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Aula 8 Portos II 2016

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Dragagem Rio Tietê – São Paulo 
 
Dragagem em Portos e Hidrovias 
 
1- DRAGAGEM 
 
2- TIPOS DE DRAGAS 
 
3- ESTUDOS QUE COMPÕEM O PROJETO DE DRAGAGEM 
 
4- PLANEJAMENTO DA DRAGAGEM 
 
5- DERROCAGEM SUBAQUÁTICA 
OBRAS DE APROFUNDAMENTO 
1- DRAGAGEM 
 
Conceito: Dragagem é o processo de remoção de material subaquático através de 
equipamentos denominados dragas. 
 
A dragagem contempla essencialmente três etapas: 
• Escavação 
• transporte (vertical e horizontal) 
• deposição ou reutilização do material dragado. 
 
A evolução da indústria naval, com o aumento do calado dos navios, provocou grandes 
mudanças nos ancoradouros e suas principais vias de acesso, que precisavam ser mais 
profundos. 
 
A dragagem passou, então, a ter vital importância, tanto na fase de construção dos 
portos como em sua exploração e operação comercial. 
 
As atividades de dragagem não ficam restritas a uma simples definição de 
desobstrução e limpeza das vias navegáveis. 
 
Parte do material, originado da dragagem, pode ser aproveitada 
economicamente, como por exemplo, a utilização dos sedimentos dragados 
para a construção de aterros (rodovias, aeroportos, etc). 
 
Além de operações específicas, que visam à extração de pedras preciosas 
(mineração). 
Em 30 de junho de 2017, o calado no porto de Santos, foi 
reduzido em um metro, justamente pelo assoreamento do 
primeiro trecho do canal (entre a Barra de Santos e o 
Entreposto de Pesca). 
 
Desde então, um levantamento do setor estima que, por 
semana, as restrições ocasionem prejuízos de R$ 108,5 
milhões. 
A operação de Dragagem Marítima compreende desde o projeto até sua execução. 
 
São aplicadas em obras de: 
• Manutenção nos portos e vias navegáveis 
• Aprofundamento de canais 
• Dragagem ambiental, visando o tratamento e descarte do material dragado. 
 
A elaboração de um projeto de dragagem deve seguir etapas fundamentais no seu 
desenvolvendo, sendo: 
• Projetos conceituais 
• Básicos 
• Executivos 
• Estudos de viabilidade 
• Metodologias executivas 
• Levantamentos batimétricos (quantitativo) 
• Estudo de ondas, marés e ventos 
 
A efetiva gestão das obras de dragagens marítimas, depende fundamentalmente de um 
bom quantitativo o que reduz incertezas na quantidade de remoção de resíduos, custos 
e impactos ambientais. 
Dragagem fluvial 
 
Os efeitos da falta de dragagem: 
 
• aumento no tempo de viagem e no custo; 
• atrasos nos prazos de entrega da mercadoria aos clientes (produtor e consumidor) 
• a redução no volume de cargas transportadas; 
• redução do balanço financeiro; 
• além do maior risco de ocorrência de sinistros ou naufrágios (barcos encalham nos bancos de areia) 
• devido ao acúmulo de sedimentos no fundo do canal (rio), resulta na diminuição da velocidade da 
correnteza das águas. 
Calado 
Sedimento 
Embarcação 
Calado 
Embarcação 
Sedimento 
Boas condições de navegação Condições inseguras de navegação 
Dragagem, consiste na 
retirada dos sedimentos 
que ficam submersos nos 
rios 
Folga de segurança 
NA NA 
NT NT 
É preciso aprofundar os 
canais para extrair o 
acúmulo dos sedimentos 
e dos bancos de areia 
Rio Madeira chega ao menor nível em 10 anos e agrava situação do transporte 
Transporte de grãos está suspenso há um mês e há dificuldades para 
embarcações que levam carga geral e combustíveis 
Assoreamento causado pelas Usinas Hidrelétrica de Jirau e de Santo Antônio 
O rio transporta 12 milhões de toneladas de grãos/ano 
Começa a dragagem do rio Madeira 
Em cinco anos, devem ser investidos R$ 68,7 milhões nas operações 
para remoção de sedimentos na hidrovia 
• A dragagem do rio Madeira, procedimento que vai 
retirar sedimentos do rio para permitir a passagem 
das embarcações com segurança, teve início no 
dia 17 de agosto de 2017. 
 
