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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC 
Campus de São Miguel do Oeste 
Área de Ciências Sociais Aplicadas 
Curso de Administração 
Componente Curricular: Administração Financeira 
 
 
Carga horária: 60 horas/aula - 04 créditos 
7ª fase - 1º semestre/2015 
Prof. Adm Alex Fagner Martiny CRA/SC 20.938 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Administração Financeira 
2015/1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. CONCEITOS BÁSICOS 
1.1 O que são Finanças? 
No nível macro, as finanças são o campo de estudo de instituições financeiras e mercados 
financeiros e como funcionam dentro do sistema financeiro. No nível micro, as finanças são o 
estudo do planejamento financeiro, da gestão de ativos e da captação de fundos por empresas e 
instituições financeiras. 
 
1.2 Administração Financeira 
 
A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro 
numa empresa. Eles administram ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, 
financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes e pequenas, com ou sem fins 
lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, previsões 
financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de investimentos e 
captação de fundos. Nos últimos anos, as mudanças no ambiente econômico e regulatório 
elevaram a importância e a complexidade das responsabilidades do administrador financeiro. 
Como resultado, muitos altos executivos da indústria e do governo provêm da área financeira. 
A maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros, o administrador 
financeiro desempenha um papel crucial na operação da empresa. As pessoas de todas as áreas 
de responsabilidade da empresa – contabilidade, produção, marketing, recursos humanos, 
pesquisas e assim por diante – necessitam interagir com o pessoal de finanças, para realizar seu 
trabalho. Todos têm de justificar necessidades de acréscimos nos orçamentos, pois, devem 
preocupar-se com a avaliação do desempenho financeiro e defender propostas que tenham, pelo 
menos em parte, méritos financeiros, para conseguir recursos da alta administração. 
Naturalmente, o pessoal de finanças, para fazer previsões úteis e tomar decisões, precisa ter a 
disposição e a capacidade de conversar com todos, dentro da empresa. 
 
1.3 A Administração Financeira na empresa 
 
O porte e a relevância da função de administração financeira dependem do tamanho da 
empresa. Nas pequenas empresas, a função financeira geralmente é desempenhada pelo 
departamento de contabilidade. 
À medida que a empresa cresce, a função financeira se transforma em um departamento 
separado, diretamente ligado ao presidente da empresa, com a supervisão do diretor financeiro. 
 
1.4 Qual o principal objetivo da Administração Financeira? 
O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos 
sócios/acionistas. Para tanto, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser sintetizadas 
em três atividades básicas: 
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 Realizar Análise e Planejamento Financeiro; 
 Tomar Decisões de Investimentos; e 
 Tomar Decisões de Financiamento. 
 
As atividades empresariais envolvem recursos financeiros e orientam-se para a obtenção 
de lucros. Os recursos investidos na empresa pelos proprietários (capital próprio – Patrimônio 
Líquido) e por terceiros (capital de terceiros – Passivo não circulante) encontram-se aplicados 
em ativos empregados na produção e/ou comercialização de bens ou na prestação de serviços. 
As receitas obtidas com as operações devem ser suficientes para cobrir todos os custos e 
despesas incorridas e ainda gerar lucros. Paralelamente a esse fluxo econômico de resultados 
ocorre uma movimentação de numerário que deve permitir a liquidação dos compromissos 
assumidos, o pagamento de dividendos e a reinversão da parcela remanescente dos lucros. 
Neste contexto, a função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas 
com a gestão dos recursos (tanto o numerário movimentado pelas empresas, quanto os direitos e 
obrigações decorrentes das transações realizadas a crédito) movimentados por todas as áreas da 
empresa. Tal função, que possui um papel muito importante no desenvolvimento de todas as 
atividades operacionais, é responsável pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação 
de uma estratégia voltada para a otimização da aplicação desses recursos, contribuindo 
significativamente para o sucesso do empreendimento. 
O administrador financeiro gere ativamente a área financeira de qualquer tipo de 
organização, seja ela pública ou privada, grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos. 
 
1.5 Atribuições do Administrador Financeiro de uma Organização 
 
 Em termos gerais, o que chamamos de administrador financeiro, qualquer que seja o 
título específico de seu cargo - diretor financeiro, tesoureiro, controlador, vice-presidente de 
finanças, gerente financeiro, etc. - é o indivíduo ou grupo de indivíduos preocupados com: (1) a 
obtenção de recursos monetários para que a empresa desenvolva as suas atividades correntes e 
expanda a sua escala de operações, se assim for desejável, e (2) a análise da maneira (eficiência) 
com a qual os recursos obtidos são utilizados pelos diversos setores e nas várias áreas de atuação 
da empresa. 
Via de regra, a função financeira caracteriza-se pela sua centralização e por estar situada 
bem perto do nível mais alto da estrutura organizacional. Na verdade, administrador financeiro é 
um membro do grupo assessor da alta direção de qualquer empresa. 
 
 Essa posição central tem duas explicações: 
 
 A utilização de uma administração financeira centralizada permite a obtenção de 
economias de escala no levantamento de recursos, com a diluição máxima dos custos 
fixos decorrentes da emissão de títulos ou negociação de empréstimos. 
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 Todas as decisões da empresa possuem aspectos financeiros vitais. Daí dizer-se também 
estarem todos os aspectos de uma empresa sob as vistas da administração financeira. 
Embora isso seja um exagero, sem dúvida é a função financeira a que mais claramente 
possui uma visão global da empresa. Tal fato se verifica mais nitidamente ainda quando a 
administração da empresa usa orçamentos globais, pois nesse caso o planejamento e o 
controle em termos operacionais e financeiros, de curto e médio prazo, ficam sob a 
supervisão efetiva de um setor da administração financeira - o setor de orçamentos. 
 
Resumidamente, é possível afirmar que dentro da empresa podem ser avaliadas em 
relação às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas três funções primordiais são: 
 
a. Análise e planejamento financeiro – esta função envolve a (1) transformação dos dados 
financeiros em uma forma que possa ser utilizada para orientar a posição financeira da 
empresa e promover a sua continuidade; (2) avaliar a necessidade de aumento ou redução da 
capacidade produtiva; e (3) determinar que tipo de financiamento adicional deve ser 
realizado. Estas três atividades são sustentadas pelas decisões de natureza estratégica, tática e 
operacional. Os demonstrativos contábeis, principalmente o Balanço Patrimonial e a 
Demonstração do resultado do Exercício são importantes fontes de informações para 
elaboração de análise e planejamento financeiro. Cabe ressaltar que o enfoque do caixa é 
essencial para o gestor financeiro. Assim, a utilização dos Fluxos de caixa também é 
imprescindível, destacando a principal diferença entre a ótica do contador e a do 
administrador. Enquanto o primeiro gera informações com base no regime de competência, o 
segundo, precisa aplicá-las com base no regime de caixa, denotando a importância dos 
Fluxos de caixa nesta atividade. 
 
b. Administração da estrutura de ativo da empresa(Decisão de Investimento) – o 
administrador financeiro determina a combinação e os tipos de ativos que fazem parte do 
Balanço Patrimonial da empresa. Essa atividade está relacionada ao lado esquerdo do 
Balanço. A composição refere-se ao montante de recursos aplicados em Ativos Circulantes e 
em Ativos Permanentes (fixos). Depois que a composição estiver definida, o administrador 
financeiro deve fixar e tentar manter níveis ótimos para cada tipo de ativo circulante. Deve 
também decidir quais são os melhores ativos permanentes a adquirir e saber quando os ativos 
existentes se tornarão obsoletos e precisarão ser modificados, substituídos ou liquidados. A 
determinação da melhor estrutura de ativo para a empresa não é uma tarefa simples; requer o 
conhecimento das operações passadas e futuras da empresa, e a compreensão dos objetivos 
que deverão ser alcançados a longo prazo. Existem várias técnicas para avaliação destas 
decisões como a Taxa Média de Retorno, Payback (Prazo de Retorno), VPL (valor Presente 
Líquido) e TIR (Taxa Interna de Retorno). 
 
