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2 PLANO DE ENSINO Curso: MBA em Gestão – Núcleo Comum Disciplina: Ambiente Econômico e Gestão Financeira Professor: José Rodarte Carga Horária Total Período de Realização 20/h 1º Sem 2017 EMENTA O panorama econômico geral contemporâneo e seu impacto sobre as pessoas e as organizações. A importância da gestão financeira. Utilização do fluxo de caixa. Análise dos impactos econômicos, financeiros e patrimoniais das decisões operacionais da empresa. Avaliação de novos investimentos e seus impactos sobre o desempenho da empresa. A escolha das fontes de financiamentos dos novos investimentos. Cálculo básico de financiamentos. A importância das demonstrações contábeis e sua estrutura geral. A adoção de indicadores de análise financeira para a tomada de decisões no contexto empresarial. OBJETIVOS Apresentar o ambiente econômico brasileiro e internacional, afim de que o aluno identifique em qual cenário ele está presente, o mesmo em relação à organização que ele atue ou pretenda atuar. Aliada a essa reflexão, serão apresentadas de forma prática importantes ferramentas de gestão financeira aplicadas às organizações presentes nesse contexto. METODOLOGIA DE ENSINO Exposição teórica por slides, com promoção de discussões contextualizadas. Estudo de caso e resenha de artigos científicos Atividades práticas avaliativas CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Participação em sala – 10 pontos Atividades avaliativas individuais e em grupo – 50 pontos Avaliação Final individual e sem consulta – 40 pontos ATIVIDADES Pontos Resenha Crítica do Artigo “Por que as contas não fecham?” 10 Atividade em Grupo – Casos para Ensino 10 Exercícios em sala 30 Participação em Sala 10 Avaliação Final 40 TOTAL DA DISCIPLINA 100 3 RESULTADOS ESPERADOS Despertar nos alunos o interesse para a área financeira, bem como de sua importância para a vivência empresarial. Proporcionar aos alunos o conhecimento para utilização das ferramentas contidas na matemática financeira e da administração financeira, que são essenciais para a gestão empresarial. PLANO DE AULA Aula Nº. Conteúdo Estratégias Didáticas Aula 1 Administração financeira - introdução e visão geral. Discussão sobre o contexto brasileiro. Decisões financeiras de curto e longo prazos. Aulas expositivas, atividades em grupo. Aula 2 Contabilidade Gerencial: Balanço patrimonial e Demonstração do resultado do exercício. Aulas expositivas, atividades em grupo. Aula 3 Gestão do caixa, capital de giro, ciclo operacional, ciclo financeiro e ponto de equilíbrio. Aulas expositivas, atividades em grupo. Aula 4 Todo o conteúdo Atividade lúdica com jogo Aula 5 Todo o conteúdo Atividade lúdica com jogo BIBLIOGRAFIA BÁSICA ASSAF NETO, ALEXANDRE – Finanças Corporativas e Valor GITMAN, Lawrence J.. Princípios da Administração Financeira. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004. ROSS, S. A., WESTERFIELD, R. S. e JAFFE, J. R. Administração Financeira BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRIGHAM, Eugene F., WESTON J. Fred. Fundamentos da administração Financeira. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005. HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2003. LEMES JÚNIOR, Antônio B., RIGO, Cláudio M., CHEROBIM, Ana Paula M. S.. Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. RECURSOS DIDÁTICOS / MATERIAIS NECESSÁRIOS Slides apresentados com datashow, apostila, artigos avulsos e planilhas MS. Excel. Calculadora HP12c, podendo ser substituído por emuladores em equipamentos como notebooks, smarphones, entre outros. 4 Mestre em administração, com ênfase em finanças corporativa e mercado financeiro e de capitais. Atuação como coordenador de cursos de Pós-Graduação em Gestão Financeira e Controladoria e também como professor em cursos de MBA e Especializações em diversas instituições de ensino, ministrando disciplinas de Administração Financeira, Análise de Investimentos, Business Valuation, Fontes de Financiamento, Finanças Corporativas, Mercado de Capitais, Contabilidade de Instituições Financeiras e Seminários Avançados em Administração. Educador Financeiro e Palestrante abordando temas de Finanças Pessoais, Finanças Empresariais e Empreendedorismo e Carreira. Profissional há mais de 30 anos no mercado, com larga experiência em gestão, atuando em grandes instituições financeiras brasileiras e atualmente desempenhado projetos como consultor empresarial. Sócio-diretor da empresa IECCOS – Instituto de Educação Corporativa, Consultoria Organizacional e Sistemas Ltda, desde 2003. Acesse: www.joserodarte.com.br Mini-currículo Prof. José Rodarte http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id= http://www.linkedin.com/pub/jose-rodarte/16/b33/172 https://www.facebook.com/ricoerico.com.br https://www.instagram.com/joserodarte/?hl=pt-br https://www.youtube.com/user/rodarte10 rios.rodarte@gmail.com 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 6 2. VISÃO PANORÂMICA DE FINANÇAS CORPORATIVAS 10 3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 13 3.1 BALANÇO PATRIMONIAL E DRE 15 4 ANÁLISE COM BASE EM ÍNDICES FINANCEIROS 30 4.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 31 4.2 ÍNDICES DE ATIVIDADE OU ROTAÇÃO 32 4.3 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 33 4.4 ÍNDICES DE RENTABILIDADE 34 4.5 ÍNDICES DE VALOR DE MERCADO 35 5 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL 37 6. CICLO OPERACIONAL, FINANCEIRO E ECONÔMICO 42 7. ALAVANCAGEM E PONTO DE EQUILÍBRIO 48 7.1 ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK-EVEN-POINT) 49 7.2 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (PRODUTO ÚNICO) 50 7.3 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO PARA UMA CARTEIRA OU MIX DE PRODUTO 55 55 7.4 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO 59 7.5 ALAVANCAGEM OPERACIONAL 59 7.6 ALAVANCAGEM FINANCEIRA 63 7.6.1 O IMPACTO DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA 66 8. ESTRUTURA E CUSTO DE CAPITAL 68 8.1 CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO 70 8.1.1 MODELO DE GORDON O CRESCIMENTO CONSTANTE 70 8.1.2 MODELO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS (CAPM) 73 8.2 CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS 79 8.3 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC) 80 6 1. Introdução Administração financeira constitui-se como uma das importantes áreas de qualquer organização, tanto aquelas que possuem o lucro como objetivo, quanto aquelas sem fins lucrativos. Alguns dados e estudos apresentados por entidades como IBGE e SEBRAE apontam um grande índice de empresas que encerram suas atividades antes mesmo de completarem 5 anos. Um dos motivos apontados para agravar esse resultado é a falta de conhecimento ou implementação de um planejamento financeiro. Abaixo segue parte de um texto publicado no XII Semead/2009, cujo os autores Corrêa, A. C. C., Matias, A. B. e Vicente, E. F. R. retratam o cenário de gestão empresarial do Brasil, no qual demonstram um certo amadorismo do micro e pequeno empreendedor. “Os pequenos e médios empreendimentos respondem por 40% do PIB brasileiro, sendo que 99,8% dos estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviço são PME’s (pequenas e médias empresas). Além disso, essas empresas respondem por 80% das vendas comerciais, 56% da produção industrial, 71% da receita de prestação de serviços, 84% da força de trabalho e 71% da massa de salários do país. Só por estes dados percebe-se a importância das pequenasempresas no desenvolvimento econômico e social do país (MATIAS e LOPES JÚNIOR, 2002).” Como se pode perceber, há pouca profissionalização e qualificação gerencial neste tipo de empresa, o que gera como uma de suas conseqüências a alta taxa de mortalidade de micro e pequenas empresas no Brasil. De acordo com o Sebrae (FATORES, 2004), as taxas de mortalidade nacional são as seguintes: 49,4% para as empresas com até 2 anos de existência; 56,4% para as empresas com até 3 anos de existência; 59,9% para as empresas com até 4 anos de existência. 