• A previsão é que a operação ocorra ao longo de 
1.086 km de extensão do Madeira, entre Porto 
Velho (RO) e o município de Itacoatiara (AM). 
• Serão investidos R$ 68,7 milhões para garantir o calado mínimo de 3,5 metros necessário para a 
navegação das barcaças que escoam milho e soja do oeste de Mato Grosso para os portos do Arco 
Norte e, também, para a movimentação de combustível e carga geral entre Porto Velho e Manaus. 
O rio Madeira movimenta, anualmente, 12 milhões de toneladas de produtos: 
• seis milhões de toneladas de grãos destinados à exportação; 
• cerca de três milhões de metros cúbicos de combustíveis e 
• três milhões de toneladas de carga geral. 
Consequência da falta de dragagem do rio Tietê 
Os trabalhos de dragagem englobam os serviços de: 
• Limpeza 
• Desassoreamento (aprofundamento) 
• Alargamento 
• Desobstrução 
• Remoção 
• Derrocamento 
• Escavação de material do fundo de rios, lagoas, mares, baías e canais. 
 
Dependendo da exigência do órgão ambiental, o material dragado pode ser segregado em locais 
definidos em projeto, tratados com tecnologias diversas para eliminação ou redução de umidade e 
transferido para local de despejo autorizado por órgãos competentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
As dragas devem ser especificadas ao material a ser dragado e a sua forma de disposição. 
 
É possível executar a remoção de materiais sólidos do fundo de corpos d’água como lodo e areia, com 
auxílio de dragas de sucção e recalque 
Tubo Geotêxtil para 
desidratação de material 
dragado, utilizado para reter 
substâncias sólidas através de 
seus poros, permitindo a 
drenagem do fluído com alto 
grau de clarificação. (LUSCHI) 
Uma das principais inovações da Resolução CONAMA n° 454/12 se refere à necessidade de 
apresentação pelo empreendedor de um plano conceitual de dragagem ao órgão ambiental licenciador. 
 
Plano conceitual de dragagem 
 
• levantamento batimétrico da área a ser dragada; 
• apresentação das cotas pretendidas e cotas de eventual projeto anterior; 
• delimitação da área a ser dragada com coordenadas georreferenciadas; 
• volume a ser dragado; 
• delimitação das áreas de disposição propostas, com suas coordenadas georreferenciadas; 
• cronograma de execução; e 
• caracterização dos equipamentos de dragagem. 
Estrutura geral para gerenciamento do material dragado 
Dragagem Ambiental 
São aquelas executadas para remoção de material contaminado para fins de proteção ao 
ambiente, em particular à saúde humana, e atividades que visam recuperar a fisiografia de 
ambientes costeiros e fluviais. 
Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos 
referenciais para o gerenciamento do material a ser 
dragado em águas sob jurisdição nacional. 
Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, 
complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, 
do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. 
 
ALTERNATIVAS DE DISPOSIÇÃO OU REUTILIZAÇÃO 
1.1 – Conceito de Draga: 
 
Draga é um navio usado para escavar material, sob o nível da água. 
 
É um equipamento flutuante dotado de dispositivos para escavação e remoção do material submerso. 
 
A seleção da draga é influenciada pelo tipo de material a ser extraído, a profundidade da água, o 
acabamento que pretende alcançar e da economia. 
Dragagem de manutenção 
São aquelas executadas para 
manter a profundidade ao 
traçado do canal de projeto, 
ou a calha de corpos hídricos, 
cuja lâmina d’água é, 
periodicamente, reduzida 
devido ao assoreamento. 
1.2 – Objetivo da dragagem de aprofundamento 
 
Denomina-se dragagem de aprofundamento ou virgem, devido ao leito aquático nunca ter sido dragado 
anteriormente. 
 
Com isso, o solo marinho apresenta uma grande coesãoentre suas partículas e desta forma, os 
equipamentos utilizados para a realização desta operação são mais robustos. 
 
É executada para: 
• Criação 
• Ampliação ou aprofundamento de canais de navegação 
• Bacias de evolução 
• e em outras obras de engenharia, tal como: implantação de áreas aterradas, seja para fins portuários 
ou industriais. 
 
