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ANHANGUERA EDUCACIONAL TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA Gestão de Custos Logísticos Adriano Pereira da Silva Júnior - RA 6063275332 João Victor de Paiva Mesquita - RA 6062285839 Lucas de Souza Cardoso - RA 7803837350 Tiago Domingos da Silva - RA 6066303501 Tutor EAD: Mary Silvea Santana Tutor presencial: Edson Manica Goiânia, 28 de Maio de 2018 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o Brasil vem apresentando um desenvolvimento econômico e social cada vez mais expressivo, que proporcionou estabilidade e crescimento tanto do mercado interno, na produção de bens e prestação de serviços, quanto uma maior participação no comércio exterior. Esses avanços e o desenvolvimento tecnológico trazido de outros países criaram um cenário cada vez mais competitivo e dinâmico, fazendo com que as empresas voltassem sua atenção para ações que otimizassem seu desempenho diante dos concorrentes. Algumas dessas ações foram a redução de custos operacionais, a melhoria dos processos internos e o investimento em capacitação profissional dos seus colaboradores. Diante das necessidades de um consumidor cada vez mais exigente e esclarecido, os empreendedores buscam técnicas ou processos que melhorem seu desempenho e garantam o sucesso do negócio. Como uma ferramenta de gestão focada na redução de custos, a Logística apresenta uma solução eficiente para situações cotidianas e extremas em qualquer organização, independentemente de seu porte ou segmento de mercado. Este estudo tem por finalidade apresentar: os principais conceitos de logística e cadeia de suprimentos; a definição e o gerenciamento do tempo de entrega (Lead Time); alguns conceitos de planejamento de produção; e a teoria do Just-in-time, que visa a redução de custos operacionais ligados a logística empresarial. Pretende-se ainda, sugerir um plano de marketing aplicado ao caso da empresa Dellicata, através da análise de SWOT e da segmentação de mercado. Finalmente apresenta-se conceitos e tipos de modais logísticos, diferenciando suas vantagens e desvantagens. ESTUDO DE CASO: DELICATTA MOVEIS PLANEJADOS A Delicatta Ltda. é uma empresa produtora de móveis planejados que passa por um momento crítico e que precisa de uma reestruturação interna, já que vem perdendo uma relevante parcela de seu mercado para a concorrência. Essa perda se dá pelo fato da empresa não apresentar uma estrutura financeira, logística e de produção que acompanhe o crescimento e a agressividade do mercado em que atua. Assim sendo, todos os conhecimentos abordados nesse estudo e desenvolvidos ao longo do curso tem por finalidade auxiliar a empresa Delicatta a se adaptar às mudanças e aos novos sistemas gerenciais, para então voltar ao mercado com total credibilidade e segurança. O estudo é composto por cinco etapas e cada etapa será explicada de forma clara e objetiva, para assim melhorar a compreensão dos gestores da Delicatta acerca dos termos e das propostas de melhoria sugeridas. Apresenta-se a seguir a forma que a Logística e suas ferramentas contribuirão para a reestruturação da empresa. 1 - CONCEITO DE LOGÍSTICA, CADEIA DE SUPRIMENTOS E LEAD TIME Por logística entende-se um conjunto de métodos e mecanismos necessários à distribuição de bens e serviços, dando eficiência a cadeia produtiva desde à matéria- prima até o consumidor final. Um processo sistêmico e interligado a muitos setores de uma organização, como fábrica, vendas, marketing, financeiro, dentre outros. Francischini et al. (2004), defendem que a logística auxilia na gestão e distribuição de materiais; supri a necessidade de aquisição de matérias-primas e insumos; permite a empresa adotar técnicas de produção sustentáveis com o Just-in-Time, possibilitando a redução dos preços dos produtos acabados devido a política de diminuição dos estoques. Portanto, o conceito de logística se resume na junção de atividades como: aquisição de materiais, movimentação, armazenagem e entrega dos produtos acabados. Tudo isso com o objetivo de oferecer ao consumidor um produto de alto valor agregado, que atenda aos padrões de qualidade exigidos, de baixo custo aquisitivo e entregue no menor tempo possível. O foco das empresas de hoje está em atender bem os seus clientes, oferecendo um produto ou serviço de qualidade e alto valor agregado, por isso o SCM (Suppy Chain Management) busca uma gestão de qualidade, entregando o que o cliente deseja, no preço e nas condições estabelecidas. Supply chain é uma expressão inglesa que significa “cadeia de suprimentos” ou “cadeia logística”. Consiste num conceito que abrange todo o processo logístico de determinado produto ou serviço, desde a sua matéria-prima (fabricação) até a sua entrega ao consumidor final Segundo Costa (2010), a logística e a gestão da cadeia de suprimentos, tem como objetivo gerenciar todas as tarefas referentes à logística interna e externa de uma organização, controle e cooperação entre todos os integrantes da cadeia, eles são os fornecedores, prestadores de serviço ou consumidores. Dentro desse contexto, temos a Cadeia de Suprimentos Responsiva, que é aquela que busca atender a demanda do cliente assim que lhe é requisitada, ou seja, é uma produção por demanda ou encomenda. Devido à essa característica, os custos são mais altos nesse tipo de cadeia de suprimentos, haja visto os menores prazos e ações mais imediatas para atender a necessidade do mercado. Já o Lead Time ou tempo de entrega, é o período entre o início de uma atividade, produtiva ou não, e o seu término. A definição mais convencional para lead time em Supply Chain Management (SCM) é o tempo entre o momento do pedido do cliente até a chegada do produto ao mesmo. Segundo Bowersox, (2007), o lead time é um dos conceitos mais importantes da logística e deve ser levado em consideração em todas as atividades, pois está associado ao custo da operação. O desempenho do lead time pode afetar os resultados a nível estratégico na empresa. Regra geral, as empresas que reduzem o lead time e controlam ou eliminam desvios inesperados na produção, têm mais flexibilidade para satisfazer as necessidades dos clientes ao mesmo tempo que conseguem reduzir os custos operacionais. 2 – PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO E JUST-IN-TIME O Planejamento, programação e controle da produção (PPCP) é uma importante ferramenta para as empresas no sentido de garantir que os padrões pré-estabelecidos sejam cumpridos durante a execução e a produção propriamente dita. Segundo Reis (2004), o planejamento, programação e controle da produção é a atividade que verifica a maneira mais adequada de se produzir determinado bem, com as matérias-primas adequadas, no tempo correto e com processos bem definidos, reduzindo tempo e custos de produção, proporcionado maior qualidade e valor agregado ao produto. O PPCP determina os passos a serem seguidos pela produção, partindo de um planejamento mestre estabelecido previamente e possibilitando ajustes do lead time das operações. Esse processo torna a empresa cada vez mais enxuta quanto a gestão de estoques, pois viabiliza uma visão ampla de como, quando e em que quantidade o produto final deverá ser produzido, reduzindo custos e consequentemente aumentando o capital no caixa da empresa. Para que seja efetivo, o PPCP precisa definir a previsão de demanda. Esta etapa consiste em coletar dados e análises de forma eficiente para estabelecer o futuro dasações a serem tomadas. Feito isso, é necessário que seja verificado se a empresa possui estoque suficiente para atender toda a demanda solicitada. Para uma melhor gestão dos estoques é recomendado que a empresa adote um tipo de sistema como por exemplo a WMS (Warehouse Management System), ou “Sistema de Gerenciamento de Armazém” que é um software projetado para administrar e gerenciar as atividades e equipes em armazém e centros de distribuição. Através dela podemos saber quais produtos entram e saem do estoque e qual a quantidade de cada produto armazenada, tornando mais fácil a gestão e controle dos estoques. Além dos conceitos mostrados acima, a empresa pode adotar o sistema Just-in-Time, que é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. Just-in-time é um termo inglês, que significa literalmente “na hora certa” ou "momento certo". Este tipo de sistema é de extrema eficiência pois evita perdas desnecessárias, gasto com funcionários dentre outros. Esse tipo de gestão seria muito aproveitado na Dellicata, já que suas operações de estoque andam bastante desalinhadas. Com certeza traria resultados muito positivos como melhor controle de estoque, assertividade na provisão de materiais e redução de custos com armazenagem desnecessária. 