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Apostila 2017 UNA

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2 
 
 
PLANO DE ENSINO 
Curso: MBA em Gestão – Núcleo Comum 
Disciplina: Ambiente Econômico e Gestão Financeira 
Professor: José Rodarte 
Carga Horária Total 
 Período de Realização 
20/h 1º Sem 2017 
 
EMENTA 
O panorama econômico geral contemporâneo e seu impacto sobre as pessoas e as organizações. 
A importância da gestão financeira. Utilização do fluxo de caixa. Análise dos impactos econômicos, 
financeiros e patrimoniais das decisões operacionais da empresa. Avaliação de novos 
investimentos e seus impactos sobre o desempenho da empresa. A escolha das fontes de 
financiamentos dos novos investimentos. Cálculo básico de financiamentos. A importância das 
demonstrações contábeis e sua estrutura geral. A adoção de indicadores de análise financeira para 
a tomada de decisões no contexto empresarial. 
 
 
OBJETIVOS 
Apresentar o ambiente econômico brasileiro e internacional, afim de que o aluno identifique em 
qual cenário ele está presente, o mesmo em relação à organização que ele atue ou pretenda atuar. 
Aliada a essa reflexão, serão apresentadas de forma prática importantes ferramentas de gestão 
financeira aplicadas às organizações presentes nesse contexto. 
 
 
METODOLOGIA DE ENSINO 
Exposição teórica por slides, com promoção de discussões contextualizadas. 
Estudo de caso e resenha de artigos científicos 
Atividades práticas avaliativas 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
Participação em sala – 10 pontos 
Atividades avaliativas individuais e em grupo – 50 pontos 
Avaliação Final individual e sem consulta – 40 pontos 
 
ATIVIDADES Pontos 
Resenha Crítica do Artigo “Por que as contas não fecham?” 10 
Atividade em Grupo – Casos para Ensino 10 
Exercícios em sala 30 
Participação em Sala 10 
Avaliação Final 40 
TOTAL DA DISCIPLINA 100 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
RESULTADOS ESPERADOS 
Despertar nos alunos o interesse para a área financeira, bem como de sua importância para a 
vivência empresarial. Proporcionar aos alunos o conhecimento para utilização das ferramentas 
contidas na matemática financeira e da administração financeira, que são essenciais para a gestão 
empresarial. 
 
PLANO DE AULA 
Aula Nº. Conteúdo Estratégias Didáticas 
Aula 1 Administração financeira - introdução e visão geral. Discussão 
sobre o contexto brasileiro. Decisões financeiras de curto e 
longo prazos. 
Aulas expositivas, 
atividades em grupo. 
Aula 2 Contabilidade Gerencial: Balanço patrimonial e Demonstração 
do resultado do exercício. 
Aulas expositivas, 
atividades em grupo. 
Aula 3 Gestão do caixa, capital de giro, ciclo operacional, ciclo 
financeiro e ponto de equilíbrio. 
Aulas expositivas, 
atividades em grupo. 
Aula 4 Todo o conteúdo Atividade lúdica com 
jogo 
Aula 5 Todo o conteúdo Atividade lúdica com 
jogo 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
ASSAF NETO, ALEXANDRE – Finanças Corporativas e Valor 
GITMAN, Lawrence J.. Princípios da Administração Financeira. São Paulo: Pearson Addison 
Wesley, 2004. 
ROSS, S. A., WESTERFIELD, R. S. e JAFFE, J. R. Administração Financeira 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
BRIGHAM, Eugene F., WESTON J. Fred. Fundamentos da administração Financeira. São 
Paulo: Pearson Makron Books, 2000. 
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
2005. 
HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2003. 
LEMES JÚNIOR, Antônio B., RIGO, Cláudio M., CHEROBIM, Ana Paula M. S.. Administração 
Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. 
 
RECURSOS DIDÁTICOS / MATERIAIS NECESSÁRIOS 
Slides apresentados com datashow, apostila, artigos avulsos e planilhas MS. Excel. 
Calculadora HP12c, podendo ser substituído por emuladores em equipamentos como notebooks, 
smarphones, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
Mestre em administração, com ênfase em finanças corporativa e mercado financeiro e de capitais. 
Atuação como coordenador de cursos de Pós-Graduação em Gestão Financeira e Controladoria e 
também como professor em cursos de MBA e Especializações em diversas instituições de ensino, 
ministrando disciplinas de Administração Financeira, Análise de Investimentos, Business Valuation, 
Fontes de Financiamento, Finanças Corporativas, Mercado de Capitais, Contabilidade de Instituições 
Financeiras e Seminários Avançados em Administração. 
Educador Financeiro e Palestrante abordando temas de Finanças Pessoais, Finanças Empresariais e 
Empreendedorismo e Carreira. 
Profissional há mais de 30 anos no mercado, com larga experiência em gestão, atuando em grandes 
instituições financeiras brasileiras e atualmente desempenhado projetos como consultor empresarial. 
Sócio-diretor da empresa IECCOS – Instituto de Educação Corporativa, Consultoria Organizacional e 
Sistemas Ltda, desde 2003. 
 
Acesse: 
www.joserodarte.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mini-currículo 
 Prof. José Rodarte 
 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=
http://www.linkedin.com/pub/jose-rodarte/16/b33/172 
 
https://www.facebook.com/ricoerico.com.br 
 
https://www.instagram.com/joserodarte/?hl=pt-br 
https://www.youtube.com/user/rodarte10 
rios.rodarte@gmail.com 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 6 
2. VISÃO PANORÂMICA DE FINANÇAS CORPORATIVAS 10 
3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 13 
3.1 BALANÇO PATRIMONIAL E DRE 15 
4 ANÁLISE COM BASE EM ÍNDICES FINANCEIROS 30 
4.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 31 
4.2 ÍNDICES DE ATIVIDADE OU ROTAÇÃO 32 
4.3 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 33 
4.4 ÍNDICES DE RENTABILIDADE 34 
4.5 ÍNDICES DE VALOR DE MERCADO 35 
5 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL 37 
6. CICLO OPERACIONAL, FINANCEIRO E ECONÔMICO 42 
7. ALAVANCAGEM E PONTO DE EQUILÍBRIO 48 
7.1 ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK-EVEN-POINT) 49 
7.2 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL (PRODUTO ÚNICO) 50 
7.3 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO PARA UMA CARTEIRA OU MIX DE PRODUTO 55 
 55 
7.4 CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO 59 
7.5 ALAVANCAGEM OPERACIONAL 59 
7.6 ALAVANCAGEM FINANCEIRA 63 
7.6.1 O IMPACTO DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA 66 
8. ESTRUTURA E CUSTO DE CAPITAL 68 
8.1 CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO 70 
8.1.1 MODELO DE GORDON O CRESCIMENTO CONSTANTE 70 
8.1.2 MODELO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS (CAPM) 73 
8.2 CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS 79 
8.3 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC) 80 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1. Introdução 
 
Administração financeira constitui-se como uma das importantes áreas de qualquer 
organização, tanto aquelas que possuem o lucro como objetivo, quanto aquelas sem 
fins lucrativos. 
Alguns dados e estudos apresentados por entidades como IBGE e SEBRAE apontam 
um grande índice de empresas que encerram suas atividades antes mesmo de 
completarem 5 anos. Um dos motivos apontados para agravar esse resultado é a falta 
de conhecimento ou implementação de um planejamento financeiro. 
Abaixo segue parte de um texto publicado no XII Semead/2009, cujo os autores 
Corrêa, A. C. C., Matias, A. B. e Vicente, E. F. R. retratam o cenário de gestão 
empresarial do Brasil, no qual demonstram um certo amadorismo do micro e pequeno 
empreendedor. 
 
“Os pequenos e médios empreendimentos respondem por 40% do PIB brasileiro, 
sendo que 99,8% dos estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de 
serviço são PME’s (pequenas e médias empresas). Além disso, essas empresas 
respondem por 80% das vendas comerciais, 56% da produção industrial, 71% da 
receita de prestação de serviços, 84% da força de trabalho e 71% da massa de 
salários do país. Só por estes dados percebe-se a importância das pequenasempresas no desenvolvimento econômico e social do país (MATIAS e LOPES 
JÚNIOR, 2002).” 
Como se pode perceber, há pouca profissionalização e qualificação gerencial neste 
tipo de empresa, o que gera como uma de suas conseqüências a alta taxa de 
mortalidade de micro e pequenas empresas no Brasil. 
De acordo com o Sebrae (FATORES, 2004), as taxas de mortalidade nacional são as 
seguintes: 
 49,4% para as empresas com até 2 anos de existência; 
 56,4% para as empresas com até 3 anos de existência; 
 59,9% para as empresas com até 4 anos de existência. 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
Os números são frios por si só, mas representam a morte de sonhos de famílias, 
planos de quem queria empreender, arriscando economias pessoais. 
A mesma pesquisa aponta as razões para a mortalidade, figurando em primeiro lugar 
a gestão do capital de giro, conforme gráfico abaixo: 
 
 
Assim, uma das formas de diminuir a alta taxa de mortalidade destas empresas, que 
possuem grande relevância no âmbito econômico e social nacional, seria a realização 
da análise financeira por parte das mesmas, que normalmente não é feita, como cita 
Timmins et al (1979). 
Segundo Matias e Lopes Júnior (2002), a má administração causa grande parte dos 
fracassos nas pequenas empresas. Em relação à administração, pode-se dizer que a 
administração financeira é a área na qual ocorre o insucesso das pequenas 
empresas. Isto pode ser afirmado porque todas as áreas da empresa, como 
marketing, produção e recursos humanos estão intimamente ligadas com finanças, 
pois, sem capital que atenda às necessidades da empresa, seja para financiar seu 
crescimento, seja para atender às operações do dia-a-dia, não se pode desenvolver e 
testar novos produtos, criar ações de marketing, comprar matéria-prima, manter a 
estrutura atual ou crescer. 
 