Dragagem de aprofundamento, são realizadas com o objetivo de aumento da profundidade de água para: 
• Navegação 
• Construção e modernização dos portos 
• Controle de rios 
• Irrigação 
• Drenagem 
1.3 – Obtenção de material submerso para aterro 
 
Transferir o material das jazidas submersas para a área que se deseja aterrar. 
 
• Recuperação de terras 
• Alagados 
• Reforço de fundo para aumento de resistência e utilização como base para estruturas 
marítimas 
1.4 – Construção de diques e barragens 
O despejo em terra de sedimentos oriundos da dragagem pode ser efetuado em duas formas distintas de 
confinamento deste material, podendo ser utilizado para construção de diques de contenção ou barragem. 
• 1.5 – Obtenção do material submerso devido ao seu valor comercial 
 
• Dragagem de mineração, tem utilização específica, sendo destinada à extração de minerais com valor 
econômico como: 
 
 Areia, pedregulho, argila – construção civil 
 Fosfato para fertilizantes 
 Carvão para energia 
 Ouro, diamantes e pedras preciosas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- TIPOS DE DRAGAS 
As operações de dragagem mais comuns são definidas pelas características básicas e finalidades 
operacionais que envolvem o processo de dragagem. 
 
As dragas são classificadas em: 
Caçamba de mandibula (clam shell)
Pá escavadeira (shovel)
Dragas mecânicas ou de caçamba Pá de arrasto (dragline)
Retroescavadeira (backhoe)
Tipos de dragas Alcatruzes
Dragas hidráulicas Draga de sucção e recalque
2.1- Dragas mecânicas ou de caçambas 
São equipamentos que removem material de fundo (submerso) por intermédio de caçamba e 
descarregam o material em barcaça ou em terra. 
O material dragado pode ser bombeado para barcaças ou 
áreas previamente escolhidas, onde, após o escoamento da 
água, resulta o depósito de material sólido. 
Os equipamentos mecânicos de dragagem atuam na remoção 
de areia, cascalho e sedimentos muito coesivos, como turfa, 
argila e silte altamente consistente do fundo marinho. 
A draga Mecânica pode ser subdividida em cinco tipos: 
 
2.1.1) Caçamba de mandíbula (clam shell) 
Escavadeira montada em um flutuante, para operar em 
aguas abrigadas. Caçamba utilizadas são clam-shell 
(lama) e orange-pell (pedras) 
2.1.2) Pá escavadeira (shovel) 
Utilizada em mineração, sendo raramente utilizada em 
portos (aguas abrigadas) 
2.1.3) Pás de arrasto (draglines) 
A dragline é uma ferramenta básica de escavação usada em muitas atividades de mineração de 
superfície, construção de diques, limpeza de canais e barragens, etc. 
 
É constituída de caçamba de aço suspensa por cabo flexível interligado a um guindaste móvel que lança a 
pá. 
Dragline removendo solo marinho e fazendo deposição do material escavado em zona adjacente a operação 
Dragagem a seco no rio Tietê com utilização de escavadeira e draglines, Fonte DAEE, 2004 
Ensecadeira no rio Tietê, para realização de obra de contenção das obras de drenagem: 
novas galerias dos córregos Água Preta e Sumaré. 
 
2.1.4) Retroescavadeira (backhoe) 
Escavadeira montado sobre flutuante, cabine dotada de movimento de giro e lança articulada com 
caçamba na extremidade. 
 
São dotadas de spuds, lanças verticais para fixa-las no local impedindo movimentos. 
spuds 
Escavadeira Frontal Retroescavadeira 
A draga de caçamba é bastante versátil, uma vez 
que existem diversos tipos de caçambas, ou seja, 
para cada atividade programada há uma caçamba 
específica 
Podem realizar trabalhos em portos, onde haja dificuldade 
de acesso para as embarcações, além da retirada de 
depósitos de areias e cascalho de poços profundos e 
remoção de lama das baías 
Draga tipo “backhoe” 
2.1.5) Alcatruzes (Bucket Dredges) 
Consiste em uma série de caçambas movendo-se numa transportadora suportada por uma estrutura 
inclinável. Podem ser estacionárias ou autopropulsadas. Dispõem de porões para recebimento do material 
dragado operando em mar aberto. 
Alcatruzes (Bucket Dredges) 
A draga de alcatruzes é capaz de 
operar continuamente na remoção 
do material do fundo aquático. 
 