3 - PRINCIPAIS CUSTOS LOGÍSTICOS E SISTEMAS DE CUSTEIOS A logística abrange todos os processos da cadeia de suprimentos em relação à movimentação de produtos ou materiais. Desde a aquisição dos insumos, passando pelo planejamento da produção até chegar a entrega no cliente final, a logística agrega funções essenciais ao processo, mas que também geram custos diretos e indiretos, fixos e variáveis, descritos a seguir: Custo de Armazenagem Esses custos dependem do volume de produtos em circulação dentro da empresa e do tempo de permanência desse produto no estoque. Assim, quanto maior a quantidade de produtos e maior tempo de estocagem, mais elevados serão os custos envolvidos. Custo de Embalagem A embalagem, além de ser responsável por causar a impressão desejada no cliente ao receber o produto, também proporciona o acondicionamento correto dos itens e evita acidentes ou avarias nas mercadorias, garantindo a sua segurança e qualidade. Além de intensificar a proteção, é possível economizar e otimizar o uso do espaço dentro dos veículos quando embalagens adequadas e boas práticas de empacotamento são adotadas. Assim, a embalagem certa pode ser um grande diferencial e gerar economia até na etapa de armazenamento. Custo de Transporte e Frete O custo de transporte é de fato um dos mais expressivos para as empresas, sobretudo para aquelas que possuem frota própria. As despesas envolvem aquisição de veículos, manutenção, ociosidade, depreciação, combustível, entre outros. Como grande parte da produção nacional é escoada através da vasta malha rodoviária que liga as cinco regiões do país, os veículos precisam percorrer grandes distâncias, o que contribui para o desgaste e depreciação dos veículos, além de aumentar a exposição a riscos de acidentes ou roubos. E já que, infelizmente, casos de sinistro de cargas são comuns nas rodovias brasileiras, a necessidade de se investir em gestão de riscos faz com que o preço final do frete fique ainda mais elevado. Custos Tributários O Brasil é um país conhecido pela sua alta e complexa carga tributária, que muitas vezes confundem empresários e clientes acerca das exigências fiscais. Um planejamento tributário bem pensado e estruturado é vital para que a empresa tome conhecimento de isenções fiscais, evite multas, ou até busque sistemas de sociedade diferenciados para reduzir a cobrança de tributos. Custos com Tecnologia de Ponta Devido às exigências do mercado e da alta concorrência, os processos logísticos precisam lidar com o desafio de tornar as entregas mais eficientes e rápidas e, ao mesmo tempo, reduzir erros, custos e manter o estoque sob controle. Todas essas tarefas são facilitadas pela automatização de processos com o uso de ferramentas tecnológicas. O uso de plataformas digitais está se tornando algo cada vez mais imprescindível para que a logística nas empresas opere em alta performance e execute funções antes manuais. Um exemplo dessa tecnologia é a capacidade de monitorar a localização das entregas em tempo real. Contudo, existe um gasto com a compra e instalação de softwares e hardwares, custo que pode variar a depender das escolhas e necessidades de cada empresa. Custo com Capital Humano Além dos custos mencionados anteriormente, o gasto com mão de obra para a execução operacional também faz parte da equação que formam os custos logísticos. É preciso considerar os salários dos gestores e dos demais colaboradores que fazem parte da equipe logística, adequando-os às capacidades orçamentárias da empresa. Os custos logísticos representam um tipo de custo muito significativo dentro das empresas que são identificados nos estoques, inventário, embalagem, fluxo de informações, movimentação, aspectos legais, planejamento operacional, armazenagem e serviço ao cliente, até suprimentos, transportes e planejamento estratégico. A ABML estima que o custo logístico em uma empresa pode equivaler a 19% do seu faturamento. SISTEMAS DE CUSTEIO Um sistema de custeio tem como objetivo, identificar os custos inerentes ao processo produtivo, acumulando-os de forma organizada aos produtos. A característica básica de um sistema de custeio é a geração de informações de custos, visando a otimização dos estoques, o planejamento e o controle das operações para uma melhor tomada de decisões. Os sistemas de custeio referem-se às formas como os custos são registrados e transferidos internamente dentro de uma organização. É fundamental para mensurar o custo do produto ou serviço oferecido. Segundo Takakura (2012), a mensuração da receita de venda dos produtos e serviços e recursos da empresa tem como o fundamento o preço de mercado. Nesse sentido, o sistema de custeio é método de apropriação de custos. Os principais são: Custeio por Absorção, Custeio Direto, Custeio Padrão, Custeio Marginal e Custeio ABC, descritos a seguir: Custeio por Absorção É aquele que utiliza todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, para apuração do custo dos produtos e/ou serviços. Esse método é derivado da aplicação dos princípios fundamentais da contabilidade, sendo no Brasil adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Custeio Direto ou Variável É aquele que se utilizam apenas os custos diretos e variáveis, não utilizando os custos fixos e indiretos. Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos. Isto é, os gastos oscilam proporcionalmente ao volume de produção/venda e gastos que se mantêm estável perante o volume de produção/venda oscilante dentro de certos limites. Custeio Padrão É o Custo cientificamente predeterminado, constituindo base para avaliação do desempenho efetivo. Representa o quanto o produto deveria custar, equivalem aos custos reais apurados no final do período. Representam o custo alocado ao produto mediante taxas predeterminadas e em possíveis mudanças futuras e no volume de produção. Custeio Marginal Esse método, ainda constitui novidade para muitos administradores de empresa do país. Essa forma é o modo pelo qual todos os gastos despendidos por uma empresa, de natureza variável, são alocados ao produto. Essemétodo propicia meios bastante objetivos de se identificar os custos e a margem de contribuição de cada produto vendido, além de a administração da empresa conhecer, de uma forma instantânea, os seus custos estruturais fixos que estão, de certa forma diretamente relacionados à capacidade instantânea. Custeio ABC É o método de custeio baseado em atividades. É o novo método de análise de custos que busca “rastrear” o gasto de uma empresa para analisar e monitorar as diversas rotas de consumo dos recursos, associados aos produtos de serviços. O principal objetivo é facilitar as mudanças de atitudes dos gestores de uma empresa, a fim de que estes, paralelamente a otimização de lucros para os investidores, busquem também a otimização do valor dos produtos para os clientes. O custeamento com base em atividades é fundamentado no seguinte conceito: produtos consomem atividades, atividades consomem recursos. Diante de todos os sistemas de custeio apresentados acima, entende-se que o mais apropriado para a Delicatta seria o Custeio por Absorção. Justifica-se por sua abrangência em todos os tipos de custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis), permitindo assim uma análise mais realista do preço dos produtos oferecidos e um maior controle da receita bruta de vendas. 4 - PLANO DE MARKETING E SEGMENTAÇÃO DE MERCADO Para montar um bom plano de marketing, de forma a trazer bons resultados para a empresa, torna-se crucial o estabelecimento de algumas etapas, que vão desde a análise do ambiente externo até o estabelecimento de um cronograma definindo as tarefas a serem executadas de acordo com seu prazo. Essas etapas são descritas a seguir: Analise do ambiente O primeiro passo é avaliar quais são os fatores externos e internos que podem influenciar o desempenho da empresa. Por isso, é preciso analisar o segmento e o produto para adequá-los às capacidades do negócio. Para que o plano seja eficiente, é imprescindível que o empreendedor tenha humildade para colocar no papel quais são as suas forças e fraquezas, e o capital disponível que poderá ser usado nas ações de marketing, pois caso contrário, o plano não terá sustentabilidade a longo prazo. Definição do público-alvo Analisar o mercado e entender quem é o público-alvo é extremamente importante. Esse estudo pode ser feito prestando atenção nas demandas, no potencial de compra, na previsão de taxa de crescimento e de participação desse mercado. Além disso, é preciso também entender como, por que e quando os consumidores usam determinado produto ou serviço. Analise da concorrência Deve-se avaliar de maneira detalhada e criteriosa quem são e quais são os objetivos dos principais “jogadores” de seu mercado. É importante também olhar para outras empresas do setor que possam entregar os mesmos benefícios que a sua empresa, podendo assim copiar boas práticas ou até mesmo evitar erros cometidos pelos concorrentes. Definir as estratégias e ações Primeiramente, é necessário estabelecer o objetivo do plano. Por exemplo, se o empreendedor deseja aumentar o número de vendas, ele precisa entender de onde vem o faturamento de suas vendas e avaliar se o ideal é fazer com que os clientes comprem com mais frequência ou se a chave é buscar novos consumidores. Em seguida, é hora de avaliar quais medidas serão adotadas pela empresa. Para os especialistas, utilizar as redes sociais e dar desconto no mês de aniversário do cliente são alguns exemplos de ações de marketing que podem alavancar as vendas e a satisfação dos clientes. Estabelecer cronogramas Um bom cronograma inclui a definição das tarefas, seu monitoramento e a duração de cada etapa. Os resultados e os recursos que foram utilizados devem também ser colocados no papel para controle de gastos. Só com o registro dessas ações e seus respectivos investimentos é que se pode avaliar se houve retorno positivo ou não. De certa forma, o plano de marketing não tem fim, pois é recomendável que este seja revisado, refeito e atualizado com dados e informações como volume de vendas, faturamento, rentabilidade, entre outros. Diante