 
 
 
8 
 
 
De acordo com Patrone e duBois (1981), na maioria dos casos de pequenas 
empresas, falta conhecimento da área financeira para os gestores. Além disso, eles 
possuem resistência neste aprendizado. Como citado por estes mesmos autores, é 
comum ouvir o seguinte comentário: “Eu não preciso saber sobre análise financeira 
de índices – Eu deixo isto para meu contador”. Porém, este conhecimento poderia ser 
exatamente o que faria diferença no aumento da probabilidade de sucesso das micro 
e pequenas empresas. 
Os números de pesquisa posterior revelam uma melhora no nível de sobrevivência de 
empresas recém-constituídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante destacar que a economia mundial apresentava um bom crescimento, 
influenciando os números no Brasil. Foi um período de grande aquecimento 
econômico, principalmente pelo crescimento do mercado de commodities para o 
Brasil, influenciado pelo mercado chinês. Têm-se também uma possível melhora no 
73,6% 
75,1% 
75,6% 
Constituídas em 2005 Constituídas em 2006 Constituídas em 2007 
Taxa de sobrevivência 
(Após 2 anos de atividade) 
 
 
 
 
 9 
 
 
nível de conhecimento gerencial dos novos empreendedores, pelo acesso a cursos 
técnicos e de graduação, como consequência do crescimento ao acesso a internet e 
oferta dos cursos de gestão pelas universidades privadas. 
Talvez uma melhora na visão estratégica por parte dos novos empreendedores, perfil 
bem acanhado na cultura brasileira, possivelmente devido a influencias danosas da 
inflação e das altas taxas de juros, praticadas num momento econômico de pré-
estabilização monetária. 
Pode-se dizer que para brasileiro não tem “tempo ruim” quando é trabalhar por conta 
própria. O empreendedor brasileiro tem garra e arregaça as mangas. Mas esta boa 
vontade, que reflete o plano operacional não é suficiente. É preciso estabelecer o 
plano estratégico. É preciso saber para onde vai, para depois saber como vai, como 
apresenta a figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde 
vamos?
Como 
vamos?
 
 
 
 
10 
 
 
INVESTIMENTO FINANCIAMENTO
• Plano Financeiro de Longo PrazoEstratégico
• Plano Financeiro de Curto PrazoOperacional
DECISÃO
Investimento 
de Longo 
Prazo?
Financiamento 
de Longo 
Prazo?
2. Visão Panorâmica de Finanças Corporativas 
 
A administração financeira possui diversos instrumentos de gestão que visam 
planejar, operacionalizar e controlar qualquer tipo de organização empresarial. Os 
instrumentos são estratégicos quando possuem visão de médio e longo prazos, mas 
também podem ser operacionais para uma visão de curto prazo. 
 
 
 
 
 
Em finanças, basicamente, a administração de longo prazo é dividida em duas 
importantes decisões: 
 
 
Ressalta-se que está atribuído a todo gestor financeiro de uma empresa, aumentar a 
riqueza dos seus proprietários, ou seja, dos investidores que resolveram incorrer em 
riscos. 
Portanto, o administrador deverá decidir sobre a viabilidade de alguns investimentos 
como expansão, abertura de novos mercados, lançamento de novos produtos, entre 
outros. Diante disso, percebe-se que para crescer, será necessário investir, o que 
exigirá financiamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
Ativos	permanentes
Atividades	de	Pesquisa	e	desenvolvimento
Desenvolvimento	de	produtos
Marketing
Estrutura	de	Capital
Fontes	de	Financiamento
Todo gestor financeiro precisa ficar atento à essas duas demandas. Sobre a decisão 
de investimento ele deve se atentar para o custo de capital (K), a estrutura de capital 
ideal, as fontes de financiamento e os gastos de capital com expansão, substituição e 
renovação. 
Já para a decisão sobre financiamento de longo prazo, e preciso atentar-se para o 
valor do dinheiro no tempo e a importante relação risco e retorno. 
Assim como acontece em outros mercados, as fontes de financiamento no Brasil são 
escassas, o que torna o custo de capital bem elevado. Diante desse cenário, a 
engenharia financeira toma lugar de destaque, pois as decisões de investimento e 
financiamento se transformam em marcos definidores para a continuidade dos 
negócios. 
Abaixo são apresentadas algumas decisões estratégicas de longo prazo que um 
gestor financeiro precisa observar. Grande parte destas decisões irão repercutir, em 
termos de retorno, somente no longo prazo. Outra característica dessas decisões é o 
alto grau de risco que elas apresentam. Por isso, muitas técnicas são utilizadas, tais 
como o orçamento de capital, juntamente com a utilização de instrumentos 
sofisticados de estatísticas. 
Decisões Estratégicas de Longo Prazo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com a mesma importância das decisões de longo prazo, apresentam-se também as 
de curto prazo, que poderão definir o sucesso de uma empresa. Algumas perguntas 
 
 
 
 
12 
 
 
Nível	adequado	de	estoque
Nível	adequado	de	caixa	disponível
Gestão	de	contas	a	pagar
Gestão	de	contas	a	receber
Gestão	de	cobrança
Políticas	de	preço
surgem diante de vários eventos em uma empresa, exigindo estudos e aplicações de 
técnicas. 
Em uma indústria, como exemplo, surgem algumas perguntas na área de produção, 
que desencadeia outras no departamento de compras, como: 
 
 Quanto estoque a empresa deve ter? Quais itens giram mais? 
 Como pagar, à vista ou parcelado? Com recursos próprios ou de terceiros? 
 Qual tecnologia de produção deve ser aplicada? 
 Vender à vista ou à prazo? Qual prazo deve ser dado? Como se comporta o 
concorrente? Qual a política de crédito ideal? 
 Como receber as vendas? Como cobrar? Deve utilizar-se de produtos de 
cobrança bancária? Deve utilizar-se de serviços de cartõesde crédito e débito? 
Como se comportar diante da inadimplência? 
 
Portanto, as decisões de curto prazo podem ser resumidas conforme figura abaixo: 
 
Decisões Operacionais de curto prazo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
Contabilidade 
Gerencial 
Olhar para o passado 
Gestão Financeira 
Olhar para o futuro 
3. Demonstrações Contábeis 
 
Toda essa estrutura precisa ser planejada e controlada para uma adequada gestão 
financeira, proporcionando resultados positivos às organizações. 
 
Toda empresa precisa planejar e controlar sua área financeira. Algumas empresas 
resistem em reconhecer as relações que todas a áreas possuem. A contabilidade e a 
controladoria exercem papel importantíssimo para uma boa gestão financeira. A 
contabilidade gerencial e financeira não pode ser confundida quanto a sua 
finalidade. 
De uma forma geral, enquanto a contabilidade financeira se empenha em fornecer 
instrumento de análise de forma adequada para os interessados externos, a 
contabilidade gerencial é responsável para subsidiar os gestores internos nas suas 
tomadas de decisão financeiras. 
 
 
 
 
 
ATKINSON (1995) faz a seguinte análise sobre contabilidade financeira e gerencial: 
Contabilidade Financeira: Processo de produzir demonstrativos financeiros para 
entidades e usuários externos - como acionistas, credores e governo. Este processo 
é pesadamente restringido por padrões regulatórios oficiais e autoridades fiscais, e 
por requisitos de auditoria de instituições independentes de contadores. 
Dentre as utilizações da contabilidade, para fins gerenciais, destacam-se, entre 
outros: 
 
 
 
 
 
14 
 
 
Contabilidade Gerencial: Processo de produzir informações financeiras e 
operacionais para os empregados e gerentes das organizações. Tal processo deve 
ser dirigido pelas necessidades de informações de indivíduos internos à 
organização, e deve guiar suas decisões operacionais e de investimentos. 
 
1. Projeção do Fluxo de Caixa 
2. Análise de Indicadores 
3. Cálculo do Ponto de Equilíbrio 
4. Determinação de Custos Padrões 
5. Planejamento Tributário 
6. Elaboração do Orçamento e Controle Orçamentário 
 
São diversos os instrumentos para análise da situação financeira da empresa. Os 
principais são:	 
1. Demonstração do resultado do exercício 
2. Balanço Patrimonial 
3. Demonstração do lucro retido 
4. Demonstração de fluxos de caixa 
 
Há também outros instrumentos de análise financeira como as notas explicativas das 
demonstrações financeiras. Elas são informações relevantes e detalhadas da 
política, procedimentos, cálculos e transações contábeis feitos nas demonstrações 
financeiras. Alguns analistas usam os dados das demonstrações, com as notas 
explicativas, para avaliar os valores dos títulos emitidos pelas empresas, 
influenciando o comportamento dos investidores. 
Os grupos de interessados são: 
Acionistas: Nível de risco e retorno 
Credores: Liquidez de curto prazo e rentabilidade, ou seja, saudável. 
Administradores: Índice de desempenho. 
 
Pode-se dizer que a gestão financeira busca insumos do passado, interessada em 
planejar o futuro diante das incertezas. Já a contabilidade gerencial organiza 
informações de fatos gerados para gerar relatórios importantes para o planejamento 
financeiro. 
 
 
 
 
 15 
 
 
3.1 Balanço Patrimonial e DRE 
O Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) de 
uma empresa são instrumentos mais simples do que parece. Normalmente existe 
muito preconceito quando se utiliza os instrumentos financeiros como o balanço e a 
DRE. De uma forma bem simples e muito utilizada por alguns autores, pode se dizer 
que o balanço é uma foto tirada da empresa em um dado momento. Já a DRE, 
utilizando a mesma analogia, diz-se que poderia ser comparado ao filme da 
empresa, que abrange um período entre dois retratos. 
O BP é uma descrição sintética da posição financeira da empresa em uma certa 
data. O balanço iguala o que a empresa possui (ativos) com o que ela financia 
(passivos). Estes recursos financiados ($) podem ser próprios ou de terceiros. 
Ativo: representa o conjunto de investimentos (aplicações) realizados por uma 
empresa, em conformidade com sua atividade operacional e com as condições do 
macro-ambiente econômico, o qual se constitui na estrutura capaz de permitir à 
mesma o exercício de sua atividade-fim. 
Passivo: representa o conjunto de recursos (próprios e de terceiros), utilizados no 
financiamento dos investimentos realizados (origem de recursos). 
Como perceber a estrutura de capital de uma empresa em um balanço patrimonial? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação	de	
Recursos Estrutura	de	Capital Origem	dos	recursos
ATIVO PASSIVO
Ativo	Circulante Passivo	Circulante Terceiros
Ativo	Não	Circulante Passivo	Não	Circulante Terceiros
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Próprio
Aplicação	de	
Recursos Estrutura	de	Capital Custo	dos	recursos
ATIVO PASSIVO Geralmente	é:
Ativo	Circulante Passivo	Circulante Não	Oneroso	e	Oneroso
Ativo	Não	Circulante Passivo	Não	Circulante Oneroso
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Não	Oneroso
 
 
 
 
16 
 
 
O ativo demonstra o conjunto de decisões de investimento e o passivo o conjunto de 
decisões de financiamento. 
 