7 Os números são frios por si só, mas representam a morte de sonhos de famílias, planos de quem queria empreender, arriscando economias pessoais. A mesma pesquisa aponta as razões para a mortalidade, figurando em primeiro lugar a gestão do capital de giro, conforme gráfico abaixo: Assim, uma das formas de diminuir a alta taxa de mortalidade destas empresas, que possuem grande relevância no âmbito econômico e social nacional, seria a realização da análise financeira por parte das mesmas, que normalmente não é feita, como cita Timmins et al (1979). Segundo Matias e Lopes Júnior (2002), a má administração causa grande parte dos fracassos nas pequenas empresas. Em relação à administração, pode-se dizer que a administração financeira é a área na qual ocorre o insucesso das pequenas empresas. Isto pode ser afirmado porque todas as áreas da empresa, como marketing, produção e recursos humanos estão intimamente ligadas com finanças, pois, sem capital que atenda às necessidades da empresa, seja para financiar seu crescimento, seja para atender às operações do dia-a-dia, não se pode desenvolver e testar novos produtos, criar ações de marketing, comprar matéria-prima, manter a estrutura atual ou crescer. 8 De acordo com Patrone e duBois (1981), na maioria dos casos de pequenas empresas, falta conhecimento da área financeira para os gestores. Além disso, eles possuem resistência neste aprendizado. Como citado por estes mesmos autores, é comum ouvir o seguinte comentário: “Eu não preciso saber sobre análise financeira de índices – Eu deixo isto para meu contador”. Porém, este conhecimento poderia ser exatamente o que faria diferença no aumento da probabilidade de sucesso das micro e pequenas empresas. Os números de pesquisa posterior revelam uma melhora no nível de sobrevivência de empresas recém-constituídas. É importante destacar que a economia mundial apresentava um bom crescimento, influenciando os números no Brasil. Foi um período de grande aquecimento econômico, principalmente pelo crescimento do mercado de commodities para o Brasil, influenciado pelo mercado chinês. Têm-se também uma possível melhora no 73,6% 75,1% 75,6% Constituídas em 2005 Constituídas em 2006 Constituídas em 2007 Taxa de sobrevivência (Após 2 anos de atividade) 9 nível de conhecimento gerencial dos novos empreendedores, pelo acesso a cursos técnicos e de graduação, como consequência do crescimento ao acesso a internet e oferta dos cursos de gestão pelas universidades privadas. Talvez uma melhora na visão estratégica por parte dos novos empreendedores, perfil bem acanhado na cultura brasileira, possivelmente devido a influencias danosas da inflação e das altas taxas de juros, praticadas num momento econômico de pré- estabilização monetária. Pode-se dizer que para brasileiro não tem “tempo ruim” quando é trabalhar por conta própria. O empreendedor brasileiro tem garra e arregaça as mangas. Mas esta boa vontade, que reflete o plano operacional não é suficiente. É preciso estabelecer o plano estratégico. É preciso saber para onde vai, para depois saber como vai, como apresenta a figura abaixo. Onde vamos? Como vamos? 10 INVESTIMENTO FINANCIAMENTO • Plano Financeiro de Longo PrazoEstratégico • Plano Financeiro de Curto PrazoOperacional DECISÃO Investimento de Longo Prazo? Financiamento de Longo Prazo? 2. Visão Panorâmica de Finanças Corporativas A administração financeira possui diversos instrumentos de gestão que visam planejar, operacionalizar e controlar qualquer tipo de organização empresarial. Os instrumentos são estratégicos quando possuem visão de médio e longo prazos, mas também podem ser operacionais para uma visão de curto prazo. Em finanças, basicamente, a administração de longo prazo é dividida em duas importantes decisões: Ressalta-se que está atribuído a todo gestor financeiro de uma empresa, aumentar a riqueza dos seus proprietários, ou seja, dos investidores que resolveram incorrer em riscos. Portanto, o administrador deverá decidir sobre a viabilidade de alguns investimentos como expansão, abertura de novos mercados, lançamento de novos produtos, entre outros. Diante disso, percebe-se que para crescer, será necessário investir, o que exigirá financiamentos. 11 Ativos permanentes Atividades de Pesquisa e desenvolvimento Desenvolvimento de produtos Marketing Estrutura de Capital Fontes de Financiamento Todo gestor financeiro precisa ficar atento à essas duas demandas. Sobre a decisão de investimento ele deve se atentar para o custo de capital (K), a estrutura de capital ideal, as fontes de financiamento e os gastos de capital com expansão, substituição e renovação. Já para a decisão sobre financiamento de longo prazo, e preciso atentar-se para o valor do dinheiro no tempo e a importante relação risco e retorno. Assim como acontece em outros mercados, as fontes de financiamento no Brasil são escassas, o que torna o custo de capital bem elevado. Diante desse cenário, a engenharia financeira toma lugar de destaque, pois as decisões de investimento e financiamento se transformam em marcos definidores para a continuidade dos negócios. Abaixo são apresentadas algumas decisões estratégicas de longo prazo que um gestor financeiro precisa observar. Grande parte destas decisões irão repercutir, em termos de retorno, somente no longo prazo. Outra característica dessas decisões é o alto grau de risco que elas apresentam. Por isso, muitas técnicas são utilizadas, tais como o orçamento de capital, juntamente com a utilização de instrumentos sofisticados de estatísticas. Decisões Estratégicas de Longo Prazo Com a mesma importância das decisões de longo prazo, apresentam-se também as de curto prazo, que poderão definir o sucesso de uma empresa. Algumas perguntas 12 Nível adequado de estoque Nível adequado de caixa disponível Gestão de contas a pagar Gestão de contas a receber Gestão de cobrança Políticas de preço surgem diante de vários eventos em uma empresa, exigindo estudos e aplicações de técnicas. Em uma indústria, como exemplo, surgem algumas perguntas na área de produção, que desencadeia outras no departamento de compras, como: Quanto estoque a empresa deve ter? Quais itens giram mais? Como pagar, à vista ou parcelado? Com recursos próprios ou de terceiros? Qual tecnologia de produção deve ser aplicada? Vender à vista ou à prazo? Qual prazo deve ser dado? Como se comporta o concorrente? Qual a política de crédito ideal? Como receber as vendas? Como cobrar? Deve utilizar-se de produtos de cobrança bancária? Deve utilizar-se de serviços de cartõesde crédito e débito? Como se comportar diante da inadimplência? Portanto, as decisões de curto prazo podem ser resumidas conforme figura abaixo: Decisões Operacionais de curto prazo 13 Contabilidade Gerencial Olhar para o passado Gestão Financeira Olhar para o futuro 3. Demonstrações Contábeis Toda essa estrutura precisa ser planejada e controlada para uma adequada gestão financeira, proporcionando resultados positivos às organizações. Toda empresa precisa planejar e controlar sua área financeira. Algumas empresas resistem em reconhecer as relações que todas a áreas possuem. A contabilidade e a controladoria exercem papel importantíssimo para uma boa gestão financeira. A contabilidade gerencial e financeira não pode ser confundida quanto a sua finalidade. De uma forma geral, enquanto a contabilidade financeira se empenha em fornecer instrumento de análise de forma adequada para os interessados externos, a contabilidade gerencial é responsável para subsidiar os gestores internos nas suas tomadas de decisão financeiras. ATKINSON (1995) faz a seguinte análise sobre contabilidade financeira e gerencial: Contabilidade Financeira: Processo de produzir demonstrativos financeiros para entidades e usuários externos - como acionistas, credores e governo. Este processo é pesadamente restringido por padrões regulatórios oficiais e autoridades fiscais, e por requisitos de auditoria de instituições independentes de contadores. Dentre as utilizações da contabilidade, para fins gerenciais, destacam-se, entre outros: 14 Contabilidade Gerencial: Processo de produzir informações financeiras e operacionais para os empregados e gerentes das organizações. Tal processo deve ser dirigido pelas necessidades de informações de indivíduos internos à organização, e deve guiar suas decisões operacionais e de investimentos. 