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Apostila de Neuropsiquiatria

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1 
-Neuropsiquiatria- 
INTRODUÇÃO/ HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA 
 
A história da Psiquiatria começou quando um homem tentou aliviar o sofrimento de outro homem, ou mantiver 
seu prazer pela vida; então, surgiu a medicina e, quando alguém prestou cuidados necessários para aliviar o 
sofrimento, surgiu a enfermagem. A religião nesse período já era encarregada de ajudar as pessoas a encontrarem 
um sentido para dor e o sofrimento. 
Os médicos na Antigüidade eram os sacerdotes que tratavam os doentes mentais por métodos mágico-religiosos. 
Esses sacerdotes indicavam aos pacientes sonos profundos, atividades, diversões, boas ações ou meditação para as 
pessoas afetadas, porém com explicações sobrenaturais. 
Já na Grécia Antiga a sociedade encontrava segurança interior no conhecimento e na razão, fazendo retroceder a 
crença na magia, no misticismo e na demonologia. 
E na Era Clássica, também foi influenciada pelas crenças mágico-religiosa, mas passou-se a tentar buscar 
justificativas racionais e materialísticas para explicar as doenças, dando ênfase às observações. Surgem termos 
como depressões, a histeria, a epilepsia, a psicose pós-parto. Segundo Galeno o cérebro é o órgão mais importante 
o homem e sede da alma. 
Alguns estudiosos viam o homem na interioridade despertou a idéia do ser humano uno. 
Entre os séculos XI e XII dividia o ser humano em alma e corpo, e por isso, os doentes mentais eram exorcizados 
até queimados em fogueiras. 
Com passar dos anos o homem começou a procurar a verdade a seu próprio respeito, e desta forma ver o homem 
orgânico, psicológica e magicamente. 
Já no século XVII, conhecido como a Era da Razão e da Observação. A doença Mental começa a ser estuda como 
doenças psicológicas, as emoções, a histeria começa ser analisada pelos estudiosos. 
No século XVIII, a crença na razão substitui a tradição da fé em todos os aspectos da sociedade. As doenças 
passaram a ser diagnosticadas com mais exatidão e localizadas com maior precisão. 
Apesar de todo o avanço desse período, os doentes mentais eram confinados em hospitais para proteger a 
sociedade e eram tratados com sangrias e purgativos. Ainda neste tempo os pacientes sofriam maus-tratos e 
morria por falta de cuidados de higiene e inanição. Eram visto como animais pela sociedade, ou como um objeto. 
Embora os manicômios tivessem surgido com o objeto de ajudar, eles passaram a ser locais desumanos, onde os 
doentes eram isolados, enjaulados, acorrentados, golpeados com chicotes e exibidos como animais. Os 
prestadores de cuidados eram selecionados entre ex-presidiários, que utilizavam o chicote como ferramenta e os 
cães como ajudantes. 
No século XVIII, surge a Revolução na Psiquiatria, na França o psiquiatra francês Philippes Pinel foi o pioneiro 
na luta pelos direitos dos doentes mentais, pedindo um tratamento mais humano, na mesma época que foi 
inventada a guilhotina. Ele é quem libertou os pacientes das correntes, as quais que substituiu por camisa de força. 
Ele também começa a classificar as doenças mentais. Mais tarde, essa classificação veio a ser efetivada por Emil 
Kraepelim, em 1896. 
E no século XIX teve a participação do trabalho de Florence Nightingale, que preconizava a importância de um 
cuidado mais humano à pessoa doente e a necessidade de educação e preparo de quem cuidava desses doentes. 
Em 1773, foi aberto o primeiro asilo psiquiátrico nos EUA. 
Segundo a Enfermeira americana Linda Richards, o doente mental deveria ser tratado com tanto cuidado quanto o 
doente físico. 
No final do século XIX e no início do XX, Sigmund Freud transformou a assistência psiquiátrica com a 
psicanálise. A partir do neuropsiquiatra Sigmund Freud o homem era visto como um todo (mentefísico) e sua 
história de vida passaram a ser considerada o fator preponderante nos transtornos mentais. 
 
 
 
 
 
 
 2 
-Neuropsiquiatria- 
PSIQUIATRIA 
 
É um ramo da medicina que estuda a patologia da vida de relação ao nível de integração que assegura a 
Autonomia e a Adaptação do homem nas condições de sua existência. 
Observação: Faz-se importante mencionar que o diagnóstico psiquiátrico não envolve somente um diagnóstico 
diferencial, pois também tem por objetivo levantar o diagnóstico etiológico para estabelecer o prognóstico 
funcional da doença e o tratamento mais apropriado. 
 
Formas de doença Mental 
Segundo Ferreira (1993), as doenças ou transtornos mentais podem ser classificados considerando-se origem, 
natureza e comportamento do cliente/paciente. 
 
EVOLUÇÃO, AVANÇOS DA PSIQUIATRIA E INSERÇÃO DA ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA 
 
Até este século a Enfermagem passou por importantes transformações. A assistência de enfermagem na década de 
1930 teve um caráter de custódia, com o objetivo centrado nas necessidades físicas gerais e na vigilância do 
cliente. Essa assistência de enfermagem qualificada para um melhor tratamento ao cliente envolvia sono profundo 
(1930), choque insulínico (1935), psicocirurgico (1936) e eletrochoque (1937) que eram os tratamentos somáticos 
nestes períodos. 
A grande revolução psiquiátrica ocorreu em 1952, neste ano a clorpromazina foi sintetizada em laboratório, dando 
grande impulso ao tratamento medicamentoso surgindo assim, uma nova esperança para os doentes mentais. 
Neste mesmo ano, surge também o trabalho de Hildegard Peplau, que preconizava o relacionamento terapêutico 
enfermeiro-cliente como instrumento básico da assistência de Enfermagem Psiquiátrica. 
O enfoque da assistência de enfermagem psiquiátrica sofre grandes transformações, que até então era voltada aos 
cuidados físicos (higiene, limpeza), à vigilância à contenção passou a centrar-se nas relações interpessoais. 
A enfermagem passa ter efetiva participação na assistência global ao cliente, passa a ser conhecida e cobrada, 
tanto em nível hospitalar como extra-hospitalar. 
E neste mesmo tempo, tem-se a necessidade de uma formação específica das pessoas que trabalhavam em 
colaboração com os médicos, na prestação de cuidados terapêuticos. 
Com a estruturação da formação dos auxiliares de enfermagem, sendo responsabilidade do Ministério da 
Educação e Ciência esboçar, organizar e planificar sua formação profissional. 
Em 1989, o Congresso Nacional, por meio do Projeto de Lei nº. 3.657/1989, previu a reestruturação da assistência 
psiquiátrica brasileira, com a substituição progressiva dos manicômios por ―novos dispositivos de tratamento e 
acolhimento‖. A Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira foi sancionada pelo presidente da República Fernando 
Henrique Cardoso em abril de 2001, após 12 anos de tramitação, indicando a substituição progressiva do modelo 
assistencial hospitalocêntrico. 
 