Já a DRE constitui a síntese financeira dos resultados operacionais durante certo 
período. É uma demonstração dinâmica que se destina a apresentar o processo de 
formação do resultado econômico obtido com o desenvolvimento das atividades em 
determinado período, isto é, desempenho econômico da empresa, traduzido pelos 
níveis de lucratividade e rentabilidade. 
É comum a utilização de termos e siglas técnicos, próprios da ciência contábil, mas 
que não são simples para profissionais iniciantes. Os termos mais usuais são: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
ATIVO (Bens e Direitos) PASSIVO (Obrigações) 
ATIVO CIRCULANTE (AC) PASSIVO CIRCULANTE (PC) 
Caixa ou Equivalentes de Caixa Fornecedores (contas a pagar) 
Clientes (contas a receber) Salários a Pagar 
( - ) Provisão para devedores duvidosos Provisão para 13. Salario 
 Provisão para férias 
Estoque (Produtos acabados, produtos 
semiacabados, matéria-prima, embalagens, 
outros relacionados ao produto fabricado). 
Envolve todos os itens que contribuirão para a 
formação do produto final. 
Empréstimos e Financiamentos (curto prazo, 
normalmente até 1 ano) 
Impostos a pagar 
 Provisão para impostos 
 PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 
 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (ELP) 
 Empréstimos e Financiamentos (longo prazo, normalmente acima de 1 ano) 
 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO (PL) 
Realizável a Longo Prazo (RLP) Capital Social 
Ativo Permanente (AP) Reserva de lucros 
Imobilizado Lucros retidos 
Intangível Lucro/prejuízo acumulado 
ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL 
 
A subdivisão entre circulante e não circulante é muito importante. Enquanto o ativo 
circulante representa a operação da empresa em si, com investimentos de curto 
prazo, o não circulante é composto por um ativo permanente que sustenta a 
operação, baseado em investimentos de longo prazo. Ressalta-se que há o 
realizável a longo prazo, compondo o não circulante, que reflete a operação que vai 
se transformar em caixa após um ano. 
 
 
 
 
 17 
 
 
O ativo circulante é composto por contas que representam os bens e direitos da 
empresa. Todas as contas que possuem liquidez imediata farão parte do ativo 
circulante. As principais são: 
• Caixa: Dinheiro disponível e imediato para uso; 
• Bancos: Dinheiro depositado em conta bancaria para livre movimentação;• Aplicações financeiras: Recurso que a empresa não terá destino imediato e 
que poderá ser transferido para uma aplicação em instituição bancaria. Neste 
caso, a carência deve ser para uso imediato; 
• Duplicatas a receber: Trata-se de recebíveis originados de vendas a prazo, 
concedidos a clientes da empresa, que deverão ser recebidos no curto prazo; 
• Duplicatas descontadas: São os recebíveis que a empresa decidiu antecipar 
em instituições financeiras, normalmente para cobrir períodos de necessidade 
de caixa; 
• Estoques: São as mercadorias para empresas comerciais e os insumos, 
matérias-primas para as indústrias. Pode ser incluídos embalagens e outros 
materiais necessários para a produção e comercialização. Em indústrias 
maiores e mais organizadas, o estoque poderá ser segregado em fazes 
como: insumos e materiais, em produção, em CDs, em prateleira, entre etc.. 
 
No ativo não circulante apresentam-se os: 
• Ativo realizável a longo prazo: São os direitos que somente poderão ser 
convertidos após o término do exercício fiscal. No entanto, com o passar do 
tempo, esses direitos serão transferidos para o ativo circulante; 
• Investimento: São aplicações que não se destinam a apoiar a atividade 
empresarial. São recursos aplicados em sociedades coligadas ou controladas, 
investimentos em obras de arte e financeiro ou imóveis como investimento, 
sem uso na operação; 
• Imobilizado: Todos os bens tangíveis que são utilizados na operação; 
• Intangível: São os bens imateriais destinado a manter a operação. São 
exemplos o ponto ou fundo de comércio, um software de gestão, desde que 
se conheça o custo para a aquisição. 
 
 
 
 
18 
 
 
No passivo circulante apresentam-se as obrigações que a empresa ainda não 
quitou, e que vencem no curto prazo, ou antes da finalização do exercício social. 
Abaixo alguns exemplos mais utilizados: 
• Duplicatas a pagar ou Fornecedores: Obrigações com fornecedores, que 
não foram pagas à vista, relativo a prestação de serviços e fornecimento de 
insumos, materiais e mercadorias; 
• Impostos a pagar ou a recolher: Provisão para pagamento de impostos 
como PIS, COFINS, ISSQN, ICMS, IPI, CSLL e IRPJ; 
• Salários a pagar: Salário dos funcionários que serão pagos no mês 
subsequente ao trabalhado. Pode-se incluir as provisões para férias e 13º 
salário; 
• Encargos sociais a pagar: Obrigações a recolher, relativo a contratos 
trabalhistas como INSS ou FGTS; 
• Outras obrigações de curto prazo: Dividendos a pagar no curto prazo, 
conta de fornecedores como luz, água, internet e telefonia. 
No passivo não circulante figura-se o Exigível a longo prazo, ou seja, obrigações que 
vão vencer após o encerramento social. Neste grupo de contas apresenta-se: 
• Papéis de longo prazo como debêntures a resgatar; 
• Empréstimos e financiamentos contraídos junto a instituições financeiras, com 
vencimento após o exercício social. 
• Empréstimos recebidos de coligadas ou controladas. 
 
Por último, no balanço, são apresentadas as contas relativo ao Patrimônio Líquido, 
ou seja, os recursos destinados aos proprietários (cotistas ou acionistas). Neste 
grupo são comuns as contas: 
• Capital Social: São os recursos que os sócios ou acionistas já integralizaram 
e os posteriores aportes feito pelos mesmos. Também aparecem os valores 
dos lucros que já foram reservados para incorporar no capital; 
• Reservas de Capital: Patrimônios que foram acrescidos, mas que não foram 
obtidos pelas receitas operacionais; 
 
 
 
 
 19 
 
 
• Reservas de lucro: Parte do lucro que foi destinada a futuros investimentos e 
que se incorporaram ao capital social; 
• Ajustes de avaliação patrimonial: Resultado da reavaliação patrimonial, 
devido a diferença entre o valor registrado e o real valor de mercado de 
determinado bem; 
• Prejuízos acumulados: possíveis prejuízos de exercícios anteriores; 
• Ações em tesouraria: Ações fora de circulação e que foram adquiridas pela 
empresa, para dedução futura no PL. 
 
Na DRE os termos mais usuais são: 
 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
Receita Bruta de Vendas 
( - ) Deduções (Perdas, desperdícios, devoluções, glosas, etc) 
( - ) Impostos sobre vendas (PIS, COFINS, ISSQN, ICMS, IPI, alíquota SIMPLES 
Receita Líquida de Vendas 
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
( - ) Custo dos Serviços Prestados (CSP) 
( = ) Lucro Bruto 
( - ) Despesas operacionais/Administrativas (Back office) 
( - ) Despesas com impostos (PIS, COFINS, IPI ou ISSQN ou ICMS) 
( - ) Despesas não operacionais 
( - ) Outras Despesas 
( + ) Receitas não Operacionais 
( + ) Outras Receitas 
Lucro Antes dos Juros e Imposto de Renda (LAJIR) 
Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA) 
Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization (EBITDA) 
( - ) Despesas Financeiras (Juros pagos a credores) 
( + ) Receitas Financeiras (Juros recebido de intermediários Financeiros e 
clientes) 
( - ) Depreciação, amortização ou Exaustão 
Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) 
( - ) Impostos Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 
( - ) Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) 
Lucro Após os Impostos 
( - ) Distribuição de Lucros e Participações de funcionários 
Lucro Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício - DRE é um modelo ou relatório contábil 
de muita importância, já que é útil para apresentar o resultado do exercício. Em 
obediência ao regime de competência, ela registra as receitas e deduz os custos e 
as diversas despesas, demonstrando o lucro ou o prejuízo do período analisado. As 
constas mais comuns são: 
• Receita Bruta de Vendas: É exatamente o valor proveniente das vendas de 
produtos, mercadorias ou serviços, de indústrias, comércio e serviços 
respectivamente; 
• Deduções: refere-se a reduções das receitas devido ao pagamento de 
impostos sobre vendas ou devoluções, abatimentos, descontos, vendas 
canceladas ou perdas. 
• Custos: refere-se aos gastos diretos para produzir ou vender. Podem ser os 
Custos dos Produtos Vendidos (CPV) no caso das indústrias, Custo das 
Mercadorias Vendidas (CMV) para empresas comerciais e Custo dos 
Serviços Prestados (CSP) para as empresas que prestam serviços. 
• Despesas Operacionais: Trata-se de gastos para manutenção da operação 
tais como as despesas administrativas, de vendas, financeiras. 
• Despesas e Receitas não operacionais: São os gastos os ganhos que não 
possuem relação com a operação da empresa, como a venda ou compra de 
um bem; 
• Provisão para CSLL e IRPJ: O pagamento destes impostos após neste 
momento somente é direcionado para empresas optantes pelo lucro real. 
Neste caso, a provisão deve ser calculada com base no Lucro antes dos 
Impostos ou LAIR. Para empresas optantes pelo simples ou lucro presumido, 
a base de cálculo é a receita de vendas. Na opção pelo Simples, a alíquota já 
contempla estes encargos. 
• Participações e contribuições: São os valores das parcelas de resultados 
destinadas aos funcionários, gestores e proprietários, com base no lucro 
obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
Atividade de fixação 1 - Faça a adequada classificação das contas abaixo, 
elaborando o fechamento do Balanço Patrimonial 
 
Conta Valor Conta Valor 
Capital Social R$65.000,00 Água, Telefonia e Luz R$412,00 
Salários a pagar R$3.950,00 Caixa R$8.543,00 
Máquina e Equipamentos R$52.000,00 Impostos a pagar R$1.200,00 
Lucro ou Prejuízo R$11.613,00 Terrenos e Edificações R$125.000,00 
Financiamentos LP R$103.600,00 Contas a receber de Clientes R$25.500,00 
Fornecedores R$11.388,00 Estoque R$11.120,00 
VeículosR$5.000,00 Aplicações Financeiras R$5.000,00 
Empréstimos Bancários CP R$35.000,00 
 