c. Administração da estrutura financeira da empresa (Decisão de Financiamento) - 
relaciona-se com o lado direito do Balanço Patrimonial da empresa e envolve as fontes de 
recursos. Dois enfoques sustentam esta atividade do administrador financeiro: (1) qual a 
composição mais apropriada entre financiamento a curto e a longo prazo deve ser 
estabelecida, esta é uma decisão importante, pois afeta tanto a lucratividade da empresa como 
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sua liquidez global; e (2) quais as fontes individuais de financiamento, a curto ou a longo 
prazos, são as melhores, em dado momento. Algumas decisões dessa natureza exigem uma 
análise profunda das alternativas disponíveis, de seus custos e de suas implicações em longo 
prazo. O Custo Médio Ponderado de Capital é uma medida eficaz para este tipo de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Gitman, 2009 
 
 
1.6 Oportunidades de carreira em administração financeira 
 
 Analista Financeiro: Basicamente, prepara os planos financeiros e os orçamentos da 
empresa. Entre suas tarefas estão previsões financeiras, comparações financeiras e 
trabalho em contato próximo com a contabilidade. 
 Gerente de investimentos: Avalia e recomenda aquisições de ativos. Pode envolver-se 
com aspectos financeiros da implantação de investimentos aprovados. 
 Gerente de financiamento: Nas empresas maiores, obtém financiamento para os 
investimentos aprovados, coordena consultores de projetos de bancos de dados e 
assessores jurídicos. 
 Gerente de caixa: Mantém e controla os saldos diários de caixa da empresa. Com 
frequência, gere as atividades de recebimento e pagamentos e as aplicações financeiras de 
curto prazo; coordena o financiamento de curto prazo e as relações com os bancos. 
 Analista/gerente de crédito: Administra a política de crédito, avaliando solicitações de 
crédito. É quem toma as decisões relativas à concessão de crédito, monitora e executa a 
cobrança de contas a receber. 
 Gerente de fundo de pensão: Nas grandes empresas, supervisiona ou administra os 
ativos e passivos do fundo de pensão dos funcionários. 
 Gerente de operações de câmbio: Gere operações internacionais específicas e a 
exposição da empresa a flutuações de taxas de câmbio. 
Administrador 
Financeiro 
Alternativa 
de decisão 
financeira 
Aumenta o 
preço da 
ação? 
Não 
Sim Aceitar 
Rejeitar 
Risco? 
Retorno? 
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1.7 Objetivo da empresa e os grupos de interesse. 
 
Os grupos de interesse incluem todos os indivíduos com algum vínculo econômico direto 
com a empresa, como: 
 
 Funcionários; 
 Clientes; 
 Fornecedores; 
 Credores; 
 Proprietários. 
 
Esse ponto de vista, que leva em conta os outros grupos de interesse, indica que a 
empresa deve fazer um esforço deliberado para evitar ações prejudiciais à riqueza desses grupos. 
Diz-se que essa é uma visão ‗socialmente responsável‘. 
 
Pergunta: De que formas ações prejudiciais praticadas pela empresa podem afetar 
negativamente cada um dos grupos de interesse citados anteriormente? 
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1.8 O papel da ética 
 
Ética é o conjunto de padrões de conduta ou julgamento moral — tem-se transformado 
numa questão fundamental tanto em nossa sociedade quanto na comunidade financeira. As 
violações éticas geram enorme publicidade. A publicidade negativa produz, em geral, impactos 
também negativos sobre uma empresa. 
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1.8.1 Análise dos aspectos éticos 
 
Para avaliar a viabilidade ética de uma ação proposta, deve-se perguntar: 
• A ação é arbitrária ou caprichosa? Concentra-se injustamente em um indivíduo ou grupo? 
• A ação viola os direitos morais ou legais de algum indivíduo ou grupo? 
• A ação está de acordo com os padrões morais aceitos? 
• Existem alternativas de ação que tenderiam a causar menos danos efetivos ou potenciais? 
 
1.8.2 Ética e o preço da ação 
 
Os programas de comportamento ético procuram: 
• Reduzir a ocorrência de litígios e os custos judiciais; 
• Manter uma imagem positiva da empresa; 
• Aumentar a confiança dos acionistas; 
• Conquistar a lealdade, o comprometimento e o respeito dos diversos grupos de interesse 
vinculados à empresa. 
 
O resultado esperado de tais programas é um impacto positivo sobre o preço da ação da empresa. 
 
Anotações: 
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Para compreender melhor o papel da ética e o reflexo no preço das ações da empresa 
vamos ler e debatero texto a seguir: 
Texto para leitura e debate: Avaliação do objetivo da Sports Products, Inc. 
 
Loren Seguara e Dale Johnson trabalham para a Sports Products Inc., um importante 
fabricante de barcos de passeio e acessórios. Loren trabalha como auxiliar de escritório no 
departamento de contabilidade, e Dale trabalha na área de embalagem do departamento de 
entregas. Durante o horário de almoço, certo dia, os dois começaram a conversar a respeito da 
empresa. Dale queixou-se de que sempre trabalhou duro, procurando não desperdiçar material de 
embalagem e, em geral, realizar seu trabalho de maneira eficiente. Apesar dos esforços dele e 
dos colegas de departamento, o preço da ação havia caído quase US$ 2,00 nos últimos nove 
meses. Loren disse que compartilhava da frustração de Dale, particularmente porque os lucros da 
empresa tinham subido. Nenhum dos dois conseguia entender por que o preço da ação estava 
caindo, uma vez que o lucro da empresa subia. 
 Loren disse que havia visto documentos em que era descrito o plano de participação nos 
lucros da empresa, segundo o qual, todos os administradores eram remunerado, em parte, com 
base nos lucros. Ela afirmou que talvez fosse o lucro a coisa mais importante para os 
administradores, pois afetava diretamente sua remuneração. Dale retrucou: ―Isso não faz sentido, 
por que os acionistas são donos da empresa. Os administradores não deveriam fazer o que é 
melhor para os acionistas? Algo está errado!‖ Loren respondeu: ―Bem isso talvez explique por 
que a empresa não tem se preocupado com o preço da ação. Veja: os únicos lucros que os 
acionistas recebem são os dividendos em dinheiro, e a empresa nunca pagou dividendos em toda 
sua história, ou seja, em 20 anos. Portanto, como acionistas não nos beneficiamos diretamente 
dos lucros. A única maneira de nos beneficiarmos é por meio da elevação do preço da ação‖. 
Dale acrescentou: ―Isso provavelmente explica por que a empresa está sendo processada pelas 
autoridades ambientais estaduais e federais, por despejar agentes poluidores no rio aqui perto. 
Por que gastar dinheiro com controle da poluição? Isso aumentaria os custos, diminuiria os 
lucros, e, como consequência, diminuiria a remuneração dos administradores!‖ 
 Loren e Dale perceberam que o horário de almoço havia terminado e precisavam voltar 
logo ao trabalho. Antes de sair, decidiram encontrar-se no dia seguinte para continuar a 
discussão. 
 
Fonte: Gitman, 2004, pg 22. Princípios de Administração Financeira. 
 
Pergunta: Caso você fosse contratado por essa empresa para resolver esses problemas, 
quais medidas você tomaria? Justifique. 
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Texto para leitura e debate: A Ascensão do Administrador e a Decadência do Empresário. O caso 
Sadia-Perdigão. 
 
Stephen Kanitz 
 
A fusão da Perdigão com a Sadia (na realidade, o salvamento da Sadia pela Perdigão) foi fruto de uma 
mudança de mentalidade que vem ocorrendo no Brasil e que merece ser bem analisada. 
 
A Perdigão foi fruto de uma gestão profissional de administradores competentes – não de sócios nem 
de donos da empresa. 
 
Nildemar Secches substituiu a família de empreendedores ou fundadores, os Brandalise, que venderam a 
Perdigão em 1994 com problemas. A empresa foi comprada por fundações e fundos de pensão. 
 
Eles substituíram a gestão familiar -- ou ―empreendedora‖ -- por uma gestão profissional. 
 
No Estatuto da época, estava escrito que os administradores teriam de ser pessoas com escolaridade 
acadêmica comprovada. Algo que a maioria dos ―empreendedores‖ não tinham. 
 
De 1994 para cá, a Perdigão não parou de crescer e ultrapassou a Sadia, líder de mercado, mas ainda nas 
mãos de duas famílias, Fontana e Furlan. Na realidade, nas mãos de filhos dessas famílias, sem o tino 
comercial e o empreendedorismo dos pais. 
 
Filhos de famílias outrora empreendedoras tendem a se preocupar com maximização de controle familiar. 
Têm medo de perder, são conservadores. Você faria o mesmo. 
 
Arriscar-se e perder tudo, nem pensar! 
 