 Traços de Percursos Reabilitativos: 
 
1 – Respeitar o direito de interação, mesmo que fora ou além de nossa lógica, garantindo suas escolhas; 
2 – Garantir qualquer que seja a forma de comunicação; 
3 – Garantir a qualquer cliente mesmo sem identidade ou histórico, recoloca-lo no evento histórico da sociedade, 
garantir as habilidades residuais nunca indagadas, valorizadas e inúteis em estruturas totais de aniquilamento 
humano. 
Os manicômios têm suas regras mudadas, baseadas na homologação da ausência de direitos, da não identidade e 
que levam à modificação da dinâmica dos hospitais psiquiátricos. 
Uma instituição psiquiátrica para ser Desinstitucionalizar é preciso ser feito por etapas, partindo do interno, desse 
modo, deve-se: 
 
 
 3 
-Neuropsiquiatria- 
 Acabar com as medidas de contenção física; 
 Reconhecer os direitos humanos dos clientes; 
 Eliminar as tutelas jurídicas, considerando que o cliente pode voluntariamente colaborar com seu 
cuidado; 
4 – Dar o direito de o cliente ter um trabalho; 
5 – Respeitaro direito ao acesso a lugares reais e simbólicos de autonomia e reprodução de hábitos pessoais; 
6 – Integrá-los a sociedade; 
A Lei Italiana nº. 180 fala da importância do trabalhador de saúde mental respeitar o cliente e sua liberdade e 
oferecer aos clientes concretas garantias legislativas de direitos sociais (educação, habitação, trabalho, 
sexualidade, expressão de idéias, qualidade de vida, etc.), bem como os recursos e os meios para efetivá-los. 
E que deve ter garantia dos direitos sociais, lembrando que isso não é automaticamente garantia de justiça. E 
esses direitos sociais são: autonomia pessoal, educação e formação profissional, capacidade de exprimir 
compreensivelmente as próprias idéias, informações sobre onde e como obter recursos, capacidade de usá-los, etc. 
A reabilitação é dar ao cliente direito a cidadania, considerando-a uma prioridade, significa também enfatizar, 
libertar e potencializar as energias residuais da pessoa, que ficaram escondidas sob os sintomas. 
A reabilitação deve ser considerada uma necessidade e uma exigência ética e, portanto, deve pertencer a um 
grupo de profissionais que tenha como prioridade a abordagem ética do problema da saúde mental. 
 
 
PSICOPATOLOGIA 
 
Psicopatologia é um termo que se refere tanto ao estudo dos estados mentais patológicos, quanto à manifestação 
de comportamentos e experiências que podem indicar um estado mental ou psicológico anormal. O termo é de 
origem grega; psykhé significa alma e patologia, estudo das doenças, seus sintomas. Literalmente, seria uma 
patologia da alma. 
 
 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
1. CONSCIÊNCIA 
É a capacidade neurológica de captar o ambiente e de se orientar de forma adequada. Estar consciente é estar 
lúcido. A lucidez constitui o estado normal da consciência, em que os conteúdos possuem nitidez e claridade. A 
consciência é avaliada pelas funções da atenção e da orientação. 
 
São anormalidades da consciência: 
 estreitamento: redução quantitativa e qualitativa da consciência. Por exemplo: casos em que o cliente 
tem dificuldade de se situar após uma crise convulsiva; 
 entorpecimento: caracterizado por diminuição ou perda da lucidez e da vigília. Por exemplo: casos de 
encefalopatia e hipertermia; 
 obnubilação: além do rebaixamento do nível de consciência que ocorre no entorpecimento, há a presença 
de conteúdo anormal, como ilusão, falsas percepções, alucinações. É também acompanhada por 
sonolência, lentificação do pensamento e coma; 
 despersonalização: quando o cliente relata que vivencia a si próprio como irreal, diferente, transformado 
ou estranho. 
 
 
 
 
 
 4 
-Neuropsiquiatria- 
2. ORIENTAÇÃO 
É a capacidade de situar-se em relação a si mesmo no mundo, tempo e espaço. Pode ser: 
 autopsíquica: relacionada à própria pessoa; ela diz quem é o que faz; 
 alopsíquica: estabelecer relação com as pessoas circundantes, diz quem são seus pais, reconhece o 
entrevistador; 
 têmporo-espacial: relacionada ao tempo e ao espaço; sabe dizer que dia é hoje (do mês, da semana, o 
ano) e o local em que está (na escola, no hospital). 
Obs.: são distúrbios da orientação: a desorientação têmporo-espacial e as desorientações auto e alopsíquicas. 
 
3. MEMÓRIA 
É a capacidade de retenção de uma experiência vivenciada no passado que pode ser evocada e reintegrada na 
consciência no presente. Pode ser: 
 memória de fixação: é aquela que guarda as informações aprendidas. Ex.: tabuada. 
 memória de evocação: é aquela que lembra de fatos anteriores. Ex.: a noite lembrar o que fez pela 
manhã. 
 memória cronológica: é aquela que localiza os fatos em ordem de tempo. Ex.: lembrar os nomes dos 
filhos na ordem de nascimento. 
 
São distúrbios da memória: 
 amnésia maciça: esquece informações do passado; 
 amnésia lacunar: algumas coisas do passado são esquecidas; 
 amnésia seletiva: sabe parte de um fato ocorrido e a outra parte esquece; 
 confabulações: recordações falsas que dura por pouco tempo e serve para preencher vazios de memória. 
 
4. SENSOPERCEPÇÃO 
Quando os órgãos dos sentidos dos indivíduos estão normais. Existem alterações qualitativas e quantitativas da 
sensopercepção. 
 
São alterações quantitativas: 
 hiperestesia: aumenta as sensações, como na histeria e na mania; 
 hipoestesia: diminui as sensações, como estado depressivos e melancolia; 
 anestesia ou hipalgesia: insensibilidade a estímulos dolorosos. 
 