1. Projeção do Fluxo de Caixa 2. Análise de Indicadores 3. Cálculo do Ponto de Equilíbrio 4. Determinação de Custos Padrões 5. Planejamento Tributário 6. Elaboração do Orçamento e Controle Orçamentário São diversos os instrumentos para análise da situação financeira da empresa. Os principais são: 1. Demonstração do resultado do exercício 2. Balanço Patrimonial 3. Demonstração do lucro retido 4. Demonstração de fluxos de caixa Há também outros instrumentos de análise financeira como as notas explicativas das demonstrações financeiras. Elas são informações relevantes e detalhadas da política, procedimentos, cálculos e transações contábeis feitos nas demonstrações financeiras. Alguns analistas usam os dados das demonstrações, com as notas explicativas, para avaliar os valores dos títulos emitidos pelas empresas, influenciando o comportamento dos investidores. Os grupos de interessados são: Acionistas: Nível de risco e retorno Credores: Liquidez de curto prazo e rentabilidade, ou seja, saudável. Administradores: Índice de desempenho. Pode-se dizer que a gestão financeira busca insumos do passado, interessada em planejar o futuro diante das incertezas. Já a contabilidade gerencial organiza informações de fatos gerados para gerar relatórios importantes para o planejamento financeiro. 15 3.1 Balanço Patrimonial e DRE O Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) de uma empresa são instrumentos mais simples do que parece. Normalmente existe muito preconceito quando se utiliza os instrumentos financeiros como o balanço e a DRE. De uma forma bem simples e muito utilizada por alguns autores, pode se dizer que o balanço é uma foto tirada da empresa em um dado momento. Já a DRE, utilizando a mesma analogia, diz-se que poderia ser comparado ao filme da empresa, que abrange um período entre dois retratos. O BP é uma descrição sintética da posição financeira da empresa em uma certa data. O balanço iguala o que a empresa possui (ativos) com o que ela financia (passivos). Estes recursos financiados ($) podem ser próprios ou de terceiros. Ativo: representa o conjunto de investimentos (aplicações) realizados por uma empresa, em conformidade com sua atividade operacional e com as condições do macro-ambiente econômico, o qual se constitui na estrutura capaz de permitir à mesma o exercício de sua atividade-fim. Passivo: representa o conjunto de recursos (próprios e de terceiros), utilizados no financiamento dos investimentos realizados (origem de recursos). Como perceber a estrutura de capital de uma empresa em um balanço patrimonial? Aplicação de Recursos Estrutura de Capital Origem dos recursos ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Terceiros Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Terceiros PATRIMÔNIO LÍQUIDO Próprio Aplicação de Recursos Estrutura de Capital Custo dos recursos ATIVO PASSIVO Geralmente é: Ativo Circulante Passivo Circulante Não Oneroso e Oneroso Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Oneroso PATRIMÔNIO LÍQUIDO Não Oneroso 16 O ativo demonstra o conjunto de decisões de investimento e o passivo o conjunto de decisões de financiamento. Já a DRE constitui a síntese financeira dos resultados operacionais durante certo período. É uma demonstração dinâmica que se destina a apresentar o processo de formação do resultado econômico obtido com o desenvolvimento das atividades em determinado período, isto é, desempenho econômico da empresa, traduzido pelos níveis de lucratividade e rentabilidade. É comum a utilização de termos e siglas técnicos, próprios da ciência contábil, mas que não são simples para profissionais iniciantes. Os termos mais usuais são: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (Bens e Direitos) PASSIVO (Obrigações) ATIVO CIRCULANTE (AC) PASSIVO CIRCULANTE (PC) Caixa ou Equivalentes de Caixa Fornecedores (contas a pagar) Clientes (contas a receber) Salários a Pagar ( - ) Provisão para devedores duvidosos Provisão para 13. Salario Provisão para férias Estoque (Produtos acabados, produtos semiacabados, matéria-prima, embalagens, outros relacionados ao produto fabricado). Envolve todos os itens que contribuirão para a formação do produto final. Empréstimos e Financiamentos (curto prazo, normalmente até 1 ano) Impostos a pagar Provisão para impostos PASSIVO NÃO-CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (ELP) Empréstimos e Financiamentos (longo prazo, normalmente acima de 1 ano) ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO (PL) Realizável a Longo Prazo (RLP) Capital Social Ativo Permanente (AP) Reserva de lucros Imobilizado Lucros retidos Intangível Lucro/prejuízo acumulado ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL A subdivisão entre circulante e não circulante é muito importante. Enquanto o ativo circulante representa a operação da empresa em si, com investimentos de curto prazo, o não circulante é composto por um ativo permanente que sustenta a operação, baseado em investimentos de longo prazo. Ressalta-se que há o realizável a longo prazo, compondo o não circulante, que reflete a operação que vai se transformar em caixa após um ano. 17 O ativo circulante é composto por contas que representam os bens e direitos da empresa. Todas as contas que possuem liquidez imediata farão parte do ativo circulante. As principais são: • Caixa: Dinheiro disponível e imediato para uso; • Bancos: Dinheiro depositado em conta bancaria para livre movimentação;• Aplicações financeiras: Recurso que a empresa não terá destino imediato e que poderá ser transferido para uma aplicação em instituição bancaria. Neste caso, a carência deve ser para uso imediato; • Duplicatas a receber: Trata-se de recebíveis originados de vendas a prazo, concedidos a clientes da empresa, que deverão ser recebidos no curto prazo; • Duplicatas descontadas: São os recebíveis que a empresa decidiu antecipar em instituições financeiras, normalmente para cobrir períodos de necessidade de caixa; • Estoques: São as mercadorias para empresas comerciais e os insumos, matérias-primas para as indústrias. Pode ser incluídos embalagens e outros materiais necessários para a produção e comercialização. Em indústrias maiores e mais organizadas, o estoque poderá ser segregado em fazes como: insumos e materiais, em produção, em CDs, em prateleira, entre etc.. No ativo não circulante apresentam-se os: • Ativo realizável a longo prazo: São os direitos que somente poderão ser convertidos após o término do exercício fiscal. No entanto, com o passar do tempo, esses direitos serão transferidos para o ativo circulante; • Investimento: São aplicações que não se destinam a apoiar a atividade empresarial. São recursos aplicados em sociedades coligadas ou controladas, investimentos em obras de arte e financeiro ou imóveis como investimento, sem uso na operação; • Imobilizado: Todos os bens tangíveis que são utilizados na operação; • Intangível: São os bens imateriais destinado a manter a operação. São exemplos o ponto ou fundo de comércio, um software de gestão, desde que se conheça o custo para a aquisição. 