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F Á B I O G A L L I N A R O EXECUÇÃO PENAL EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE GUIA DE RECOLHIMENTO a) Indispensável para a execução da pena privativa de liberdade (art. 107) b) Conteúdo (art. 106) c) Aditamento (art. 106, § 2º) d) Execução provisória (trânsito em julgado para a acusação) GUIA DE RECOLHIMENTO •Art. 9º A guia de recolhimento provisória será expedida ao Juízo da Execução Penal após o recebimento do recurso, independentemente de quem o interpôs, acompanhada, no que couber, das peças e informações previstas no artigo 1º (grifo nosso) CNJ Resolução 113/2010 GUIA DE RECOLHIMENTO • Art. 9º, § 2º: Estando o processo em grau de recurso, sem expedição da guia de recolhimento provisória, às Secretarias desses órgãos caberão expedi-la e remetê-la ao juízo competente (grifo nosso) CNJ Resolução 113/2010 REGIMES PRISIONAIS CP, 33, § 2º + 8 anos: FECHADO Não reincidente + 4 – 8 anos SEMIABERTO Não reincidente - 4 anos ABERTO CP, art. 33, § 3º: A determinação do regime inicial de cumprimento de pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código REGIMES PRISIONAIS • É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais STJ Súmula 269 REGIMES PRISIONAIS •A opinião do julgador sobre a gravidade abstrata do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada STF Súmula 718 REGIMES PRISIONAIS •A imposição de regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea STF Súmula 719 REGIMES PRISIONAIS •Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito STJ Súmula 440 REGIMES PRISIONAIS REGIME FECHADO a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média REGIME SEMIABERTO a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar REGIME ABERTO a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado REGIMES PRISIONAIS Art. 111. Quando houver condenação pro mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição. REGIMES PRISIONAIS I. Condenação por mais de um crime no mesmo processo: aplicação das regras do concurso de crimes (CP, arts. 69, 70 e 71) pelo juízo de conhecimento e posterior fixação do regime (CP, arts. 33, §§ 2º e 3º) II. Condenação por mais de um crime em processos distintos: soma das penas efetuada pelo juízo das execuções e posterior fixação do regime (CP, arts. 33, § 2º e 3º) III. Juízo universal da execução da pena: todas as penas fixadas ao réu concentram-se na mesma VEC REGIMES PRISIONAIS IV. Várias condenações, processos distintos, crimes da mesma espécie, condições de tempo, lugar e maneira de execução semelhantes: unificação de penas pelo juízo das execuções (continuidade delitiva) e posterior fixação do regime (CP, arts. 33, §§ 2º e 3º) V. Condenação superveniente durante a execução da pena: soma ao restante da pena e posterior fixação do regime (CP, arts. 33, §§ 2º e 3º) • http://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-e- execucao-penal/calculadora-de-execucao-penal AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA Permissão de saída •Regimes fechado e semiaberto ou preso provisório Saída temporária •Regime semiaberto PERMISSÃO DE SAÍDA • Previsão: LEP, art. 120 • Fechado, semiaberto ou preso provisório • Falecimento ou doença grave (cônjuge, ascendente, descente ou irmão) • Tratamento médico • Saída mediante escolta • Medida administrativa (diretor do presídio) SAÍDA TEMPORÁRIA • Regime semiaberto (sem vigilância) • Hipóteses (art. 122) • Requisitos (art. 123 – STJ, Súmula 40) • Possível a monitoração eletrônica (arts. 146, B, C e D) • Ato jurisdicional (art. 66, IV) • Revogação (art. 125) PROGRESSÃO • Passagem do regime mais rigoroso para outro mais brando (LEP, art. 112) • REQUISITOS: a) Cumprimento de 1/6 da pena b) Bom comportamento carcerário c) Exame criminológico (não obrigatório – Lei nº 10.792/03) PROGRESSÃO •Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso desde que em decisão motivada STJ Súmula 439 PROGRESSÃO • Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. STF Súmula Vinculante 26 PROGRESSÃO • Condenado progrediu do fechado para o semiaberto e pretende outra