São alterações qualitativas: 
 alucinação: percepção sensorial falsa, na ausência de um estímulo externo real; 
 ilusão: percepção deformada de um objeto verdadeiro; 
 despersonalização: sensação de estranheza em relação ao mundo ou a si própria; 
 alucinose: distingue-se das alucinações, pois o cliente reconhece o fenômeno patológico. 
 
5. PENSAMENTO 
É a capacidade de organizar idéias com formas cursos (velocidade) e conteúdos harmônicos com as necessidades 
individuais e circunstanciais. O pensamento normal pode ser: constante, organizado ou contínuo. 
 
São distúrbios do pensamento: 
 lentificação: pensamento lento; 
 inibição: lentidão dos pensamentos, não conseguindo iniciar nada; 
 fuga de idéias: rapidez de pensar, com tanta velocidade que não consegue concluir o raciocínio; 
 arborização: perde a direção dos fatos, e não consegue concluir o raciocínio; 
 
 
 5 
-Neuropsiquiatria- 
 logorréia: palavras sem coerência lógica; 
 prolixidade: dificuldade de se distinguir o essencial do supérfluo; 
 desagregação: tem idéias associadas de forma aleatória e sem sentido. 
 sonorização: descreve que seus pensamentos são repetidos fora de sua mente, parecendo ressoar alto 
dentro de sua cabeça. 
 
6. AFETO 
É a manifestação de ligação com o meio, como reagimos a tudo que nos cerca, é a capacidade de vivenciarmos 
nossas emoções e nossos interesses. 
 
São alterações da efetividade: 
 labilidade emocional: mudança súbita e freqüente de sentimentos, de forma inapropriada; 
 embotamento afetivo: não consegue uma ligação emocional com o mundo e consigo mesmo. 
 
 
 
SAÚDE MENTAL NO SUS (CAPS) 
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é 
capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua 
comunidade. 
 
A atenção em saúde mental é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), através de financiamento tripartite e de 
ações municipalizadas e organizadas por níveis de complexidade. A Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, 
Álcool e outras Drogas foi pactuada em julho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de Convivência e 
Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção integral em Hospitais Gerais. 
 
Além de atender pessoas com transtornos mentais, estes espaços acolhem usuários de álcool, crack e outras 
drogas e estão espalhados pelo país, modificando a estrutura da assistência à saúde mental. E vêm substituindo 
progressivamente o modelo hospitalocêntrico e manicomial, de características excludentes, opressivas e 
reducionistas. 
 
Esta forma de atendimento é fruto de um longo processo de luta social que culminou com a Reforma psiquiátrica, 
em 2001. Sua principal bandeira está na mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio 
com a família e a comunidade. 
 
O maior desafio para as políticas de saúde mental no Brasil hoje é o enfrentamento do uso do crack. Com a 
desospitalização promovida a partir dos princípios da Reforma psiquiátrica e o consumo crescente da droga em 
todas as esferassociais, o SUS tem atuado de forma interdisciplinar, objetivando construir uma estratégia eficaz 
de enfrentamento do problema, já considerado uma epidemia por diversas instituições. 
 
CAPs 
 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são pontos de atenção estratégicos 
da RAPS: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituído por equipe multiprofissional e que atua 
sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno 
 
 
 6 
-Neuropsiquiatria- 
mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, 
seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar. 
O perfil populacional e socioeconômico são fatores fundamentais para a elaboração de uma estratégia de saúde 
mental e atenção básica nos CAPS, a integração dos setores é outro fator que deve ser seguido rigorosamente em 
especial pelos ainda escassos recursos para esse setor nos municípios. 
 
Funções: 
 Monitorar casos de distúrbios mentais leves e moderados diariamente, evitando assim a superlotação dos 
hospitais psiquiátricos. 
 Adotar métodos terapêuticos que envolvam a inserção do portador de distúrbio mental na sociedade, 
através de ações conjuntas com outros órgãos. 
 Regular os profissionais que atuam na área de saúde mental na esfera pública. 
 Oferecer suporte e orientações para as famílias carentes sobre eventuais benefícios em caso de 
vulnerabilidade socioeconômica. 
 Efetuar uma estratégia de mapeamento sobre os indivíduos com transtornos mentais no município. 
 Elaborar planejamentos adaptados para determinada área em virtude de particularidades na localização, 
condições sociais, culturais e econômicas. 
 Criar mecanismos de reinserção social através de atividades de lazer, trabalhos comunitários, projetos 
culturais e fortalecimento dos laços familiares. 
Vale ressaltar que todas as atividades desenvolvidas pelos CAPS, possuem a autonomia necessária para evitar a 
internação em hospitais psiquiátricos. Essa nova abordagem permite que o indivíduo e sua família participem de 
maneira ativa no processo de recuperação. 
 
 
TRANSTORNOS RELACIONADOS COM O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 
 
Compreende numerosos transtornos que diferem entre si pela gravidade variável e por sintomatologia diversa, 
mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, 
prescritas ou não por um médico. 
 
Drogas psicoativas são substâncias químicas que afetam o funcionamento do cérebro, causando mudanças no 
comportamento, humor e consciência. Embora essas drogas possam ser usadas terapeuticamente para tratar 
distúrbios tanto físicos quanto psicológicos, também são usadas para fins recreativos para alterar o humor, as 
percepções e o estado de consciência. 
 Depressores: álcool; morfina, barbitúricos; anestésicos, benzodiazepínicos; ansiolíticos; ópio. 
 Estimulantes: cafeína; nicotina; cocaína; crack; anfetaminas; estabilizadores do humor, ecstasy, 
antidepressivos. 
 Psicodélicos: maconha; Skank, LSD; psilocibina (derivado de um tipo de cogumelo); mescalina 
(encontrada no peyote cactus). 
A identificação da substância psicoativa deve ser feita a partir de todas as fontes de informações possíveis. Estas 
compreendem: informações fornecidas pelo próprio sujeito, as análises de sangue e de outros líquidos corporais, 
os sintomas físicos e psicológicos característicos, os sinais e os comportamentos clínicos, e outras evidências tais 
como as drogas achadas com o paciente e os relatos de terceiros bem informados. O diagnóstico principal deverá 
ser classificado, se possível, em função da substância tóxica ou da categoria de substâncias tóxicas que é a maior 
responsável pelo quadro clínico ou que lhe determina as características essenciais. 
 