E isto, se dá, devido à presença do 
rosário ou caçamba de alcatruzes, 
responsável pela escavação do 
fundo e lançamento destes 
sedimentos em batelões lameiros 
acostados a contrabordo da draga. 
 
A dragagem ocorre de forma 
contínua e se pode controlar com 
precisão a profundidade a que se 
escava, tornando esta muito mais 
eficiente em relação às outras 
dragas mecânicas. 
 
No entanto, as dragas de alcatruzes 
são muito caras, não são 
apropriadas para o trabalho em 
águas rasas e ocupam uma 
considerável área de atuação, 
dificultando ou impossibilitando sua 
ação em pequenas zonas. 
2.2 - Dragas hidráulicas 
Constituídas por: tubo de sucção, eixo com desagregados na ponta, conjunto de bombas centrífugas e 
tubulação de descarga que descarrega em tanques internos. A água em excesso e devolvida ao mar. 
Bomba de sucção 
Tubo de sucção do material de fundo 
Desagregador de ponta 
Material a ser dragado 
Remoção de água Remoção de água 
Material dragado e água Material dragado e água 
NA 
A draga Hidráulica consiste num conjunto motor-bomba centrífuga, montado em um casco, ligado a um 
tubo de sucção dotado de um desagregador na ponta e de uma tubulação de descarga. 
 
A draga executa três funções principais: 
• Desagregação e corte do material submerso 
• Movimento horizontal e vertical do tubo de sucção e desagregador, de modo a garantir alimentação 
constante de material a ser succionado 
• Bombeamento, promovendo a sucção e a descarga do material 
 
Os principais equipamentos utilizados neste processo são: 
 
• Dragas Auto transportadoras de Arrasto ou AT (Hopper Trailing Suction Dredges); 
• Dragas de Sucção e Recalque com Desagregador ou SR (Cutter Suction Dredges). 
As dragas hidráulicas quando comparadas com as 
dragas mecânicas, mostram-se mais eficientes e com 
maior capacidade de rendimento operacional, já que 
são elaboradas com tecnologias mais recentes. 
As dragas hidráulicas são classificadas 
em dois tipos: 
• Dragas de rio 
• Dragas de alto-mar 
 
As dragas para rio, são operadas em 
águas tranquilas, sem ação de ondas. 
Uma draga de sucção auto transportadora de arrasto (hopper trailing suction dredge) é uma embarcação com 
propulsão própria, utilizada para operações em áreas tanto desabrigadas, como em áreas portuárias. 
 
Equipadas com: tanques de fundo móvel (cisterna), responsável pelo armazenamento do material removido do fundo 
do corpo hídrico, bombas hidráulicas presentes no tubo de sucção( aspiram o solo a ser subtraído), e uma boca de 
dragagem (drag head), que varia de acordo com o material presente na composição do solo marinho que será 
dragado. 
Grande quantidade de água é aspirada juntamente com o sedimento do fundo. 
 
Tendo em vista, uma maior eficiência da atividade das ATs, as cisternas possuem em sua parte superior dois 
vertedores, cuja função é a eliminação de material leve e o excesso de água, proporcionando o armazenamento de 
material sedimentado (mais denso), que gradualmente é decantado no fundo da cisterna.Após o enchimento da cisterna com um volume adequado de material sedimentado, os tubos de sucção da draga são 
erguidos, para em seguida ocorrer à descarga do material. 
Os principais fatores que deverão ser analisados para a seleção dos 
equipamentos são: 
 
• As características físicas do material que será dragado; 
• O volume do material a ser dragado; 
• As profundidades de dragagem; 
• Distâncias entre os pontos da realização da dragagem e da disposição 
final do material dragado; 
• As condições ambientais das áreas onde ocorrerá a dragagem e a 
disposição final do material dragado; 
• O nível de contaminação detectado nos sedimentos proveniente da dragagem; 
• Os métodos que serão utilizados na disposição dos sedimentos dragados; 
• Os tipos de dragas disponíveis para operação. 
3- ESTUDOS QUE COMPÕEM O PROJETO DE DRAGAGEM 
 
Na realização de uma obra de dragagem é essencial o conhecimento do comportamento e a 
caracterização da região de estudo. 
 