promoção para o aberto: • O segundo sexto deve incidir sobre o total da pena imposta ou sobre o restante da pena a cumprir? • “A nova progressão no regime de cumprimento da pena se fará, ante o critério, considerado o percentual de um sexto a incidir sobre os anos que restam a cumprir” (STF, RHC nº 89.031/RS) PROGRESSÃO • O novo tempo de 1/6 deve ser calculado a partir de qual data? • Efetiva transferência para o regime semiaberto? • Deferimento da progressão ao regime semiaberto? • Data do preenchimento dos requisitos legais? SEGUNDA PROGRESSÃO • “Na execução da pena, o marco para a progressão de regime será a data em que o apenado preencher os requisitos legais (LEP, art. 112), e não a do início da reprimenda no regime anterior. A decisão que defere a progressão de regime tem natureza declaratória, e não constitutiva” (STF, HC nº 115.254/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 15.12.2015 – grifo nosso). PROGRESSÃO • CRIMES HEDIONDOS E ASSEMELHADOS a) STF, HC nº 82.959/SP: inconstitucionalidade incidenter tantum do regime integral fechado b) Lei nº 11.464/07: regime inicial fechado (art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90) c) Progressão: 2/5 primário e 3/5 reincidente PROGRESSÃO • Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. STF, Súmula Vinculante 26 • Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam- se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional. STJ, Súmula 471 PROGRESSÃO • TORTURA (Lei nº 9.455/97) a) Regime inicial fechado (art. 1º, § 7º) b) STF, Súmula 698: não se estende aos demais crimes hediondos c) Lei nº 11.464/07: regime inicial fechado (art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90) d) Súmula 698 perdeu eficácia PROGRESSÃO PROGRESSÃO POR SALTO Passagem direta do fechadopara o aberto Não permitida pela LEP PROGRESSÃO • Exceção à impossibilidade de progressão por salto: • Falta de vaga no semiaberto (1/6 + 1/6 no fechado) • “HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. 1. PROGRESSÃO DO REGIME SEMIABERTO PARA O ABERTO. SISTEMA PROGRESSIVO. REQUISITO OBJETIVO. CUMPRIMENTO DO TEMPO MÍNIMO DA PENA IMPOSTA NA SENTENÇA. 2. TEMPO DE PERMANÊNCIA INDEVIDA NO REGIME FECHADO UTILIZADO PARA PROGREDIR PARA O REGIME ABERTO. VEDAÇÃO DA PROGRESSÃO PER SALTUM. 3. PERMANÊNCIA EM REGIME MAIS RIGOROSO POR INEFICIÊNCIA DO ESTADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. 4. ORDEM CONCEDIDA” (STJ, HC nº 171.680/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 17.05.2012 – grifo nosso). PROGRESSÃO • FALTA DE VAGA NO SEMIABERTO • STF, Súmula Vinculante 56: “A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS” RE 641.320/RS • Havendo déficit de vagas, deverão ser determinados: i. Saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas; ii. Liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas; iii. Cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. • Até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado PROGRESSÃO • Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória Progressão para preso provisório STF, Súmula 716 PROGRESSÃO • CPP, art. 387, § 2o O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade • Requisito subjetivo? REGRESSÃO •Volta do condenado ao regime mais rigoroso Conceito •LEP, art. 118 Previsão REGRESSÃO • HIPÓTESES a) Prática de fato definido como crime doloso b) Falta grave (LEP, art. 50) c) Condenação por crime anterior, cuja pena, somada ao restante, torne incabível o regime d) Frustração dos fins da execução, no regime aberto (ex.: abandonar o emprego) e) Monitoração eletrônica (art. 146-C, parágrafo único, I) f) Não pagamento de multa cumulativa (36, § 2º, CP; 118, § 1º, 2ª parte, LEP): tacitamente revogados – conversão em dívida de valor REGRESSÃO • EM CONFIRMAÇÃO A MEDIDA DEFERIDA INITIO LITIS, CONCEDERAM A ORDEM DE HABEAS CORPUS PARA ASSEGURAR A NÃO REGRESSÃO DO PACIENTE PARA REGIME PRISIONAL MAIS GRAVOSO EM RAZÃO DO NÃO PAGAMENTO DA MULTA IMPOSTA (TJSP, HC nº 0034655-86.2009.8.26.0000, Rel. Moreira da Silva, j. 30.06.2009 – grifo nosso). REGRESSÃO • Prática de fato definido como crime doloso