 
 
 7 
-Neuropsiquiatria- 
O diagnóstico de transtornos ligados à utilização de múltiplas substâncias deve ser reservado somente aos casos 
onde a escolha das drogas é feita de modo caótico e indiscriminado, ou naqueles casos onde as contribuições de 
diferentes drogas estão misturadas. 
 Intoxicação aguda. 
 Síndrome de dependência: Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se 
desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo 
poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente apesar das suas 
consequências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades 
e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de abstinência física. 
 Síndrome [estado] de abstinência: Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras e cuja 
gravidade é variável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou relativa de uma substância 
psicoativa consumida de modo prolongado. O início e a evolução da síndrome de abstinência são 
limitadas no tempo e dependem da categoria e da dose da substância consumida imediatamente antes da 
parada ou da redução do consumo. A síndrome de abstinência pode se complicar pela ocorrência de 
convulsões. 
 Síndrome de abstinência com delirium: Delirium tremens, induzido pelo álcool (exemplo). 
 Transtorno psicótico: caracterizado pela presença de alucinações (tipicamente auditivas, as 
frequentemente polissensoriais), de distorção das percepções, de idéias delirantes (frequentemente do tipo 
paranóide ou persecutório), de perturbações psicomotoras (agitação ou estupor) e de afetos anormais, 
podendo ir de um medo intenso ao êxtase. O sensório não está habitualmente comprometido, mas pode 
existir um certo grau de obnubilação da consciência embora possa estar presente a confusão mas esta não 
é grave. 
 Alucinose 
 Paranóia 
 Síndrome amnésica: transtornos crônicos importantes da memória (fatos recentes e antigos). A memória 
imediata está habitualmente preservada e a memória dos fatos recentes está tipicamente mais perturbada 
que a memória remota. Habitualmente existem perturbações manifestas da orientação temporal e da 
cronologia dos acontecimentos, assim como ocorrem dificuldades de aprender informações novas. 
 Demência: alcoólica SOE (exemplo) 
 
 
TRANSTORNOS MENTAIS ORGÂNICOS 
 
Demência Senil: Pode ser definida como deterioração crônica, tipicamente irreversível, das capacidades 
intelectuais, devido a uma doença orgânica do cérebro que tenha produzido alterações estruturais (morte real dos 
neurônios). Os sintomas mais frequentes são distúrbios da memória, de orientação e de funções intelectuais. O 
paciente pode ter alucinações e ilusões. 
Inicia-se geralmente da sétima década, muita das vezes sob a forma de alterações do caráter, irritabilidade. Ocorre 
à redução de todas as funções psíquicas, predominam distúrbios da atenção com desorientação, labilidade afetiva 
e fraqueza do juízo. Desenvolve-se progressivamente até o estado final de demência completa. Há uma atrofia 
cerebral difusa com destruição dos neurônios, degeneração fibrilar de Alzheimer e placas senis. 
 
Doenças de Alzheimer: Evolução progressiva, apresentando alteração da memória. O quadro caracteriza-se por 
inquietação ocupacional absurda, logoclonia (repetição convulsiva das primeiras sílabas das palavras) e 
desorientação. A inquietação e irritabilidade são típicas das fases de deterioração completa. Achados histológicos 
semelhantes aos da demência senil. 
Sintomatologia: Além da perda de memória, os sintomas de Alzheimer incluem: 
 
 
 8 
-Neuropsiquiatria- 
 Problemas para completar tarefas que anteseram fáceis. 
 Dificuldades para a resolução de problemas. 
 Mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares. 
 Problemas com a comunicação, tanto escrita como falada. 
 Confusão sobre locais, pessoas e eventos. 
 Alterações visuais, como problemas para entender imagens. 
 
Delirium: Perturbação súbita, flutuante, e geralmente reversível da função mental. É caracterizado por uma 
incapacidade de prestar atenção, desorientação, incapacidade de pensar com clareza e flutuações do nível de alerta 
(consciência). O delirium é um estado mental anômalo, não uma doença. 
Embora o delirium e a demência afetem o pensamento, eles são diferentes. O delirium afeta principalmente a 
atenção e a demência afeta principalmente a memória. O delirium inicia-se repentinamente e frequentemente 
apresenta um início definitivo. A demência normalmente apresenta início gradual e não um início definitivo. 
Muitas doenças, medicamentos e intoxicações podem causar delirium. 
O diagnóstico baseia-se nos sintomas e resultados do exame físico, e eles utilizam exames de sangue, urina e de 
imagem para identificar a causa. 
 
 
TRANSTORNOS PSICÓTICOS (ESQUIZOFRENIA) 
 
A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da idade adulta. Ela 
atinge em igual proporção homens e mulheres, em geral inicia-se mais cedo no homem, por volta dos 20-25 anos 
de idade, e na mulher, por volta dos 25-30 anos. 
Não se sabe quais são as causas da esquizofrenia. A hereditariedade tem uma importância relativa, sabe-se que 
parentes de primeiro grau de um esquizofrênico tem chance maior de desenvolver a doença do que as pessoas em 
geral. Por outro lado, não se sabe o modo de transmissão genética da esquizofrenia. Fatores ambientais (p. ex., 
complicações da gravidez e do parto, infecções, entre outros) que possam alterar o desenvolvimento do sistema 
nervoso no período de gestação parecem ter importância na doença. Estudos feitos com métodos modernos de 
imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética mostram que alguns pacientes têm pequenas 
alterações cerebrais, com diminuição discreta do tamanho de algumas áreas do cérebro. 
O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo especialista a partir das manifestações da doença. Não há nenhum tipo 
de exame de laboratório (exame de sangue, raio X, tomografia, eletroencefalograma e etc.) que permita confirmar 
o diagnóstico da doença. Muitas vezes o clínico solicita exames, mas estes servem apenas para excluir outras 
doenças que podem apresentar manifestações semelhantes à esquizofrenia. 
 
Sintomas principais: 
 Delírios: são ideias falsas, das quais o paciente tem convicção absoluta. Por exemplo, ele se acha 
perseguido ou observado por câmeras escondidas, acredita que os vizinhos ou as pessoas que passam na 
rua querem lhe fazer mal. 
 Alucinações: são percepções falsas dos órgãos dos sentidos. As alucinações mais comuns na 
esquizofrenia são as auditivas, em forma de vozes. Muitas vezes essas vozes dão ordens de como agir em 
determinada circunstancia. Outras formas de alucinação, como visuais, táteis ou olfativas podem ocorrer 
também na esquizofrenia. 
 Alterações do pensamento: as ideias podem se tornar confusas, desorganizadas ou desconexas, tornando o 
discurso do paciente difícil de compreender. Muitas vezes o paciente tem a convicção de que seus 
pensamentos podem ser lidos por outras pessoas, ou que pensamentos são roubados de sua mente ou 
inseridos nela. 
 
