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Estagio supervisionado 1 seção 1 constitucional

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA VARA DA FAZENDA ESTADUAL DA COMARCA DE RECIFE/PE
Antônio Augusto, Brasileiro, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o número xxx.xxx.xxx-xx, portador do RG nº xx.xxx-xx , residente e domiciliado no seguinte endereço xxxxxxxxxxxxxxxx, vem mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu procurador infra-assinado, com fulcro no inciso LXXIII do artigo 5º da Constituição Federal,
AJUIZAR AÇÃO POPULAR
em desfavor do Sr.(Nome do Governador do Estado), brasileiro, estado civil, Governador do Estado de Pernambuco, com endereço no Palácio xxxx, sito à xxxxxxxx, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
I - DO FORO COMPETENTE 
O artigo 5° da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, que regula a Ação Popular, estabelece que a competência para seu julgamento é determinada pela origem do ato lesivo a ser anulado, ou seja, do juízo competente de primeiro grau, conforme as normas de organização judiciária. Desse modo, a CF de 1988 não incluiu a Ação Popular na esfera de competência do STF.
II – DOS FATOS
Conforme se extrai do decreto n° X/2018 que foi nomeado o Sr. Martiniano Santos, um grande e famoso político, para o cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco. Ocorre que, pouco antes da nomeação, foi noticiado nos jornais locais que o Sr. Martiniano estaria respondendo a um processo de execução fiscal, movido pela União em face da sonegação de imposto de renda, e tal fato causou extremo incomodo aos moradores da cidade.
A CF/88, artigo 37 estabelece que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, também conhecido como LIMPE. 
O princípio da moralidade, é a medida pela qual devem ser medidos os atos da administração pública, e o conceito do termo responsabilidade, esta intrinsecamente ligado a moralidade, como bem se extrai da obra O federalista, que diz-se o seguinte:
“Uma pessoa é responsável ou elogia-se o seu senso de responsabilidade quando se pretende dizer que a pessoa em questão inclui, nos motivos de seu comportamento, a previsão dos possíveis efeitos da conduta.”
Em outros termos, devem os governantes, se absterem de práticas de violação da confiança pública e da malversação, que são ações ou omissões que ferem a sociedade como um todo.
Data máxima vênia, tal nomeação constitui violação ao principio da moralidade administrativa.
 III - DO DIREITO
A ação popular é o remédio constitucional cabível que possibilita a qualquer cidadão evitar atos lesivos ao patrimônio público,bem como à moralidade pública ou a outros bens jurídicos constitucional protegidos. (artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal e artigo 1º da Lei nº 4.717, de 1995),
“Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade.(g.n.) 
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: 
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
 b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; 
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.”(g.n.) 
V - DOS PEDIDOS 
Em face dos fatos e fundamentos apresentados, REQUER o autor popular:
a) seja determinada a sustação dos efeitos do decreto de nomeação, a fim de que seja impedida a sua posse ou exercício no cargo de Ministro de Estado, até o julgamento de mérito desta ação; 
b) a citação pessoal do representante da Procuradoria Geral do Estado,com fulcro no artigo 183, § 1º, no endereço acima indicado, para que, querendo, conteste a presente ação popular, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, de acordo com o disposto pelo artigo 319 do Código de Processo Civil;
c) a intervenção do Ministério Público Federal, como fiscal da Lei;
d) a citação da União, na pessoa de seu representante legal, especialmente para que, nos termos § 3º do art. 6º da Lei 4.717/65, exerça sua faculdade de atuar ao lado do autor na defesa do patrimônio público e do respeito ao principio constitucional da moralidade; 
f) a condenação do demandado em custas e honorários advocatícios. 
g) a produção de todas as provas em Direito admitidas, sejam, provas documentais, testemunhais, pericias e quais mais se fizerem necessárias para elucidação dos fatos alegados;
Termos em que
Pede deferimento.
Dá-se a causa o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). 
Cidade, data.
Advogada (o)OAB/SP nº

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