 
ATIVO (Bens e Direitos) PASSIVO (Obrigações) 
 PASSIVO CIRCULANTE (PC) 
 
 
 
 
 
 
 PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 
 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (ELP) 
 
 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO (PL) 
 
 
 
 
ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL 
 
 
Atividade de fixação 2 - Agora elabore uma DRE, classificando as contas 
abaixo: 
 
Conta Valor Conta Valor 
Pagamento de Juros R$2.850,00 Despesas com Salário R$6.150,00 
Receita bruta de vendas R$34.500,00 Outras despesas R$53,00 
Custos dos Produtos R$12.512,00 Impostos sobre venda R$1.322,00 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
Contas Valor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade de fixação 3 
No dia 12/06/X1, Rodolfo e Abreu resolveram abrir uma pequena confecção para 
atender um nicho de mercado pouco assistido. A ideia seria atender consumidores 
com estatura superior 1,90 metros, já que a média de altura da população brasileira 
tem aumentado nos últimos anos. A empresa Crescer Ltda iniciou a empresa com 
um capital social de R$65.000,00, sendo integralizado totalmente, com 50% para 
cada sócio. 
Elabore o balanço da empresa Crescer Ltda, a partir das informações acima e à 
medida que novas informações surgirem. 
1. No dia 20/06/X1 resolvem comprar algumas máquinas por R$20.000,00, sendo 
R$6.000,00 à vista e R$14.000,00 em 4 parcelas fixas. 
2. No mesmo dia compram matéria-prima no valor de R$5.000,00, financiada pelo 
fornecedor em 30, 60 e 90 dias. 2 faturas de R$1.500 e a última de 2000. 
3. No dia 25/06/X1 realizam um CDB no Banco do Brasil no valor de R$25.000,00. 
4. Neste mesmo dia compram de uma moto à vista, para entregas rápidas, no valor 
de R$5.000,00. 
5. No dia 28/06/X1 realizam a primeira venda de produtos acabados para clientes, 
no valor de R$9.000,00, sendo R$1.000,00 à vista e R$8.000,00 em 4 parcelas 
iguais e sucessivas. Com esse primeiro faturamento, foi gasto R$4.000,00 da 
matéria-prima. 
 
 
 
 
 23 
 
 
6. Reconhecem salários a pagar no valor de R$2.200,00, para pagamento no dia 05 
do mês subsequente. 
7. Reconhecem Impostos a pagar no valor de R$800,00, para serem pagos no dia 
10 do mês subsequente. 
8. No dia 30/06/X1 autorizam um resgate de R$20.000,00 da aplicação financeira. 
9. Neste mesmo dia compram de matéria-prima no valor de R$10.000,00 à vista. 
10. No dia 05/07/X1 efetuam o pagamento dos salários no valor de R$2.200,00. 
11. No dia 10/07/X1 efetuam o pagamento dos impostos no valor de R$800,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
Balanço Patrimonial – Empresa Crescer Ltda 
 
PERÍODO (X1) 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 
 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
TOTAL TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Além do balanço patrimonial, elabore também a DRE da empresa Crescer LTDA 
 
DRE – Empresa Crescer Ltda 
Receita Bruta de Vendas 
( - ) Deduções e impostos sobre a receita 
Receita Líquida de Vendas 
( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
Lucro Bruto 
( - ) Despesas operacionais 
LAJIR 
( - ) Resultado financeiro (juros pagos e recebidos) 
LAIR 
( - ) Impostos (IRPJ e CSLL) 
Lucro após os Impostos 
Distribuição de lucro e Participação Funcionários 
Lucro Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
 
Atividade de Fixação 4 – Contabilize os novos fatos ocorridos na empresa 
Rodolfo e Abreu estão indo bem, inclusive abrindo outro exercício social. Novos 
fatos estão acontecendo na empresa, que precisam ser registrados. 
12. No dia 05/07/X1 efetuam um pagamento de R$53,00 referente a tarifa bancária. 
13. Em 05/07/X1 compram maquinário no valor de R$32.000,00, sendo R$12.000,00 
à vista e R$20.000,00 parcelado pelo BNDES em 10 parcelas fixas. 
14. Em 10/07/X1 compram matéria-prima no valor de R$8.000,00, totalmente 
financiado pelo fornecedor em 30 dias. 
15. Neste mesmo dia reconhecem salários a pagar no valor de R$3.950,00. 
16. No dia 15/07/X1 realizam uma venda de produtos acabados para clientes no 
valor de R$22.500,00, sendo R$5.000,00 à vista e R$17.500,00 à prazo. Baixa de 
R$6.500,00 na conta estoque. 
17. No mesmo dia realizam pagamento de R$522,00 referente a impostos. 
18. No dia 18/07/X1 compram caixas de papelão para embalagens no valor de 
R$632,00, à vista. 
19. Enfim, no dia 26/07/X1 realizam outra venda de produtos acabados no valor de 
R$3.000,00 à vista. Com baixa de R$1.780,00 no estoque de matéria-prima e mais 
R$232,00 em embalagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Balanço Patrimonial – Empresa Crescer Ltda 
 
PERÍODO (X2) 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 
 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE PATRIMÔNIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
TOTAL TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
 
 
 
 
DRE – Empresa Crescer Ltda 
Receita Bruta de Vendas 
( - ) Deduções e impostos sobre a receita 
Receita Líquida de Vendas 
( - ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
Lucro Bruto 
( - ) Despesas operacionais 
LAJIR 
( - ) Resultado financeiro (juros pagos e recebidos) 
LAIR 
( - ) Impostos (IRPJ e CSLL) 
Lucro após os Impostos 
Distribuição de lucro e Participação Funcionários 
Lucro Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
4 Análise com Base em Índices Financeiros 
 
Os principais instrumentos para levantamento dos indicadores financeiros são o 
Balanço Patrimonial e a DRE. Os principais interessados nestes índices são os 
investidores, credores e administradores. Saber calcular é importante, mas 
interpretar os índices requer muitasensibilidade e conhecimento. 
Os índices podem ser de dois tipos: 
• Corte transversal ou benchmarking: comparação de índices de diferentes 
empresa em uma determinada data. Pode se comparar com empresas similares, 
setor ou empresa a ser imitada (concorrente). 
Exemplo: o setor tem um giro de estoque de 7,50 e a empresa analisada um giro de 
11,50. Portanto, o estoque girava bem mais rápido que os concorrentes, 
demonstrando maior efetividade operacional. Apresentar um índice com valor 
superior é sempre melhor? 
• Séries temporais: avalia o desempenho próprio da empresa ao longo do 
tempo, possibilitando uma indicação de tendências. Uma variação significativa pode 
indicar um problema. É útil para a comparação de índices financeiros em relação a 
diversas datas. Neste caso aparece a oportunidade de verificar tendências. 
• Análise combinada: É a mais precisa. Utiliza a análise de corte transversal 
com a análise de séries temporais. Ajuda avaliar a tendência de comportamento de 
um índice em relação à tendência observada em um setor. 
 
20X1 20X2 20X3 20X4 20X5 20X6
 
 
 
 
 31 
 
 
Como são agrupamentos dos principais índices por categorias: 
 Índices que medem risco: liquidez, atividade, endividamento 
 
 Índices que medem retorno: rentabilidade 
 
 Índice que medem risco e retorno: valor de mercado 
 
4.1 Índices de liquidez 
 
Visam medir a capacidade de pagamento, em outras palavras – se existe folga. 
 
Índice de liquidez geral: É um índice que demonstra a saúde financeira da 
empresa, indicando sua capacidade de honrar compromissos de longo prazo. 
Resultado acima de 1,0 indica que a empresa possui bens e direitos suficientes para 
liquidar seus compromissos com sobra. 
 
 
ativo circulante + ativo realizável a longo prazo/passivo circulante + passivo 
exigível a longo prazo 
 
 
Índice de liquidez corrente: É um dos índices mais utilizados em análise por 
credores/fornecedores. Mede a capacidade da empresa em saldar seus 
compromissos de curto prazo. Normalmente, quanto maior for o índice, maior é a 
capacidade de pagamento. Enquanto resultados acima de 1,0 revela folga, valores 
abaixo desse índice revela aperto. Alguns casos devem ser analisados 
separadamente, principalmente considerando algumas especificidades de setores. 
 
ativo circulante/passivo circulante 
 
Índice de liquidez seca: adota-se a mesma equação da liquidez corrente, mas com 
a exclusão dos estoques. O motivo é para evitar imprecisão na análise, uma vez que 
os estoques possuem características pouco confiáveis, principalmente quanto a 
certeza do seu valor de mercado e baixa liquidez. Resultados acima de 1,0 indica a 
sobra após saldar compromissos de curto prazo. 
 
 
ativo circulante – estoques/passivo circulante 
 
 
 
 
 
32 
 
 
4.2 Índices de Atividade ou Rotação 
 
Medem com que velocidade a empresa converte suas atividades em vendas ou 
caixa, ou seja, visam mensurar a duração do ciclo operacional desde a aquisição de 
insumos ou mercadorias até o recebimento das vendas. 
 
Prazo médio de estocagem: apresenta o tempo médio que a empresa leva para 
repor seus estoques. Normalmente deve ser o menor possível, mas sem afetar o 
nível de estoque ideal. 
 
 
estoque médio x 365/custos dos produtos vendidos ou CMV 
 
 
O giro de estoque também é útil para apresentar quantas vezes a empresa gira o 
estoque no ano. 
 
 
custos dos produtos vendidos ou CMV/estoque médio 
 
 
 
Prazo médio de recebimento: demonstra quanto tempo médio a empresa deverá 
esperar para receber suas vendas efetuadas a prazo para seus clientes. 
 
contas a receber/vendas médias diárias 
 
 
Prazo médio de pagamento: apresenta quanto tempo médio a empresa leva para 
pagar seus fornecedores. 
 
contas a pagar/compras médias diárias 
 
 
Giro do ativo total: apresenta quanto que cada R$1,00 aplicado no ativo gera de 
vendas na empresa. 
 
vendas/ativo total 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
4.3 Índices de Endividamento 
 
 
Demonstra o nível de participação de capital de terceiros na atividade da empresa e 
a estrutura de capital adotada. 
 