 
 9 
-Neuropsiquiatria- 
 Alterações da afetividade: muitos pacientes tem uma perda da capacidade de reagir emocionalmente às 
circunstancias, ficando indiferente e sem expressão afetiva. Outras vezes o paciente apresenta reações 
afetivas que são incongruentes, inadequadas em relação ao contexto em que se encontra. Torna-se pueril e 
se comporta de modo excêntrico ou indiferente ao ambiente que o cerca. 
 Diminuição da motivação: o paciente perde a vontade, fica desanimado e apático, não sendo mais capaz 
de enfrentar as tarefas do dia a dia. Quase não conversa, fica isolado e retraído socialmente. 
 Outros sintomas, como dificuldade de concentração, alterações da motricidade, desconfiança excessiva, 
indiferença, podem aparecer na esquizofrenia. 
A esquizofrenia evolui geralmente em episódios agudos onde aparecem os vários sintomas acima descritos, 
principalmente delírios e alucinações, intercalados por períodos de remissão, com poucos sintomas manifestos. 
O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a reintegração do paciente. O tratamento da 
esquizofrenia requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. 
 
 
TRANSTORNO DE HUMOR 
 
Transtorno Bipolar 
 
Caracteriza-se por episódios de mania e depressão que podem se alternar, embora a maioria dos pacientes tenha 
predominância de um ou do outro. A causa exata é desconhecida, mas hereditariedade, mudanças nos níveis 
cerebrais de neurotransmissores e fatores psicossociais podem estar envolvidos. O diagnóstico baseia-se na 
história. O tratamento consiste em medicamentos estabilizadores do humor, algumas vezes, com psicoterapia. 
Os transtornos bipolares geralmente começam na primeira, segunda ou terceira década de vida. A prevalência ao 
longo da vida é de cerca de 4%. As taxas de transtorno bipolar I são aproximadamente iguais para homens e 
mulheres. 
 
Os transtornos bipolares são classificados como: 
 Transtorno bipolar I: definido como a presença de pelo menos um episódio maníaco completo 
(comprometendo a função ocupacional e social normal) e, quase sempre, episódios depressivos 
 Transtorno bipolar II: definido pela presença de episódios depressivos maiores com pelo menos um 
episódio hipomaníaco, mas sem episódios maníacos evidentes. 
 Transtorno bipolar inespecífico: transtornos com características bipolares claras, porém que não 
preenchem os critérios específicos para outros transtornos bipolares. 
 No transtorno ciclotímico, pacientes têm períodos prolongados (> 2 anos) que incluem tanto episódios 
hipomaníacos como depressivos, mas esses episódios não atendem os critérios específicos para transtorno 
bipolar. 
 
A causa exata do transtorno bipolar é desconhecida. A hereditariedade tem papel significativo. Também há 
evidências de desregulação de serotonina e noradrenalina. Fatores psicossociais também podem estar envolvidos. 
Eventos de vida estressantes estão muitas vezes associados ao desenvolvimento inicial dos sintomas e 
exacerbações posteriores, ainda que causa e efeito não tenham sido estabelecidos. Algumas drogas podem 
desencadear exacerbações em alguns pacientes com transtorno bipolar, essas drogas incluem cocaína, álcool, 
certos antidepressivos, 
Sinais e sintomas 
Os transtornos bipolares se iniciam com uma fase aguda de sintomas a que se segue um curso de recaídas e 
remissões repetidas. Remissões são frequentemente completas, mas muitos pacientes têm sintomas residuais e, 
para alguns, a capacidade de funcionar no trabalho é gravemente prejudicada. As recaídas são episódios 
 
 
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marcantes de sintomas mais intensos que são maníacos, depressivos, hipomaníacos ou uma mistura de 
características depressivas e maníacas. Os episódios duram qualquer coisa entre algumas semanas e até três a seis 
meses. 
Os ciclos — o tempo a partir do início de um episódio até o início do próximo — variam em duração entre os 
pacientes. Alguns pacientes apresentam episódios infrequentes, talvez, apenas alguns ao longo de toda a vida, 
enquanto outros manifestam formas de ciclagem rápida (geralmente definida como ≥ 4 episódios/ano). Apenas 
uma minoria alterna entre mania e depressão em cada ciclo, na maioria,um ou outro predomina em alguma 
extensão. 
Pacientes podem tentar ou cometer suicídio. Estima-se que a incidência ao longo da vida do suicídio em pacientes 
com transtorno bipolar seja pelo menos 15 vezes maior do que na população em geral. 
 
 Mania 
Um episódio maníaco é definido como um período de ≥ 1 semana de humor persistentemente elevado, expansivo 
ou humor irritável e atividade direcionada a objetivos ou energia aumentada mais ≥ 3 sintomas adicionais: 
 Autoestima inflada ou grandiosidade 
 Diminuição da necessidade de sono 
 Falar mais do que o habitual 
 Fuga de ideias ou pensamentos acelerados 
 Facilidade em se distrair 
 Aumento das atividades direcionadas a objetivos 
 Envolvimento excessivo em atividades com alto potencial para consequências negativas (p. ex., gastar em 
festanças, investimentos financeiros tolos) 
Os pacientes maníacos podem ficar incansáveis, excessiva e impulsivamente envolvidos em diversas atividades 
prazerosas com alto risco (p. ex., jogos, esportes perigosos, atividade sexual promíscua) sem crítica sobre o 
possível risco. Os sintomas são tão graves que os pacientes não podem desempenhar seus papéis primários 
(ocupação, escola, tarefas domésticas). Investimentos insensatos, farras caras e outras escolhas pessoais podem ter 
consequências irreparáveis. 
 
 Hipomania 
Um episódio hipomaníaco é uma variante menos extrema de mania envolvendo um episódio evidente que dura ≥ 
4 dias com comportamento que é claramente diferente do comportamento usual do paciente não deprimido e que 
inclui ≥ 3 dos sintomas adicionais listados acima de mania. 
Durante o período hipomaníaco, o humor se eleva, a necessidade de sono diminui e a atividade psicomotora 
acelera. Para alguns pacientes, períodos hipomaníacos são adaptativos, pois produzem alta energia, criatividade, 
confiança e funcionamento social supernormal. Muitos não desejam deixar o estado eufórico prazeroso. Alguns 
funcionam muito bem e, na maioria, o funcionamento não está notavelmente comprometido. No entanto, em 
alguns pacientes, a hipomania se manifesta como distrair-se facilmente, irritabilidade e humor lábil, que o 
paciente e os outros acham menos atraente. 
 