18 No passivo circulante apresentam-se as obrigações que a empresa ainda não quitou, e que vencem no curto prazo, ou antes da finalização do exercício social. Abaixo alguns exemplos mais utilizados: • Duplicatas a pagar ou Fornecedores: Obrigações com fornecedores, que não foram pagas à vista, relativo a prestação de serviços e fornecimento de insumos, materiais e mercadorias; • Impostos a pagar ou a recolher: Provisão para pagamento de impostos como PIS, COFINS, ISSQN, ICMS, IPI, CSLL e IRPJ; • Salários a pagar: Salário dos funcionários que serão pagos no mês subsequente ao trabalhado. Pode-se incluir as provisões para férias e 13º salário; • Encargos sociais a pagar: Obrigações a recolher, relativo a contratos trabalhistas como INSS ou FGTS; • Outras obrigações de curto prazo: Dividendos a pagar no curto prazo, conta de fornecedores como luz, água, internet e telefonia. No passivo não circulante figura-se o Exigível a longo prazo, ou seja, obrigações que vão vencer após o encerramento social. Neste grupo de contas apresenta-se: • Papéis de longo prazo como debêntures a resgatar; • Empréstimos e financiamentos contraídos junto a instituições financeiras, com vencimento após o exercício social. • Empréstimos recebidos de coligadas ou controladas. Por último, no balanço, são apresentadas as contas relativo ao Patrimônio Líquido, ou seja, os recursos destinados aos proprietários (cotistas ou acionistas). Neste grupo são comuns as contas: • Capital Social: São os recursos que os sócios ou acionistas já integralizaram e os posteriores aportes feito pelos mesmos. Também aparecem os valores dos lucros que já foram reservados para incorporar no capital; • Reservas de Capital: Patrimônios que foram acrescidos, mas que não foram obtidos pelas receitas operacionais; 19 • Reservas de lucro: Parte do lucro que foi destinada a futuros investimentos e que se incorporaram ao capital social; • Ajustes de avaliação patrimonial: Resultado da reavaliação patrimonial, devido a diferença entre o valor registrado e o real valor de mercado de determinado bem; • Prejuízos acumulados: possíveis prejuízos de exercícios anteriores; • Ações em tesouraria: Ações fora de circulação e que foram adquiridas pela empresa, para dedução futura no PL. Na DRE os termos mais usuais são: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Receita Bruta de Vendas ( - ) Deduções (Perdas, desperdícios, devoluções, glosas, etc) ( - ) Impostos sobre vendas (PIS, COFINS, ISSQN, ICMS, IPI, alíquota SIMPLES Receita Líquida de Vendas ( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) ( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ( - ) Custo dos Serviços Prestados (CSP) ( = ) Lucro Bruto ( - ) Despesas operacionais/Administrativas (Back office) ( - ) Despesas com impostos (PIS, COFINS, IPI ou ISSQN ou ICMS) ( - ) Despesas não operacionais ( - ) Outras Despesas ( + ) Receitas não Operacionais ( + ) Outras Receitas Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda (LAJIR) Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA) Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization (EBITDA) ( - ) Despesas Financeiras (Juros pagos a credores) ( + ) Receitas Financeiras (Juros recebido de intermediários Financeiros e clientes) ( - ) Depreciação, amortização ou Exaustão Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) ( - ) Impostos Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) ( - ) Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) Lucro Após os Impostos ( - ) Distribuição de Lucros e Participações de funcionários Lucro Líquido 20 A Demonstração do Resultado do Exercício - DRE é um modelo ou relatório contábil de muita importância, já que é útil para apresentar o resultado do exercício. Em obediência ao regime de competência, ela registra as receitas e deduz os custos e as diversas despesas, demonstrando o lucro ou o prejuízo do período analisado. As constas mais comuns são: • Receita Bruta de Vendas: É exatamente o valor proveniente das vendas de produtos, mercadorias ou serviços, de indústrias, comércio e serviços respectivamente; • Deduções: refere-se a reduções das receitas devido ao pagamento de impostos sobre vendas ou devoluções, abatimentos, descontos, vendas canceladas ou perdas. • Custos: refere-se aos gastos diretos para produzir ou vender. Podem ser os Custos dos Produtos Vendidos (CPV) no caso das indústrias, Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) para empresas comerciais e Custo dos Serviços Prestados (CSP) para as empresas que prestam serviços. • Despesas Operacionais: Trata-se de gastos para manutenção da operação tais como as despesas administrativas, de vendas, financeiras. • Despesas e Receitas não operacionais: São os gastos os ganhos que não possuem relação com a operação da empresa, como a venda ou compra de um bem; • Provisão para CSLL e IRPJ: O pagamento destes impostos após neste momento somente é direcionado para empresas optantes pelo lucro real. Neste caso, a provisão deve ser calculada com base no Lucro antes dos Impostos ou LAIR. Para empresas optantes pelo simples ou lucro presumido, a base de cálculo é a receita de vendas. Na opção pelo Simples, a alíquota já contempla estes encargos. • Participações e contribuições: São os valores das parcelas de resultados destinadas aos funcionários, gestores e proprietários, com base no lucro obtidos. 21 Atividade de fixação 1 - Faça a adequada classificação das contas abaixo, elaborando o fechamento do Balanço Patrimonial Conta Valor Conta Valor Capital Social R$65.000,00 Água, Telefonia e Luz R$412,00 Salários a pagar R$3.950,00 Caixa R$8.543,00 Máquina e Equipamentos R$52.000,00 Impostos a pagar R$1.200,00 Lucro ou Prejuízo R$11.613,00 Terrenos e Edificações R$125.000,00 Financiamentos LP R$103.600,00 Contas a receber de Clientes R$25.500,00 Fornecedores R$11.388,00 Estoque R$11.120,00 VeículosR$5.000,00 Aplicações Financeiras R$5.000,00 Empréstimos Bancários CP R$35.000,00 ATIVO (Bens e Direitos) PASSIVO (Obrigações) PASSIVO CIRCULANTE (PC) PASSIVO NÃO-CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (ELP) ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO (PL) ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL Atividade de fixação 2 - Agora elabore uma DRE, classificando as contas abaixo: Conta Valor Conta Valor Pagamento de Juros R$2.850,00 Despesas com Salário R$6.150,00 Receita bruta de vendas R$34.500,00 Outras despesas R$53,00 Custos dos Produtos R$12.512,00 Impostos sobre venda R$1.322,00 22 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Contas Valor Atividade de fixação 3 No dia 12/06/X1, Rodolfo e Abreu resolveram abrir uma pequena confecção para atender um nicho de mercado pouco assistido. A ideia seria atender consumidores com estatura superior 1,90 metros, já que a média de altura da população brasileira tem aumentado nos últimos anos. A empresa Crescer Ltda iniciou a empresa com um capital social de R$65.000,00, sendo integralizado totalmente, com 50% para cada sócio. Elabore o balanço da empresa Crescer Ltda, a partir das informações acima e à medida que novas informações surgirem. 1. No dia 20/06/X1 resolvem comprar algumas máquinas por R$20.000,00, sendo R$6.000,00 à vista e R$14.000,00 em 4 parcelas fixas. 2. No mesmo dia compram matéria-prima no valor de R$5.000,00, financiada pelo fornecedor em 30, 60 e 90 dias. 2 faturas de R$1.500 e a última de 2000. 3. No dia 25/06/X1 realizam um CDB no Banco do Brasil no valor de R$25.000,00. 4. Neste mesmo dia compram de uma moto à vista, para entregas rápidas, no valor de R$5.000,00. 5. No dia 28/06/X1 realizam a primeira venda de produtos acabados para clientes, no valor de R$9.000,00, sendo R$1.000,00 à vista e R$8.000,00 em 4 parcelas iguais e sucessivas. Com esse primeiro faturamento, foi gasto R$4.000,00 da matéria-prima. 23 6. Reconhecem salários a pagar no valor de R$2.200,00, para pagamento no dia 05 do mês subsequente. 7. Reconhecem Impostos a pagar no valor de R$800,00, para serem pagos no dia 10 do mês subsequente. 8. No dia 30/06/X1 autorizam um resgate de R$20.000,00 da aplicação financeira. 9. Neste mesmo dia compram de matéria-prima no valor de R$10.000,00 à vista. 10. No dia 05/07/X1 efetuam o pagamento dos salários no valor de R$2.200,00. 11. No dia 10/07/X1 efetuam o pagamento dos impostos no valor de R$800,00. 24 25 Balanço Patrimonial – Empresa Crescer Ltda PERÍODO (X1) ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO-CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO TOTAL TOTAL 26 Além do balanço patrimonial, elabore também a DRE da empresa Crescer LTDA DRE – Empresa Crescer Ltda Receita Bruta de Vendas ( - ) Deduções e impostos sobre a receita Receita Líquida de Vendas ( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Lucro Bruto ( - ) Despesas operacionais LAJIR ( - ) Resultado financeiro (juros pagos e recebidos) LAIR ( - ) Impostos (IRPJ e CSLL) Lucro após os Impostos Distribuição de lucro e Participação Funcionários Lucro Líquido 27 Atividade de Fixação 4 – Contabilize os novos fatos ocorridos na empresa Rodolfo e Abreu estão indo bem, inclusive abrindo outro exercício social. Novos fatos estão acontecendo na empresa, que precisam ser registrados. 