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Desafio Delicatta 01

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ANHANGUERA EDUCACIONAL 
 
TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA 
 
 
 
Gestão de Custos Logísticos 
 
 
 
 
 
Adriano Pereira da Silva Júnior - RA 6063275332 
João Victor de Paiva Mesquita - RA 6062285839 
Lucas de Souza Cardoso - RA 7803837350 
Tiago Domingos da Silva - RA 6066303501 
 
 
Tutor EAD: Mary Silvea Santana 
Tutor presencial: Edson Manica 
 
 
 
 
 
Goiânia, 28 de Maio de 2018 
 
INTRODUÇÃO 
Nas últimas décadas o Brasil vem apresentando um desenvolvimento econômico e 
social cada vez mais expressivo, que proporcionou estabilidade e crescimento tanto 
do mercado interno, na produção de bens e prestação de serviços, quanto uma maior 
participação no comércio exterior. Esses avanços e o desenvolvimento tecnológico 
trazido de outros países criaram um cenário cada vez mais competitivo e dinâmico, 
fazendo com que as empresas voltassem sua atenção para ações que otimizassem 
seu desempenho diante dos concorrentes. Algumas dessas ações foram a redução 
de custos operacionais, a melhoria dos processos internos e o investimento em 
capacitação profissional dos seus colaboradores. 
Diante das necessidades de um consumidor cada vez mais exigente e esclarecido, os 
empreendedores buscam técnicas ou processos que melhorem seu desempenho e 
garantam o sucesso do negócio. Como uma ferramenta de gestão focada na redução 
de custos, a Logística apresenta uma solução eficiente para situações cotidianas e 
extremas em qualquer organização, independentemente de seu porte ou segmento 
de mercado. 
Este estudo tem por finalidade apresentar: os principais conceitos de logística e cadeia 
de suprimentos; a definição e o gerenciamento do tempo de entrega (Lead Time); 
alguns conceitos de planejamento de produção; e a teoria do Just-in-time, que visa a 
redução de custos operacionais ligados a logística empresarial. Pretende-se ainda, 
sugerir um plano de marketing aplicado ao caso da empresa Dellicata, através da 
análise de SWOT e da segmentação de mercado. Finalmente apresenta-se conceitos 
e tipos de modais logísticos, diferenciando suas vantagens e desvantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: DELICATTA MOVEIS PLANEJADOS 
A Delicatta Ltda. é uma empresa produtora de móveis planejados que passa por um 
momento crítico e que precisa de uma reestruturação interna, já que vem perdendo 
uma relevante parcela de seu mercado para a concorrência. Essa perda se dá pelo 
fato da empresa não apresentar uma estrutura financeira, logística e de produção que 
acompanhe o crescimento e a agressividade do mercado em que atua. 
Assim sendo, todos os conhecimentos abordados nesse estudo e desenvolvidos ao 
longo do curso tem por finalidade auxiliar a empresa Delicatta a se adaptar às 
mudanças e aos novos sistemas gerenciais, para então voltar ao mercado com total 
credibilidade e segurança. 
O estudo é composto por cinco etapas e cada etapa será explicada de forma clara e 
objetiva, para assim melhorar a compreensão dos gestores da Delicatta acerca dos 
termos e das propostas de melhoria sugeridas. Apresenta-se a seguir a forma que a 
Logística e suas ferramentas contribuirão para a reestruturação da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - CONCEITO DE LOGÍSTICA, CADEIA DE SUPRIMENTOS E LEAD 
TIME 
Por logística entende-se um conjunto de métodos e mecanismos necessários à 
distribuição de bens e serviços, dando eficiência a cadeia produtiva desde à matéria-
prima até o consumidor final. Um processo sistêmico e interligado a muitos setores de 
uma organização, como fábrica, vendas, marketing, financeiro, dentre outros. 
Francischini et al. (2004), defendem que a logística auxilia na gestão e distribuição de 
materiais; supri a necessidade de aquisição de matérias-primas e insumos; permite a 
empresa adotar técnicas de produção sustentáveis com o Just-in-Time, possibilitando 
a redução dos preços dos produtos acabados devido a política de diminuição dos 
estoques. 
Portanto, o conceito de logística se resume na junção de atividades como: aquisição 
de materiais, movimentação, armazenagem e entrega dos produtos acabados. Tudo 
isso com o objetivo de oferecer ao consumidor um produto de alto valor agregado, que 
atenda aos padrões de qualidade exigidos, de baixo custo aquisitivo e entregue no 
menor tempo possível. 
O foco das empresas de hoje está em atender bem os seus clientes, oferecendo um 
produto ou serviço de qualidade e alto valor agregado, por isso o SCM (Suppy Chain 
Management) busca uma gestão de qualidade, entregando o que o cliente deseja, no 
preço e nas condições estabelecidas. 
Supply chain é uma expressão inglesa que significa “cadeia de suprimentos” ou 
“cadeia logística”. Consiste num conceito que abrange todo o processo logístico de 
determinado produto ou serviço, desde a sua matéria-prima (fabricação) até a sua 
entrega ao consumidor final 
Segundo Costa (2010), a logística e a gestão da cadeia de suprimentos, tem como 
objetivo gerenciar todas as tarefas referentes à logística interna e externa de uma 
organização, controle e cooperação entre todos os integrantes da cadeia, eles são os 
fornecedores, prestadores de serviço ou consumidores. 
Dentro desse contexto, temos a Cadeia de Suprimentos Responsiva, que é aquela 
que busca atender a demanda do cliente assim que lhe é requisitada, ou seja, é uma 
 