 Depressão 
 Um episódio depressivo tem características típicas de depressão maior; o episódio deve incluir ≥ 5 dos 
seguintes durante o mesmo período de 2 semanas, e um deles deve ser humor deprimido ou perda de 
interesse ou prazer: 
 Humor deprimido durante a maior parte do dia. 
 Diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades durante a maior parte 
do dia. 
 Ganho ou perda de peso significativo (> 5%) ou diminuição ou aumento do apetite. 
 
 
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 Insônia (muitas vezes insônia de manutenção do sono) ou hipersonia. 
 Agitação ou atraso psicomotor observado por outros (não autorrelatado). 
 Fadiga ou perda de energia. 
 Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada. 
 Capacidade diminuída de pensar, concentrar-se ou indecisão. 
 Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou plano específico para o suicídio. 
As características psicóticas são mais comuns na depressão bipolar do que na depressão unipolar. 
 
Tratamento: medicamentos, suporte e psicoterapia. A depressão grave geralmente requer internação. O tratamento 
do transtorno bipolar geralmente tem três fases: 
 Aguda: Para estabilizar e controlar as manifestações iniciais algumas vezes graves 
 Continuação: Para alcançar a remissão completa 
 Manutenção ou prevenção: Para manter os pacientes em remissão 
 
Depressão 
 
A tristeza é um dos sentimentos humanos mais doloroso. A tristeza passageira, "baixo-astral", o "estar down" 
fazem parte da vida, e são superados após algum tempo. O luto, após a perda de um ente querido, manifesta-se 
por um sentimento de tristeza e vazio e também é superado com o tempo. Devem-se distinguir a tristeza e o luto 
normais da depressão. 
 
A depressão caracteriza por uma tristeza profunda e duradoura, além de outros sintomas. É bastante comum. A 
cada ano, uma em cada vinte pessoas apresenta depressão. A chance de alguém ter uma depressão ao longo da 
vida é de cerca de 15%. Ela se manifesta mais frequentemente no adulto, embora possa ocorrer em qualquer faixa 
de idade, da criança ao idoso. É mais frequente nas mulheres do que nos homens. 
É muito importante que as pessoas saibam perceber a depressão para poder procurar ajuda especializada e 
tratamento. A pessoa sente uma tristeza intensa, que não consegue vencer. Ela pode achar que isso é uma 
"fraqueza de caráter" e tem vergonha de pedir ajuda, ou então não sabe que se trata de uma doença como outra 
qualquer, passível de tratamento com grandes chances de sucesso. Nessa situação é muito importante que os 
familiares ou amigos próximos tomem a decisão de levá-la ao médico, seja o clínico ou médico da família, seja o 
psiquiatra. Este fará uma avaliação minuciosa do quadro, orientando na realização de eventuais exames 
laboratoriais, bem como no tratamento. 
 
Os principais sintomas da depressão são: tristeza profunda e duradoura (em geral mais que duas semanas), perda 
do interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas, sensação de vazio, falta de energia, apatia, 
desânimo, falta de vontade para realizar tarefas, perda da esperança, pensamentos negativos, pessimistas, de culpa 
ou autodesvalorização. Além desses, a pessoa pode ter dificuldade para concentrar-se, não dorme bem, tem perda 
do apetite, ansiedade e queixas físicas vagas (desconforto gástrico, dor de cabeça, entre outras). Em casos mais 
graves podem ocorrer ideias de morte e suicídio, havendo até pessoas que tentam o suicídio. A depressão é 
frequentemente uma doença recorrente, a pessoa tem episódios de depressão que se repetem de tempos em 
tempos. 
 
A causa da depressão não é conhecida. Sabe-se que vários fatores biológicos e psicológicos podem contribuir para 
seu aparecimento. Em algumas pessoas a hereditariedade tem um peso importante, outros parentes também 
apresentam depressão. Com muita frequência a depressão começa após alguma situação de estresse ou conflito e 
depois persiste, mesmo após a superação da dificuldade. Há um desequilíbrio químico no cérebro, com alterações 
 
 
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de neurotransmissores (substâncias que fazem a comunicação entre as células nervosas) principalmente da 
noradrenalina e da serotonina. 
 
O tratamento da depressão se faz atualmente com a combinação dos medicamento antidepressivo com a 
psicoterapia. Como os medicamentos demoram algum tempo para agir, é importante não desanimar; nesse 
período o apoio e a compreensão dos familiares é fundamental. 
 
 
 
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
 
A síndrome do pânico ou transtorno do pânico é uma enfermidade que se caracteriza por episódios abruptos 
absolutamente inesperados de medo e desespero. A pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento 
de um ataque cardíaco, porque o coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante. 
Manifesta-se especialmente em jovens e acomete mais as mulheres do que os homens. A maioria dos pacientes 
tem a primeira crise entre 15 e 20 anos desencadeada sem motivo aparente. 
Com o passar do tempo, as crises vão se repetindo de maneira aleatória. Não prever quando podem surgir 
novamente gera uma ansiedade chamada de antecipatória. Geralmente os pacientes com pânico 
 
Transtorno Obsessivo Compulsivo 
 
É um distúrbio psiquiátrico de ansiedade, sua principal característica é a presença de crises recorrentes de 
obsessões e compulsões. 
Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente,sem que ela 
queira. o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo 
regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade. Alguns portadores dessa desordem 
acham que, se não agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes. No entanto, a ocorrência dos pensamentos 
obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo não só 
para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira. 
Na infância, o distúrbio é mais frequente nos meninos. No final da adolescência, porém, pode-se dizer que o 
número de casos é igual nos dois sexos. 
Em geral, os rituais se desenvolvem nas áreas da limpeza, checagem ou conferência, contagem, organização, 
simetria, colecionismo, e podem variar ao longo da evolução da doença. 
 
Existem dois tipos de TOC: 
a) Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – as obsessões e rituais se repetem com frequência, mas não 
atrapalham a vida da pessoa; 
b) Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: as obsessões persistem até o exercício da compulsão que 
alivia a ansiedade. 
 
Causas: Não estão bem esclarecidas. Certamente, trata-se de um problema multifatorial. Estudos sugerem a 
existência de alterações na comunicação entre determinadas zonas cerebrais que utilizam a serotonina. Fatores 
psicológicos e histórico familiar também estão entre as possíveis causas desse distúrbio de ansiedade. 
 