Preferem crescer a um ritmo menor, reinvestindo lucros, a crescer aceleradamente, mas perdendo controle 
familiar e abrindo o capital, permitindo, inclusive, que fornecedores e trabalhadores possam participar no 
sucesso da empresa. 
 
Na Sadia, as duas famílias tinham poder sobre o diretor financeiro, que respondia diretamente ao 
Conselho, e não ao Presidente da empresa, como seria em qualquer empresa profissional. 
 
O diretor financeiro não era formado em administração financeira, e temia ser despedido pelo Conselho 
se seguisse os preceitos da boa administração. 
 
Um diretor financeiro profissional teria dito ao Conselho Familiar que especular com derivativos não 
fazia parte do Objeto Social da empresa. “Nosso 'core business', senhores, é frango e suínos, e não 
especular com câmbio”. 
 
―Parágrafo 3º - É expressamente vedado e será nulo de pleno direito o ato praticado por qualquer 
administrador da Companhia que a envolva em obrigações relativas a negócios e operações estranhas ao 
objeto social, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, se for o caso, a que estará sujeito o 
infrator deste dispositivo.‖ 
 
Mas empresas familiares e de “empreendedores” não seguem os preceitos da ciência da 
administração; criam organogramas para satisfazer as vontades do ―empreendedor‖ e estatutos que não 
precisam ser respeitados -- ―a lei somos nós‖, dizem os ―empreendedores‖. 
 
Esta fusão fará da Sadia uma empresa profissional. O administrador financeiro será um administrador 
financeiro, e não alguém ―especializado em arbitragens e distorções nos preços de mercado‖ sem 
formação em administração. 
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10 
 
Alguém que saberá a diferença entre hedge e especulação. Que dirá aos Conselhos da Família: ―Quem 
quiser especular que o faça na pessoa física, não nesta empresa, colocando em risco nossa 
sustentabilidade e a segurança da nossa força de trabalho‖. 
 
O triste desta história é que, apesar de 40 anos de má gestão, as duas famílias saíram com uma parcela 
muito acima do que mereceriam da nova empresa. 
 
Tinham 23% da Sadia, ficaram com 12% da Brasil Foods. Quase quebraram a Sadia, cujo patrimônio 
beirava zero, dependendo de que hipóteses do futuro fossem usadas. E, mesmo assim, saíram ricos... 
 
Por quê? Porque uma empresa com patrimônio dilapidado, quase zero, ainda vale muita coisa. 
 
Vale a marca Sadia, construída pelos empreendedores originais. Vale a sinergia de ser comprada por uma 
empresa maior e mais eficiente. 
 
O que significa isso? Se a Perdigão comprar a Sadia, ela deixa de precisar da equipe de vendedores da 
Sadia; é só aumentar a lista de produtos para vender. Antes eram dois vendedores visitando o mesmo 
supermercado; agora só precisam de um. Era obvio que haveria demissões, e era óbvio que a diretoria não 
poderia anunciar isto na imprensa antes de conversar com os próprios funcionários as serem 
eventualmente demitidos. 
 
Digamos que esta sinergia seja de 2 bilhões de reais, e de zero se as duas empresas não se juntarem. 
Se você fosse Luiz Furlan, você diria: ―eu quero parte deste lucro da sinergia, apesar de não merecê-la, 
porque a empresa agora é sua‖? 
 
Se você fosse Nildemar Secches, você aceitaria oferecer uns R$ 600.000.000, ou até um bilhão, a mais na 
compra porque a alternativa seria zero? 
Para um administrador profissional, essas brigas de controle ou ―participação acionária‖ são menos 
importantes, por isto Nildemar aceitou. 
 
O importante para o administradorprofissional é criar uma empresa mais eficiente e competitiva 
internacionalmente, e não manter o controle acionário na família. 
 
Se Nildemar Secches fosse um ―empreendedor‖ ou patriarca de uma família, provavelmente teria 
recusado fazer a fusão, como fez o Rolim Amaro, da TAM 
 
Os mesmos Fontana abortaram uma fusão entre a TAM e a Transbrasil, que teria criado uma empresa 
internacional poderosa, a Tambrasil. Mas Rolim, outro empreendedor, jamais aceitou uma exigência 
injusta como dividir a sinergia da nova empresa. 
 
A fusão é um marco de uma nova era neste país. Enquanto nossos comentaristas estavam preocupados 
com o fato de que muitos funcionários da Sadia iriam perder o emprego, deixaram de perceber que é 
justamente disto que o Brasil precisa: empresas que possam competir com as enormes empresas 
chinesas que teremos competindo com nossas empresas, daqui uns 10 anos, mais ou menos. 
 
Fonte:http://blog.kanitz.com.br/2009/05/a-ascens%C3%A3o-do-administrador-e-a-decad%C3%AAncia-doempres% 
C3%A1rio-o-caso-sadiaperdig%C3%A3o-.html Acessado em: 12.06.2009 
 
Pergunta: A empresa agiu com ética preservando os interesses dos indivíduos elencados 
anteriormente? Justifique. 
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http://blog.kanitz.com.br/2009/05/a-ascens%C3%A3o-do-administrador-e-a-decad%C3%AAncia-doempres%25
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11 
 
Dados coletados das demonstrações de resultados da Empresa Sadia S.A. para análise e 
compreensão do texto anterior: 
Fonte: Sadia S.A. (2009) 
 
Fonte: Sadia S.A. (2009) 
Anotações: 
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2. ESTRUTURA E INTERPRETAÇÕES FINANCEIRAS 
 
Também chamadas de demonstrações contábeis, as demonstrações financeiras são 
consideradas um conjunto de informações apuradas e divulgadas pelas empresas, revelando os 
vários resultados de seu desempenho em determinado exercício. Por meio das demonstrações, é 
possível obter conclusões sobre a efetiva situação da empresa. 
O foco do estudo será a Demonstração de Resultados (DRE), Demonstração de Fluxo de 
Caixa (DFC) e o Balanço Patrimonial (BP). 
 DRE: Sua finalidade é apurar o lucro ou prejuízo do exercício para depois ser transferido 
o resultado para os lucros ou prejuízos acumulados. O Demonstrativo engloba as receitas, 
despesas, ganhos e perdas apurados por regime de competência, independentemente, portanto, de 
seus pagamentos e recebimentos. 
DFC: Demonstra os recebimentos e os pagamentos efetuados pela empresa em caixa, 
bem como suas atividades de investimentos e financiamentos. A DFC pode ser elaborada pelo 
método direto (a partir da movimentação no caixa da empresa) ou indireta (a partir do resultado, 
isto é, a partir do lucro ou prejuízo). OBS: O método que será utilizado no estudo será o direto. 
Balanço Patrimonial: O balanço patrimonial pode ser resumidamente dividido em 03 
partes: Ativo, Passivo e Patrimônio líquido. 
Para melhor compreensão do Balanço patrimonial será montado de uma forma sintetizada 
um balanço com dados hipotéticos conforme exercício a seguir: 
Anotações: 
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Exercício: Utilize os itens apropriados da lista a seguir para elaborar, no formato 
adequado o balanço de uma empresa (Dados hipotéticos): 
 
Dados Valor (mil) Ativo/Passivo/DRE 
Período 31/12/20xx 
Contas a pagar 220 
Contas a receber 450 
Despesas a pagar 55 
Depreciação acumulada 265 
Prédios 225 
Caixa 215 
Ações ordinárias (valor nominal) 200 
Custo dos produtos vendidos 2.500 
Despesa de depreciação 45 
Equipamentos 140 
Móveis e aparelhos/instalações 170 
Despesas gerais 320 
Estoques 375 
Terrenos 100 
Dívidas de longo prazo 420 
Máquinas 420 
Aplicações financeiras de curto prazo 75 
Instituições financeiras a pagar 475 
Ações preferenciais 250 
Lucros acumulados 310 
Receita de vendas 3.600 
Veículos 25 
 
BALANÇO PATRIMONIAL (mil) 
Ativos Passivo e patrimônio líquido 
 Disponível Contas a pagar 
Aplicações financeiras de curto prazo Despesas a pagar 
Contas a receber Instituições financeiras a pagar 
Estoques Passivo Circulante 
Total ativo circulante Total passivo não circulante 
Terrenos Passivo total 
Equipamentos 
Prédios Ações preferenciais 
Móveis e instalações Ações ordinárias 
Veículos Lucros Acumulados 
Máquinas 
 
 
Depreciação acumulada Patrimônio líquido 
Ativo imobilizado 
Ativo total Total passivo e patrimônio líquido 
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14 
 
Agora que você já compreendeu melhor a estrutura do Balanço Patrimonial, poderá após 
instruções do professor elaborar o que se pede nos 02 exercícios seguintes: 
 
Estudo de Caso 1: Industrial ADM Ltda 
 
Admita que dois sócios abram uma empresa no setor de indústria com um capital de R$ 
30.000,00 (Trinta mil reais), sendo 60% de capital próprio e 40% financiado por um banco, a 
juros compostos de 2% ao mês pelo prazo de 12 meses pela Tabela Price.A empresa pretende investir R$ 20.000,00 (Vinte mil reais) em imobilizado necessário à 
produção e R$ 10.000,00 (Dez mil reais) para capital de giro. O plano de produção da empresa é 
de 1.400 unidades por mês. As vendas serão 70% a vista e 30% a prazo com recebimento em 30 
dias. 
 