produção por demanda ou encomenda. Devido à essa característica, os custos são 
mais altos nesse tipo de cadeia de suprimentos, haja visto os menores prazos e ações 
mais imediatas para atender a necessidade do mercado. 
Já o Lead Time ou tempo de entrega, é o período entre o início de uma atividade, 
produtiva ou não, e o seu término. A definição mais convencional para lead time em 
Supply Chain Management (SCM) é o tempo entre o momento do pedido do cliente 
até a chegada do produto ao mesmo. 
Segundo Bowersox, (2007), o lead time é um dos conceitos mais importantes da 
logística e deve ser levado em consideração em todas as atividades, pois está 
associado ao custo da operação. O desempenho do lead time pode afetar os 
resultados a nível estratégico na empresa. Regra geral, as empresas que reduzem o 
lead time e controlam ou eliminam desvios inesperados na produção, têm mais 
flexibilidade para satisfazer as necessidades dos clientes ao mesmo tempo que 
conseguem reduzir os custos operacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 – PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO E JUST-IN-TIME 
O Planejamento, programação e controle da produção (PPCP) é uma importante 
ferramenta para as empresas no sentido de garantir que os padrões pré-estabelecidos 
sejam cumpridos durante a execução e a produção propriamente dita. 
Segundo Reis (2004), o planejamento, programação e controle da produção é a 
atividade que verifica a maneira mais adequada de se produzir determinado bem, com 
as matérias-primas adequadas, no tempo correto e com processos bem definidos, 
reduzindo tempo e custos de produção, proporcionado maior qualidade e valor 
agregado ao produto. 
O PPCP determina os passos a serem seguidos pela produção, partindo de um 
planejamento mestre estabelecido previamente e possibilitando ajustes do lead time 
das operações. Esse processo torna a empresa cada vez mais enxuta quanto a gestão 
de estoques, pois viabiliza uma visão ampla de como, quando e em que quantidade o 
produto final deverá ser produzido, reduzindo custos e consequentemente 
aumentando o capital no caixa da empresa. 
Para que seja efetivo, o PPCP precisa definir a previsão de demanda. Esta etapa 
consiste em coletar dados e análises de forma eficiente para estabelecer o futuro dasações a serem tomadas. Feito isso, é necessário que seja verificado se a empresa 
possui estoque suficiente para atender toda a demanda solicitada. 
Para uma melhor gestão dos estoques é recomendado que a empresa adote um tipo 
de sistema como por exemplo a WMS (Warehouse Management System), ou 
“Sistema de Gerenciamento de Armazém” que é um software projetado para 
administrar e gerenciar as atividades e equipes em armazém e centros de distribuição. 
Através dela podemos saber quais produtos entram e saem do estoque e qual a 
quantidade de cada produto armazenada, tornando mais fácil a gestão e controle dos 
estoques. 
Além dos conceitos mostrados acima, a empresa pode adotar o sistema Just-in-Time, 
que é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser 
produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. Just-in-time é um termo 
inglês, que significa literalmente “na hora certa” ou "momento certo". Este tipo de 
 