12. No dia 05/07/X1 efetuam um pagamento de R$53,00 referente a tarifa bancária. 13. Em 05/07/X1 compram maquinário no valor de R$32.000,00, sendo R$12.000,00 à vista e R$20.000,00 parcelado pelo BNDES em 10 parcelas fixas. 14. Em 10/07/X1 compram matéria-prima no valor de R$8.000,00, totalmente financiado pelo fornecedor em 30 dias. 15. Neste mesmo dia reconhecem salários a pagar no valor de R$3.950,00. 16. No dia 15/07/X1 realizam uma venda de produtos acabados para clientes no valor de R$22.500,00, sendo R$5.000,00 à vista e R$17.500,00 à prazo. Baixa de R$6.500,00 na conta estoque. 17. No mesmo dia realizam pagamento de R$522,00 referente a impostos. 18. No dia 18/07/X1 compram caixas de papelão para embalagens no valor de R$632,00, à vista. 19. Enfim, no dia 26/07/X1 realizam outra venda de produtos acabados no valor de R$3.000,00 à vista. Com baixa de R$1.780,00 no estoque de matéria-prima e mais R$232,00 em embalagens. 28 Balanço Patrimonial – Empresa Crescer Ltda PERÍODO (X2) ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO-CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO TOTAL TOTAL 29 DRE – Empresa Crescer Ltda Receita Bruta de Vendas ( - ) Deduções e impostos sobre a receita Receita Líquida de Vendas ( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Lucro Bruto ( - ) Despesas operacionais LAJIR ( - ) Resultado financeiro (juros pagos e recebidos) LAIR ( - ) Impostos (IRPJ e CSLL) Lucro após os Impostos Distribuição de lucro e Participação Funcionários Lucro Líquido 30 4 Análise com Base em Índices Financeiros Os principais instrumentos para levantamento dos indicadores financeiros são o Balanço Patrimonial e a DRE. Os principais interessados nestes índices são os investidores, credores e administradores. Saber calcular é importante, mas interpretar os índices requer muitasensibilidade e conhecimento. Os índices podem ser de dois tipos: • Corte transversal ou benchmarking: comparação de índices de diferentes empresa em uma determinada data. Pode se comparar com empresas similares, setor ou empresa a ser imitada (concorrente). Exemplo: o setor tem um giro de estoque de 7,50 e a empresa analisada um giro de 11,50. Portanto, o estoque girava bem mais rápido que os concorrentes, demonstrando maior efetividade operacional. Apresentar um índice com valor superior é sempre melhor? • Séries temporais: avalia o desempenho próprio da empresa ao longo do tempo, possibilitando uma indicação de tendências. Uma variação significativa pode indicar um problema. É útil para a comparação de índices financeiros em relação a diversas datas. Neste caso aparece a oportunidade de verificar tendências. • Análise combinada: É a mais precisa. Utiliza a análise de corte transversal com a análise de séries temporais. Ajuda avaliar a tendência de comportamento de um índice em relação à tendência observada em um setor. 20X1 20X2 20X3 20X4 20X5 20X6 31 Como são agrupamentos dos principais índices por categorias: Índices que medem risco: liquidez, atividade, endividamento Índices que medem retorno: rentabilidade Índice que medem risco e retorno: valor de mercado 4.1 Índices de liquidez Visam medir a capacidade de pagamento, em outras palavras – se existe folga. Índice de liquidez geral: É um índice que demonstra a saúde financeira da empresa, indicando sua capacidade de honrar compromissos de longo prazo. Resultado acima de 1,0 indica que a empresa possui bens e direitos suficientes para liquidar seus compromissos com sobra. ativo circulante + ativo realizável a longo prazo/passivo circulante + passivo exigível a longo prazo Índice de liquidez corrente: É um dos índices mais utilizados em análise por credores/fornecedores. Mede a capacidade da empresa em saldar seus compromissos de curto prazo. Normalmente, quanto maior for o índice, maior é a capacidade de pagamento. Enquanto resultados acima de 1,0 revela folga, valores abaixo desse índice revela aperto. Alguns casos devem ser analisados separadamente, principalmente considerando algumas especificidades de setores. ativo circulante/passivo circulante Índice de liquidez seca: adota-se a mesma equação da liquidez corrente, mas com a exclusão dos estoques. O motivo é para evitar imprecisão na análise, uma vez que os estoques possuem características pouco confiáveis, principalmente quanto a certeza do seu valor de mercado e baixa liquidez. Resultados acima de 1,0 indica a sobra após saldar compromissos de curto prazo. ativo circulante – estoques/passivo circulante 32 4.2 Índices de Atividade ou Rotação Medem com que velocidade a empresa converte suas atividades em vendas ou caixa, ou seja, visam mensurar a duração do ciclo operacional desde a aquisição de insumos ou mercadorias até o recebimento das vendas. Prazo médio de estocagem: apresenta o tempo médio que a empresa leva para repor seus estoques. Normalmente deve ser o menor possível, mas sem afetar o nível de estoque ideal. estoque médio x 365/custos dos produtos vendidos ou CMV O giro de estoque também é útil para apresentar quantas vezes a empresa gira o estoque no ano. custos dos produtos vendidos ou CMV/estoque médio Prazo médio de recebimento: demonstra quanto tempo médio a empresa deverá esperar para receber suas vendas efetuadas a prazo para seus clientes. contas a receber/vendas médias diárias Prazo médio de pagamento: apresenta quanto tempo médio a empresa leva para pagar seus fornecedores. contas a pagar/compras médias diárias Giro do ativo total: apresenta quanto que cada R$1,00 aplicado no ativo gera de vendas na empresa. vendas/ativo total 33 4.3 Índices de Endividamento Demonstra o nível de participação de capital de terceiros na atividade da empresa e a estrutura de capital adotada. Índice de endividamento geral: estabelece a participação de terceiros na empresa, em relação ao total investido. passivo exigível total/ativo total Índice de cobertura de juros: demonstra quanto a empresa gera de receitas para honrar compromissos com pagamento de juros. Portanto, para cada R$1,00 de receita operacional, quanto será gasto com pagamento de juros? LAJIR/juros Composição do endividamento: demonstra a concentração do endividamento a curto prazo. Passivo Circulante/Passivo Circulante + ELP Índice de participação de capital de terceiros: estabelece a relação entre capital de terceiros e capital próprio, ou seja, a estrutura de capital da empresa. Passivo Circulante + ELP/PL Imobilização do capital próprio: apresenta quanto a empresa aplicou no ativo permanente para cada R$1,00 investido pelos sócios. Ativo Permanente/PL 34 Imobilização dos recursos não permanentes: demonstra quanto a empresa imobiliza em relação aos recursos captados no longo prazo. Ativo Permanente/PL + ELP 4.4 Índices De Rentabilidade Possibilita demonstrar o retorno ou rentabilidade de todo capital investido e se há eficiência de gestão. Margem de lucro bruto: Estabelece quanto a empresa obtém de lucro bruto para cada R$1,00 de receita liquida. Lembre-se que a empresa ainda precisa cobrir outras despesas e ainda gerar lucro. receitas de vendas – CPV/receitas de vendas liquidas Margem de lucro operacional: Estabelece uma análise de desempenho, já que leva em consideração as despesas operacionais. Resultado operacional/receita de vendas liquidas Margem de lucro líquido: É uma medida tradicionalmente utilizada pelos proprietários, pois avalia a sobra após um período de atividade. Lucro disponível aos acionistas ordinários/receita de vendas liquidas Lucro por ação (LPA): Muitos utilizada no mercado de ações, pois avalia o lucro para cada ação emitida pela empresa. Lucro disponível aos acionistas ordinários/número de ações ordinárias 35 Retorno do Ativo Total (ROA): Demonstra o retorno sobre todos os investimentos direcionados para a empresa, tanto de capital próprio quanto de terceiros. Lucro disponível aos acionistas ordinários/ativo total Retorno sobre o capital próprio (ROE): Apresenta o nível de remuneração destinado aos investidores das empresas, sócios, acionistas ou proprietários. Lucro disponível aos acionistas ordinários/patrimônio dos acionistas ordinários 4.5 Índices de Valor de Mercado São índices especificamente