 
Índice de endividamento geral: estabelece a participação de terceiros na empresa, 
em relação ao total investido. 
 
 
passivo exigível total/ativo total 
 
 
Índice de cobertura de juros: demonstra quanto a empresa gera de receitas para 
honrar compromissos com pagamento de juros. Portanto, para cada R$1,00 de 
receita operacional, quanto será gasto com pagamento de juros? 
 
LAJIR/juros 
 
 
Composição do endividamento: demonstra a concentração do endividamento a 
curto prazo. 
 
 
Passivo Circulante/Passivo Circulante + ELP 
 
 
Índice de participação de capital de terceiros: estabelece a relação entre capital 
de terceiros e capital próprio, ou seja, a estrutura de capital da empresa. 
 
 
Passivo Circulante + ELP/PL 
 
 
Imobilização do capital próprio: apresenta quanto a empresa aplicou no ativo 
permanente para cada R$1,00 investido pelos sócios. 
 
 
Ativo Permanente/PL 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
Imobilização dos recursos não permanentes: demonstra quanto a empresa 
imobiliza em relação aos recursos captados no longo prazo. 
 
 
 
Ativo Permanente/PL + ELP 
 
4.4 Índices De Rentabilidade 
 
Possibilita demonstrar o retorno ou rentabilidade de todo capital investido e se há 
eficiência de gestão. 
 
 
Margem de lucro bruto: Estabelece quanto a empresa obtém de lucro bruto para 
cada R$1,00 de receita liquida. Lembre-se que a empresa ainda precisa cobrir 
outras despesas e ainda gerar lucro. 
 
 
receitas de vendas – CPV/receitas de vendas liquidas 
 
Margem de lucro operacional: Estabelece uma análise de desempenho, já que 
leva em consideração as despesas operacionais. 
 
 
Resultado operacional/receita de vendas liquidas 
 
 
Margem de lucro líquido: É uma medida tradicionalmente utilizada pelos 
proprietários, pois avalia a sobra após um período de atividade. 
 
 
Lucro disponível aos acionistas ordinários/receita de vendas liquidas 
 
 
Lucro por ação (LPA): Muitos utilizada no mercado de ações, pois avalia o lucro 
para cada ação emitida pela empresa. 
 
 
Lucro disponível aos acionistas ordinários/número de ações ordinárias 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
Retorno do Ativo Total (ROA): Demonstra o retorno sobre todos os investimentos 
direcionados para a empresa, tanto de capital próprio quanto de terceiros. 
 
 
Lucro disponível aos acionistas ordinários/ativo total 
 
 
Retorno sobre o capital próprio (ROE): Apresenta o nível de remuneração 
destinado aos investidores das empresas, sócios, acionistas ou proprietários. 
 
Lucro disponível aos acionistas ordinários/patrimônio dos acionistas ordinários 
 
4.5 Índices de Valor de Mercado 
 
São índices especificamente para empresas com ações negociadas nas bolsas de 
valores. 
 
Índice Preço/Lucro (P/L): mede quanto os investidores estão dispostos a pagar por 
cada R$1,00 de lucro corrente. Às vezes P/L mais elevado demonstra empresas de 
crescimento, mas o índice não deve ser interpretado isoladamente. 
 
preço de mercado da ação ordinária/lucro por ação (LPA) 
 
 
Índice Preço/Valor Patrimonial (P/V): compara o valor de mercado do investimento 
em relação ao seu custo. Resultados inferiores a R$1,00 indicam que a empresa não 
tem criado valor para os acionistas. 
 
 
preço de mercado da ação ordinária/valor patrimonial da ação ordinária 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
No quadro abaixo, apresenta-se uma síntese e exemplosde análise por 
índices. Um outro esquema de apresentação dos índices pode ser obtido pela 
matriz DuPont. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIQUIDEZ 20X1 20X2 Equação
1 LIQUIDEZ GERAL 0,93 1,05 (AT+RLP) / PC + PnC)
2 LIQUIDEZ CORRENTE 1,30 1,78 AC / PC
3 LIQUIDEZ SECA 0,92 0,80 (AC - Estoques) / PC
4 LIQUIDEZ IMEDIATA 0,56 0,16 Disponível / PC
ESTRUTUA DE CAPITAL E TERCEIROS 20X1 20X2
5 Participação de Capitais de Terceiros 136% 83% C. Terceiros / PL
6 Composição do Endividamento 70% 58% PC / PC + PnC
7 Grau de Imobilização do PL 109% 96% AP / PL
8 Imobilização dos Recursos Não Correntes 78% 71% AP / (PL + PnC Oneroso)
9 Grau de Endividamento Oneroso 109% 59% Terceiros Onerosos / PL
RENTABILIDADE 20X1 20X2
10 MARGEM LÍQUIDA 3,03% 8,14% LL / Receiras Líquidas
11 MARGEM OPERACIONAL 4,66% 11,66% LO / Receitas Líquidas
12 MARGEM BRUTA 26,46% 33,10% LB / Receitas Líquidas
13 GIRO DO ATIVO 173,64% 213,36% Receitas Líquidas / AT
14 ROA 5,26% 17,38% LL / AT
15 ROE 12,41% 31,88% LL / PL
LUCRO LÍQUIDO APÓS IR
51.436R$ MARGEM LÍQUIDA
VENDAS 16,12%
318.987R$ 
ROA
6,52%
VENDAS
318.987R$ GIRO DO ATIVO TOTAL
ATIVO TOTAL 40,43%
789.078R$ ROE
11,37%
EXIGÍVEL TOTAL PASSIVO TOTAL E PL
336.505R$ 789.078R$ % AF
PL PL 174,35%
452.573R$ 452.573R$ 
20
X1
D
R
E
B
A
LA
N
Ç
O
 P
A
TR
IM
O
N
IA
L
 
 
 
 
 37 
 
 
5 Análise Horizontal e Vertical 
 
Uma outra análise muito comum entre acadêmicos e profissionais é a avaliação 
horizontal e vertical dos informes financeiros de uma empresa. O ideal é que 
possamos utilizar os 3 últimos balanços e DRE’s da empresa analisada. Mas o que 
vem a ser Horizontal e Vertical? 
A análise Horizontal é útil para comparar o comportamento das contas do balanço ou 
DRE, em um intervalo de tempo. 
Exemplo: vamos imaginar que o gerente financeiro de uma determinada empresa 
esteja interessado em avaliar como o estoque da empresa se comportou nos últimos 
3 anos. Ele deverá identificar estes valores no Ativo Circulante dos 3 balanços e fazer 
a análise se aumentou, reduziu o se manteve inalterado. Com esta informação ele 
poderá tomar algumas decisões importantes. 
Já a análise Vertical será útil para comparar como uma subconta do balanço ou DRE 
está relacionada com uma conta principal. 
Exemplo: usando a mesma conta estoque, imaginemos que este mesmo gerente 
agora precisa avaliar qual é a proporção do estoque em todo Ativo Circulante no 
último ano. 
Uma análise combinada também poderá ser requerida, investigando como esta 
proporção se comportou nos 3 anos analisados. 
Os tomadores de decisão das empresas poderão minimizar os erros, utilizando 
efetivamente todas estas análises aqui apresentadas. 
Em seguida, seguem alguns exemplos de planilhas que foram preparadas para 
apontar as análises horizontal e vertical conjuntamente. Inicialmente é preciso 
parametrizar os balanços em uma planilha, já que poderá haver diferenças entre as 
contas de dois anos diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
2011
%
 AV
2012
%
 AV
%
 A
H
2013
%
 AV
%
 A
H
%
 A
H
M
ÉD
IA 11/12
M
ÉD
IA 12/13
%
 
A %
 
A %
 
A %
 
A %
 
A %
 
A
ATIV
O
 C
IR
C
U
LA
N
TE
 R
$ 1.368.768 
55,41%
 R
$1.867.463 
58,61%
36,43%
 R
$2.618.324 
62,33%
40,21%
91,29%
 R
$ 1.618.116 
 R
$ 2.242.894 
C
aixa e equivantes de caixa
 R
$ 431.412 
17,46%
 R
$ 581.994 
18,27%
34,90%
 R
$ 789.086 
18,79%
35,58%
82,91%
 R
$ 506.703 
 R
$ 685.540 
C
ontas a receber de clientes
 R
$ 507.036 
20,52%
 R
$ 648.400 
20,35%
27,88%
 R
$1.268.370 
30,20%
95,62%
150,15%
 R
$ 577.718 
 R
$ 958.385 
FID
C
 R
$ - 
0,00%
 R
$ 150.000 
4,71%
 R
$ - 
0,00%
 R
$ 75.000 
E
stoques
 R
$ 368.780 
14,93%
 R
$ 416.120 
13,06%
12,84%
 R
$ 452.247 
10,77%
8,68%
22,63%
 R
$ 392.450 
 R
$ 434.184 
Im
postos a recuperar
 R
$ 28.438 
1,15%
 R
$ 42.647 
1,34%
49,96%
 R
$ 62.050 
1,48%
45,50%
118,19%
 R
$ 35.543 
 R
$ 52.349 
O
utras contas a receber
 R
$ 25.147 
1,02%
 R
$ 23.874 
0,75%
-5,06%
 R
$ 44.008 
1,05%
84,33%
75,00%
 R
$ 24.511 
 R
$ 33.941 
D
espesas antecipadas
 R
$ 7.955 
0,32%
 R
$ 4.428 
0,14%
-44,34%
 R
$ 2.563 
0,06%
-42,12%
-67,78%
 R
$ 6.192 
 R
$ 3.496 
ATIV
O
 N
Ã
O
-C
IR
C
U
LA
N
TE
 R
$ 1.101.569 
44,59%
 R
$1.318.579 
41,39%
19,70%
 R
$1.582.166 
37,67%
19,99%
43,63%
 R
$ 1.210.074 
 R
$ 1.450.373 
R
ealizável a longo prazo
D
epósitos judiciais
 R
$ 6.147 
0,25%
 R
$ 6.915 
0,22%
12,49%
 R
$ 6.777 
0,16%
-2,00%
10,25%
 R
$ 6.531 
 R
$ 6.846 
Im
postos a recuperar
 R
$ 17.277 
0,70%
 R
$ 28.160 
0,88%
62,99%
 R
$ 30.937 
0,74%
9,86%
79,06%
 R
$ 22.719 
 R
$ 29.549 
O
utras contas a receber
 R
$ 4.564 
0,18%
 R
$ 1.537 
0,05%
-66,32%
 R
$ 5.237 
0,12%
240,73%
14,75%
 R
$ 3.051 
 R
$ 3.387 
IR
P
J e C
S
LL diferidos
 R
$ 70.174 
2,84%
 R
$ 80.258 
2,52%
14,37%
 R
$ 64.303 
1,53%
-19,88%
-8,37%
 R
$ 75.216 
 R
$ 72.281 
FID
C
 