A empresa compra 1.400 unidades de matéria prima necessária para produção total a um custo 
de R$ 30,00 (Trinta reais) a unidade. A política de compras da empresa é 50% com pagamento a 
vista e 50% com pagamento em 30 dias. 
 
O imobilizado será depreciado em 20 anos e a compra da matéria prima e a venda do produto é 
feita dentro do mesmo Estado. A empresa paga ainda despesas fixas mensais de R$ 8.000,00 
(Oito mil reais) e despesas administrativas de R$ 2.200,00 (Dois mil e duzentos reais). 
 
Se o preço de venda é de R$ 60,00 (Sessenta reais), a alíquota de imposto de renda é de 15%, da 
contribuição social de 9%, ICMS de 17%, IPI de 15%, PIS/COFINS de 9,25%. Considere as 
vendas 1.300 unidades em janeiro e 1.360 em fevereiro com um índice de inadimplência de 
1,5%. 
Planilha de Amortização 
 n Saldo Devedor Amortização Juros Prestação 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
 
 Orçamento de Compras 
 
Janeiro Fevereiro Março 
Compras 
Pgto a vista 
Pgto a prazo 
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15 
 
 
 Orçamento de Vendas 
 
Janeiro Fevereiro Março 
 Vendas 
 Rec. a vista 
 Rec. 30 dias 
 
 Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar janeiro (R$) 
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos 
IPI 
ICMS 
PIS e Cofins 
Total 
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar fevereiro (R$) 
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos 
IPI 
ICMS 
PIS e Cofins 
Total 
 
Cálculo do CPV: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Demonstração de Resultados 
Histórico Janeiro Fevereiro 
Receita de Vendas 
(-) Impostos 
Receita Líquida 
(-) CPV 
Lucro Bruto 
(-) Despesas Fixas 
(-) Despesas Adm. 
(-) Perdas 
EBITDA 
(-) Depreciação 
LAJIR 
(-) Desp. Financeiras 
LAIR 
(-) IR/CS 
Lucro Líquido 
 
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16 
 
 Demonstração do Fluxo de Caixa 
Histórico Janeiro Fevereiro 
Saldo Inicial 
(+) Recebimentos 
(+) Ctas. Receber 
(-) Pgto a vista 
(-) Ctas a pagar 
(-) Impostos a pagar 
(-) Financiamentos 
(-) Despesas Fixas 
(-) Despesas Administ 
Saldo Final 
 
 
 BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO Mês 0 Janeiro Fevereiro 
Caixa 
Contas a receber 
Estoque 
Total do Ativo Circulante 
Ativo Não Circulante 
Imobilizado 
(-) Depreciação Acumulada 
Ativo Permanente Líquido 
TOTAL DO ATIVO 
 
PASSIVO 
Contas a Pagar 
Impostos a pagar 
Financiamentos 
Total do Passivo Circulante 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
Lucros Acumulados 
Total do Patrimônio Líquido 
TOTAL DO PASSIVO + PL 
 
Anotações: 
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________ 
 
 
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17 
 
Estudo de Caso 2: Industrial ADM Ltda 
 
Admita que dois sócios abram uma empresa no setor de indústria com um capital de R$ 
70.000,00 (Setenta mil reais), sendo 60% de capital próprio e 40% financiado por um banco, a 
juros compostos de 1,5% ao mês pelo prazo de 18 meses pela Tabela Price. 
 
A empresa pretende investir R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais) em imobilizado necessário à 
produção e R$ 20.000,00 (Vinte mil reais) para capital de giro. O plano de produção da empresa 
é de 1.400 unidades por mês. As vendas serão 60% a vista e 40% com prazo de 30 dias. 
 
A empresa compra 1.400 unidades de matéria prima necessária para produção total a um custo 
de R$ 35,00 (Trinta e cinco reais) a unidade. A política de compras da empresa é 50% com 
pagamento a vista e 50% com pagamento em 30 dias. 
 
O imobilizado será depreciado em 10 anos e a compra da matéria prima e a venda do produto é 
feita dentro do mesmo Estado. A empresa paga ainda despesas fixas mensais de R$ 15.000,00 
(Quinze mil reais) e despesas administrativas de R$ 5.100,00 (Cinco mil e cem reais). 
 
Se o preço de venda é de R$ 62,00 (Sessenta e dois reais), a alíquota de imposto de renda é de 
15%, da contribuição social de 9%, ICMS de 18%, IPI de 15%, PIS/COFINS de 9,25%. 
 
Considere as vendas: De janeiro a março 1.350 unidades/mês e de abril a junho 1.410 
unidades/mês. 
 
 
Planilha de Amortização 
 n Saldo Devedor Amortização Juros Prestação 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
 
 
 
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18 
 
Orçamento de Compras 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho 
Compras 
Pgto a Vista 
Pgto Prazo 
 
Orçamento de vendas 
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho 
Vendas 
Rec. a Vista 
Rec. 30 dias 
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar janeiro-março (R$) 
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos 
IPI 
ICMS 
PIS e Cofins 
Total 
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar abril-junho (R$) 
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos 
IPI 
ICMS 
PIS e Cofins 
Total 
 
Cálculo do CPV: 
 
 
 
 
 
Demonstração de Resultados 
DRE Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 
Receita 
(-) Impostos 
Receita Líquida 
(-) CPV 
Lucro Bruto 
(-) Despesas Fixas 
(-) Despesas Adm. 
(-) Perdas 
EBITDA 
(-) Depreciação 
LAJIR 
(-) Desp. Financeiras 
LAIR 
(-) IR/CS 
Lucro Líquido 
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19 
 
Demonstração do Fluxo de Caixa 
DFC Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 
Saldo Inicial 
(+) Recebimentos 
(+) Ctas. Receber 
(-) Pgto a vista 
(-) Ctas a pagar 
(-) Impostos 
(-) Financiamentos 
(-) Despesas Fixas 
(-) Despesas Adm. 
Saldo Final 
 
Balanço Patrimonial 
ATIVO Mês 0 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 
Caixa 
Contas a Receber 
Estoque 
Total Ativo Circulante 
Ativo Não Circulante 
 Imobilizado 
(-) Depreciação Acumul. 
Ativo Permanente Líq. 
TOTAL DO ATIVO 
 
PASSIVO 
Contas a Pagar 
Impostos 
Financiamentos 
Total Passivo Circulante 
Patrimônio Líquido 
Capital 
Lucros Acumulados 
Total do Patrimônio Líq. 
TOTAL DO PASSIVO +PL 
 
Anotações: 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________ 
 
 
 
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20 
 
Estudo de Caso 3: Industrial Ltda (Continuação) 
 
O plano de produção da empresa aumentou para 1.900 unidades por mês. Sua política de vendas 
também mudou sendo 50% a vista, 50% a prazo com recebimento em 30 dias. 
 
A empresa compra 1.900 unidades de matéria prima necessária para produção total a um custo 
de R$ 39,00 (Trinta e nove reais) a unidade. A política de compras da empresa é 50% com 
pagamento a vista e 50% com pagamento em 30 dias. 
 
O novo imobilizado será depreciado em 10 anos. A compra da matéria prima e a venda do 
produto são feitas dentro do mesmo Estado. A empresa agora paga despesas fixas mensais de R$ 
19.000,00 (Dezenove mil reais) e despesas administrativas de R$ 6.800,00 (Seis mil e oitocentos 
reais). 
 