Sintomas: O principal sintoma da doença é a presença de pensamentos obsessivos que levam à realização de um 
ritual compulsivo para aplacar a ansiedade que toma conta da pessoa. 
Preocupação excessiva com limpeza e higiene pessoal, dificuldade para pronunciar certas palavras, indecisão 
diante de situações corriqueiras por medo que uma escolha errada possa desencadear alguma desgraça, 
 
 
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pensamentos agressivos relacionados com morte, acidentes ou doenças são exemplos de sintomas do transtorno 
obsessivo-compulsivo. 
 
Tratamento: pode ser medicamentoso e não medicamentoso. 
 
Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG 
 
A ansiedade é uma emoção normal e necessária à vida, todos nós a experimentamos em vários momentos. O TAG 
é um distúrbio de ansiedade crônico e flutuante, em que as pessoas não conseguem evitar suas preocupações, 
mesmo percebendo que grande parte delas é injustificada. Existe uma excessiva preocupação com saúde, bem 
estar dos familiares, dinheiro ou trabalho. Há também uma incapacidade de relaxar, mesmo quando há 
possibilidades de fazê-lo e, muitas vezes, há problemas para iniciar ou manter o sono, gerando sensações de 
cansaço e problemas para se concentrar. 
É duas vezes mais comum em mulheres que em homens. O distúrbio desenvolve-se lentamente, geralmente 
começando na vida adulta jovem. A maior parte dos diagnósticos ocorrem na meia-idade e diminui nos últimos 
anos de vida. 
Os distúrbios de ansiedade são complexos e resultam de uma combinação de fatores genéticos, comportamentais, 
de desenvolvimento e outros. Adversidades na infância e a superproteção dos pais estão associadas ao 
desenvolvimento posterior de TAG, mas nenhum fator ambiental foi identificado como específico para o 
desenvolvimento de ansiedade. 
 
Pessoas com esse distúrbio geralmente: Não conseguem controlar a sua preocupação excessiva. Tem dificuldade 
em iniciar ou manter o sono. Experimentam tensão muscular. 
Esperam sempre pelo pior (sensação de algo ruim acontecerá, como um acidente ou doença em um familiar). 
Preocupam-se excessivamente sobre dinheiro, saúde, família ou trabalho, mesmo quando não há sinais de 
problemas. São incapazes de relaxar. São irritáveis. Sentem-se facilmente cansados. Tenha dificuldade em se 
concentrar ou a mente ―fica em branco‖ 
Os sintomas físicos comuns são: 
 Sentir-se cansado sem motivo 
 Dores de cabeça 
 Tensão e dores musculares 
 Dificuldade em engolir 
 Tremores 
 Sudorese 
 Náusea 
 Tonteira 
 Falta de ar ou sentir-se sem fôlego 
 Necessidade de ir ao banheiro com freqüência 
 Ondas de calor 
PS: Em crianças e adolescentes com transtorno de ansiedade generalizada, as ansiedades e preocupações são 
frequentemente associadas à qualidade do desempenho ou competência na escola ou esportes. As preocupações 
podem incluir pontualidade e perfeccionismo. 
Medicamentos e tipos específicos de psicoterapia são os tratamentos recomendados para este transtorno. 
 
 
 
 
 
 
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TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE 
 
Os transtornos de personalidade são um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa tem um padrão de 
pensamento e comportamento bastante rígido e mal ajustado. Sem tratamento, que envolve psicoterapia e 
medicamentos, o problema costuma ter longa duração e causa sofrimento e dificuldade nos relacionamentos 
pessoais e em outras áreas. 
Os transtornos de personalidade são classificados em categorias que têm características comuns. Embora seja 
comum reconhecer traços de si mesmo em diferentes transtornos de personalidade, quem tem o problema possui a 
maior parte das características de um transtorno específico. 
 
Transtornos excêntricos ou estranhos 
 
 Transtorno de personalidade paranoide - pessoas com esse transtorno tendem a desconfiar dos outros e 
achar que vão ser enganadas. Por causa disso, elas podem ser hostis ou emocionalmente desapegadas. 
 Transtorno de personalidade esquizoide - provoca falta de interesse em relações sociais. Quem tem o 
problema é indiferente às interações sociais. 
 Transtorno de personalidade esquizotípica - pode levar a um comportamento excêntrico, pensamentos e 
crenças incomuns ou bizarras, sentimento de desconforto em ambientes sociais e dificuldade para ter 
relacionamentos íntimos. 
 
Transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares 
 
 Transtorno de personalidade antissocial – quem tem o transtorno não reconhece os sentimentos e 
necessidades de outros. Também pode repetidamente mentir, agredir, roubar e ter comportamentos 
ilegais. 
 Transtorno de personalidade histriônica - pessoas com este transtorno são altamente emotivas e 
dramáticas, têm uma necessidade excessiva de atenção e aprovação e podem usar a aparência física para 
consegui-la. 
 Transtorno de personalidade borderline - as características principais incluem o medo do abandono, 
relacionamentos intensos e instáveis, explosões emocionais extremas, comportamento autodestrutivo e 
sentimento crônico de vazio. 
 Transtorno de personalidade narcisista - são as pessoas com autoestima inflada e necessidade de 
admiração. Elas costumam ter pouca empatia ou preocupação com os outros e têm fantasias de sucesso, 
poder ou beleza. 
 
Transtornos ansiosos ou receosos 
 
 Transtorno de personalidade esquiva - pessoas que evitam a interação social e são extremamente sensíveis 
aos julgamentos negativos dos outros; elas podem ser tímidas e isoladas socialmente e ter sentimentos de 
inadequação. 
 Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva - são pessoas preocupadas com regras e ordem e que 
valorizam o trabalho acima de outros aspectos da vida; são perfeccionistas e têm uma necessidade de 
estar no controle. É importante não confundir com o transtorno obsessivo-compulsivo, que é uma forma 
de transtorno de ansiedade. 
 Transtorno de personalidade dependente - causa necessidade de ser cuidado e medo de estar sozinho, 
além de dificuldade de separar-se de seus entes queridos ou tomar decisões por conta própria. Quem tem 
o problema pode ser submisso e tolerar relações abusivas. 
 