 R
$ 150.000 
6,07%
 R
$ - 
0,00%
0,00%
 
Total R
LP
 R
$ 248.162 
10,05%
 R
$ 116.870 
3,67%
-52,91%
 R
$ 107.254 
2,55%
-8,23%
-56,78%
 R
$ 182.516 
 R
$ 112.062 
Investim
entos
 R
$ 183.641 
7,43%
 R
$ 249.809 
7,84%
36,03%
 R
$ 303.845 
7,23%
21,63%
65,46%
 R
$ 216.725 
 R
$ 276.827 
Im
obilizado
 R
$ 579.064 
23,44%
 R
$ 811.129 
25,46%
40,08%
 R
$1.012.675 
24,11%
24,85%
74,88%
 R
$ 695.097 
 R
$ 911.902 
Intangível
 R
$ 90.702 
3,67%
 R
$ 140.771 
4,42%
55,20%
 R
$ 158.392 
3,77%
12,52%
74,63%
 R
$ 115.737 
 R
$ 149.582 
ATIV
O
 TO
TA
L
 R
$ 2.470.337 
 R
$3.186.042 
28,97%
 R
$4.200.490 
31,84%
70,04%
 R
$ 2.828.190 
 R
$ 3.693.266 
ATIVO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
 
 
2011
%
 AV
2012
%
 AV
%
 A
H
2013
%
 AV
%
 A
H
%
 A
H
M
ÉD
IA 11/12
M
ÉD
IA 12/13
%%%
PA
S
S
IV
O
 C
IR
C
U
LA
N
TE
 R
$ 902.346 
36,53%
 R
$1.151.526 
36,14%
27,61%
 R
$1.620.667 
38,58%
40,74%
79,61%
 R
$ 1.026.936 
 R
$ 1.386.097 
E
m
préstim
os e financiam
entos
 R
$ 29.746 
1,20%
 R
$ 35.861 
1,13%
20,56%
 R
$ 44.614 
1,06%
24,41%
49,98%
 R
$ 32.804 
 R
$ 40.238 
Financiam
entos arrend. M
ercantil
 R
$ 5.813 
0,24%
 R
$ 6.931 
0,22%
19,23%
 R
$ 7.193 
0,17%
3,78%
23,74%
 R
$ 6.372 
 R
$ 7.062 
Financ. O
per. S
erv. Financ. FID
C
 R
$ 35.5741,44%
 R
$ 81.165 
2,55%
128,16%
 R
$ 450.658 
10,73%
455,24%
######
 R
$ 58.370 
 R
$ 265.912 
Financiam
entos das im
portações
 R
$ 11.224 
0,45%
 R
$ 79.176 
2,49%
605,42%
 R
$ 72.808 
1,73%
-8,04%
548,68%
 R
$ 45.200 
 R
$ 75.992 
Fornecedores
 R
$ 375.221 
15,19%
 R
$ 412.577 
12,95%
9,96%
 R
$ 435.376 
10,36%
5,53%
16,03%
 R
$ 393.899 
 R
$ 423.977 
Im
postos e contribuiçòes a recolher
 R
$ 227.549 
9,21%
 R
$ 261.890 
8,22%
15,09%
 R
$ 259.779 
6,18%
-0,81%
14,16%
 R
$ 244.720 
 R
$ 260.835 
S
alários e férias a pagar
 R
$ 44.787 
1,81%
 R
$ 76.248 
2,39%
70,25%
 R
$ 83.026 
1,98%
8,89%
85,38%
 R
$ 60.518 
 R
$ 79.637 
A
luguéis a pagar
 R
$ 33.405 
1,35%
 R
$ 33.847 
1,06%
1,32%
 R
$ 31.349 
0,75%
-7,38%
-6,15%
 R
$ 33.626 
 R
$ 32.598 
O
brigações estatutárias
 R
$ 88.428 
3,58%
 R
$ 95.968 
3,01%
8,53%
 R
$ 103.093 
2,45%
7,42%
16,58%
 R
$ 92.198 
 R
$ 99.531 
P
rovisão para riscos cíveis e trabalhistas
 R
$ 18.846 
0,76%
 R
$ 18.529 
0,58%
-1,68%
 R
$ 17.380 
0,41%
-6,20%
-7,78%
 R
$ 18.688 
 R
$ 17.955 
O
utras obrigações
 R
$ 31.753 
1,29%
 R
$ 49.334 
1,55%
55,37%
 R
$ 115.391 
2,75%
133,90%
263,40%
 R
$ 40.544 
 R
$ 82.363 
PA
S
S
IV
O
 N
Ã
O
-C
IR
C
U
LA
N
TE
 R
$ 412.993 
16,72%
 R
$ 728.833 
22,88%
76,48%
 R
$1.086.570 
25,87%
49,08%
163,10%
 R
$ 570.913 
 R
$ 907.702 
E
m
préstim
os e financiam
entos
 R
$ 24.276 
0,98%
 R
$ 12.138 
0,38%
-50,00%
 R
$ - 
0,00%
-100,00%
-100,00%
 R
$ 18.207 
 R
$ 6.069 
Financiam
entos arrend. M
ercantil
 R
$ 5.148 
0,21%
 R
$ 36.399 
1,14%
607,05%
 R
$ 31.157 
0,74%
-14,40%
505,23%
 R
$ 20.774 
 R
$ 33.778 
Financ. O
per. S
erv. Financ. FID
C
 R
$ - 
0,00%
 R
$ - 
0,00%
 R
$ - 
0,00%
 
 
 R
$ - 
D
ebêntures
 R
$ 298.057 
12,07%
 R
$ 596.622 
18,73%
100,17%
 R
$1.015.689 
24,18%
70,24%
240,77%
 R
$ 447.340 
 R
$ 806.156 
Im
postos e contribuiçòes a recolher
 R
$ 22.451 
0,91%
 R
$ - 
0,00%
 R
$ - 
0,00%
 R
$ - 
P
rovisão para riscos tributários
 R
$ 46.934 
1,90%
 R
$ 75.329 
2,36%
60,50%
 R
$ 31.683 
0,75%
-57,94%
-32,49%
 R
$ 61.132 
 R
$ 53.506 
D
ébitos com
 em
presas ligadas
 R
$ 8.061 
0,33%
 R
$ 2.662 
0,08%
-66,98%
 R
$ 4.888 
0,12%
83,62%
-39,36%
 R
$ 5.362 
 R
$ 3.775 
O
utras obrigações
 R
$ 8.066 
0,33%
 R
$ 5.683 
0,18%
-29,54%
 R
$ 3.153 
0,08%
-44,52%
-60,91%
 R
$ 6.875 
 R
$ 4.418 
P
atrim
ônio Liquido
 R
$ 1.154.998 
46,75%
 R
$1.305.683 
40,98%
13,05%
 R
$1.493.253 
35,55%
14,37%
29,29%
 R
$ 1.230.341 
 R
$ 1.399.468 
C
apital S
ocial
 R
$ 421.683 
17,07%
 R
$ 461.595 
14,49%
9,46%
 R
$ 719.735 
17,13%
55,92%
70,68%
 R
$ 441.639 
 R
$ 590.665 
R
eservas de capital
 R
$ 191.642 
7,76%
 R
$ 207.768 
6,52%
8,41%
 R
$ 220.907 
5,26%
6,32%
15,27%
 R
$ 199.705 
 R
$ 214.338 
R
eservas de lucros
 R
$ 539.533 
21,84%
 R
$ 637.061 
20,00%
18,08%
 R
$ 547.794 
13,04%
-14,01%
1,53%
 R
$ 588.297 
 R
$ 592.428 
A
justes de avaliação patrim
onial
 R
$ 2.140 
0,09%
-R
$ 741 
-0,02%
 R
$ 4.817 
0,11%
-750,07%
125,09%
 R
$ 700 
 R
$ 2.038 
PA
S
S
IV
O
 TO
TA
L
 R
$ 2.470.337 
 R
$3.186.042 
28,97%
 R
$4.200.490 
31,84%
70,04%
 R
$ 2.828.190 
 R
$ 3.693.266 
2011
%
 AV
2012
%
 AV
%
 A
H
2013
%
 AV
%
 A
H
%
 A
H
M
ÉD
IA 11/12
M
ÉD
IA 12/13
%%%
R
eceita Líquida com
 venda de m
ercadorias
2.795.085
R
$ 
90,0%
3.303.394
R
$ 
90,6%
18,19%
3.716.377
R
$ 
90,8%
12,50%
32,96%
3.049.240
R
$ 
3.509.886
R
$ 
R
eceita Líquida com
 produtos e serv. Financ.
310.746
R
$ 
10,0%
342.020
R
$ 
9,4%
10,06%
378.026
R
$ 
9,2%
10,53%
21,65%
326.383
R
$ 
360.023
R
$ 
R
E
C
E
ITA LÍQ
U
ID
A
3.105.831
R
$ 
3.645.414
R
$ 
17,37%
4.094.403
R
$ 
12,32%
31,83%
 R
$ 3.375.623 
 R
$ 3.869.909 
C
ustos das vendas de m
ercadorias
1.317.873
-R
$ 
-42,4%
1.525.556
-R
$ 
-41,8%
15,76%
1.738.359
-R
$ 
-42,5%
13,95%
31,91%
1.421.715
-R
$ 
1.631.958
-R
$ 
C
ustos dos produtos e serviços financeiros
20.884
-R
$ 
-0,7%
17.834
-R
$ 
-0,5%
-14,60%
16.777
-R
$ 
-0,4%
-5,93%
-19,67%
19.359
-R
$ 
17.306
-R
$ 
C
U
S
TO
S
 D
A
S
 V
E
N
D
A
S
1.338.757
-R
$ 
-43,1%
1.543.390
-R
$ 
-49,7%
15,29%
1.755.136
-R
$ 
-56,5%
13,72%
31,10%
 R
$(1.441.074)
 R
$(1.649.263)
LU
C
R
O
 B
R
U
TO
1.767.074
R
$ 
56,9%
2.102.024
R
$ 
57,7%
18,96%
2.339.267
R
$ 
57,1%
11,29%
32,38%
 R
$ 1.934.549 
 R
$ 2.220.646 
D
espesas com
 vendas
746.428
-R
$ 
-24,0%
881.256
-R
$ 
-24,2%
18,06%
965.706
-R
$ 
-23,6%
9,58%
29,38%
813.842
-R
$ 
923.481
-R
$ 
D
espesas gerais e adm
inistrativas
239.610
-R
$ 
-7,7%
274.369
-R
$ 
-7,5%
14,51%
307.930
-R
$ 
-7,5%
12,23%
28,51%
256.990
-R
$ 
291.150
-R
$ 
P
erdas em
 crédito, liquidas
106.703
-R
$ 
-3,4%
110.619
-R
$ 
-3,0%
3,67%
118.634
-R
$ 
-2,9%
7,25%
11,18%
108.661
-R
$ 
114.627
-R
$ 
O
utros resultados operacionais
214.492
-R
$ 
-6,9%
274.112
-R
$ 
-7,5%
27,80%
290.002
-R
$ 
-7,1%
5,80%
35,20%
244.302
-R
$ 
282.057
-R
$ 
R
esultado de equivalência patrim
onial
10.897
R
$ 
0,4%
2.263
-R
$ 
-0,1%
4.244
-R
$ 
-0,1%
87,54%
-138,95%
4.317
R
$ 
3.254
-R
$ 
LA
JIR
/E
B
ITD
A
470.738
R
$ 
15,2%
559.405
R
$ 
18,0%
18,84%
652.751
R
$ 
21,0%
16,69%
38,67%
 R
$ 515.072 
 R
$ 606.078 
R
eceitas financeiras
49.763
R
$ 
1,6%
31.507
R
$ 
0,9%
-36,69%
50.057
R
$ 
1,2%
58,88%
0,59%
40.635
R
$ 
40.782
R
$ 
D
espesas financeiras
45.289
-R
$ 
-1,5%
78.949
-R
$ 
-2,2%
74,32%
115.516
-R
$ 
-2,8%
46,32%
155,06%
62.119
-R
$ 
97.233
-R
$ 
LA
IR
475.212
R
$ 
15,3%
511.963
R
$ 
16,5%
7,73%
587.292
R
$ 
18,9%
14,71%
23,59%
 R
$ 493.588 
 R
$ 549.628 
IR
P
J e C
S
LL
138.305
-R
$ 
-4,5%
156.562
-R
$ 
-4,3%
13,20%
179.888
-R
$ 
-4,4%14,90%
30,07%
147.434
-R
$ 
168.225
-R
$ 
LU
C
R
O
 LÍQ
U
ID
O
 D
O
 EXER
C
ÍC
IO
336.907
R
$ 
10,8%
355.401
R
$ 
11,4%
5,49%
407.404
R
$ 
13,1%
14,63%
20,92%
 R
$ 346.154 
 R
$ 381.403 
PA
SSIVO
D
em
on
stração d
o R
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ltad
o
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Atividade de Fixação 5 – Faça um diagnóstico a partir dos dados do balanço, já 
parametrizados e calculados, buscando avaliar a saúde financeira da indústria 
de alimentos. Correlacione com os índices econômico-financeiros. 
 