sistema é de extrema eficiência pois evita perdas desnecessárias, gasto com 
funcionários dentre outros. 
Esse tipo de gestão seria muito aproveitado na Dellicata, já que suas operações de 
estoque andam bastante desalinhadas. Com certeza traria resultados muito positivos 
como melhor controle de estoque, assertividade na provisão de materiais e redução 
de custos com armazenagem desnecessária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - PRINCIPAIS CUSTOS LOGÍSTICOS E SISTEMAS DE CUSTEIOS 
A logística abrange todos os processos da cadeia de suprimentos em relação à 
movimentação de produtos ou materiais. Desde a aquisição dos insumos, passando 
pelo planejamento da produção até chegar a entrega no cliente final, a logística agrega 
funções essenciais ao processo, mas que também geram custos diretos e indiretos, 
fixos e variáveis, descritos a seguir: 
 Custo de Armazenagem 
Esses custos dependem do volume de produtos em circulação dentro da empresa e 
do tempo de permanência desse produto no estoque. Assim, quanto maior a 
quantidade de produtos e maior tempo de estocagem, mais elevados serão os custos 
envolvidos. 
 Custo de Embalagem 
A embalagem, além de ser responsável por causar a impressão desejada no cliente 
ao receber o produto, também proporciona o acondicionamento correto dos itens e 
evita acidentes ou avarias nas mercadorias, garantindo a sua segurança e qualidade. 
Além de intensificar a proteção, é possível economizar e otimizar o uso do espaço 
dentro dos veículos quando embalagens adequadas e boas práticas de 
empacotamento são adotadas. Assim, a embalagem certa pode ser um grande 
diferencial e gerar economia até na etapa de armazenamento. 
 Custo de Transporte e Frete 
O custo de transporte é de fato um dos mais expressivos para as empresas, sobretudo 
para aquelas que possuem frota própria. As despesas envolvem aquisição de 
veículos, manutenção, ociosidade, depreciação, combustível, entre outros. 
Como grande parte da produção nacional é escoada através da vasta malha 
rodoviária que liga as cinco regiões do país, os veículos precisam percorrer grandes 
distâncias, o que contribui para o desgaste e depreciação dos veículos, além de 
aumentar a exposição a riscos de acidentes ou roubos. E já que, infelizmente, casos 
de sinistro de cargas são comuns nas rodovias brasileiras, a necessidade de se 
 
investir em gestão de riscos faz com que o preço final do frete fique ainda mais 
elevado. 
 Custos Tributários 
O Brasil é um país conhecido pela sua alta e complexa carga tributária, que muitas 
vezes confundem empresários e clientes acerca das exigências fiscais. Um 
planejamento tributário bem pensado e estruturado é vital para que a empresa tome 
conhecimento de isenções fiscais, evite multas, ou até busque sistemas de sociedade 
diferenciados para reduzir a cobrança de tributos. 
 Custos com Tecnologia de Ponta 
Devido às exigências do mercado e da alta concorrência, os processos logísticos 
precisam lidar com o desafio de tornar as entregas mais eficientes e rápidas e, ao 
mesmo tempo, reduzir erros, custos e manter o estoque sob controle. 
Todas essas tarefas são facilitadas pela automatização de processos com o uso de 
ferramentas tecnológicas. O uso de plataformas digitais está se tornando algo cada 
vez mais imprescindível para que a logística nas empresas opere em alta performance 
e execute funções antes manuais. 
Um exemplo dessa tecnologia é a capacidade de monitorar a localização das entregas 
em tempo real. Contudo, existe um gasto com a compra e instalação de softwares e 
hardwares, custo que pode variar a depender das escolhas e necessidades de cada 
empresa. 
 Custo com Capital Humano 
Além dos custos mencionados anteriormente, o gasto com mão de obra para a 
execução operacional também faz parte da equação que formam os custos logísticos. 
É preciso considerar os salários dos gestores e dos demais colaboradores que fazem 
parte da equipe logística, adequando-os às capacidades orçamentárias da empresa. 
Os custos logísticos representam um tipo de custo muito significativo dentro das 
empresas que são identificados nos estoques, inventário, embalagem, fluxo de 
informações, movimentação, aspectos legais, planejamento operacional, 
armazenagem e serviço ao cliente, até suprimentos, transportes e planejamento 
 
