Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
�������� ��PRODUÇÃO DE CUMENO�DATA: 26/06/2018���MELHORIA DE PROCESSO DE SÍNTESE DE CUMENO�RESP.: B. Silva� F. Silva�� SOLICITAÇÃO DE SÍNTESE DE PROCESSOS MELHORIA DE PROCESSO DE SÍNTESE DE CUMENO DIMENSIONAMENTO DE CONDENSADOR (TC-401) De: Eng. Manoel Méndez Diretor do Departamento de Engenharia de Processos (DePro) Para: Eng. Beatriz Augusta da Silva Departamento de Engenharia de Processos (DePro) Eng. Fernanda Migliorini da Silva Departamento de Engenharia de Processos (DePro) Assunto: Solicitação de Síntese de Processos Químicos Industriais A UNIMEP Chemical Company deseja compreender o funcionamento completo da planta de separação de cumeno, de modo a complementar o projeto simplificado que foi desenvolvido inicialmente. Sucintamente, deseja-se dimensionar um trocador de calor empregado no processo de separação da mistura entre cumeno e diisopropilbenzeno, seguindo as condições de funcionamento preestabelecidas, para idealizar as decisões estruturais relacionadas ao sistema de construção. HIPÓTESES E CONSIDERAÇÕES Condensador de superfície de vapor saturado tipo casco e tubo com configuração de arrajo padrão triangular; Trocador de calor opera em contracorrente; O cumeno (fluido quente) passa pelo lado casco e a água (fluido frio) passa pelo lado tubo; Modelo de gás ideal; Sem reação química; Substância pura e mudança de fase isotérmica; Trocador de calor constituído de aço carbono; Escoamento incompressível (Propriedades do fluido são constantes); A resistência térmica da parede do tubo é desprezível; O condensado dos tubos superiores não escorre sobre os tubos inferiores; Escoamento do vapor e água são completamente desenvolvidos; O trocador de calor se mantêm isolado, para desprezar a perda de calor para o meio. Cálculos de diomensionamento do proejeto desenvolvidos com o auxílio da ferramenta Microsoft Excel; CONDIÇÕES INICIAIS DO PROJETO A metodologia utilizada neste trabalho baseou-se na simulação de um processo de separação, utilizando o programa computacional Aspen Plus para, a partir deste, extraiu-se informações e parâmetros necessários para realização do dimensionamento dos equipamentos empregados no processo. Selecionou-se o condensador presente no topo da segunda coluna de destilação (TC-401), para efetuar o dimensionamento. Admitiu-se presença de cumeno puro, desprezando-se qualquer vestígio de outros componentes, com o objetivo de simplificar o modelo matemático de dimensionamento de trocador de calor. Dimensionou-se o condensador baseando-se nas informações de topo da segunda coluna de destilação concedidas pelo Aspen, os dados iniciais do procedimento de dimensionamento do condensador, são apresentados na Tabela 1. t1(°C) 30,00 t2(°C) 45,00 T1(°C) 152,10 T2(°C) 152,10 mt(kg/s) 3,30 Q(kcal/s) 352,68 Tabela 1: Informações iniciais de entrada no condensador. DESCRIÇÃO E MEMORIAL DE CÁLCULO DO MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DO CONDENSADOR Adotou-se o método proposto por KERN (1987), para elaboração do dimensionamento do trocador de calor. O procedimento é bastante complexo necessitando-se de vários dados empíricos e realização de cálculos iterativos. Deu-se início ao procedimento de cálculo, determinando-se o DMLT por meio da Equação 1. (1) Em que: t1 = Temperatura de entrada do fluido frio (ºC); t2 = Temperatura de saída do fluido frio (°C); T1 = Temperatura de entrada do fluido quente (°C); T2 = Temperatura de saída do fluido quente(°C); Posteriormente, a partir da equação geral de transferência de calor, expressa pela Equação 2, isolou-se a área total do trocador de calor requerida para o processo de troca térmica, dando origem a Equação 3. (2) (3) Em que: Q = Carga térmica (kW); A = Área de troca térmica (m2); Ft = Fator de correção da DMLT; DMLT = Diferença média logarítmica de temperatura; Para escoamento em contracorrente, a diferença de temperatura representativa é igual a diferença de temperatura média logarítmica, portanto, considerou-se o fator de correção (F) igual 1,0. Calculou-se a área total real do trocador de calor por meio da Equação 4. (4) Em que: A = Área de troca térmica real (m2); Ntub = Número de tubos; A1;tub = Área de troca térmica de 1 tubo (m2) A área de troca térmica de um tubo, determina-se por meio da Equação 5. (5) Em que: do = Diâmetro externo do tubo empregado no trocador de calor (m); Lt = Comprimento do tubo empregado no trocador de calor (m); Estimou-se o diâmetro do feixe de tubos (Db) por meio da Equação 6, que é uma equação empírica baseada na disposição padronizada de tubos. As constantes utilizadas são dadas em função da disposição dos tubos do trocador de