 
 
 
 
Exercícios
Leg Composição Valores AV% Valores AV% AH%
1 Ativo Circulante 16.243,00R$ 52,78% 15.334,00R$ 46,65% -5,60%
2 Disponível 7.010,00R$ 22,78% 1.340,00R$ 4,08% -80,88%
3 Duplicatas a receber 3.524,00R$ 11,45% 4.593,00R$ 13,97% 30,33%
4 Estoques 4.731,00R$ 15,37% 8.424,00R$ 25,63% 78,06%
5 Outras Contas 978,00R$ 3,18% 977,00R$ 2,97% -0,10%
6 Ativo não Circulante 14.533,00R$ 47,22% 17.539,00R$ 53,35% 20,68%
7 RLP 277,00R$ 0,90% 363,00R$ 1,10% 31,05%
8 Permanente 14.256,00R$ 46,32% 17.176,00R$ 52,25% 20,48%
9 Investimentos -R$ 0,00% 600,00R$ 1,83% 
10 Imobilizado 14.225,00R$ 46,22% 16.576,00R$ 50,42% 16,53%
11 Diferido 31,00R$ 0,10% -R$ 0,00% -100,00%
12 Total do Ativo 30.776,00R$ 32.873,00R$ 6,81%
Balanço Patrimonial - Indústria de Alimentos
20X1 20X2
Exercícios
Leg Composição Valores AV% Valores AV% AH%
1 Passivo Circulante 12.496,00R$ 40,60% 8.635,00R$ 26,27% -30,90%
2 Fornecedores 1.324,00R$ 4,30% 1.916,00R$ 5,83% 44,71%
3 Contas a Pagar 2.156,00R$ 7,01% 2.546,00R$ 7,74% 18,09%
4 Empréstimos Bancários 9.016,00R$ 29,30% 4.173,00R$ 12,69% -53,72%
5 
6 PASSIVO	NÃO	CIRCULANTE 5.229,00R$ 16,99% 6.322,00R$ 19,23% 20,90%
Financiamentos 660,00R$ 2,14% 1.270,00R$ 
7 Outras Contas 4.569,00R$ 14,85% 5.052,00R$ 15,37% 10,57%
8 Patrimônio Líquido 13.051,00R$ 42,41% 17.916,00R$ 54,50% 37,28%
9 Capital Social 4.068,00R$ 13,22% 4.068,00R$ 12,37% 
10 Reservas e Lucros acumulados 8.983,00R$ 29,19% 13.848,00R$ 42,13% 54,16%
11 
12 Total do Passivo 30.776,00R$ 32.873,00R$ 6,81%
Balanço Patrimonial - Indústria de Alimentos
20X1 20X2
 
 
 
 
 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios
Leg Composição Valores AV% Valores AV% AH%
1 Receita Bruta de Vendas 67.275,00R$ 125,89% 88.371,00R$ 31,36%
2 Deduções e impostos 13.835,00R$ 25,89% 18.234,00R$ 26,00% 31,80%
 
3 Receita Líquida de Vendas 53.440,00R$ 100,00% 70.137,00R$ 100,00% 31,24%
 
4 Custos de Produtos Vendidos 39.302,00R$ 73,54% 46.920,00R$ 66,90% 19,38%
5 Matéria-prima 29.476,00R$ 55,16% 35.190,00R$ 50,17% 19,39%
6 MOD/CIF 8.756,00R$ 16,38% 10.462,00R$ 14,92% 19,48%
7 Depreciação 1.070,00R$ 2,00% 1.268,00R$ 1,81% 18,50%
8 Lucro Bruto 14.138,00R$ 26,46% 23.217,00R$ 33,10% 64,22%
9 Despesas Operacionais 11.646,00R$ 21,79% 15.037,00R$ 21,44% 29,12%
10 Administrativas 5.518,00R$ 10,33% 4.140,00R$ 5,90% -24,97%
11 Comerciais 5.949,00R$ 11,13% 9.502,00R$ 13,55% 59,72%
12 Financeiras 179,00R$ 0,33% 1.395,00R$ 1,99% 679,33%
13 Operacionais -R$ 0,00% -R$ 0,00% 
14 Lucro Operacional 2.492,00R$ 4,66% 8.180,00R$ 11,66% 228,25%
15 Resultado não Operacional 2,00-R$ 0,00% 66,00R$ 0,09% -3400,00%
16 Lucro antes do IR e CSLL 2.494,00R$ 4,67% 8.114,00R$ 11,57% 225,34%
17 Provisão para IR e CSLL 871,00R$ 1,63% 2.402,00R$ 3,42% 175,77%
18 Lucro Líquido 1.623,00R$ 3,04% 5.712,00R$ 8,14% 251,94%
DRE - Indústria de Alimentos
20X1 20X2
LIQUIDEZ 20X1 20X2
1 LIQUIDEZ GERAL 0,93 1,05
2 LIQUIDEZ CORRENTE 1,30 1,78
3 LIQUIDEZ SECA 0,92 0,80
4 LIQUIDEZ IMEDIATA 0,56 0,16
ESTRUTUA DE CAPITAL E TERCEIROS 20X1 20X2
5 Participação de Capitais de Terceiros 136% 83%
6 Composição do Endividamento 70% 58%
7 Grau de Imobilização do PL 109% 96%
8 Imobilização dos Recursos Não Correntes 78% 71%
9 Grau de Endividamento Oneroso 109% 59%
RENTABILIDADE 20X1 20X2
10 MARGEM LÍQUIDA 3,03% 8,14%
11 MARGEM OPERACIONAL 4,66% 11,66%
12 MARGEM BRUTA 26,46% 33,10%
13 GIRO DO ATIVO 173,64% 213,36%
14 ROA 5,26% 17,38%
15 ROE 12,41% 31,88%
 
 
 
 
42 
 
 
6. Ciclo Operacional, financeiro e econômico 
 
Nos índices apresentados na seção 4.2, destacamos os índices de atividade ou 
rotatividade como ferramenta para definir os ciclos de conversão de caixa de uma 
empresa. Toda empresa tem sua operação definida. Uma empresa será destaque no 
seu setor caso apresente um Ciclo Operacional (CO) e Caixa ou Financeiro (CC) 
mais rápido e com a melhor qualidade. Portanto, utilizando os índices de Giro do 
Estoque, Giro do Contas a Receber de Clientes (Cobrança) e o Giro de Contas a 
Pagar, é possível definir o Ciclo Operacional de uma empresa. 
O prazo médio do ciclo operacional compreende o período da compra (PME) até o 
recebimento das vendas (PMR). Já o ciclo de caixa é definido pelo período entre o 
Prazo Médio de Pagamento (PMP) aos fornecedores até o Prazo Médio dos 
Recebimentos (PMR). Considera-se o período crítico no ciclo de atividade da 
empresa, o qual haverá um risco maior na gestão do caixa. Diante disso, a 
mensuração desse prazo é necessária, contribuindo para a definição na 
Necessidade de Investimento em Capital de Giro (NICG). 
A importância é grande, já que os eventos de pagamento dos fornecedores e 
recebimento das vendas não são sincronizados por natureza. Além disso, uma certa 
dose de incerteza é característica predominante nas contas a receber de clientes. 
Veja a figura abaixo: 
 
 
 
 
Eventos
Incertos
Sem
Sincronia
 
 
 
 
 43 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, toda empresa deverá retirar do seu balanço e DRE, os insumos para um 
diagnóstico mais preciso sobre as atividades, questionando possíveis gargalos ou 
pontos de melhorias. O diagrama abaixo apresenta uma visão facilitada para 
desenvolvimento das possíveis comparações com empresas concorrentes ou 
setores. 
 