estratégico. A ABML estima que o custo logístico em uma empresa pode equivaler a 
19% do seu faturamento. 
 
SISTEMAS DE CUSTEIO 
Um sistema de custeio tem como objetivo, identificar os custos inerentes ao processo 
produtivo, acumulando-os de forma organizada aos produtos. 
A característica básica de um sistema de custeio é a geração de informações de 
custos, visando a otimização dos estoques, o planejamento e o controle das 
operações para uma melhor tomada de decisões. 
Os sistemas de custeio referem-se às formas como os custos são registrados e 
transferidos internamente dentro de uma organização. É fundamental para mensurar 
o custo do produto ou serviço oferecido. 
Segundo Takakura (2012), a mensuração da receita de venda dos produtos e serviços 
e recursos da empresa tem como o fundamento o preço de mercado. Nesse sentido, 
o sistema de custeio é método de apropriação de custos. Os principais são: Custeio 
por Absorção, Custeio Direto, Custeio Padrão, Custeio Marginal e Custeio ABC, 
descritos a seguir: 
 Custeio por Absorção 
É aquele que utiliza todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, 
para apuração do custo dos produtos e/ou serviços. Esse método é derivado da 
aplicação dos princípios fundamentais da contabilidade, sendo no Brasil adotado pela 
legislação comercial e pela legislação fiscal. 
 Custeio Direto ou Variável 
É aquele que se utilizam apenas os custos diretos e variáveis, não utilizando os custos 
fixos e indiretos. Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e 
gastos fixos. Isto é, os gastos oscilam proporcionalmente ao volume de 
produção/venda e gastos que se mantêm estável perante o volume de 
produção/venda oscilante dentro de certos limites. 
 Custeio Padrão 
 
É o Custo cientificamente predeterminado, constituindo base para avaliação do 
desempenho efetivo. Representa o quanto o produto deveria custar, equivalem aos 
custos reais apurados no final do período. Representam o custo alocado ao produto 
mediante taxas predeterminadas e em possíveis mudanças futuras e no volume de 
produção. 
 Custeio Marginal 
Esse método, ainda constitui novidade para muitos administradores de empresa do 
país. Essa forma é o modo pelo qual todos os gastos despendidos por uma empresa, 
de natureza variável, são alocados ao produto. Essemétodo propicia meios bastante 
objetivos de se identificar os custos e a margem de contribuição de cada produto 
vendido, além de a administração da empresa conhecer, de uma forma instantânea, 
os seus custos estruturais fixos que estão, de certa forma diretamente relacionados à 
capacidade instantânea. 
 Custeio ABC 
É o método de custeio baseado em atividades. É o novo método de análise de custos 
que busca “rastrear” o gasto de uma empresa para analisar e monitorar as diversas 
rotas de consumo dos recursos, associados aos produtos de serviços. O principal 
objetivo é facilitar as mudanças de atitudes dos gestores de uma empresa, a fim de 
que estes, paralelamente a otimização de lucros para os investidores, busquem 
também a otimização do valor dos produtos para os clientes. 
O custeamento com base em atividades é fundamentado no seguinte conceito: 
produtos consomem atividades, atividades consomem recursos. 
Diante de todos os sistemas de custeio apresentados acima, entende-se que o mais 
apropriado para a Delicatta seria o Custeio por Absorção. Justifica-se por sua 
abrangência em todos os tipos de custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis), 
permitindo assim uma análise mais realista do preço dos produtos oferecidos e um 
maior controle da receita bruta de vendas. 
 