• Marés: levantar a maré na região do Porto é do tipo (semi-diurna), período médio (12 hs 25 
min), preamar e baixamar por dia lunar, sendo os valores medidos em estação maregráfica e 
comparadas as fornecidas pela DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação – Marinha do 
Brasil). 
 
Exemplo de valores representativos da altura de maré: 
• Sizígia máx. = 2,60 m; 
• Sizígia média = 2,07 m; 
• Intermediária = 1,67 m; 
• Quadratura = 0,97 m. 
• Ondas: obtenção das alturas significativas 
Altura e Direção dos dados de ondas do modelo GROW* entre 1995 a 2007. 
*GROW (Global Reanalysis of Ocean Waves) 
Período e Direção dos dados de ondas do modelo GROW entre 1995 a 2007. 
• Batimetria 
Estudos de batimetria indicando a profundidade da água. Estudos do perfil 
de acabamento que pretende alcançar e estudos de viabilidade econômica. 
 
• Geologia e Geotécnica (Investigações e ensaios geotécnico e Análise 
dos resultados das sondagens) 
A seleção da draga é influenciada pelos estudos geológicos, ou seja, pelo 
tipo de material a ser extraído. 
 
O estudo do transporte de sedimentos ao longo do litoral é necessário para 
planejamento da dragagem. 
 
A Caracterização do leito físico pode ser descrita a partir dos resultados de 
uma campanha de medição granulométrica. 
Coordenadas das amostras coletadas 
Localização das amostras coletadas 
Localização das informações de classificação granulométrica na Carta Náutica 
• Regime de Ventos (quatro estações) 
A gráfico é oriundo do modelo meteorológico GROW (Global Reanalysis of Ocean Waves) na localidade UTM 24S, 
585341 E e 9656571 N entre de 1995 e 2007, em frente a cidade de Fortaleza. 
• Regime de Correntes: É de fundamental importância o conhecimento da maré em estuários através 
das correntes pelo transporte de sedimentos que promovem modelando os fundos aluvionares e 
atuando em toda a profundidade líquida como forçante do transporte de sedimentos em suspensão 
Velocidades de correntes medidas nas proximidades do Porto de Pecém, entre 22/01 a 24/01/1996, em 
período de maré de sizígia. 
• Sedimentos de Fundo: Atendendo ao que determina a Resolução CONAMA 
344/2004 (Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para a 
avaliação do material a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras, e dá outras 
providências). Coletas e posteriores análises físico-químicas de diversas amostras de 
material de fundo. 
 
• Área de despejo do material dragado: Localização com amarração topográfica (Bota-
fora Oceânico), Distância de transporte do material dragado e capacidade volumétrica 
da área de despejo 
 
• Clima: temperatura e precipitação 
 
Segundo PIANC/IAPH o valor da profundidade requerida por um navio de projeto deve 
ser determinada pela adição ao calado do navio de projeto, de parcelas características, 
representativas da influência dos movimentos verticais das embarcações, do efeito 
squat, da natureza do fundo e tolerâncias. 
 
O calado do navio de projeto deve ser considerado com seu valor máximo. 
4- PLANEJAMENTO DA DRAGAGEM 
 
• Levantamentos topo-hidrográficos: demarcação da área de dragagem e 
perfil (ecobatímetro) 
 