para empresas com ações negociadas nas bolsas de valores. Índice Preço/Lucro (P/L): mede quanto os investidores estão dispostos a pagar por cada R$1,00 de lucro corrente. Às vezes P/L mais elevado demonstra empresas de crescimento, mas o índice não deve ser interpretado isoladamente. preço de mercado da ação ordinária/lucro por ação (LPA) Índice Preço/Valor Patrimonial (P/V): compara o valor de mercado do investimento em relação ao seu custo. Resultados inferiores a R$1,00 indicam que a empresa não tem criado valor para os acionistas. preço de mercado da ação ordinária/valor patrimonial da ação ordinária 36 No quadro abaixo, apresenta-se uma síntese e exemplosde análise por índices. Um outro esquema de apresentação dos índices pode ser obtido pela matriz DuPont. LIQUIDEZ 20X1 20X2 Equação 1 LIQUIDEZ GERAL 0,93 1,05 (AT+RLP) / PC + PnC) 2 LIQUIDEZ CORRENTE 1,30 1,78 AC / PC 3 LIQUIDEZ SECA 0,92 0,80 (AC - Estoques) / PC 4 LIQUIDEZ IMEDIATA 0,56 0,16 Disponível / PC ESTRUTUA DE CAPITAL E TERCEIROS 20X1 20X2 5 Participação de Capitais de Terceiros 136% 83% C. Terceiros / PL 6 Composição do Endividamento 70% 58% PC / PC + PnC 7 Grau de Imobilização do PL 109% 96% AP / PL 8 Imobilização dos Recursos Não Correntes 78% 71% AP / (PL + PnC Oneroso) 9 Grau de Endividamento Oneroso 109% 59% Terceiros Onerosos / PL RENTABILIDADE 20X1 20X2 10 MARGEM LÍQUIDA 3,03% 8,14% LL / Receiras Líquidas 11 MARGEM OPERACIONAL 4,66% 11,66% LO / Receitas Líquidas 12 MARGEM BRUTA 26,46% 33,10% LB / Receitas Líquidas 13 GIRO DO ATIVO 173,64% 213,36% Receitas Líquidas / AT 14 ROA 5,26% 17,38% LL / AT 15 ROE 12,41% 31,88% LL / PL LUCRO LÍQUIDO APÓS IR 51.436R$ MARGEM LÍQUIDA VENDAS 16,12% 318.987R$ ROA 6,52% VENDAS 318.987R$ GIRO DO ATIVO TOTAL ATIVO TOTAL 40,43% 789.078R$ ROE 11,37% EXIGÍVEL TOTAL PASSIVO TOTAL E PL 336.505R$ 789.078R$ % AF PL PL 174,35% 452.573R$ 452.573R$ 20 X1 D R E B A LA N Ç O P A TR IM O N IA L 37 5 Análise Horizontal e Vertical Uma outra análise muito comum entre acadêmicos e profissionais é a avaliação horizontal e vertical dos informes financeiros de uma empresa. O ideal é que possamos utilizar os 3 últimos balanços e DRE’s da empresa analisada. Mas o que vem a ser Horizontal e Vertical? A análise Horizontal é útil para comparar o comportamento das contas do balanço ou DRE, em um intervalo de tempo. Exemplo: vamos imaginar que o gerente financeiro de uma determinada empresa esteja interessado em avaliar como o estoque da empresa se comportou nos últimos 3 anos. Ele deverá identificar estes valores no Ativo Circulante dos 3 balanços e fazer a análise se aumentou, reduziu o se manteve inalterado. Com esta informação ele poderá tomar algumas decisões importantes. Já a análise Vertical será útil para comparar como uma subconta do balanço ou DRE está relacionada com uma conta principal. Exemplo: usando a mesma conta estoque, imaginemos que este mesmo gerente agora precisa avaliar qual é a proporção do estoque em todo Ativo Circulante no último ano. Uma análise combinada também poderá ser requerida, investigando como esta proporção se comportou nos 3 anos analisados. Os tomadores de decisão das empresas poderão minimizar os erros, utilizando efetivamente todas estas análises aqui apresentadas. Em seguida, seguem alguns exemplos de planilhas que foram preparadas para apontar as análises horizontal e vertical conjuntamente. Inicialmente é preciso parametrizar os balanços em uma planilha, já que poderá haver diferenças entre as contas de dois anos diferentes. 38 2011 % AV 2012 % AV % A H 2013 % AV % A H % A H M ÉD IA 11/12 M ÉD IA 12/13 % A % A % A % A % A % A ATIV O C IR C U LA N TE R $ 1.368.768 55,41% R $1.867.463 58,61% 36,43% R $2.618.324 62,33% 40,21% 91,29% R $ 1.618.116 R $ 2.242.894 C aixa e equivantes de caixa R $ 431.412 17,46% R $ 581.994 18,27% 34,90% R $ 789.086 18,79% 35,58% 82,91% R $ 506.703 R $ 685.540 C ontas a receber de clientes R $ 507.036 20,52% R $ 648.400 20,35% 27,88% R $1.268.370 30,20% 95,62% 150,15% R $ 577.718 R $ 958.385 FID C R $ - 0,00% R $ 150.000 4,71% R $ - 0,00% R $ 75.000 E stoques R $ 368.780 14,93% R $ 416.120 13,06% 12,84% R $ 452.247 10,77% 8,68% 22,63% R $ 392.450 R $ 434.184 Im postos a recuperar R $ 28.438 1,15% R $ 42.647 1,34% 49,96% R $ 62.050 1,48% 45,50% 118,19% R $ 35.543 R $ 52.349 O utras contas a receber R $ 25.147 1,02% R $ 23.874 0,75% -5,06% R $ 44.008 1,05% 84,33% 75,00% R $ 24.511 R $ 33.941 D espesas antecipadas R $ 7.955 0,32% R $ 4.428 0,14% -44,34% R $ 2.563 0,06% -42,12% -67,78% R $ 6.192 R $ 3.496 ATIV O N Ã O -C IR C U LA N TE R $ 1.101.569 44,59% R $1.318.579 41,39% 19,70% R $1.582.166 37,67% 19,99% 43,63% R $ 1.210.074 R $ 1.450.373 R ealizável a longo prazo D epósitos judiciais R $ 6.147 0,25% R $ 6.915 0,22% 12,49% R $ 6.777 0,16% -2,00% 10,25% R $ 6.531 R $ 6.846 Im postos a recuperar R $ 17.277 0,70% R $ 28.160 0,88% 62,99% R $ 30.937 0,74% 9,86% 79,06% R $ 22.719 R $ 29.549 O utras contas a receber R $ 4.564 0,18% R $ 1.537 0,05% -66,32% R $ 5.237 0,12% 240,73% 14,75% R $ 3.051 R $ 3.387 IR P J e C S LL diferidos R $ 70.174 2,84% R $ 80.258 2,52% 14,37% R $ 64.303 1,53% -19,88% -8,37% R $ 75.216 R $ 72.281 FID C R $ 150.000 6,07% R $ - 0,00% 0,00% Total R LP R $ 248.162 10,05% R $ 116.870 3,67% -52,91% R $ 107.254 2,55% -8,23% -56,78% R $ 182.516 R $ 112.062 Investim entos R $ 183.641 7,43% R $ 249.809 7,84% 36,03% R $ 303.845 7,23% 21,63% 65,46% R $ 216.725 R $ 276.827 Im obilizado R $ 579.064 23,44% R $ 811.129 25,46% 40,08% R $1.012.675 24,11% 24,85% 74,88% R $ 695.097 R $ 911.902 Intangível R $ 90.702 3,67% R $ 140.771 4,42% 55,20% R $ 158.392 3,77% 12,52% 74,63% R $ 115.737 R $ 149.582 ATIV O TO TA L R $ 2.470.337 R $3.186.042 28,97% R $4.200.490 31,84% 70,04% R $ 2.828.190 R $ 3.693.266 ATIVO 39 2011 % AV 2012 % AV % A H 2013 % AV % A H % A H M ÉD IA 11/12 M ÉD IA 12/13 %%% PA S S IV O C IR C U LA N TE R $ 902.346 36,53% R $1.151.526 36,14% 27,61% R $1.620.667 38,58% 40,74% 79,61% R $ 1.026.936 R $ 1.386.097 E m préstim os e financiam entos R $ 29.746 1,20% R $ 35.861 1,13% 20,56% R $ 44.614 1,06% 24,41% 49,98% R $ 32.804 R $ 40.238 Financiam entos arrend. M ercantil R $ 5.813 0,24% R $ 6.931 0,22% 19,23% R $ 7.193 0,17% 3,78% 23,74% R $ 6.372 R $ 7.062 Financ. O per. S erv. Financ. FID C R $ 35.5741,44% R $ 81.165 2,55% 128,16% R $ 450.658 10,73% 455,24% ###### R $ 58.370 R $ 265.912 Financiam entos das im portações R $ 11.224 0,45% R $ 79.176 2,49% 605,42% R $ 72.808 1,73% -8,04% 548,68% R $ 45.200 R $ 75.992 Fornecedores R $ 375.221 15,19% R $ 412.577 12,95% 9,96% R $ 435.376 10,36% 5,53% 16,03% R $ 393.899 R $ 423.977 Im postos e contribuiçòes a recolher R $ 227.549 9,21% R $ 261.890 8,22% 15,09% R $ 259.779 6,18% -0,81% 14,16% R $ 244.720 R $ 260.835 S alários e férias a pagar R $ 44.787 1,81% R $ 76.248 2,39% 70,25% R $ 83.026 1,98% 8,89% 85,38% R $ 60.518 R $ 79.637 A luguéis a pagar R $ 33.405 1,35% R $ 33.847 1,06% 1,32% R $ 31.349 0,75% -7,38% -6,15% R $ 33.626 R $ 32.598 O brigações estatutárias R $ 88.428 3,58% R $ 95.968 3,01% 8,53% R $ 103.093 2,45% 7,42% 16,58% R $ 92.198 R $ 99.531 P rovisão para riscos cíveis e trabalhistas R $ 18.846 0,76% R $ 18.529 0,58% -1,68% R $ 17.380 0,41% -6,20% -7,78% R $ 18.688 R $ 17.955 O utras obrigações R $ 31.753 1,29% R $ 49.334 1,55% 55,37% R $ 115.391 2,75% 133,90% 263,40% R $ 40.544 R $ 82.363 PA S S IV O N Ã O -C IR C U LA N TE R $ 412.993 16,72% R $ 728.833 22,88% 76,48% R $1.086.570 25,87% 49,08% 163,10% R $ 570.913 R $ 907.702 E m préstim os e financiam entos R $ 24.276 0,98% R $ 12.138 0,38% -50,00% R $ - 0,00% -100,00% -100,00% R $ 18.207 R $ 6.069 Financiam entos arrend. M ercantil R $ 5.148 0,21% R $ 36.399 1,14% 607,05% R $ 31.157 0,74% -14,40% 505,23% R $ 20.774 R $ 33.778 Financ. O per. S erv. Financ. FID C R $ - 0,00% R $ - 0,00% R $ - 0,00% R $ - D ebêntures R $ 298.057 12,07% R $ 596.622 18,73% 100,17% R $1.015.689 24,18% 70,24% 240,77% R $ 447.340 R $ 806.156 Im postos e contribuiçòes a recolher R $ 22.451 0,91% R $ - 0,00% R $ - 0,00% R $ - P rovisão para riscos tributários R $ 46.934 1,90% R $ 75.329 2,36% 60,50% R $ 31.683 0,75% -57,94% -32,49% R $ 61.132 R $ 53.506 D ébitos com em presas ligadas R $ 8.061 0,33% R $ 2.662 0,08% -66,98% R $ 4.888 0,12% 83,62% -39,36% R $ 5.362 R $ 3.775 O utras obrigações R $ 8.066 0,33% R $ 5.683 0,18% -29,54% R $ 3.153 0,08% -44,52% -60,91% R $ 6.875 R $ 4.418 P atrim ônio Liquido R $ 1.154.998 46,75% R $1.305.683 40,98% 13,05% R $1.493.253 35,55% 14,37% 29,29% R $ 1.230.341 R $ 1.399.468 C apital S ocial R $ 421.683 17,07% R $ 461.595 14,49% 9,46% R $ 719.735 17,13% 55,92% 70,68% R $ 441.639 R $ 590.665 R eservas de capital R $ 191.642 7,76% R $ 207.768 6,52% 8,41% R $ 220.907 5,26% 6,32% 15,27% R $ 199.705 R $ 214.338 R eservas de lucros R $ 539.533 21,84% R $ 637.061 20,00% 18,08% R $ 547.794 13,04% -14,01% 1,53% R $ 588.297 R $ 592.428 A justes de avaliação patrim onial R $ 2.140 0,09% -R $ 741 -0,02% R $ 4.817 0,11% -750,07% 125,09% R $ 700 R $ 2.038 PA S S IV O TO TA L R $ 2.470.337 R $3.186.042 28,97% R $4.200.490 31,84% 70,04% R $ 2.828.190 R $ 3.693.266 2011 % AV 2012 % AV % A H 2013 % AV % A H % A H M ÉD IA 11/12 M ÉD IA 12/13 %%% R eceita Líquida com venda de m ercadorias 2.795.085 R $ 90,0% 3.303.394 R $ 90,6% 18,19% 3.716.377 R $ 90,8% 12,50% 32,96% 3.049.240 R $ 3.509.886 R $ R eceita Líquida com produtos e serv. Financ. 