 
 
4 - PLANO DE MARKETING E SEGMENTAÇÃO DE MERCADO 
Para montar um bom plano de marketing, de forma a trazer bons resultados para a 
empresa, torna-se crucial o estabelecimento de algumas etapas, que vão desde a 
análise do ambiente externo até o estabelecimento de um cronograma definindo as 
tarefas a serem executadas de acordo com seu prazo. Essas etapas são descritas a 
seguir: 
 Analise do ambiente 
O primeiro passo é avaliar quais são os fatores externos e internos que podem 
influenciar o desempenho da empresa. Por isso, é preciso analisar o segmento e o 
produto para adequá-los às capacidades do negócio. 
Para que o plano seja eficiente, é imprescindível que o empreendedor tenha 
humildade para colocar no papel quais são as suas forças e fraquezas, e o capital 
disponível que poderá ser usado nas ações de marketing, pois caso contrário, o plano 
não terá sustentabilidade a longo prazo. 
 Definição do público-alvo 
Analisar o mercado e entender quem é o público-alvo é extremamente importante. 
Esse estudo pode ser feito prestando atenção nas demandas, no potencial de compra, 
na previsão de taxa de crescimento e de participação desse mercado. Além disso, é 
preciso também entender como, por que e quando os consumidores usam 
determinado produto ou serviço. 
 Analise da concorrência 
Deve-se avaliar de maneira detalhada e criteriosa quem são e quais são os objetivos 
dos principais “jogadores” de seu mercado. É importante também olhar para outras 
empresas do setor que possam entregar os mesmos benefícios que a sua empresa, 
podendo assim copiar boas práticas ou até mesmo evitar erros cometidos pelos 
concorrentes. 
 Definir as estratégias e ações 
Primeiramente, é necessário estabelecer o objetivo do plano. Por exemplo, se o 
empreendedor deseja aumentar o número de vendas, ele precisa entender de onde 
 
vem o faturamento de suas vendas e avaliar se o ideal é fazer com que os clientes 
comprem com mais frequência ou se a chave é buscar novos consumidores. 
Em seguida, é hora de avaliar quais medidas serão adotadas pela empresa. Para os 
especialistas, utilizar as redes sociais e dar desconto no mês de aniversário do cliente 
são alguns exemplos de ações de marketing que podem alavancar as vendas e a 
satisfação dos clientes. 
 Estabelecer cronogramas 
Um bom cronograma inclui a definição das tarefas, seu monitoramento e a duração 
de cada etapa. Os resultados e os recursos que foram utilizados devem também ser 
colocados no papel para controle de gastos. Só com o registro dessas ações e seus 
respectivos investimentos é que se pode avaliar se houve retorno positivo ou não. 
De certa forma, o plano de marketing não tem fim, pois é recomendável que este seja 
revisado, refeito e atualizado com dados e informações como volume de vendas, 
faturamento, rentabilidade, entre outros. 
Diante desses conceitos e entendendo o cenário crítico em que vive a Delicatta no 
momento, entende-se que uma das sugestões para a empresa é exatamente montar 
um plano de marketing que tenha como finalidade divulgar de forma mais ampla os 
seus produtos e serviços. Um exemplo seria na veiculação de propagandas em rede 
de TV ou Rádio, ou promovendo a marca através das mídias digitais, como facebook 
e YouTube, tão comuns atualmente. 
Através da análise de SWOT, que mostra os pontos fortes e fracos, as ameaças e 
oportunidades da empresa, é possível observar a seguinte posição da Delicatta: 
 
