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ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NA SAUDE MENTAL

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UESB – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA.
Disciplina: Psicologia e profissão.
Docente: Daniel Drummond.
Alunos: Vitor Moura, Vitoria dias, Verônica Oliveira e Danielly Silva.
 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA SAÚDE MENTAL
O psicólogo, enquanto profissional no Brasil, tem uma história muito recente. Apesar de o ensino da Psicologia ser feito desde os anos 30 nas escolas normais dos Institutos de Educação do país e, em 1956 ter sido implantado um curso de formação de psicólogo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e em 1957 na Universidade de São Paulo, foi somente em 1962 - por força da Lei Federal n° 4.119 - que a Psicologia passou a existir como profissão. No ano de 1964 foi regulamentada a formação do psicólogo e seu exercício profissional pelo Conselho Federal de Educação com o Decreto n° 53.464. Com isso o Brasil tornou-se um dos poucos países a adotar uma legislação reguladora da profissão em todo território nacional.
Sabe-se que com a regulamentação da profissão o psicólogo passou a atuar em basicamente quatro áreas: clínica, escolar, industrial e magistério, áreas que atualmente estão bastante ampliadas e que não correspondem mais ao universo de atuação do psicólogo brasileiro, e diante dessa perspectiva encontramos a saúde mental, podendo-se notar que de 1976 à 1984, os empregos em Psicologia no setor saúde experimentaram uma taxa de crescimento muito acima da média das outras categorias profissionais, chegando a atingir 21,47%, só ocorrendo o mesmo fato para os sanitaristas (21,65%). Dados mais recentes apontam a existência de 8.290 empregos de saúde em Psicologia, em todo o Brasil, sendo que 4.990 são públicos, os quais estão concentrados na região Sudeste (70,1%) (IBGE, 1995)
Em 1987 foi realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental, como desdobramento à VIII CNS e ao I e II Encontros de Coordenadores de Saúde Mental da região Sudeste em 1985 e 1987, em busca da concretização da reforma sanitária e da transformação da realidade da assistência psiquiátrica no país, tornando-se um momento de crítica ao modelo asilar e denúncia da sua ineficiência. 
 E ao final da I CNSM, em termos de política de Recursos Humanos, a reforma curricular dos cursos de graduação na área de saúde foi considerada imprescindível para que se formassem profissionais e agentes de saúde qualificados para atuar junto às necessidades da rede pública assistencial em saúde mental, tanto que hoje é necessário ter cursado os 5 anos de psicologia em uma instituição de ensino reconhecida e de preferência ter em seu currículo no mínimo uma pós-graduação, que seria um curso extra com duração em média de 2 anos, focando a psicologia em apenas uma área, visto que é assistindo um leque de possibilidades dentro da graduação.
Estes profissionais da área da saúde, especificamente o psicólogo, continuam tendo uma formação centrada no modelo clínico-liberal, com a priorização do atendimento individual em consultório, norteado por conhecimentos e procedimentos especializados, apesar de o curso de Psicologia habilitar o profissional para atuar em várias áreas como já em comento.
Como um setor da saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde mental, atualmente, tem uma política específica orientada nas diretrizes e propostas dos movimentos da reforma psiquiátrica brasileira, da luta antimanicomial e da atenção psicossocial, tanto que para vários autores, a atenção psicossocial é mais do que a mudança na assistência em saúde mental, porque ela pretende constituir-se um novo modelo e, portanto, aspira a superar o paradigma asilar/manicomial.
Nessa perspectiva: A atenção psicossocial deve ser compreendida como um processo social complexo, que se desenvolve no bojo do processo paradigmático de transição da ciência na Modernidade, e supõe a articulação de mudanças em várias dimensões simultâneas e inter-relacionadas, referentes aos campos epistemológico, técnico-assistencial, jurídico-político e sociocultural. AMARANTE (1996, 2003)
A inserção dos psicólogos no campo das políticas públicas de saúde e de saúde mental ocorreu no final dos anos de 1970, no ápice da expansão do modelo médico-assistencial privatista na saúde mental, financiado pelo Estado, por intermédio do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Na década de 1980, no bojo do processo de redemocratização do País e da emergência dos movimentos sociais, houve forte questionamento acerca da qualidade da assistência em saúde mental oferecida à população e das condições de trabalho existentes. Novas propostas foram implantadas no setor, orientadas pelas diretrizes da psiquiatria preventivo-comunitária, tais como: o trabalho em equipe multiprofissional, a ampliação dos serviços extra hospitalares e o desenvolvimento de ações preventivas na comunidade.
As Diretrizes afirmam também que as competências do psicólogo são concebidas como:
[...] Desempenhos e atuações requeridas do formado em Psicologia, e devem garantir ao profissional um domínio básico de conhecimentos psicológicos e a capacidade de utilizá-los em diferentes contextos que demandam a investigação, análise, avaliação, prevenção e atuação em processos psicológicos e psicossociais, e na promoção da qualidade de vida. (Brasil, 2004)
Esse novo perfil do psicólogo estaria compatível com uma concepção de saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente relacionada à ausência de doença e enfermidade e, portanto, em concordância com as concepções teórico-técnico-políticas emanadas do SUS.
o direcionamento para a saúde orientaria uma atuação voltada para o ajustamento e a prevenção – por meio de uma ação individual ou coletiva, e na melhor das perspectivas, por intermédio de uma equipe de trabalho multiprofissional, sem propiciar qualquer deslocamento na hegemonia do modelo clínico na formação do psicólogo.
REFERENCIAS
 
Brasil (2017). Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Parecer CNE/CES 0062/2004 de 19 de fevereiro de 2004. Diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em Psicologia.
Costa-Rosa, A. et al. (2003). Atenção psicossocial - rumo a um novo paradigma na saúde mental coletiva. In: Amarante, P. (Coord.). Archivos de saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro: Nau. p. 13-44.
Ribeiro, S. L. (2007). A saúde mental, a formação do psicólogo e as diretrizes curriculares nacionais: territórios em aproximação? Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-graduação em Psicologia, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis.
Silva, R. C. (1992). A formação em Psicologia para o trabalho na saúde pública. In: Campos, F. C. B. (Org.). Psicologia e saúde: repensando práticas. São Paulo: Hucitec. p. 25-40.
Coimbra, C. M. B. (1993). A produção de subjetividade nos anos 70 e as Práticas “Psi”. In J. F. Silva Filho & J. A. Russo. (Orgs.), Duzentos anos de psiquiatria (pp. 59-70). Rio de Janeiro: Relume Dumará/Ed. da UFRJ
Conselho Regional de Psicologia-6a. Região (1994). Uma profissão chamada Psicologia (CRP-06, 20 anos). São Paulo

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