310.746 R $ 10,0% 342.020 R $ 9,4% 10,06% 378.026 R $ 9,2% 10,53% 21,65% 326.383 R $ 360.023 R $ R E C E ITA LÍQ U ID A 3.105.831 R $ 3.645.414 R $ 17,37% 4.094.403 R $ 12,32% 31,83% R $ 3.375.623 R $ 3.869.909 C ustos das vendas de m ercadorias 1.317.873 -R $ -42,4% 1.525.556 -R $ -41,8% 15,76% 1.738.359 -R $ -42,5% 13,95% 31,91% 1.421.715 -R $ 1.631.958 -R $ C ustos dos produtos e serviços financeiros 20.884 -R $ -0,7% 17.834 -R $ -0,5% -14,60% 16.777 -R $ -0,4% -5,93% -19,67% 19.359 -R $ 17.306 -R $ C U S TO S D A S V E N D A S 1.338.757 -R $ -43,1% 1.543.390 -R $ -49,7% 15,29% 1.755.136 -R $ -56,5% 13,72% 31,10% R $(1.441.074) R $(1.649.263) LU C R O B R U TO 1.767.074 R $ 56,9% 2.102.024 R $ 57,7% 18,96% 2.339.267 R $ 57,1% 11,29% 32,38% R $ 1.934.549 R $ 2.220.646 D espesas com vendas 746.428 -R $ -24,0% 881.256 -R $ -24,2% 18,06% 965.706 -R $ -23,6% 9,58% 29,38% 813.842 -R $ 923.481 -R $ D espesas gerais e adm inistrativas 239.610 -R $ -7,7% 274.369 -R $ -7,5% 14,51% 307.930 -R $ -7,5% 12,23% 28,51% 256.990 -R $ 291.150 -R $ P erdas em crédito, liquidas 106.703 -R $ -3,4% 110.619 -R $ -3,0% 3,67% 118.634 -R $ -2,9% 7,25% 11,18% 108.661 -R $ 114.627 -R $ O utros resultados operacionais 214.492 -R $ -6,9% 274.112 -R $ -7,5% 27,80% 290.002 -R $ -7,1% 5,80% 35,20% 244.302 -R $ 282.057 -R $ R esultado de equivalência patrim onial 10.897 R $ 0,4% 2.263 -R $ -0,1% 4.244 -R $ -0,1% 87,54% -138,95% 4.317 R $ 3.254 -R $ LA JIR /E B ITD A 470.738 R $ 15,2% 559.405 R $ 18,0% 18,84% 652.751 R $ 21,0% 16,69% 38,67% R $ 515.072 R $ 606.078 R eceitas financeiras 49.763 R $ 1,6% 31.507 R $ 0,9% -36,69% 50.057 R $ 1,2% 58,88% 0,59% 40.635 R $ 40.782 R $ D espesas financeiras 45.289 -R $ -1,5% 78.949 -R $ -2,2% 74,32% 115.516 -R $ -2,8% 46,32% 155,06% 62.119 -R $ 97.233 -R $ LA IR 475.212 R $ 15,3% 511.963 R $ 16,5% 7,73% 587.292 R $ 18,9% 14,71% 23,59% R $ 493.588 R $ 549.628 IR P J e C S LL 138.305 -R $ -4,5% 156.562 -R $ -4,3% 13,20% 179.888 -R $ -4,4%14,90% 30,07% 147.434 -R $ 168.225 -R $ LU C R O LÍQ U ID O D O EXER C ÍC IO 336.907 R $ 10,8% 355.401 R $ 11,4% 5,49% 407.404 R $ 13,1% 14,63% 20,92% R $ 346.154 R $ 381.403 PA SSIVO D em on stração d o R esu ltad o 40 Atividade de Fixação 5 – Faça um diagnóstico a partir dos dados do balanço, já parametrizados e calculados, buscando avaliar a saúde financeira da indústria de alimentos. Correlacione com os índices econômico-financeiros. Exercícios Leg Composição Valores AV% Valores AV% AH% 1 Ativo Circulante 16.243,00R$ 52,78% 15.334,00R$ 46,65% -5,60% 2 Disponível 7.010,00R$ 22,78% 1.340,00R$ 4,08% -80,88% 3 Duplicatas a receber 3.524,00R$ 11,45% 4.593,00R$ 13,97% 30,33% 4 Estoques 4.731,00R$ 15,37% 8.424,00R$ 25,63% 78,06% 5 Outras Contas 978,00R$ 3,18% 977,00R$ 2,97% -0,10% 6 Ativo não Circulante 14.533,00R$ 47,22% 17.539,00R$ 53,35% 20,68% 7 RLP 277,00R$ 0,90% 363,00R$ 1,10% 31,05% 8 Permanente 14.256,00R$ 46,32% 17.176,00R$ 52,25% 20,48% 9 Investimentos -R$ 0,00% 600,00R$ 1,83% 10 Imobilizado 14.225,00R$ 46,22% 16.576,00R$ 50,42% 16,53% 11 Diferido 31,00R$ 0,10% -R$ 0,00% -100,00% 12 Total do Ativo 30.776,00R$ 32.873,00R$ 6,81% Balanço Patrimonial - Indústria de Alimentos 20X1 20X2 Exercícios Leg Composição Valores AV% Valores AV% AH% 1 Passivo Circulante 12.496,00R$ 40,60% 8.635,00R$ 26,27% -30,90% 2 Fornecedores 1.324,00R$ 4,30% 1.916,00R$ 5,83% 44,71% 3 Contas a Pagar 2.156,00R$ 7,01% 2.546,00R$ 7,74% 18,09% 4 Empréstimos Bancários 9.016,00R$ 29,30% 4.173,00R$ 12,69% -53,72% 5 6 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 5.229,00R$ 16,99% 6.322,00R$ 19,23% 20,90% Financiamentos 660,00R$ 2,14% 1.270,00R$ 7 Outras Contas 4.569,00R$ 14,85% 5.052,00R$ 15,37% 10,57% 8 Patrimônio Líquido 13.051,00R$ 42,41% 17.916,00R$ 54,50% 37,28% 9 Capital Social 4.068,00R$ 13,22% 4.068,00R$ 12,37% 10 Reservas e Lucros acumulados 8.983,00R$ 29,19% 13.848,00R$ 42,13% 54,16% 11 12 Total do Passivo 30.776,00R$ 32.873,00R$ 6,81% Balanço Patrimonial - Indústria de Alimentos 20X1 20X2 41 Exercícios Leg Composição Valores AV% Valores AV% AH% 1 Receita Bruta de Vendas 67.275,00R$ 125,89% 88.371,00R$ 31,36% 2 Deduções e impostos 13.835,00R$ 25,89% 18.234,00R$ 26,00% 31,80% 3 Receita Líquida de Vendas 53.440,00R$ 100,00% 70.137,00R$ 100,00% 31,24% 4 Custos de Produtos Vendidos 39.302,00R$ 73,54% 46.920,00R$ 66,90% 19,38% 5 Matéria-prima 29.476,00R$ 55,16% 35.190,00R$ 50,17% 19,39% 6 MOD/CIF 8.756,00R$ 16,38% 10.462,00R$ 14,92% 19,48% 7 Depreciação 1.070,00R$ 2,00% 1.268,00R$ 1,81% 18,50% 8 Lucro Bruto 14.138,00R$ 26,46% 23.217,00R$ 33,10% 64,22% 9 Despesas Operacionais 11.646,00R$ 21,79% 15.037,00R$ 21,44% 29,12% 10 Administrativas 5.518,00R$ 10,33% 4.140,00R$ 5,90% -24,97% 11 Comerciais 5.949,00R$ 11,13% 9.502,00R$ 13,55% 59,72% 12 Financeiras 179,00R$ 0,33% 1.395,00R$ 1,99% 679,33% 13 Operacionais -R$ 0,00% -R$ 0,00% 14 Lucro Operacional 2.492,00R$ 4,66% 8.180,00R$ 11,66% 228,25% 15 Resultado não Operacional 2,00-R$ 0,00% 66,00R$ 0,09% -3400,00% 16 Lucro antes do IR e CSLL 2.494,00R$ 4,67% 8.114,00R$ 11,57% 225,34% 17 Provisão para IR e CSLL 871,00R$ 1,63% 2.402,00R$ 3,42% 175,77% 18 Lucro Líquido 1.623,00R$ 3,04% 5.712,00R$ 8,14% 251,94% DRE - Indústria de Alimentos 20X1 20X2 LIQUIDEZ 20X1 20X2 1 LIQUIDEZ GERAL 0,93 1,05 2 LIQUIDEZ CORRENTE 1,30 1,78 3 LIQUIDEZ SECA 0,92 0,80 4 LIQUIDEZ IMEDIATA 0,56 0,16 ESTRUTUA DE CAPITAL E TERCEIROS 20X1 20X2 5 Participação de Capitais de Terceiros 136% 83% 6 Composição do Endividamento 70% 58% 7 Grau de Imobilização do PL 109% 96% 8 Imobilização dos Recursos Não Correntes 78% 71% 9 Grau de Endividamento Oneroso 109% 59% RENTABILIDADE 20X1 20X2 10 MARGEM LÍQUIDA 3,03% 8,14% 11 MARGEM OPERACIONAL 4,66% 11,66% 12 MARGEM BRUTA 26,46% 33,10% 13 GIRO DO ATIVO 173,64% 213,36% 14 ROA 5,26% 17,38% 15 ROE 12,41% 31,88% 42 6. Ciclo Operacional, financeiro e econômico Nos índices apresentados na seção 4.2, destacamos os índices de atividade ou rotatividade como ferramenta para definir os ciclos de conversão de caixa de uma empresa. Toda empresa tem sua operação definida. Uma empresa será destaque no seu setor caso apresente um Ciclo Operacional (CO) e Caixa ou Financeiro (CC) mais rápido e com a melhor qualidade. Portanto, utilizando os índices de Giro do Estoque, Giro do Contas a Receber de Clientes (Cobrança) e o Giro de Contas a Pagar, é possível definir o Ciclo Operacional de uma empresa. O prazo médio do ciclo operacional compreende o período da compra (PME) até o recebimento das vendas (PMR). Já o ciclo de caixa é definido pelo período entre o Prazo Médio de Pagamento (PMP) aos fornecedores até o Prazo Médio dos Recebimentos (PMR). Considera-se o período crítico no ciclo de atividade da empresa, o qual haverá um risco maior na gestão do caixa. Diante disso, a mensuração desse prazo é necessária, contribuindo para a definição na Necessidade de Investimento em Capital de Giro (NICG). A importância é grande, já que os eventos de pagamento dos fornecedores e