Forças Fraquezas
Experiência no mercado Gestão familiar enrigecida
Fatores Internos Vasta carteira de clientes Estrutura informal e não planejada
Produtos conhecidos Falta de controle financeiro
Oportunidades Ameças
Exportar para outros países Mudanças no mercado
Fatores Externos Implantar serviços personalizados Aumento dos preços
Patrocinar eventos do setor Aumento das importações
Análise SWOT: Delicatta Positivos Negativos
 
Através dessa análise, foi possível analisar os pontos negativos e positivos da 
empresa. É visível que a mesma está ultrapassada quanto a seus concorrentes e que 
está perdendo sua participação no mercado. Precisa mudar sua forma de gestão, que 
atualmente é familiar e mal planejada. É necessário que a empresa se modernize o 
quanto antes, busque até mesmo o mercado estrangeiro e que resolva os problemas 
de produção e defina controle de seus gastos, então quando solucionados, passe a 
investir na divulgação em diversos canais: redes sociais, programas de TV e rádio, 
entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - TIPOS DE MODAIS LOGÍSTICOS: VANTAGENS E DESVANTAGENS 
A intermodalidade, que é a capacidade de mesclar dois ou mais modais logísticos, 
pode reduzir os custos com transporte de forma considerável, uma vez que os 
contêineres podem ser facilmente transferidos de um modal a outro, o resultado é a 
otimização do deslocamento da carga e a diminuição dos riscos de acidentes ou 
prejuízos. O transporte intermodal consiste-se nos meios mais comuns de transporte 
adotados no Brasil atualmente, sendo eles: rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e 
dutoviário. 
5.1 – Rodoviário 
O transporte rodoviário é o mais conhecido e utilizado em toda a extensão do território 
nacional. A distribuição por meio de caminhões e carretas nas rodovias brasileiras 
vem crescendo desde a década de 50, e atualmente é responsável por 76% da 
distribuição de insumos e produtos industrializados em todo o Brasil. 
 Vantagens: Acessibilidade, pois conseguem chegar em quase todos os lugares 
do território brasileiro; facilidade para contratar ou organizar o transporte; 
flexibilidade em organizar a rota. 
 Desvantagens: Alto custo de frete, por causa do impacto direto que pedágios e 
alto valor do combustível geram; baixa capacidade de carga; menor distância 
alcançada com relação ao tempo utilizado para o transporte. 
5.2 – Ferroviário 
O transporte por meio de ferrovias é uma opção de modal de transporte adequada 
para cargas de grandes volumes, que percorrerá longas distância e terá um destino 
fixo, pois este modal não tem a mesma flexibilidade de rota que o rodoviário desfruta. 
 Vantagens: Baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza 
combustíveis mais baratos; grande capacidade de carga; menor risco de 
acidentes e maior segurança no transporte da carga. 
 Desvantagens: Rotas fixas e inflexíveis;pode depender de outros modais de 
transporte para fazer com que as cargas cheguem efetivamente a os seus 
destinos; Falta de investimento governamental em ferrovias. 
5.3 - Aéreo 
 
A principal característica do modal de transporte aéreo é a agilidade e a facilidade em 
percorrer longas distância, no território nacional e internacional. Esse modal é uma 
ótima opção quando os fatores tempo de entrega e segurança são um requisito para 
a sua empresa. 
 Vantagens: Percorre longas distâncias independentemente dos acidentes 
geográficos que a rota possa ter; Trânsito livre e exclusivo; Aeroportos 
próximos ou em centros urbanos. 
 Desvantagens: Limitação na quantidade de carga transportada; Custo mais 
elevado do que os demais modais de transporte citados; necessita de terminais 
de acesso. 
5.4 - Fluvial ou marítimo 
O modal de transporte fluvial é indicado para o transporte de produtos com baixo valor 
agregado, apesar de ser capaz de transportar produtos de diversas espécies e em 
todos os estados: líquido, sólido e gasoso, desde que em estejam bem armazenados 
e em containers adaptados. Capaz de transportar em bastante quantidade, como o 
modal ferroviário. 
 Vantagens: Capacidade de transportar grandes quantidades; percorre longas 
distâncias; Baixo risco de avarias nas mercadorias. 
 Desvantagens: Tempo de trânsito longo; Burocracia na documentação de 
desembaraço da mercadoria; necessita de terminais especializados para 
embarque e desembarque. 
5.5 - Dutoviário 
O modal de transporte dutoviário é possibilitado por meio da implantação de dutos e 
tubos subterrâneos ou submarinos. Esse transporte possibilita basicamente o controle 
de pressão e a segurança no transporte de alguns produtos. É um modal que permite 
o transporte a longas distancias e em grandes quantidades. Um exemplo são os 
gasodutos vindos da Bolívia para o Brasil. 
 Vantagens: Percorre longas distâncias com baixos custos operacionais; 
transporta grande volume de carga de forma constante; alta segurança e 
confiabilidade do transporte. 
 
