalidade do objeto;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
e) o desvio da finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Requer-se, desde já, a anulação da referida nomeação.
III – DO PEDIDO DE LIMINAR
A relevância do fundamento invocado reside nos argumentos fáticos e jurídicos acima expostos, mormente nos documentos colacionados à presente, os quais dão conta de que existe o bom direito ora vindicado, notadamente em face das violações às normas e aos princípios supramencionados.
O “periculum in mora”, por sua vez, afigura-se patente uma vez que a natura demora do processo causará lesão à Administração Pública, ante a nomeação de pessoa inapta para a função designada.
Requer-se a concessão de liminar para suspensão dos efeitos da nomeação.
IV – DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:
a) a citação do Réu, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 20 dias, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
b) a citação do Estado de Pernmbuco, em separado, na forma do art. 6º, § 3º da Lei 4.717/65;
c) a intimação do ilustre representante do Ministério Público;
d) a procedência dos pedidos para decretar a invalidade do ato lesivo à moralidade, condenando o Réu no pagamento das perdas e danos;
e) a condenaçãodo Réu no pagamento, ao autor, das custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de advogado;
f) a confirmação da liminar, nos termos em que foi requerida;
g) a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental;
h) a juntada dos documentos em anexo.
Dá-se à causa o valor de R$...
Termos em que pede deferimento.
Local..., data...
Assinatura do Advogado
OAB/... Nº...

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