calor, retiraram-se esses dados da Figura 2, presente no Anexo I. (6) Em que: Db = Diametro do feixe de tubos (m); do = Diâmetro externo do tubo empregado no trocador de calor (m); Nt e n1 = Constantes tabeldas a partir do n° de passes; Para o cálculo do diâmetro do casco, utilizou-se Equação 7. (7) Em que: Ds = Diâmetro do casco (m); = Folga entre os feixes do tubo (m); Sabe-se que a folga entre os feixes do tubo é dependente do tipo de cabeçote utilizado, e pode ser obtido a partir de relações padronizadas de construtores de trocador de calor e podem ser expressas na forma de gráfico como apresentou-se na Figura 3 encontrada no Anexo I. A queda de pressão lado tubo calculou-se, por meio da Equação 8. (8) Em que: = Queda de pressão ao longo do trocador de calor (Pa); n = Número de passes no lado tubo; = Fator de atrito corrigido para o lado tubo; Lt = Comprimento dos tubos (m); di = Diâmetro interno dos tubos (m); = Viscosidade do fluido escoando no interior dos tubos(N.s/m2); = Viscosidade do fluido na temperatura da parede dos tubos (N.s/m2); m = Constante de correção para viscosidade; = Massa específica do fluido escoando no interior dos tubos (kg/m3); = Velocidade média do fluido escoando no interior dos tubos (m/s); O fator de atrito corrigido para o lado tubo () determinou-se por meio da correlação gráfica da Figura 4, presente no Anexo I. Calculou-se o número de Reynolds do lado tubo por meio da Equação 9. Avaliaram-se as propriedades do fluido no interior dos tubos na temperatura média de escoamento. (9) Em que: = Massa específica do fluido no interior dos tubos (kg/m3); = Velocidade média do fluido no interior dos tubos (m/s); = Viscosidade do fluido escoando através dos tubos (N.s/m2); Determinou-se a velocidade de escoamento no interior dos tubos por meio da Equação 10. (10) Em que: = Número de tubos por passe; Nt = Número de tubos total necessário para o trocador de calor; n = Número de passes do trocador de calor; Aplicou-se a Equação 11 para calculo da área de escoamento total. (11) Em que: = Área de escoamento total (m); = Área de escoamento de um tubo (m); A área de escoamento de um tubo, calculou-se por meio da Equação 12. (12) Em que: di = Diâmetro interno do tubo (m); Calculou-se a velocidade de escoamento no interior dos tubos (Vi), por meio da Equação 13. (13) Em que: = Vazão volumétrica escoando pelos tubos (m3/s); Deu-se continuidade no procedimento de dimensionamento do condensador, estimand-se a queda de pressão do lado casco, por meio da Equação 14. Esse cálculo evolve correlações semi-empíricas, citadas posteriormente. (14) Em que: = Queda de pressão do lado casco (Pa); = Fator de atrito corrigido para o lado casco; Ds = Diâmetro do casco (m); dh = Diâmetro hidráulico equivalente do lado casco (m); Lt = Comprimento dos tubos (m); LB = Espaçamento entre as chicanas (m); = Massa específica do fluido escoando no lado casco (kg/m3); = Velocidade média do fluido escoando no lado casco (m/s); O fator de atrito corrigido para o lado casco () determinou-se por meio da correlação gráfica da Figura5, presente no Anexo I. Calculou-se o número de Reynolds para o lado casco, por meio da Equação 15. (15) Em que: = Massa específica do fluido escoando pelo lado casco (kg/m3); = Velocidade do fluido escoando no lado casco (m/s); = Viscosidade do fluido escoando no lado casco (N.s/m2); A velocidade de escoamento no lado casco pode-se calculadar, por meio da Equação 16. (16) Em que: = Vazão volumétrica que escoa no lado casco (m3/s); As = Área de escoamento cruzado do lado casco (m); A área de escoamento cruzado do lado casco, determinou-se por meio da Equação 17. (17) Em que: Ds = Diâmetro do casco (m); LB = Espaçamento entre as chicanas (m); = Folga entre o feixe de tubos e o casco (m); Pt = Passo entre os tubos (m); Determinou-se o diâmetro hidráulico (ou equivalente) do lado casco, por meio da Equação 18. (18) Em que: Pt = Passo entre tubos (m); Ch = Constante que depende do arranjo de tubos empregado; Para arranjos triangulares utiliza-se Ch=0,86. Estimou-se o coeficiente de película do lado tubo, por meio da Equação 19. (19) Em que: hi = Coeficiente de película do lado tubo (W/m2°C); di = Diâmetro interno do tubo (mm); ki = Condutividade térmica do fluido dentro dos tubos (W/m2°C); jh,i = Fator de transferência de calor; Rei = Número de Reynolds no interior dos tubos; Pri = Número de Prandtl do fluido no interior dos tubos; e = Viscosidade do fluido no interior dos tubos, e na parede interna dos tubos, respectivamente (N.s/m2); Estimou-se o fator de transferência de calor () por meio da relação gráfica dada na Figura 6, presente no Anexo I. O número de Prandtl do fluido no interior dos tubos, pode-se determinar por meio da Equação 20. (20) Em que: Cpi = Calor específico do fluido no interior dos tubos (kJ/kg.