recebimento das vendas não são sincronizados por natureza. Além disso, uma certa dose de incerteza é característica predominante nas contas a receber de clientes. Veja a figura abaixo: Eventos Incertos Sem Sincronia 43 Portanto, toda empresa deverá retirar do seu balanço e DRE, os insumos para um diagnóstico mais preciso sobre as atividades, questionando possíveis gargalos ou pontos de melhorias. O diagrama abaixo apresenta uma visão facilitada para desenvolvimento das possíveis comparações com empresas concorrentes ou setores. Comprar' Estocar' Vender' Cobrar' Pagar Entra Período Crítico Receber Qual valor? Quanto tempo? Diagrama tradicional do Ciclo Operacional e de Caixa 44 O diagrama abaixo um ciclo de caixa negativo, ou seja, a empresa deverá investir em capital de giro. Mas o ciclo poderá ser negativo, apontando para empresas que recebem antes e pagam depois, liberando-a para aplicar seus recursos com folga. Abaixo seguem as equações para definir os ciclos citados. PME = 365 / Giro de Estoque (GE) GE = Custo Produtos Vendidos / Estoque Médio PMR = 365 / Giro de Contas a Receber (GCR) GCR = Vendas / Contas a Receber Médio PMP = 365 / Giro Contas a Pagar (GCP) GCP = Custo Produtos Vendidos / Contas a Pagar Médio 45Vamos a um exemplo: Imagine uma empresa que leva 42 dias em média para comprar insumos, produzir, vender e 62 dias de prazo médio para os seus clientes pagarem. Além disso, calculou e percebeu que o prazo médio para pagamento aos fornecedores seja de 72 dias. Então o diagrama ficaria assim: Transformando estas informações em gráficos temos: Podemos afirmar que a empresa precisará revisar seu processo de compras, produção ou comercial, pois leva em média 19 dias a mais em relação aos concorrentes. Importantes perguntas poderão ser levantadas como indícios de irregularidades para apontamentos de soluções. PMP - 30 dias PME - 42 dias PMR - 60 dias 55 47 46 54 46 44 0 20 40 60 80 100 120 EMPRESA ANALISADA SETOR CONCORRENTE PERSEGUIDO CICLO OPERACIONAL PME PMR 45 41 40 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 EMPRESA ANALISADA SETOR CONCORRENTE PERSEGUIDO Prazo Médio de Pagamento 46 Quanto ao prazo médio de pagamento, a empresa está se saindo melhor, pois consegue um prazo maior para pagar os fornecedores. Finalmente, a empresa deverá se preocupar, pois leva 15 dias a mais no ciclo de caixa, necessitando de mais investimento em capital de giro, por um prazo maior que os concorrentes, tornando a operação mais arriscada e cara. Para calcular o valor do investimento em capital de giro, a empresa deverá calcular as vendas diárias e multiplicar pelo Ciclo de Caixa. As vendas médias diárias poderá ser obtido dividindo a Receita Bruta (DRE) por 360. Supondo no exemplo que a receita bruta da empresa seja de R$1.250.000,00, então temos a seguinte resolução: NICG = (Receita Bruta / 360 ) x CC NICG = 1.250.000 / 360 ) x 65 NICG = 3.472,22 x 65 è R$225.694,44 Portanto, para uma operação segura, a empresa deverá investir em um valor próximo a R$200.000,00 para reduzir o risco de gestão do capital de giro. Uma operação financeira muito utilizada pelas empresas é a Conta Garantida com caução de recebíveis, tornando a taxa interessante. Importante é que a empresa nem sempre utilizará do limite. Somente nas emergências. Outra forma e a mais desejável, é avaliar todo o processo e tentar reduzir os prazos de produção e venda, além de tentar aumentar o prazo com os fornecedores. Vale ressaltar que o capital de giro vai varia na medida que as receitas aumentam, exigindo mais investimento ou retenção de lucros. O aumento no nível de vendas exigirá investimentos em capital de giro para financiar mais estoque, mais clientes, mais impostos e mais estrutura operacional. 65 52 50 0 10 20 30 40 50 60 70 EMPRESA ANALISADA SETOR CONCORRENTE PERSEGUIDO Ciclo de Caixa 47 Atividade de Fixação 6 – Abaixo apresenta-se uma comparação do giro de caixa (ciclo de caixa) de uma empresa que você está analisando e os números do concorrente. Os números finais do concorrente estão melhores, apontando que ele tem 9 dias a mais de fôlego na sua operação com a necessidade de capital de giro. Sem precisar pisar no pátio da empresa, somente com os números apontados no gráfico e entendendo que é uma indústria de cosméticos, quais possíveis indícios de irregularidades poderiam ser levantados e que poderiam refletir negativamente nos prazos, ou seja, na elevação da velocidade de produção? 30 45 32 75 43 34 PME PMR PMP CO CC Giro de Caixa (em dias) Concorrente Empresa A 48 7. Alavancagem e Ponto de Equilíbrio Todo investidor que resolve colocar seus recursos em uma atividade, busca retornos superiores aos dos investimentos da renda fixa ou variável. Portanto, ao assumir o risco da atividade, toma decisões financeiras que contribua para a elevação dos resultados operacionais e líquido. Esse desempenho pode ser medido pelos graus de alavancagem operacional e financeira. Alavancagem é o resultado da utilização de ativos ou fundos a um custo fixo, com objetivo de aumentar o retorno para os proprietários. Aumentos de alavancagem provoca a elevação dos retornos e riscos proporcionalmente. Os tipos de alavancagem podem ser: Operacional: Relação entre receita e o Lajir Financeira: Relação entre o Lajir e o LPA Total: Relação entre receita de vendas e o LPA ALAVANCAGEM Um aumento ou redução nas vendas, pode afetar significativamente o resultado final. CF "Dê-me um ponto de apoio, e moverei o mundo.” Arquimedes 49 Alavancagem Operacional Receita de Vendas Alavancagem Total ( - ) Devoluções e Deduções com impostos ( - ) Custos dos Produtos Vendidos Lucro Bruto ( - ) Despesas Operacionais LAJIR Alavancagem Financeira ( - ) Despesas Financeiras LAIR ( - ) Impostos (IRPF e CSLL) Lucro Líquido ( - ) Dividendos ou Distribuição do Lucro Lucro Líquido disponível para os Proprietários Para o maior entendimento do grau de alavancagem operacional (GAO) é importante conhecer primeiro os efeitos dos custos fixos nas operações da empresa, medido pelo pondo de equilíbrio 7.1 Análise do ponto de equilíbrio (break-even-point) O Ponto de Equilíbrio (PE), também conhecido como análise custo – volume – lucro, é utilizado com objetivo de se conhecer: 1 – Determinar o nível de operações necessário para cobrir todos os custos operacionais 2 – Avaliar a rentabilidade associada a diversos níveis de vendas. O ponto de equilíbrio operacional está relacionado ao nível de vendas necessário para cobrir todos os custos e despesas operacionais. Portanto, o ponto de equilíbrio ocorre no momento em que receitas totais e os custos totais se equivalem – ou seja, não há nem lucro nem prejuízo. 50 7.2 Cálculo do ponto de equilíbrio operacional (produto único) Inicialmente, para calcular o ponto de equilíbrio operacional (Q), é necessário conhecer o custo dos produtos vendidos (mercadorias ou serviços), decompondo-os em fixos e variáveis. Os custos (despesas) fixos são independentes do volume de vendas e estão relacionados com a função tempo. Os custos (despesas) variáveis dependem diretamente do volume de vendas e não estão relacionados com o tempo. Para calcular o ponto de equilíbrio, é necessário conhecer as seguintes variáveis: P = Preço unitário de venda Q = número de unidades vendidas CF = custo operacional fixo por período CV = custo operacional variável por período/unidade Abaixo são apresentadas as equações que poderão ser utilizadas para o cálculo de quantidade, preço e nível de operações necessárias. Alavancagem Operacional Receita de Vendas ⇒ (P . Q) ( - ) Custos Operacionais Fixos ⇒ (CF) ( - ) Custos Operacionais Variáveis ⇒ (CV . Q) LAJIR ⇒ LAJIR 51 Repare que as equações acima foram agrupadas de baixo para cima. Note que o Pe é atingido quando o LAJIR fica zerado. Portanto, a equação poderá ser formada por: LAJIR = (P . Q) – (CF) – (CV . Q) Como ficou grande, podemos reduzir a equação com um novo arranjo: ⇒ LAJIR = Q . (P – CV) – (CF) Equação 1 (Esta equação serve para avaliarmos com lucro operacional atingimos o Pe) ⇒ P = (LAJIR + CF + (CV . Q)) / Q Equação 2 (Esta equação serve para avaliarmos a qual preço atingimos o Pe) ⇒ 0
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