O preço de venda é agora é de R$ 60,00 (Sessenta reais), a alíquota de imposto de renda é de 
15%, da contribuição social de 9%, ICMS de 18%, IPI de 15%, PIS/COFINS de 9,25%. 
 
Considere as vendas nos meses julho à setembro da empresa de 1.550 unidades por mês, porém 
devido a uma crise econômica suas vendas despencaram para 950 unidades nos últimos 03 meses 
do ano. 
 
OBS.: A empresa contraiu novo empréstimo no valor de R$ 25.000,00 (Vinte e cinco mil reais) 
em 12 meses a taxa de 2,0% a.m. pela tabela price. Investiu todo o valor em imobilizado para 
aumento de sua capacidade produtiva. 
 
Pede-se desenvolver exercício conforme planilhas a seguir: 
 
 
Planilha de amortização 
n Saldo Devedor Amortização Juros Prestação 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
 
 
 
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21 
 
Orçamento de compras 
 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro 
Compras 
Pgto a Vista 
Pgto Prazo 
 
Orçamento de vendas 
 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro 
Vendas 
Rec. a Vista 
Rec. 30 dias 
 
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar julho-setembro (R$) 
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos 
IPI 
ICMS 
PIS e Cofins 
Total 
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar outubro-dezembro (R$) 
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos 
IPI 
ICMS 
PIS e Cofins 
Total 
 
Cálculo do CPV: 
 
 
 
 
 
 Demonstração de Resultados 
DRE Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Receita 
(-) Impostos 
Receita Líquida 
(-) CPV 
Lucro Bruto 
(-) Despesas Fixas 
(-) Despesas Adm. 
(-) Perdas 
EBITDA 
(-) Depreciação 
LAJIR 
(-)Desp. Financeiras 
LAIR 
(-) IR/CS 
Lucro Líquido 
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22 
 
Demonstração do Fluxo de Caixa 
DFC Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Saldo Inicial 
(+) Recebimentos 
(+) Ctas. Receber 
(-) Pgto a vista 
(-) Ctas a pagar 
(-) Impostos 
(-) Financiamentos 
(-) Despesas Fixas 
(-) Despesas Adm. 
Saldo Final 
 
 Balanço Patrimonial 
ATIVO Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 
Caixa 
Contas a Receber 
Estoque 
Impostos a recuperar 
Total Ativo Circulante 
Ativo Não Circulante 
 Imobilizado 
(-) Depreciação Acumul. 
Ativo Permanente Líq. 
TOTAL DO ATIVO 
 
PASSIVO 
Contas a Pagar 
Impostos 
Financiamentos 
Total Passivo Circulante 
Patrimônio Líquido 
Capital 
Lucros Acumulados 
Total do Patrimônio Líq. 
TOTAL DO PASSIVO +PL 
 
Anotações: 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________ 
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23 
 
3. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Análises vertical e horizontal) 
 
As análises horizontais e verticais tratam-se de uma técnica simples e ao mesmo tempo 
importante no que se refere à riqueza de informações para a avaliação do desempenho 
empresarial. 
A análise horizontal (AH) permite a avaliação da evolução de vários itens de uma 
demonstração financeira em intervalos de tempo como, por exemplo, 2012-2013, e a análise 
vertical (AV) é um processo comparativo entre valores afins ou relacionáveis identificados numa 
mesma demonstração financeira. 
 
Pede-se elaborar análise Horizontal e Vertical das demonstrações financeiras da Sadia S.A. 
conforme demonstrações que constam nesse material. 
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS (R$ MIL) 
SADIA S.A. 2007 AV 2008 AV AH 
Receita Operacional Bruta 9.909.973 12.191.896 
Mercado Interno 5.319.918 6.606.836 
Mercado Externo 4.590.055 5.585.060 
(-) Tributos. Devoluções a abatimentos -1.201.832 -1.463.254 
Receita Operacional Líquida 8.708.141 10.728.642 
Custo dos Produtos Vendidos -6.312.130 -8.109.377 
Lucro Bruto 2.396.011 2.619.265 
Despesas com vendas -1.464.262 -1.727.067 
Honorários de Administração -16.433 -20.165 
Despesas administrativas -97.088 -139.197 
Participação no resultado -83.128 -17.833 
Outros Resultados operacionais 8.352 -5.901 
Resultados não recorrentes -13.156 -11.689 
Lucro Antes dos juros e impostos 730.296 697.413 
Resultado Financeiro líquido 132.042 -3.892.336 
Resultado da equivalência patrimonial 4.966 -2.927 
Resultado Antes dos juros impostos e participações 867.304 -3.197.850 
Provisão para IR e Contribuição Social -99.972 702.758 
Resultado antes dos minoritários 767.332 -2.495.092 
Participação dos acionistas minoritários -1.016 -10.258 
Resultado Líquido 768.348 -2.484.834 
EBITIDA 1.172.439 1.164.222 
Fonte: Adaptado de Demonstrações de Resultado Sadia S.A. (2009) 
 
Anotações: 
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________ 
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24 
 
4 ANÁLISE ECONÔMICA (INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS) 
 
A análise de índices envolve métodos de cálculo e interpretação de índices financeiros, 
visando analisar e acompanhar o desempenho de uma empresa. É importante para acionistas, 
credores e os próprios administradores da empresa. 
 
A utilização e comparação de índices econômicos e financeiros 
 
 Análise de tendências ou séries temporais: Usada para avaliar o desempenho de uma 
empresa com o passar do tempo. 
 Análise em corte transversal: Usada para comparar empresas diferentes no mesmo 
momento. 
 Análise setorial comparativa: Usada para comparar o desempenho financeiro de uma 
empresa ao desempenho médio do setor. 
 Análisecombinada: A análise combinada simplesmente combina a análise de séries 
temporais com a análise em corte transversal. 
 
Precauções no uso da análise de índices 
 
 Os índices devem ser considerados em conjunto; um índice isolado significa muito 
pouco. 
 As demonstrações financeiras comparadas devem se referir à mesma data ou ao mesmo 
período. 
 Devem ser utilizadas demonstrações financeiras auditadas sempre que possível. 
 Os dados financeiros comparados devem ter sido produzidos do mesmo modo. 
 Deve-se ter cuidado com distorções causadas pela inflação. 
 
A seguir podemos verificar um quadro resumo dos principais índices de Estrutura de capital, 
Liquidez e Rentabilidade. 
 
Pede-se: Utilizar fórmulas do quadro resumo e os demais índices para análise das 
Demonstrações Financeiras da Sadia S.A e demais demonstrações financeiras serem 
disponibilizadas pelo professor. 
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Prof Adm Alex Fagner Martiny CRA/SC 20.938 
 
 
SÍMBOLO ÍNDICE FÓRMULA INDICA INTERPRETAÇÃO 
 
 
1. CT/PL 
 
 
 
2. PC/CT 
 
 
 
3. AP/PL 
 
 
 
4. AP/PL * 
ELP 
 
Estrutura de Capital 
 
* Participação de 
 Capitais de 
Terceiros 
 (Endividamento) 
 
* Composição do 
 Endividamento 
 
 
* Imobilização do 
Patrimônio 
 Líquido 
 
* Imobilização dos 
Recursos 
 não Correntes 
 
 
 Capitais de Terceiros x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
 
 Passivo Circulante x 100 
 Capitais de Terceiros 
 
 
 Ativo Permanente x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
 
Ativo Permanente x 100 
Patrimônio Líquido + Passivo não Circulante 
 
 
 
Quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 
de capital próprio. 
 
 
Qual o percentual de obrigações a curto prazo em relação às 
obrigações totais. 
 
 
Quantos $ a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $ 
100 de Patrimônio Líquido. 
 
 
Que percentual dos Recursos não Correntes (Patrimônio) Líquido 
e Passivo não circulante) foi destinado ao Ativo Permanente. 
 
 
Quanto menor, melhor. 
 
 
 
Quanto menor, melhor. 
 
 
 
Quanto menor, melhor. 
 
 
 
Quanto menor, melhor. 
 
 
 
5. LG 
 
 
6. LC 
 
 
7. LS 
Liquidez 
 
* Liquidez Geral 
 
 
* Liquidez Corrente 
 
 
* Liquidez Seca 
 
 
 Ativo Circulante + Ativo não Circulante 
 Passivo Circulante + Passivo não circulante 
 
 Ativo Circulante 
 Passivo Circulante 
 
 Ativo Circulante - estoques 
 Passivo Circulante 
 
 
Quanto a empresa possui de Ativo Circulante + Ativo não 
Circulante para cada R$ 1 de dívida total. 
 