ou falta grave • Frustração dos fins da execução, no regime aberto • Não pagamento da multa (revogação tácita) Oitiva do condenado LEP, art. 118, § 2º FALTA GRAVE • Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado. STJ Súmula 533 FALTA GRAVE • A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto. STJ Súmula 535 • A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. STJ Súmula 534 FALTA GRAVE • PRESCRIÇÃO • “As Turmas que compõem a Terceira Seção desta Corte firmaram a diretriz de que, em razão da ausência de legislação específica, a prescrição da pretensão de se apurar falta disciplinar, cometida no curso da execução penal, deve ser regulada, por analogia, pelo prazo do art. 109 do Código Penal, com a incidência do menor lapso previsto, atualmente de três anos, conforme dispõe o inciso VI do aludido artigo” (STJ, HC nº 362.688/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 20.10.2016 – grifo nosso). UNIFICAÇÃO • CASOS DE CONTINÊNCIA a) Várias sentenças condenatórias b) Violação das normas de concurso de crimes c) Aplicação das regras contidas nos arts. 70 e 71, do CP UNIFICAÇÃO • LIMITES DAS PENAS (CP, art. 75): a) 30 anos – exaurimento da pretensão executória; b) Proibição de prisão perpétua (CF, art. 5º, XLVII, b); c) Unificação das penas (§ 1º); d) Condenação por fato posterior (§ 2º): o limite de cumprimento poderá ser superior a 30 anos UNIFICAÇÃO “Nos termos do disposto no art. 75, parágrafo 2º, do CP, tendo sido paciente condenado por fato criminoso posterior ao início de cumprimento da reprimenda, para efeitos de limitação trintenária o cumprimento da pena, deve se fazer nova unificação, desprezando, par tanto, o período já cumprido” (STJ, HC nº 41.009/SP, Rel. Min. Felix Fischer, j. 09.08.2005). UNIFICAÇÃO •A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução STF Súmula 715 RESTRITIVA DE DIREITOS “1. Na linha de precedentes desta Corte, considera-se como início do cumprimento da pena de prestação de serviços à comunidade o dia do efetivo comparecimento do apenado à instituição assistencial designada pelo Juízo das Execuções para o cumprimento da atividade (Precedentes). 2. O simples comparecimento do paciente em cartório para retirada de ofício e cadastramento em Programa de Prestação de Serviços à Comunidade não configura início do cumprimento da condenação, não podendo ser considerado marco interruptivo do prazo prescricional da pretensão executória” (STJ, HC nº 213.272/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 11.09.2012 – grifo nosso). PENA PECUNIÁRIA • COMINAÇÃO a) Comum: única prevista (LCP, arts. 37 e 38) b) Alternativa (CP, art. 140) c) Cumulativa (CP, arts. 155, 157, 180, etc.) d) Substitutiva ou vicariante MULTA SUBSTITUTIVA Artigo 60, § 2º (observados os critérios dos incisos II e III, do art. 44) Artigo 44, § 2º Prisão até 6 meses Prisão até 1 ano Não reincidência em crime doloso (art. 44, II); Equidade para a reincidência genérica, se a medida for socialmente recomendável Não reincidência em crime doloso, salvo se a medida for socialmente recomendável e não houver reincidência específica Suficiência da medida (art. 44, III) Suficiência da medida Possibilidade para crimes cometidos com violência ou grave ameaça. Ex.: CP, art. 147 Impossibilidade para crimes cometidos com violência ou grave ameaça PENA PECUNIÁRIA • PAGAMENTO a) Atualização do valor imposto na sentença desde a data do fato (CP, art. 49, § 2º); b) Intimação do condenado para pagamento em 10 dias (LEP, art. 164); c) Possibilidade de parcelamento (CP, art. 50, caput); d) Possibilidade de desconto no salário do condenado (LEP, art. 168; CP, art. 50, §§ 1º e 2º); e) Extinção da pena PENA PECUNIÁRIA • NÃO PAGAMENTO a) Lei nº 9.268/96 (art. 51);b) Impossibilidade de conversão em prisão; c) Dívida ativa da Fazenda Pública; d) Prescrição regulada pelo CTN (art. 144) – 5 anos; e) Exigível somente em face do condenado (princípio da personalidade – CF, art. 5º XLV) f) Superveniência de doença mental – suspensão da cobrança (CP, art. 52, e LEP, art. 167). MULTA COMO DÍVIDA DE VALOR POSICIONAMENTO DO STJ • “Compete ao