 Desvantagens: Alto custo de investimento inicial e fixo; Possibilidade de 
acidentes ambientais em grande escala; Necessidade de licença para atuação. 
Todo esse processo logístico e sistêmico, distribuído dentro e fora das empresas, 
interligado a diversos setores econômicos do país, garante eficiência a cadeia 
produtiva, desde à aquisição da matéria-prima até a entrega no consumidor final, 
oferecendo um produto de alto valor agregado, que atenda aos padrões de qualidade 
exigidos, de baixo custo aquisitivo e entregue no menor tempo possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante das informações apresentadas e dos conceitos logísticos abordados, entende-
se que a logística brasileira está em fase de crescimento, se desenvolvendo 
principalmente nas ofertas de modais alternativos e eficientes ao processo de 
abastecimento da cadeia produtiva. 
O planejamento e programação da produção, que define os recursos a serem 
utilizados desde o início até o término do fluxo produtivo, garante maior assertividade 
nas operações de produção. Essas decisões impactam em custos ligados ao processo 
logístico, interno e externo de uma empresa, que precisam ser quantificados e 
pensados, de forma a trazer melhores resultados para a companhia. 
A análise de SWOT possibilita uma percepção crítica das oportunidades e ameaças, 
forças e fraquezas da empresa, favorecendo uma melhor tomada de decisão para os 
gestores da Delicatta. Através dessa análise, descobriu-se os riscos inerentes ao 
negócio, como as mudanças nos hábitos do consumidor e o aumento dos preços de 
insumos; bem como das oportunidades de investimento no mercado nacional e 
internacional. Através de uma reestruturação sistêmica e gerencial, a companhia 
poderá alavancar suas vendas e se estabelecer como líder de mercado. 
Com relação aos modais logísticos e a realidade atual do país, fica claro a 
necessidade de investimento em meios mais econômicos e eficientes como o 
ferroviário e fluvial, já que o país possui dimensões continentais e uma grande 
capacidade de desenvolver seu nível de produção e escoamento comparado aos 
países plenamente desenvolvidos da Europa e América do Norte. Cabe aos gestores 
da Delicatta escolherem quais modais podem atendê-los da melhor forma possível e 
quais não valem a pena investir. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby - Supply chain logistics 
management. 2ª ed. Nova Iorque: McGraw-Hill, 2006. 
COSTA, R. F. Tecnologia da Informação aplicada a logística na Estratégia 
Empresarial. São Caetano do Sul, v.1, n.3, 2010. Disponível em: 
<https://www.fatecsaocaetano.edu.br/fascitech/index.php/fascitech/article/view/33/3>
. Acesso em: 12 maio 2018. 
CHRISTOPHER, M. A Logística do Marketing: otimizando processos para aproximar 
fornecedores e clientes. 4.ed. São Paulo: Futura, 1999. 
FRANCISCHINI, P. G.; GURGEL, F. A. Administração de Materiais e do Patrimônio. 
1.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 
REIS, P. R. R. Logística Empresarial como Estratégia Competitiva: caso do centro de 
distribuição da AMBEV. Florianópolis-SC, 2004. Disponível em: 
<http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis295557.pdf>. Acesso em: 17 maio 2018. 
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