Quanto a empresa possui de Ativo Circulante para cada $ 1 de 
Passivo Circulante. 
 
Quanto a empresa possui de Ativo Líquido (- estoques) para cada 
$ 1 de Passivo Circulante. 
 
 
Quanto maior, melhor. 
 
 
Quanto maior, melhor. 
 
 
Quanto maior, melhor. 
 
 
 
8. V/AT 
 
 
9. LL/V 
 
 
10. LL/AT 
 
 
11. LL/PL 
Rentabilidade (ou 
 Resultados) 
 
* Giro do Ativo 
 
 
* Margem Líquida 
 
 
* Rentabilidade do 
Ativo 
 
 
* Rentabilidade do 
 Patrimônio Líquido 
 
 
 
 Vendas Líquidas 
 Ativo 
 
 Lucro Líquido x 100 
 Vendas Líquidas 
 
 Lucro Líquido x 100 
 Ativo 
 
 Lucro Líquido x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
 
 
Quanto a empresa vendeu para cada $ 1 de investimento total. 
 
 
Quanto a empresa obtém de Lucro para cada $ 100 vendidos. 
 
 
Quanto a empresa obtém de Lucro para cada $ 100 de 
investimento total. 
 
 
Quanto a empresa obtém de Lucro para cada $ 100 de capital 
próprio investido, em média, no exercício. 
 
 
 
Quanto maior, melhor. 
 
 
Quanto maior, melhor. 
 
 
Quanto maior, melhor. 
 
 
Quanto maior, melhor. 
 
 
 
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Prof Adm Alex Fagner Martiny CRA/SC 20.938 
 
 
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Fonte: JBS (2009) 
 
 
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 Fonte: Sadia S.A. (2009) 
 
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 33 
5 ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO E DO PASSIVO CIRCULANTE 
 
Custo do investimento marginal em valores a receber: 
 
Este custo é obtido mediante a aplicação de uma taxa de retorno mínima exigida pela empresa 
(para seus investimentos ativos) Sobre o investimento marginal (adicional) efetuado em valores a 
receber. 
O critério geral de análise de uma política de crédito, conforme será desenvolvido mais 
adiante, prevê basicamente um confronto entre o retorno mínimo exigido pela empresa (ou o 
custo do dinheiro utilizado no financiamento desse investimento adicional) e a variação em seus 
resultados operacionais provocada pela introdução de determinada política de crédito (ou por 
alterações em alguns de seus elementos). Evidentemente, se o custo for inferior ao resultado 
operacional, sendo ambos medidos em termos marginais, tem-se uma atratividade econômica 
pela aceitação da proposta, ocorrendo uma propensão de rejeição na situação inversa. 
Mais claramente, uma maior liberalidade na prática de concessão descrédito de uma 
empresa provoca normalmente um aumento das vendas (motivado por um maior volume de 
vendas a prazo) e, consequentemente, de seus resultados. Outra consequência desse critério mais 
frouxo de crédito, que conduz a um incremento das vendas a prazo, concentra-se na necessidade 
de maiores investimentos em valores a receber. 
Exemplificando: Uma empresa fabricante de peças para tomos mecânicos, está atualmente 
vendendo um produto por R$ 10,00 a unidade. As vendas (todas a crédito) do ano mais recente 
foram de 60.000 unidades. O custo variável unitário é de R$ 6,00 e o custo fixo total é de R$ 
120.000,00. 
A empresa está pretendendo flexibilizar os padrões de crédito e espera-se que essa 
medida acarrete um acréscimo de 5% nas vendas, para 63.000 unidades, um aumento no período 
médio de cobrança (PMC) do seu nível atual de 30 para 45 dias, e um aumento no nível atual de 
devedores duvidosos de 1% para 2% sobre as vendas. O retorno exigido pela empresa sobre 
investimentos de igual risco, o qual corresponde ao custo de oportunidade do comprometimento 
de fundos com as duplicatas a receber, é de 15% ao ano. 
Para determinar se a Empresa deve adotar padrões de crédito mais flexíveis, é necessário 
calcular o efeito sobre a contribuição adicional aos lucros, decorrentes das vendas, o custo do 
investimento marginal em duplicatas a receber e o custo Marginal com devedores duvidosos. 
Contribuição Adicional aos Lucros: Decorrentes das vendas pode-se calcular facilmente a 
contribuição adicional aos lucros que se espera das vendas como resultado da flexibilidade dos 
padrões de crédito. Como os custos fixos não mudam devido a alterações no nível de vendas, 
apenas o custo variável unitário seria relevante na análise. Espera-se que as vendas aumentem 
em 5%, ou 3.000 unidades. A margem de contribuição por unidade será igual à diferença entre o 
preço unitário de venda (R$ 10,00) e o custo variável unitário (R$ 6,00), ou seja R$ 4,00.Portanto, a contribuição adicional total aos lucros será de R$ 12.000,00 (3.000 unidades x R$ 
4,00 por unidade). 
Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber: Pode-se calcular o custo do 
investimento marginal em duplicatas a receber, obtendo-se a diferença entre o custo de manter 
duplicatas antes e após a introdução dos padrões de crédito mais flexíveis. Como nossa única 
preocupação refere-se às saídas efetivas de caixa, os custos variáveis constituem-se na variável 
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 34 
relevante da análise (os custos fixos não são afetados por essa decisão). O investimento médio 
em duplicatas a receber pode ser calculado usando-se a seguinte fórmula: 
 
 
Investimento médio em duplicatas a receber = Custo variável total das vendas anuais 
Giro das duplicatas a receber 
 
Onde: Giro das duplicatas a receber = 360 
Período médio de cobrança 
 
O custo variável total das vendas anuais sob os planos propostos e atual pode ser obtido 
conforme descrito abaixo: 
 
Custo variável total das vendas anuais: 
Plano proposto: (R$ 6,00 x 63.000 unidades) = R$ 378.000,00 
Plano atual: (R$ 6,00 x 60.000 unidades) = R$ 360.000,00 
 
O cálculo do custo variável total para ambos os planos envolve o uso direto do custo 
variável unitário de R$ 6,00. Assim, esse custo será de R$ 378.000,00 para o plano proposto e 
R$ 360.000,00 para o plano atual. Portanto, a implementação do plano proposto causará uma 
elevação dos custos variáveis em R$ 18.000,00. 
O giro das duplicatas a receber refere-se ao número de vezes por ano que as duplicatas da 
empresa são de fato, convertidas em caixa. Para encontrar o giro divide-se 360 pelo período 
médio de cobrança (PMC). 
 
Giro de duplicatas a receber: 
 
Plano proposto: 360 = 8 Plano atual: 360 = 12 
 45 30 
 
Pode-se ver que, com a implantação do plano proposto, o giro de duplicatas a receber 
cairá de 12 para 8 vezes por ano. 
Substituindo-se na equação os dados de custo e giro calculados acima para cada caso, 
resultam os seguintes investimentos médios em duplicatas a receber: 
 
Investimento médio em duplicatas a receber: 
 
Plano proposto: R$ 378.000,00 = R$ 47.250,00 Plano atual: R$ 360.000,00 = R$ 30.000,00 
8 12 
 
Calcula-se o investimento marginal em duplicatas a receber, bem como seu custo, da seguinte 
forma: 
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 35 
Custo do investimento marginal em duplicatas a receber: 
 
Investimento médio com o plano proposto R$ 47.250,00 
Investimento médio com o plano atual - (R$ 30.000,00) 
Investimento marginal em duplicatas a receber = R$ 17.250,00 
 
Multiplicado pelo retomo exigido sobre o investimento: 15% 
= Custo do investimento marginal em D/R R$ 2.587,50 
 
Deve estar claro que se calculou o custo de investir mais R$ 17.250,00 em D/R, multiplicando 
por -15% (o retomo exigido sobre o investimento). O valor restante de R$ 2.587,50 é 
considerado um custo, porque apresenta o valor máximo que poderia ter sido ganho sobre os R$ 
17.250,00, caso fosse aplicados na melhor alternativa de investimento de idêntico risco 
disponível. 
 