Juízo da Execução Penal determinar a intimação do condenado para realizar o pagamento da pena de multa, a teor do que dispõe o art. 50 do Código Penal, e, acaso ocorra o inadimplemento da referida obrigação, o fato deve ser comunicado à Fazenda Pública a fim de que ajuize a execução fiscal no foro competente, de acordo com as normas da Lei n. 6.830/80, porquanto, a Lei n. 9.268/96, ao alterar a redação do art. 51 do Código Penal, afastou a titularidade do Ministério Público” (STJ, REsp 832.267, Rel. Ministra Laurita Vaz, DJU de 14/05/2007 – grifo nosso). EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE INDEPENDENTEMENTE DO PGTO. MULTA • Nos casos em que haja condenação a pena privativa de liberdade e multa, cumprida a primeira (ou a restritiva de direitos que eventualmente a tenha substituído), o inadimplemento da sanção pecuniária não obsta o reconhecimento da extinção da punibilidade. STJ Recurso repetitivo Tema 931 EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA • PROCEDIMENTO a) Guia de internação ou tratamento ambulatorial (LEP, arts. 171 a 173) b) Exame criminológico: obrigatório para a internação e facultativo para o tratamento ambulatorial c) Possibilidade de contratação de médico para acompanhamento – internação ou tratamento ambulatorial (LEP, art. 43) Realização da perícia médica com o término do prazo mínimo (art. 175, caput) Relatório minucioso enviado ao juiz, juntamente com o laudo psiquiátrico (art. 175, I e II) Diligências e oitiva das partes (art. 175, III) Determinação de diligências pelo juiz, ainda que expirado o prazo de duração mínima (art. 175, V) Decisão sobre a manutenção ou suspensão da medida de segurança (art. 175, VI) DESINTERNAÇÃO PROGRESSIVA • “Apresentando o paciente melhora progressiva em seu quadro psiquiátrico, embora ainda precise de tratamento contínuo, poderá ser colocado em desinternação progressiva, em regime de semi-internação até que alcance a desinternação condicional” (STJ, HC nº 113.459/RS, Rel. Min. Jane Silva, j. 28.10.2008 – grifo nosso). EXCESSO OU DESVIO • CONCEITO: prática de qualquer ato fora dos limites fixados pela sentença, por normais legais ou regulamentares • LEGITIMADOS a) Sentenciado b) Órgãos da Execução Penal EXCESSO OU DESVIO EXCESSO DESVIO Conteúdo quantitativo Conteúdo qualitativo Em prejuízo do condenado Em prejuízo ou benefício do condenado Ex.: sanção administrativa além do limite fixado na lei (art. 58) Ex.: regime prisional inadequado (prejuízo); permissão de saída em hipótese não prevista (benefício) ANISTIA • Destinada aos crimes políticos (afronta à ordem institucional do país) ou comuns; • Exclui o crime e faz desaparecer suas consequências penais; • Limite temporal: durante o processo (anistia própria) e até depois do trânsito em julgado (anistia imprópria); • Atribuição do Congresso Nacional (CF, art. 48, VIII) com sanção do Presidente da República; • Competência do judiciário para decretar a extinção da punibilidade (LEP, art. 187); • Insuscetível para crimes hediondos e assemelhados CF, art. 5º, XLIII; Lei nº 8.072/90, art. 2º, I). ANISTIA • Art. 1º, da Lei nº 6.683/79: É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares GRAÇA E INDULTO • Extinguem a pena mas não o crime (o condenado não retorna à condição de primário); • Graça (individual e solicitada); • Indulto (coletivo e espontâneo); • Competência: privativa do Presidente da República (CF, art. 84, XII); • Limite temporal: somente após o trânsito em julgado; • Insuscetíveis para Crimes Hediondos e assemelhados (CF, art. 5º, XLIII; Lei nº 8.072/90, art. 2º, I). GRAÇA E INDULTO INDULTO TOTAL: extinção da punibilidade (CP, 107, II) PARCIAL: redução da pena ou substituição por outra mais branda (comutação) GRAÇA E INDULTO • Possibilidade de indulto apenas com o trânsito em julgado da decisão condenatória para a acusação, ainda que pendente recurso da defesa: a) STF, HC nº 68.096/DF, Rel. Min. Moreira Alves, j. 19.06.1990; b) Dec. 7.420/2010, art. 5º, I. CONSERTAR O MUNDO f g a l l i n a r o @ t j s p . j u s . b r #SomosTJSP
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