ºC); Estimou-se o coeficiente de película do lado casco, por meio da Equação 21. (21) Em que: ho = Coeficiente de transferência de calor por convecção no lado casco (W/m2°C); dh = Diâmetro hidráulico do casco (m); ko = Condutividade térmica do fluido escoando pelo lado casco (W/m.K); jh,o = Fator de transferência de calor no lado casco; Reo = Número de Reynolds do fluido escoando no lado casco; Pro = Número de Prandtl do fluido escoando no lado casco; e = Viscosidade do fluido escoando no lado casco e na parede externa dos tubos, respectivamente (N.s/m2); Estimou-se o fator de transferência de calor para o lado casco (jh,o) por meio da correlação gráfica apresentada na Figura 6, presente no Anexo I. Determinou-se o número de Prandtl por meio da Equação 22. (22) Em que: Cpo = Calor específico do fluido escoando no lado casco (kJ/kg.ºC); Calculou-se o coeficiente global de transferência de calor em função dos coeficientes de película e fatores de incrustação, tanto do lado casco quanto do lado tubo, por meio da Equação 23. (23) Em que: Uc = Coeficiente de transferência de calor global (Ns/m2); do = Diâmetro externo do tubo (m); di = Diâmetro interno dos tubos(m); hi = Coeficiente de transferência de calor do lado tubo (W/m2°C); ho = Coeficiente de transferência de calor do lado casco (W/m2°C); kt = Condutividade térmica dos tubos (W/m2°C); Rd,i = Fator de incrustação do lado tubo; Rd,o = Fator de incrustação do lado casco; RESULTADOS Por tratar-se de um método iterativo, inicialmente, fez-se necessário escolher uma configuração para efetuar o dimensionamento do condensador. Utilizou-se o padrão BWG 18 com diâmetro extreno de 3/4” e sugeriu-se um comprimento de 2 metros para o condensador (disposição de tubos em U). A Tabela 2, apresenta os dados previamente estimados. Diâmetro interno (m) 0,0166 Diâmetro externo (m) 0,0191 Área interna do tubo (m2) 0,0159 Área externa do tubo (m2) 0,0182 Tabela 2: Dados estimatimados (KERN, 1987). Estimou-se também, um coeficiente de transferência de calor (Ue) com base nas informações presentes na Figura 1, vide Anexo I. Posteriormente, calculou-se o valor real do coeficiente de transferência de calor (UC), fazendo-se necessário um comparativo entre os dois valores. Quando a relação “Ue < Uc < 1,25.Ue” foi obedecida, deu-se início ao projeto de dimensionamento hidrálico, considerando-se todos os dimensionamentos mecânicos realizados anteriormente como satisfatórios. Porém, quando a relação otida não foi adequada, repetiu-se todo o procedimento de dimensionamento, adotando-se novos valores para Ue até obter-se menor diferença entre os coeficientes. A Tabela 3 apresenta os resultados obtidos para o dimensiomento do condensador. DTML 114,60 Queda de pressão do lado casco (ΔPs) (Pa) 35883,00 Queda de pressão do lado tubo (ΔPt) (Pa) 6038,00 Ue (W/m2°C) 750,00 Uc (W/m2°C) 749,67 Área do condensador (m2) 17,18 Tabela 3: Resultados de dimensionamento obtidos para o condensador. Os resultados de dimensionamento do condensador TC-401, também são apresentados em forma de folha de dados no documento DTST-TC-401, presente no Anexo II deste documento. RESTRIÇÕES E CONCLUSÕES Sabe-se que algumas restrições precisam ser atentidas para que o dimensionamento do condensador seja adequado. Ignorar as restrições significa, portanto, forçar o processo a operar a uma distância segura dos limites de restrição. As restrições básicas para um projeto de trocador de calor, são: Ue < Uc < 1,25.Ue; Perda de carga de 0,5 a 0,7 kgf/cm2 no lado casco; Perda de carga de 0,05 a 0,2 kgf/cm2, sendo usualmente 0,1 kgf/cm2 no caso de correntes gasosas. Com base nos resultados obtidos de dimensionamento do condensador, conclui-se que o mesmo está dentro das restrições, portanto o projeto desenvolvido mostra-se adequado e satisfatório. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KERN, D. Processos de Transmissão de Calor. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1987. ANEXO I Figura 1: Valores típicos para coeficiente global de transferência de calor (U). Figura 2:Constantes k1 e n1 para o calculo do diâmetro do feixe de tubos. Figura 3: Folga entre feixe e de tubos e o casco de trocadores de calor casco e tubos. Figura 4: Fator de atrito corrigido para o lado tubo. Figura 5: Fator de transferência de calor para o lado casco. O Buffle cut é a fração de corte da chicana. Figura 6: Fator de transferência de calor. ANEXO II Revisão: Data:�01�25/06/2018�02�26/06/2018�������� PAGE \* Arabic \* MERGEFORMAT �11� / � NUMPAGES \* MERGEFORMAT �15���
Compartilhar