Custo marginal com devedores duvidosos: 
 
Acha-se o custo marginal com devedores duvidosos, tomando a diferença entre o nível de 
incobráveis antes e após a flexibilidade dos padrões de crédito conforme descrito a seguir: 
 
Custo marginal com devedores duvidosos: 
 
Plano proposto: (0,02 x R$ 10,00/unidade x 63.000 unidades) = R$ 12.600,00 
Plano atual: (0,01 x R$ 10,00/unidade x 60.000 unidades) = R$ 6.000,00 
Custo marginal com devedores duvidosos R$ 6.600,00 
 
 Observa-se que os custos devedores duvidosos são calculados utilizando-se o preço de 
venda unitário (R$ 10,00) para cobrir não só a perda real do custo variável (R$ 6,00), que resulta 
quando um cliente deixa de pagar sua conta, mas também a margem de contribuição unitária - 
nesse caso, R$ 4,00 (R$ 10,00 - R$6,00) - que está incluída na "margem de contribuição 
adicional aos lucros, decorrentes das vendas". 
Para que uma empresa decida se deve afrouxar seus padrões de crédito, é preciso 
comparar a contribuição adicional aos lucros com a soma do custo do investimento marginal em 
duplicatas a receber, e o custo marginal dos devedores duvidosos. Se a contribuição adicional 
exceder os custos marginais, os padrões de crédito devem ser afrouxados; caso contrário, os 
padrões de crédito devem permanecer inalterados. Vejamos um exemplo: 
Os resultados e principais cálculos relativos à decisão da empresa de flexibilizar seus 
padrões de crédito já discriminamos acima. Pode-se observar que como a contribuição adicional 
aos lucros, proveniente de maiores vendas, seria R$ 12.000,00, a qual excede a soma do custo do 
investimento marginal em duplicatas a receber com o custo marginal dos devedores duvidosos, a 
empresa deve flexibilizar seus padrões de crédito, conforme proposto. A adição líquida aos 
lucros totais, resultante de tal ação, seria de R$ 2.812,50 por ano. 
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 36 
Efeitos de uma flexibilização dos padrões de crédito da empresa: 
 
Contribuição adicional aos lucros R$ 12.000,00 
(3,000 unidades x (R$10,00 - R$6,00) 
 
Custo do investimento marginal em D/R 
Investimento médio com o plano proposto: 
(R$ 6,00 x 63.000 ) = R$ 378.000,00 R$ 47.250,00 
 8 8 
 
Investimento médio com o plano atual 
(R$6,00 x 60.000 ) = R$ 360.000,00 R$ 30.000,00 
 12 12 
 
Investimento marginal em D/R R$ 17.250,00 
Custo do investimento marginal em D/R (0,15 x 17.250) (R$ 2.587,50) 
 
Custo marginal de devedores duvidosos 
 Com o plano proposto (0,02 x R$ 10,00 x 63.000) R$ 12.600,00 
 Com o plano atual - (0,01 x R$ 10,00 x 60.000) R$ 6.000,00 
 Custo marginal dos devedores duvidosos (R$ 6.600,00) 
 
Lucro líquido proveniente da implementação do plano proposto R$ 2.812,50 
 
A técnica aqui descrita para se tomar uma decisão sobre de crédito também é usada 
frequentemente para avaliar outros tipos de mudanças na administração de duplicatas a receber. 
Se a empresa do exemplo estivesse pensando em adotar padrões mais restritivos de crédito, o 
custo teria sido uma redução na margem de contribuição, e o retomo teria sido uma redução no 
custo marginal do investimento em duplicatas a receber e em devedores duvidosos. 
 
Desconto financeiro: 
 
Quando uma empresa começa a oferecer um desconto financeiro ou o aumento, podem-se 
esperar os seguintes efeitos sobre o lucro: 
 
Variável Direção da mudança Efeito sobre o lucro 
Volume de vendas Aumenta Positivo 
Investimento em duplicatas a receber devido a 
clientes que não aproveitavam o desconto 
financeiro e que passam a pagar mais cedo 
 
Diminui 
 
Positivo 
Investimentos em duplicatas a receber devido a 
novos clientes 
Aumenta Negativo 
Perdas com devedores duvidosos Diminui Positivo 
Lucro por unidade Diminui Negativo 
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 37 
O volume de vendas deve aumentar, pois se uma empresa estiver disposta a pagar dentro 
de dez dias, o preço por unidade cai. O efeito líquido sobre o investimento em duplicatas a 
receber é de difícil previsão porque os clientes que não estavam aproveitando o desconto, passam 
a preferi-lo e isso reduz o investimento em D/R, por outro lado, os novos clientes devem 
provocar um aumento desse investimento. A perda com devedores duvidosos deve baixar, pois, 
à medida que os clientes, emmédia, pagam mais cedo, a probabilidade de não recebimento deve 
diminuir. Tanto a redução do investimento em D/R como a diminuição nas perdas com 
devedores duvidosos devem ocasionar maiores lucros. O aspecto negativo de um aumento no 
desconto financeiro é menos lucro por unidade, à medida que um maior número de compradores 
aproveita o desconto e paga um preço reduzido. 
Diminuir ou eliminar um desconto financeiro traria efeitos opostos. Os efeitos 
quantitativos de mudanças dos descontos financeiros podem ser avaliados por um método 
semelhante ao usado para avaliar alterações nos padrões de crédito. 
Ex.: Suponha que a empresa esteja pretendendo introduzir um desconto financeiro de 2% para 
o pagamento à vista. O atual período médio de cobrança é trinta dias [giro = (360/30) = 12, as 
vendas a crédito montam em 60.000 unidades e o custo variável por unidade é R$ 6,00. A 
empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 60% de suas vendas passarão a ser 
feitas com desconto e as vendas aumentarão em 5%, para 63.000 unidades. O período médio de 
cobrança deve cair para quinze dias, giro = (360/15) = 24. Espera-se que a perda com devedores 
duvidosos caia do nível atual de 1% para 0,5% das vendas. O retorno exigido pela empresa 
sobre investimentos de igual risco permanece em 15%. Pode-se verificar que os cálculos são 
bastante semelhantes aos apresentados para decisão dos padrões de crédito, exceto para o 
elemento final, "Custo do desconto financeiro". Esse custo de R$ 7.560,00 reflete o fato de que 
os lucros serão reduzidos em consequência de se aproveitar o desconto de 2% sobre 60% do 
novo nível de vendas. A empresa pode aumentar o lucro em R$ 9.427,50 introduzindo o 
desconto proposto; portanto, tal ação parece aconselhável. Esse tipo de análise também pode ser 
aplicado a decisões quanto à eliminação ou redução de descontos financeiros. 
 
Efeitos se introduzir um desconto financeiro na empresa: 
 
Margem de contribuição adicional aos lucros 
[3.000 unidades X (R$ 10,00 - R$ 6,00)] = R$ 12.000,00 
 
Custo de investimento marginal em D/R 
Investimento médio com o plano proposto: 
(R$ 6,00 x 63.000) = R$ 378.000 R$ 15.750,00 
 24 24 
 
Investimento médio com o plano atual: 
(R$ 6,00 X 60.000) = R$ 360.000,00 R$ 30.000,00 
12 12 
 
Investimento marginal em D/R (R$14.250,00) 
Custo do investimento marginal em D/R (0,15 X R$ 14.250,00) R$ 2.137,50 
 
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 38 
Custo marginal do devedores duvidosos 
Com o plano proposto (0.005 X R$10,00 X 63.000) R$ 3.150,00 
Incobráveis com o plano atual (0.01 X R$ 10,00 X 60.000) R$ 6.000,00 
Custo marginal dos devedores duvidosos R$ 2.850,00 
 
Custo do desconto financeiro (0.02 X 0.60 X $10,00 X 63.000) (R$ 7.560,00) 
 
Lucro líquido proveniente da implementação do plano proposto R$ 9.427,50 
 
Pode-se verificar que os cálculos são bastante semelhantes aos apresentados para decisão 
dos padrões de crédito, exceto para o elemento final, "Custo do desconto financeiro". Esse custo 
de R$ 7.560,00 reflete o fato de que os lucros serão reduzidos em consequência de se aproveitar 
o desconto de 2% sobre 60% do novo nível de vendas. A empresa pode aumentar o lucro em R$ 
9.427,50 introduzindo o desconto proposto; portanto, tal ação parece aconselhável. Esse tipo de 
análise também pode ser aplicado a decisões quanto à eliminação ou redução de descontos 
financeiros. 
 
