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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 1 HISTOLOGIA DO PULMÃO EDEMA PULMONAR a) Cardiogênico ou Hidrostático b) Por aumento da permeabilidade da barreira alvéolo capilar, Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) c) Por diminuição da pressão intersticial dos pulmões d) Neurogênico Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 2 Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 3 Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 4 Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 5 SARA – SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 6 Logo, todo paciente com SARA apresenta LPA, porém nem todo paciente com LPA evolui para SARA. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 7 Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 8 A SARA (síndrome da angústia respiratória do adulto),também chamada lesão alveolar difusa ou pulmão de choque, é uma lesão difusa do parênquima pulmonar por vários tipos de agente. Entre eles, o estado de choque prolongado de qualquer natureza, ingestão ou inalação de substâncias tóxicas como o herbicida paraquat, toxicidade pelo oxigênio, aspiração de conteúdo gástrico, infecções bacterianas ou virais, etc. Clinicamente, a síndrome é caracterizada por intensa dispnéia e outros sinais de insuficiência respiratória de rápida instalação. A lesão inicial na SARA pode ocorrer tanto nas células endoteliais dos capilares pulmonares (o mais freqüente), como das células de revestimento alveolar (pneumócitos I, menos freqüente). Nas etapas subseqüentes, há habitualmente lesão de ambas, resultando em disfunção da barreira alvéolo-capilar e prejudicando grandemente as trocas gasosas. A lesão celular leva a aumento de permeabilidade dos dois tipos de células, permitindo a passagem de fluidos e proteína para a superfície alveolar. Nas fases iniciais, proteínas plasmáticas extravasadas forram parcialmente os alvéolos, formando membranas hialinas. Posteriormente, esse material é removido por fagocitose. Os pneumócitos I lesados são removidos e substituídos por pneumócitos II, que são células cúbicas ou arredondadas, bem mais espessas que os pneumócitos I. Os pneumócitos II proliferados forram os alvéolos à maneira de epitélio. Sendo espessos, dificultam as trocas gasosas. Por fim, há reação inflamatória crônica e fibrose difusa do interstício pulmonar, resultando na fibrose pulmonar difusa. Estas etapas estão demonstradas nas duas páginas seguintes. SARA – FASE AGUDA OU EXSUDATIVA Em pequeno aumento, observam-se poucos alvéolos expandidos. Sua superfície está parcialmente revestida por membranas hialinas. O tecido pulmonar entre estes alvéolos é constituído por alvéolos atelectásicos, infiltrado inflamatório e septos interalveolares edemaciados. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 9 Alvéolo revestido por membranas hialinas. Notar que há grande semelhança do aspecto na SARA com a doença da membrana hilina do RN, embora os mecanismos sejam bem diferentes. Nesta, o mecanismo básico é falta de surfactante. Hiperplasia e hipertrofia dos pneumócitos II. Os pneumócitos II proliferam em resposta à lesão dos pneumócitos I. Devido ao estímulo regenerativo, alguns pneumócitos II são hipertróficos, com núcleos volumosos e nucléolos proeminentes. Estes sugerem síntese proteica ativa. Algumas mitoses são observadas. Lesão dos bronquíolos. Em vários bronquíolos o epitélio respiratório sofreu necrose e descamou. As cavidades são reconhecíveis como bronquíolos pela musculatura lisa logo abaixo da superfície. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 10 SARA – FASE SUBAGUDA OU PROLIFERATIVA Fase aguda exsudativa da SARA já passou e não se observam mais membranas hialinas. Há lesões nos brônquios e bronquíolos, que podem ser menos ou mais graves. Nas menos graves o epitélio não foi totalmente destruído e encontra-se agora em fase regenerativa. O epitélio em regeneração mostra-se hiperplásico: os núcleos estão dispostos em várias alturas, apresentam certo pleomorfismo e os nucléolos são evidentes. Não há cílios, mas os elementos nobres como cartilagem e musculatura lisa estão preservados. Em outros bronquíolos, a lesão foi mais grave. O epitélio foi totalmente destruído e não regenerou mais. Elementos nobres como cartilagem e musculatura lisa desapareceram. No lugar das estruturas normais observa- se tecido conjuntivo jovem de textura frouxa devida ao edema, e com fibroblastos volumosos. Estas células têm núcleo grande e irregular, freqüentemente com nucléolo, e citoplasma evidente, por vezes basófilo (sinais de síntese proteica). Estão dispostas em meio a fibras colágenas delicadas e substância fundamental pálida e amorfa. Em alguns destes bronquíolos há luz, em outros a luz está obliterada. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 11 SARA - FASE CRÔNICA OU FIBRÓTICA Aspecto em favos de mel. As pequenas cavidades correspondem a bronquíolos. Entre eles há tecido fibroso no local onde anteriormente havia alvéolos. A isto se chama fibrose pulmonar difusa As cavidades são, na maior parte, bronquíolos dilatados. Entre eles há fibrose difusa do parênquima pulmonar, com ausência praticamente total de alvéolos funcionantes. Os bronquíolos dilatados estão desepitelizados. Os elementos nobres da parede, como musculatura lisa, cartilagem e glândulas também não estão mais presentes. No lugar deles há tecido conjuntivo neoformado, com fibroblastos proeminentes e intenso edema intersticial. Entre os bronquíolos, onde deveriam estar os alvéolos, também se nota tecido conjuntivo jovem, com fibras colágenas e fibroblastos de aspecto ativo. Nestes, chama a atenção a cromatina frouxa e o nucléolo evidente, indicando síntese ativa de colágeno. O resultado é a chamada fibrose pulmonar difusa, em que o tecido funcionante do pulmão é substituído por tecido fibroso Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 12 Pulmão de choque Nos poucos alvéolos remanescentes, observa-se intensa hiperplasia e hipertrofia dos pneumócitos II, que aparecem como células arredondadas salientes na luz dos alvéolos. Há espessamento dos septos interalveolares por fibrose e edema
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