 
 
Comprar' Estocar' Vender' Cobrar'
Pagar 
Entra Período Crítico 
Receber 
Qual valor? 
Quanto tempo? 
Diagrama tradicional do Ciclo Operacional e de Caixa 
 
 
 
 
44 
 
 
O diagrama abaixo um ciclo de caixa negativo, ou seja, a empresa deverá investir em 
capital de giro. Mas o ciclo poderá ser negativo, apontando para empresas que 
recebem antes e pagam depois, liberando-a para aplicar seus recursos com folga. 
 
Abaixo seguem as equações para definir os ciclos citados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PME = 365 / Giro de Estoque (GE)
GE = Custo Produtos Vendidos / 
Estoque Médio
PMR = 365 / Giro de Contas a Receber (GCR)
GCR = Vendas / Contas a Receber Médio
PMP = 365 / Giro Contas a Pagar (GCP)
GCP = Custo Produtos Vendidos / Contas a Pagar Médio
 
 
 
 
 45Vamos a um exemplo: Imagine uma empresa que leva 42 dias em média para 
comprar insumos, produzir, vender e 62 dias de prazo médio para os seus clientes 
pagarem. Além disso, calculou e percebeu que o prazo médio para pagamento aos 
fornecedores seja de 72 dias. Então o diagrama ficaria assim: 
 
 
 
 
 
 
 
Transformando estas informações em gráficos temos: 
Podemos afirmar que a empresa precisará revisar seu processo de compras, 
produção ou comercial, pois leva em média 19 dias a mais em relação aos 
concorrentes. Importantes perguntas poderão ser levantadas como indícios de 
irregularidades para apontamentos de soluções. 
PMP - 30 dias
PME - 42 dias PMR - 60 dias
55 
47 
46 
54 
46 
44 
0 20 40 60 80 100 120 
EMPRESA ANALISADA 
SETOR 
CONCORRENTE PERSEGUIDO 
CICLO OPERACIONAL 
PME 
PMR 
45 
41 
40 
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 
EMPRESA ANALISADA 
SETOR 
CONCORRENTE PERSEGUIDO 
Prazo Médio de Pagamento 
 
 
 
 
46 
 
 
Quanto ao prazo médio de pagamento, a empresa está se saindo melhor, pois 
consegue um prazo maior para pagar os fornecedores. 
Finalmente, a empresa deverá se preocupar, pois leva 15 dias a mais no ciclo de 
caixa, necessitando de mais investimento em capital de giro, por um prazo maior que 
os concorrentes, tornando a operação mais arriscada e cara. 
Para calcular o valor do investimento em capital de giro, a empresa deverá calcular as 
vendas diárias e multiplicar pelo Ciclo de Caixa. 
As vendas médias diárias poderá ser obtido dividindo a Receita Bruta (DRE) por 360. 
Supondo no exemplo que a receita bruta da empresa seja de R$1.250.000,00, então 
temos a seguinte resolução: 
NICG = (Receita Bruta / 360 ) x CC 
NICG = 1.250.000 / 360 ) x 65 
NICG = 3.472,22 x 65 è R$225.694,44 
 
Portanto, para uma operação segura, a empresa deverá investir em um valor próximo 
a R$200.000,00 para reduzir o risco de gestão do capital de giro. Uma operação 
financeira muito utilizada pelas empresas é a Conta Garantida com caução de 
recebíveis, tornando a taxa interessante. Importante é que a empresa nem sempre 
utilizará do limite. Somente nas emergências. 
Outra forma e a mais desejável, é avaliar todo o processo e tentar reduzir os prazos 
de produção e venda, além de tentar aumentar o prazo com os fornecedores. 
Vale ressaltar que o capital de giro vai varia na medida que as receitas aumentam, 
exigindo mais investimento ou retenção de lucros. O aumento no nível de vendas 
exigirá investimentos em capital de giro para financiar mais estoque, mais clientes, 
mais impostos e mais estrutura operacional. 
65 
52 
50 
0 10 20 30 40 50 60 70 
EMPRESA ANALISADA 
SETOR 
CONCORRENTE PERSEGUIDO 
Ciclo de Caixa 
 
 
 
 
 47 
 
 
Atividade de Fixação 6 – Abaixo apresenta-se uma comparação do giro de 
caixa (ciclo de caixa) de uma empresa que você está analisando e os números 
do concorrente. Os números finais do concorrente estão melhores, apontando 
que ele tem 9 dias a mais de fôlego na sua operação com a necessidade de 
capital de giro. Sem precisar pisar no pátio da empresa, somente com os 
números apontados no gráfico e entendendo que é uma indústria de 
cosméticos, quais possíveis indícios de irregularidades poderiam ser 
levantados e que poderiam refletir negativamente nos prazos, ou seja, na 
elevação da velocidade de produção? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30
45
32
75
43
34
PME
PMR
PMP
CO
CC
Giro	de	Caixa
(em	dias)
Concorrente Empresa A
 
 
 
 
48 
 
 
7. Alavancagem e Ponto de Equilíbrio 
 
Todo investidor que resolve colocar seus recursos em uma atividade, busca retornos 
superiores aos dos investimentos da renda fixa ou variável. Portanto, ao assumir o 
risco da atividade, toma decisões financeiras que contribua para a elevação dos 
resultados operacionais e líquido. Esse desempenho pode ser medido pelos graus de 
alavancagem operacional e financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alavancagem é o resultado da utilização de ativos ou fundos a um custo fixo, com 
objetivo de aumentar o retorno para os proprietários. Aumentos de alavancagem 
provoca a elevação dos retornos e riscos proporcionalmente. Os tipos de 
alavancagem podem ser: 
 
 
 Operacional: Relação entre receita e o Lajir 
 Financeira: Relação entre o Lajir e o LPA 
 Total: Relação entre receita de vendas e o LPA 
 
 
 
 
ALAVANCAGEM
Um aumento ou redução nas vendas, pode afetar significativamente o 
resultado final. 
CF
"Dê-me um ponto de apoio, e moverei o mundo.” Arquimedes
 
 
 
 
 49 
 
 
Alavancagem 
Operacional 
 Receita de Vendas 
Alavancagem 
Total 
( - ) Devoluções e Deduções com impostos 
( - ) Custos dos Produtos Vendidos 
Lucro Bruto 
( - ) Despesas Operacionais 
LAJIR 
Alavancagem 
Financeira 
 
( - ) Despesas Financeiras 
LAIR 
( - ) Impostos (IRPF e CSLL) 
Lucro Líquido 
( - ) Dividendos ou Distribuição do Lucro 
Lucro Líquido disponível para os Proprietários 
 
 
 
Para o maior entendimento do grau de alavancagem operacional (GAO) é importante 
conhecer primeiro os efeitos dos custos fixos nas operações da empresa, medido pelo 
pondo de equilíbrio 
 
7.1 Análise do ponto de equilíbrio (break-even-point) 
 
O Ponto de Equilíbrio (PE), também conhecido como análise custo – volume – lucro, é 
utilizado com objetivo de se conhecer: 
 
1 – Determinar o nível de operações necessário para cobrir todos os custos 
operacionais 
 
2 – Avaliar a rentabilidade associada a diversos níveis de vendas. 
 
O ponto de equilíbrio operacional está relacionado ao nível de vendas necessário 
para cobrir todos os custos e despesas operacionais. Portanto, o ponto de 
equilíbrio ocorre no momento em que receitas totais e os custos totais se equivalem – 
ou seja, não há nem lucro nem prejuízo. 
 
 
 
 
 
50 
 
 
7.2 Cálculo do ponto de equilíbrio operacional (produto único) 
Inicialmente, para calcular o ponto de equilíbrio operacional (Q), é necessário 
conhecer o custo dos produtos vendidos (mercadorias ou serviços), decompondo-os 
em fixos e variáveis. 
 
 Os custos (despesas) fixos são independentes do volume de vendas e estão 
relacionados com a função tempo. 
 
 Os custos (despesas) variáveis dependem diretamente do volume de vendas 
e não estão relacionados com o tempo. 
 
 
Para calcular o ponto de equilíbrio, é necessário conhecer as seguintes variáveis: 
 
P = Preço unitário de venda 
Q = número de unidades vendidas 
CF = custo operacional fixo por período 
CV = custo operacional variável por período/unidade 
 
Abaixo são apresentadas as equações que poderão ser utilizadas para o cálculo de 
quantidade, preço e nível de operações necessárias. 
 
 
Alavancagem 
Operacional 
 Receita de Vendas ⇒ (P . Q) 
( - ) Custos Operacionais Fixos ⇒ (CF) 
( - ) Custos Operacionais Variáveis ⇒ (CV . Q) 
LAJIR ⇒ LAJIR 
 
 
 
 
 51 
 
 
Repare que as 
equações acima 
foram agrupadas de 
baixo para cima. 
Note que o Pe é 
atingido quando o 
LAJIR fica zerado. 
Portanto, a equação poderá ser formada por: 
 
LAJIR = (P . Q) – (CF) – (CV . Q) 
 
Como ficou grande, podemos reduzir a equação com um novo arranjo: 
 
⇒ LAJIR = Q . (P – CV) – (CF) Equação 1 
 
(Esta equação serve para avaliarmos com lucro operacional atingimos o Pe) 
 
⇒ P = (LAJIR + CF + (CV . Q)) / Q Equação 2 
 
(Esta equação serve para avaliarmos a qual preço atingimos o Pe) 
 
⇒ 0

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