 
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TRANSTORNOS ALIMENTARES 
 
Ostranstornos alimentares envolvem uma perturbação da alimentação ou do comportamento relacionado à 
alimentação, que costumam incluir: 
 Alterações dos alimentos ou da quantidade consumida pelas pessoas 
 Medidas que as pessoas adotam para evitar que os alimentos sejam absorvidos (por exemplo, forçando o 
próprio vômito ou tomando laxantes) 
Para que um comportamento alimentar incomum seja considerado um transtorno, o comportamento precisa 
continuar por um certo período e causar prejuízo significativo à saúde física da pessoa e/ou à capacidade de 
desempenhar funções na escola ou no trabalho ou afetar negativamente as interações da pessoa com outros. 
Os transtornos alimentares incluem 
 Anorexia nervosa 
 A anorexia nervosa é caracterizada por um medo irreal de ganhar peso. As pessoas que apresentam o 
transtorno passam fome a ponto de prejudicar sua saúde. Embora a anorexia signifique perda do apetite, 
as pessoas com anorexia nervosa podem não perder o apetite. 
 O transtorno evitativo/restritivo da ingestão de alimentos é caracterizado pela ingestão de quantidades 
muito pequenas de comida e/ou por evitar ingerir certos alimentos sem a preocupação quanto à forma 
física ou peso que é típica em pessoas com anorexia ou bulimia. 
 O transtorno da compulsão alimentar periódica é caracterizado pela ingestão de quantidades de comida 
maiores do que a maioria das pessoas ingeriria em um tempo e circunstâncias semelhantes. As pessoas 
sentem perda do controle durante e após a compulsão alimentar. 
 A bulimia nervosa é caracterizada por episódios de ingestão rápida de grandes quantidades de alimentos, 
seguidos por tentativa de compensar o excesso de alimentos consumidos (por exemplo, por purgação). A 
purgação é o vômito auto induzido ou a má utilização de laxantes ou enemas. 
 
CUIDADOS GERAIS NA ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA 
 
De acordo com Dally (1992), os cuidados gerais nas assistências de Enfermagem Psiquiátrica são: 
 aproximar-se de maneira clama e amigável; 
 quando o paciente estiver deprimido, permanecer ao seu lado o tempo todo; 
 administrar fármacos antidepressivos prescritos; 
 observar efeitos e reações dos fármacos; 
 fazer comentários positivos sobre suas conquistas; 
 demonstrar interesse pelo paciente; 
 estimular a alimentação; 
 registrar aceitação hídrica e alimentar; 
 observar e registrar eliminações. 
 
 
O papel do técnico em enfermagem mediante ao paciente de saúde mental 
 
 
 
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O primeiro contato com a saúde mental pode ser na maioria das vezes estressante. Tudo é secundário, o principal 
personagem é o paciente. Para quem nunca teve nenhum contato com a área de saúde mental, a falta de 
procedimentos invasivos parecem sem sentido, mas os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) configuram-se 
como um espaço para interações entre a equipe multiprofissional, com confluência de saberes. 
 
Conhecer as pessoas que fazem parte da equipe é importante para definir papéis, responsabilidades e ganhar com 
esta experiência e alcançar o mesmo objetivo nas tomadas de decisões. A razão do trabalho da enfermagem nesse 
novo modelo é o cuidado terapêutico, vislumbrando uma assistência segura, integral e de qualidade. Espera-se 
que o profissional de enfermagem em saúde mental seja empático, autêntico, criativo e com capacidade de inovar 
nas práticas do cuidar. 
 
O objetivo da enfermagem nos centros de atenção psicossocial deve ser a promoção de ações terapêuticas 
voltadas para identificar e auxiliar na recuperação do paciente em sofrimento psíquico, visando à reabilitação de 
suas capacidades físicas e mentais, respeitando suas limitações e os seus direitos de cidadania. 
 
A enfermagem tem que se permitir uma nova proposta, o paciente em sofrimento psíquico apresenta-se ansioso, 
inseguro de seu destino, desconfortável emocionalmente e com uma vivência na maioria das vezes permeada de 
solidão e desamparo, acompanhado por tratamentos invasivos, agressivos e até mesmo dolorosos. O profissional 
deve estar aberto e disponível a essas situações novas, exigindo a criação de um novo modo de agir e pensar. 
 
 
TERMOS TÉCNICOS 
 
Distúrbio: condição patológica da mente ou do corpo. Interrupção da seqüência normal de continuidade. Um 
afastamento da forma considerada. 
Neurônios: cada uma das células nervosas que transmitem mensagens pelo corpo. 
Anorexia Nervosa: estado que se caracteriza por profunda aversão aos alimentos, devido a transtorno histérico. 
Amenorreia: ausência de regras, fora da gravidez, em uma mulher em idade de ter menstruações. 
Epilético: Concernente à epilepsia; indivíduo que sofre de ataques de epilepsia. 
Pueris: da criança e da infância. 
Apático: indiferente, sem reações afetivas. 
Mórbida: relativo à doença. 
Limítrofe: contíguo à fronteira de uma região; confinante. 
Hipercinesia: exaltação patológica da motricidade voluntária e involuntária, também caracterizada por 
inquietação, agitação e furor. 
Hipocinesia: diminuição acentuada e generalização dos movimentos espontâneos. 
Acinesia ou estupor: estado que se caracteriza pela ausência de movimentos espontâneos, comum na depressão, 
na esquizofrenia e nas doenças cerebrais. 
Discinesia: movimentos involuntários e repetitivos anormais, relacionados os quadros psicóticos catatônicos ou 
residuais; também podem ser efeitos colaterais do uso de neurolépticos. 
Hiperpraxia ou hiperatividade: exagero na atividade motora voluntária. 
Bradipraxia: lentificação anômala dos movimentos voluntários. Por exemplo: o estupor catatônico, a 
imobilidade flácida e a flexibilidade cérea; 
Estereotipia: repetição de um movimento complexo de maneira constante, quase mecânica e desprovida de 
finalidade; 
Tique: movimento muscular de maneira súbita e involuntária. 
Maneirismo: ação motora com finalidade particular, repetida de forma não usual e modificada. Por exemplo: o 
modo de pentear o cabelo, de escrever ou de vestir-se. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BASAGLIA, F. Psiquiatria alternativa: contra o pessimismo da razão, o otimismo da prática. São Paulo: Brasil 
debates, 1982. 
 
AMARANTE, P. (coord.): Arquivos de saúde mental e atenção psicossocial. Eng. Paulo de Frontin: Nau 
Editora, 2003. 
 
DALLY, P. Psicologia psiquiatria na enfermagem. EPU, 1992. 
 
PINTO, F.A. Apostila colégio técnico Santa Maria Goretti, 1999. (Apostila). 
 
FERREIRA, L.S. H. (coord. Editorial). Noções de enfermagem psiquiátrica. São Paulo: Senac, 1993. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual para a organização da atenção básica. Secretaria de Assistência à Saúde. 
Brasília: Ministério da Saúde, 1990. 
 
http://www.sicad.pt/PT/Cidadao/SubstanciasPsicoativas/Paginas/default.aspx 
 
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/WebHelp/f10_f19.htm

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