desses conceitos e entendendo o cenário crítico em que vive a Delicatta no momento, entende-se que uma das sugestões para a empresa é exatamente montar um plano de marketing que tenha como finalidade divulgar de forma mais ampla os seus produtos e serviços. Um exemplo seria na veiculação de propagandas em rede de TV ou Rádio, ou promovendo a marca através das mídias digitais, como facebook e YouTube, tão comuns atualmente. Através da análise de SWOT, que mostra os pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades da empresa, é possível observar a seguinte posição da Delicatta: Forças Fraquezas Experiência no mercado Gestão familiar enrigecida Fatores Internos Vasta carteira de clientes Estrutura informal e não planejada Produtos conhecidos Falta de controle financeiro Oportunidades Ameças Exportar para outros países Mudanças no mercado Fatores Externos Implantar serviços personalizados Aumento dos preços Patrocinar eventos do setor Aumento das importações Análise SWOT: Delicatta Positivos Negativos Através dessa análise, foi possível analisar os pontos negativos e positivos da empresa. É visível que a mesma está ultrapassada quanto a seus concorrentes e que está perdendo sua participação no mercado. Precisa mudar sua forma de gestão, que atualmente é familiar e mal planejada. É necessário que a empresa se modernize o quanto antes, busque até mesmo o mercado estrangeiro e que resolva os problemas de produção e defina controle de seus gastos, então quando solucionados, passe a investir na divulgação em diversos canais: redes sociais, programas de TV e rádio, entre outros. 5 - TIPOS DE MODAIS LOGÍSTICOS: VANTAGENS E DESVANTAGENS A intermodalidade, que é a capacidade de mesclar dois ou mais modais logísticos, pode reduzir os custos com transporte de forma considerável, uma vez que os contêineres podem ser facilmente transferidos de um modal a outro, o resultado é a otimização do deslocamento da carga e a diminuição dos riscos de acidentes ou prejuízos. O transporte intermodal consiste-se nos meios mais comuns de transporte adotados no Brasil atualmente, sendo eles: rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e dutoviário. 5.1 – Rodoviário O transporte rodoviário é o mais conhecido e utilizado em toda a extensão do território nacional. A distribuição por meio de caminhões e carretas nas rodovias brasileiras vem crescendo desde a década de 50, e atualmente é responsável por 76% da distribuição de insumos e produtos industrializados em todo o Brasil. Vantagens: Acessibilidade, pois conseguem chegar em quase todos os lugares do território brasileiro; facilidade para contratar ou organizar o transporte; flexibilidade em organizar a rota. Desvantagens: Alto custo de frete, por causa do impacto direto que pedágios e alto valor do combustível geram; baixa capacidade de carga; menor distância alcançada com relação ao tempo utilizado para o transporte. 5.2 – Ferroviário O transporte por meio de ferrovias é uma opção de modal de transporte adequada para cargas de grandes volumes, que percorrerá longas distância e terá um destino fixo, pois este modal não tem a mesma flexibilidade de rota que o rodoviário desfruta. Vantagens: Baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza combustíveis mais baratos; grande capacidade de carga; menor risco de acidentes e maior segurança no transporte da carga. Desvantagens: Rotas fixas e inflexíveis;pode depender de outros modais de transporte para fazer com que as cargas cheguem efetivamente a os seus destinos; Falta de investimento governamental em ferrovias. 5.3 - Aéreo A principal característica do modal de transporte aéreo é a agilidade e a facilidade em percorrer longas distância, no território nacional e internacional. Esse modal é uma ótima opção quando os fatores tempo de entrega e segurança são um requisito para a sua empresa. Vantagens: Percorre longas distâncias independentemente dos acidentes geográficos que a rota possa ter; Trânsito livre e exclusivo; Aeroportos próximos ou em centros urbanos. Desvantagens: Limitação na quantidade de carga transportada; Custo mais elevado do que os demais modais de transporte citados; necessita de terminais de acesso. 5.4 - Fluvial ou marítimo O modal de transporte fluvial é indicado para o transporte de produtos com baixo valor agregado, apesar de ser capaz de transportar produtos de diversas espécies e em todos os estados: líquido, sólido e gasoso, desde que em estejam bem armazenados e em containers adaptados. Capaz de transportar em bastante quantidade, como o modal ferroviário. Vantagens: Capacidade de transportar grandes quantidades; percorre longas distâncias; Baixo risco de avarias nas mercadorias. Desvantagens: Tempo de trânsito longo; Burocracia na documentação de desembaraço da mercadoria; necessita de terminais especializados para embarque e desembarque. 