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CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO

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CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO
ILICITUDE
CRIME: Fato típico, ilícito e culpável.
ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE): É a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico. O fato típico cria uma presunção da ilicitude.
Assim a ilicitude, também chamada de antijuridicidade é a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico, ou seja, é um fato contrario ao que o direito ordena.
Em primeiro lugar, dentro da primeira fase do raciocínio o interprete verifica se o fato é típico ou não. Na hipótese de atipicidade, encerra desde logo qualquer indagação acerca da ilicitude. Ao contrário, se o fato for típico, passa para segunda fase de apreciação, verificando se a conduta é ilícita. 
	OBS: Se além de típico o fato for ilícito considera-se crime.
CAUSAS QUE EXCLUEM A ILICITUDE
Nos termos do artigo 23 do CP. Não há crime quando o agente praticar o fato em: estado de necessidade, legitima defesa, estrito cumprimento do dever legal e no exercício regular do direito.
ESTADO DE NECESSIDADE: No estado de necessidade existem dois ou mais bens jurídicos postos em perigo, de modo que a preservação de um depende da destruição de outro ou dos demais.
EX: Um pedestre joga-se na frente de um carro, que para preservar a vida humana, o motorista opta por desviar seu veiculo e colidir com outro que se encontrava estacionado nas proximidades.
TEORIAS
Teoria unitária e teoria diferenciadora. No brasil adotamos a teoria unitária.
TEORIA UNITARIA: Existe o estado de necessidade justificante (exclui a ilicitude).
Todo estado de necessidade é justificante, ou seja, tem a finalidade de eliminar a ilicitude do fato típico praticado pelo agente.
Para esta teoria não importa se o bem protegido pelo agente é de valor superior ou igual aquele que esta sofrendo a ofensa, ou seja, exige apenas que o bem jurídico sacrificado seja de valor igual ou inferior ao bem preservado.
EX: BEM PRESERVADO BEM PREJUDICADO RESULTADO
VALOR 10 10 HÁ ESTADO DE NECESSIDADE 
VALOR 10 9 HÁ ESTADO DE NECESSIDADE
VALOR 9 10 NÃO HÁ ESTADO DE NECESSIDADE
TEORIA DIFERENCIADORA: Nesta existe estado de necessidade justificante (exclui a ilicitude) e exculpante (exclui a culpabilidade).
Nesta haverá estado de necessidade justificante quando o bem afetado for de valor inferior ao bem preservado, ou seja, para salvar a própria vida o agente destrói o patrimônio alheio.
Nas demais situações, quando o bem jurídico salvo aguardado for de valor igual ou inferior aquele que se agride, o estado de necessidade será exculpante, pois constitui causa supralegal de exclusão da culpabilidade, baseado na ilegibilidade de conduta diversa.
EX: BEM PRESERVADO BEM PREJUDICADO RESULTADO
VALOR 10 10 ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE
VALOR 10 9 ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE
VALOR 9 10 ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE
REQUISITOS PARA CONFIGURAR CAUSA DE EXCLUSAO DE ILICITUDE.
Situação de perigo atual: 
o perigo deve ser atual, ou seja, estar acontecendo.
O perigo deve ameaçar direito próprio ou alheio.
O perigo não pode ter sido causado voluntariamente pelo agente.
Inevitabilidade de comportamento:
Somente se admite o sacrifício de um bem quando não houver outra maneira de se efetuar o salvamento.
Requisito subjetivo:
Conhecimento da ação justificante, o agente tem que ter ciência que esta agindo para salvar guardar o bem sacrificando outro.
LEGITIMA DEFESA
Descrita no artigo 25 do código penal.
É causa de exclusão da ilicitude que consiste em repelir injusta agressão atual ou iminente a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários.
REQUISITOS
Agressão atual ou iminente (a agressão tem que estar acontecendo ou preste a acontecer).
Bem atacado pode ser próprio ou de terceiros.
Repulsa (rebater) com os meios necessários (são os meios lesivos colocados a disposição do agente no momento em que sofre a agressão).
 EX: Se o sujeito tem um pedaço de pau ao seu alcance e com ele pode tranquilamente conter a agressão, o emprego de arma de fogo revela-se desnecessário.
Uso moderado de tais meios (o meio usado para reculsa deve ser utilizado moderadamente). 
EX: O número exagerado de golpes após a cessação da agressão revela imoderação por parte do agente.
Conhecimento da situação justificante (o agente tem que saber e desejar com a sua conduta reagir a uma injusta agressão).
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE ESTADO DE NECESSIDADE E LEGITIMA DEFESA.
Ambas são institutos de causas que excluem a ilicitude.
Em ambas se apresentam perigos para o bem jurídico próprio ou de terceiros.
DIFERENÇAS
Na legitima defesa a situação de perigo provem de uma agressão injusta do homem e a reação se dirige contra o seu autor.
No estado de necessidade o perigo é originário da natureza, de seres irracionais ou ate mesmo de um ser humano e para se safar, o agente sacrifica bem jurídico alheio.
No estado de necessidade a situação de perigo tem que ser atual.
Na legitima defesa a agressão injusta tem que ser iminente ou atual.
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL.
Quem pratica uma ação em cumprimento de um dever imposta pela lei não comete crime.
Esta causa de exclusão dirige-se aos funcionários e agentes públicos que agem por ordem da lei.
Não fica excluído, contudo, particular que exerce função publica (jurados, perito, mesário da justiça eleitoral, etc.).
Quem cumpre um dever legal dentro dos limites impostos pela lei, não pode estar praticando ao mesmo tempo um ilícito penal a não ser que haja fora daqueles limites. Quando isto ocorre o agente respondera pelo excesso.
A punição pelo excesso do cumprimento do dever legal, equivale para todas as modalidades de excludentes, seja ela de legitima defesa, estado de necessidade dentre outras.

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