• Plantas batimétricas 
 
• Sondagens geológicas 
 
• Estimativas de quantidades 
 
• Escolha de equipamento em função dos dados do item 3 
Dados para escolha de equipamento 
Plantas batimétricas 
Plantas batimétricas 
Volume a ser dragado por área do projeto 
Dragagem de Aprofundamento do Porto de Santos 
ESTUDO DE ALTERNATIVAS DE NOVAS 
ÁREAS DE DISPOSIÇÃO OCEÂNICA 
CANAL DE ACESSO AO PORTO DE SANTOS 
Características das obras de dragagem no canal de acesso ao Porto de Santos: 
• O maior porto da América Latina 
• Receberá investimento de R$ 369 milhões 
• Contrato assinado pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) e a 
empresa vencedora 
• Obra terá prazo de 17 meses 
• Esta obra assegura a operação plena do porto 
• As obras de dragagem são essencialmente para manutenção dos canais externo e de 
acesso ao porto 
• A manutenção é necessária para conter o assoreamento natural dos canais de 
acesso, bacias de evolução e berços de atracação, que acontece de forma 
progressiva 
• Será mantida a profundidade de 15 metros de ambos os canais, que recebem 
majoritariamente os navios New Panamax, que têm 13,2 metros de calado 
• A manutenção em 15 metros garante o acesso ao canal de navegação a todos os 
perfis de embarcação que ali operam 
Especificação da Dragagem do Porto de Santos 
A preservação das condições de navegabilidade dos acessos aos portos 
garante: 
• Mais competitividade aos produtos nacionais 
• Ganhos de escala 
• Aumento da produtividade 
• A diminuição dos custos de frete 
• Tempo de permanência dos navios no porto 
• Capacidade ociosa das embarcações 
 
Quando o porto perde a profundidade dos canais de acesso, os navios 
passam a ter que atracar “aliviados”, ou seja, com menos peso, gerando os 
fretes mortos, isto é, o pagamento dos espaços vazios dos navios. 
 
Em média, os navios que aportam em Santos têm capacidade de 8 a 10 mil 
TEU’s (unidade que representa o tamanho médio de 20 pés para os 
contêineres). 
A dragagem de aprofundamento do porto de Santos não será suficiente para 
atender a próxima geração de navios sem restrições. 
 
Informações preliminares apontam restrições para a viabilidade das manobras 
com embarcações porta contêineres com 349 a 366 metros de extensão em um 
cenário em que o porto esteja aprofundado até 17 metros. 
 
Hoje, o porto tem profundidades próximas a 15 metros e o navio tipo mede 306 
metros mas, em condições especiais, o porto consegue receber navios de até 
336 metros. 
 
Estudos apontam a viabilidade das manobras de entrada e saída desses navios, 
com algumas condicionantes ambientais e meteorológicas (visibilidade, estofo de 
maré, vento e ondas) e uso de rebocadores com capacidade de tração unitária 
de 70 TPB [tonelagem de porto bruto], entre outras condições. 
 
Estima-se que o Porto de Santos tem assoreamento de 6 milhões de metros 
cúbicos por ano, e, se não for feita nenhuma intervenção, o porto fica restrito. 
5- DERROCAGEM SUBAQUÁTICA 
 
Quase todos os tipos de solo podem ser removidos com dragagem. 
 
Somente as rochas sãs, ígneas e metamórficas não podem ser removidas por dragagem convencional. 
 
Esta remoção deve ser precedida de fragmentação conhecido como derrocagem subaquática. 
 
A sondagem geotécnica é fundamental para identificação do tipo de solo/rocha. 
Perfuração de rocha subaquática, desmonte por explosivos, 
escavação, transporte e disposição de material; Execução 
dos serviços de derrocagemde laje denominada Laje da 
Cruz, localizada na Bacia de Evolução do Porto de São 
Francisco do Sul. 
Para extração de grandes volumes de rochas três métodos 
são utilizados: 
• Processos mecânicos (derrocadeira mecânica a 
percussão) 
• Martelete hidráulico ou pneumático 
• Processos químicos 
Martelete hidráulico flutuante 
O comboio típico de projeto adotado para a definição das características do canal de navegação 
apresenta as seguintes características 
 
 
ABNT-NBR- 13.209/1994; 12.608/1992; 9782/1987 
ALFREDINI, Paolo, ARASAKI Emília, Obras e Gestão de Portos e Costas, 
Editora Edgard Blucher, 2009, São Paulo; 
GOES FILHO, H.A., 1979, “Planejamento de Dragagem”, In; Boletim 
Técnico da Associação Latino-Americana de Dragagem, no2, pp. 9-20, 
Dez. 1979. 
 
USACE (United States Army Corp of Engineers) 
 
FILHO Máximo Borgo, Elementos de Engenharia Portuária, Editora Flor e 
Cultura, 2008, Vitória – ES; 
 
SHORE PROTECTION MANUAL, Department of The Army, Vol I e II, 1984 
www.google.com.br 
www.luschi.com.br/dragagem-com-draga-de-succao 
www.wikipedia.org

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