5.5 - Dutoviário O modal de transporte dutoviário é possibilitado por meio da implantação de dutos e tubos subterrâneos ou submarinos. Esse transporte possibilita basicamente o controle de pressão e a segurança no transporte de alguns produtos. É um modal que permite o transporte a longas distancias e em grandes quantidades. Um exemplo são os gasodutos vindos da Bolívia para o Brasil. Vantagens: Percorre longas distâncias com baixos custos operacionais; transporta grande volume de carga de forma constante; alta segurança e confiabilidade do transporte. Desvantagens: Alto custo de investimento inicial e fixo; Possibilidade de acidentes ambientais em grande escala; Necessidade de licença para atuação. Todo esse processo logístico e sistêmico, distribuído dentro e fora das empresas, interligado a diversos setores econômicos do país, garante eficiência a cadeia produtiva, desde à aquisição da matéria-prima até a entrega no consumidor final, oferecendo um produto de alto valor agregado, que atenda aos padrões de qualidade exigidos, de baixo custo aquisitivo e entregue no menor tempo possível. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das informações apresentadas e dos conceitos logísticos abordados, entende- se que a logística brasileira está em fase de crescimento, se desenvolvendo principalmente nas ofertas de modais alternativos e eficientes ao processo de abastecimento da cadeia produtiva. O planejamento e programação da produção, que define os recursos a serem utilizados desde o início até o término do fluxo produtivo, garante maior assertividade nas operações de produção. Essas decisões impactam em custos ligados ao processo logístico, interno e externo de uma empresa, que precisam ser quantificados e pensados, de forma a trazer melhores resultados para a companhia. A análise de SWOT possibilita uma percepção crítica das oportunidades e ameaças, forças e fraquezas da empresa, favorecendo uma melhor tomada de decisão para os gestores da Delicatta. Através dessa análise, descobriu-se os riscos inerentes ao negócio, como as mudanças nos hábitos do consumidor e o aumento dos preços de insumos; bem como das oportunidades de investimento no mercado nacional e internacional. Através de uma reestruturação sistêmica e gerencial, a companhia poderá alavancar suas vendas e se estabelecer como líder de mercado. Com relação aos modais logísticos e a realidade atual do país, fica claro a necessidade de investimento em meios mais econômicos e eficientes como o ferroviário e fluvial, já que o país possui dimensões continentais e uma grande capacidade de desenvolver seu nível de produção e escoamento comparado aos países plenamente desenvolvidos da Europa e América do Norte. Cabe aos gestores da Delicatta escolherem quais modais podem atendê-los da melhor forma possível e quais não valem a pena investir. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby - Supply chain logistics management. 2ª ed. Nova Iorque: McGraw-Hill, 2006. COSTA, R. F. Tecnologia da Informação aplicada a logística na Estratégia Empresarial. São Caetano do Sul, v.1, n.3, 2010. Disponível em: <https://www.fatecsaocaetano.edu.br/fascitech/index.php/fascitech/article/view/33/3> . Acesso em: 12 maio 2018. CHRISTOPHER, M. A Logística do Marketing: otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. 4.ed. São Paulo: Futura, 1999. FRANCISCHINI, P. G.; GURGEL, F. A. Administração de Materiais e do Patrimônio. 1.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. REIS, P. R. R. Logística Empresarial como Estratégia Competitiva: caso do centro de distribuição da AMBEV. Florianópolis-SC, 2004. Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis295557.pdf>. Acesso em: 17 maio 2018. TAKAKURA, Franco. Classificação de Sistema De Custeio. 2012. Disponível em: <http://professorfrancotakakura.blogspot.com.br/2012/02/classificacao-de-sistema- de-custeio.html>. Acesso em: 18 maio 2018. CASAROTTO, Camila. Marketing de Conteúdo. 2016. Disponível em: <https://marketingdeconteudo.com/como-fazer-uma-analise-swot/>. Acesso em: 20 maio 2018. LIMA, Madson Denes Romário. O que é Just-in-Time?. 2008. Disponível em: <www.administradores.com.br/artigos/carreira/o-que-e-just-in-time/21936/>. Acesso em: 20 maio 2018. NUNES, Fernando et al. Estratégia da Cadeia de Suprimentos Responsiva para Criação de Vantagem Competitiva em uma Empresa de Confecções. Belo Horizonte, 2011. Disponível em: <https://http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STO_135_857_17964. pdf >. Acesso em 19 maio 2018.
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