Anotações: 
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 39 
Exercícios: 
 
1. A Empresa ADM Ltda está pensando em estender seu período de crédito de 36 dias para 48 
dias. A empresa fatura R$ 4.450.000,00 anualmente pela venda que é equivalente a 445.000 
unidades, enquanto seus custos variáveis são de R$ 7,70 para cada unidade. A mudança nas 
condições de crédito deve elevar as vendas para R$ 4.700.000,00 ou 470.000 unidades e as 
perdas com incobráveis devem subir de 1,2% para 1,5% das vendas. E empresa exige uma taxa 
de retorno de 6,5% sobre investimentos de idêntico risco. Para sua conclusão de decisão você 
deve realizar os seguintes cálculos: 
 
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a 
mudança? 
 
 
 
 
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto e 
atual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Qual é o custo da diferença do investimento médio em duplicatas a receber? 
 
 
 
 
 
d) Qual é o custo marginal das perdas com devedores duvidosos ou incobráveis? 
 
 
 
 
e) Lucro ou prejuízo proveniente da implementação do plano e sua decisão? 
 
 
 
 
f) Qual foi o percentual de perdas considerado sobre as novas vendas? 
 
 
 
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 40 
2. Você é responsável pela definição da estratégia da Empresa ADM Ltda e recebe uma proposta 
do Gerente de Vendas para promover uma promoção que propõe um aumento nos prazos de 
pagamentos de nossas vendas dos atuais 30 dias para 45 dias. Você como diretor financeiro deve 
avaliar a proposta considerando que a empresa passaria a vender de 780.000 unidades por ano 
para 790.500 unidades que são vendidos a R$ 12,00, conforme informação do próprio gerente de 
vendas, e sua equipe financeira tem conseguido buscar recursos a 10,5% a.a. Sua área de 
controladoria informou que atualmente nossos produtos estão atingindo R$ 10,20 de custo 
variável por unidade. Observação feita pelo responsável do departamento de contas a receber de 
que esta promoção proposta elevaria o percentual de devedores duvidosos dos atuais 1,1% para 
1,3%. Para sua conclusão de decisão você deve realizar os seguintes cálculos: 
 
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a 
mudança? 
 
 
 
 
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatasa receber para o plano proposto e 
atual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Qual é o custo da diferença do investimento médio em duplicatas a receber? 
 
 
 
 
d) Qual é o custo marginal das perdas com devedores duvidosos ou incobráveis? 
 
 
 
 
e) Lucro ou prejuízo proveniente da implementação do plano e sua decisão? 
 
 
 
 
f) Qual foi o percentual de perdas considerado sobre as novas vendas? 
 
 
 
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 41 
3. Você é responsável pela definição da estratégia da Empresa ADM Ltda e recebe uma proposta 
do Gerente de Vendas para promover uma promoção que propõe uma aumento nos prazos de 
pagamentos de nossas vendas dos atuais 25 dias para 40 dias. Você como diretor financeiro deve 
avaliar a proposta considerando que a empresa passaria a vender de 785.000 unidades por ano 
para 810.000 unidades que são vendidos a R$ 12,40, conforme informação do próprio gerente de 
vendas, e sua equipe financeira tem conseguido buscar recursos a 16% a.a. Sua área de 
controladoria informou que atualmente nossos produtos estão atingindo R$ 9,80 de custo 
variável por unidade e estamos com um custo fixo anual de R$ 1.500.000,00. Observação feita 
pelo responsável do departamento de contas a receber de que esta promoção proposta elevaria o 
percentual de devedores duvidosos dos atuais 1% para 1,4%. Para sua conclusão de decisão você 
deve realizar os seguintes cálculos: 
 
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a 
mudança? 
 
 
 
 
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto e 
atual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Qual é o custo da diferença do investimento médio em duplicatas a receber? 
 
 
 
 
d) Qual é o custo marginal das perdas com devedores duvidosos ou incobráveis? 
 
 
 
 
e) Lucro ou prejuízo proveniente da implementação do plano e sua decisão? 
 
 
 
 
f) Qual foi o percentual de perdas considerado sobre as novas vendas? 
 
 
 
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 42 
4. Suponha que a empresa ADM Ltda esteja pretendendo introduzir um desconto financeiro de 
3% para o pagamento à vista. O atual período médio de cobrança é trinta dias [giro = (360/30) = 
12, as vendas a crédito somam 60.000 unidades e o custo variável por unidade é R$ 6,00. A 
empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 50% de suas vendas passarão a ser 
feitas com desconto e as vendas aumentarão em 6%, para 63.600 unidades. O período médio de 
cobrança deve cair para vinte dias [giro = (360/20) = 18. Espera-se que a perda com devedores 
duvidosos caia do nível atual de 1% para 0,5% das vendas. O retorno exigido pela empresa 
sobre investimentos de igual risco permanece em 15%. Considere que o preço de venda unitário 
é de R$ 10,00. Calcule o que se pede: 
 
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a 
mudança? 
 
 
 
 
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto e 
atual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Qual é o custo da diferença do investimento médio em duplicatas a receber? 
 
 
 
 
d) Qual é o custo marginal das perdas com devedores duvidosos ou incobráveis? 
 
 
 
 
e) Qual é o custo do desconto financeiro? 
 
 
 
 
f) Lucro ou prejuízo proveniente da implementação do plano e sua decisão? 
 
 
 
 
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 43 
5. Refazer o cálculo considerando um custo fixo de R$ 80.000,00. 
g) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a 
mudança? 
 
 
 
 
h) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto e 
atual? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
i) Qual é o custo da diferença do investimento médio em duplicatas a receber? 
 
 
 
 
j) Qual é o custo marginal das perdas com devedores duvidosos ou incobráveis? 
 
 
 
 
k) Qual é o custo do desconto financeiro? 
 
 
 
 
l) Lucro ou prejuízo proveniente da implementação do plano e sua decisão? 
 
 
 
 
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 44 
6. Você precisa avaliar em sua empresa qual necessidade de recursos a ser investido em estoque. 
Em seu levantamento sobre as demonstrações financeiras contábeis você constatou um CPV de 
R$ 944.000,00 para o ano e um giro de estoque de 12,2. 
a) Calcule o período médio de estoque onde: 
PME = 360 
 GE 
 
 
 
 
b) Qual o investimento médio em estoque necessário onde: 
IME= CPV 
GE 
 
 
 
 
7. Sua empresa espera uma oportunidade de crescimento em vendas e você está analisando a 
necessidade de investimento em estoque. Situação atual: CPV R$ 548.000,00 no ano, com um 
giro de estoque de 7,8. Situação proposta: CPV de R$ 685.000,00 com o giro reduzido em 
função de um período médio de estocagem a maior em 21 dias. Qual a diferença no investimento 
médio de estoque entre a situação atual e proposta? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 45 
8. Considerando um ciclo operacional de 61 dias, um período médio de pagamento em 24 dias. 
a) Qual é o ciclo de caixa? 
CC= CO - PMP 
 
b) Qual é o giro de caixa? 
GC= 360 
 CC 
c) Observando um desembolso total anual de R$ 640.000,00, realize o cálculo para 
determinação do caixa mínimo operacional. 
CMO= Desembolso anual 
 GC 
 
Abreviações: 
CMO: Caixa mínimo operacional 
CC: Ciclo de caixa 
CO: Ciclo operacional 
PME: Período médio de estoque 
PMP: Período médio de pagamento 
GE: Giro de estoque 
GC: Giro de caixa 
IME: Investimento médio em estoque 
CPV: Custo do produto vendido 
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 46 
6. PONTO DE EQUILÍBRIO 
 Segundo Gitman (2009) O ponto de equilíbrio é usado para determinar o nível de 
operações necessário para cobrir todos os custos operacionais e avaliar a rentabilidade associada 
a diversos níveis de vendas. 
 Existe mais de uma forma de se calcular o ponto de equilíbrio, veja a seguir: 
Ponto de equilíbrio operacional: consiste no nível de vendas necessário para cobrir todos os 
custos operacionais. Nesse ponto o lucro antes de juros e impostos é igual a 0. 
Ponto de equilíbrio econômico: consiste no nível de vendas necessário para cobrir todos os 
custos operacionais e ainda um retorno desejado. 
Ponto de equilíbrio financeiro: consiste no nível de vendas necessário para cobrir todos os custos 
operacionais menos a despesa com depreciação. 
Abaixo seguem as fórmulas: 
Ponto de equilíbrio operacional: 
PE$ = CDF`s X Preço de venda 
 Preço de venda - CDV`s 
PE = CDF`s 
 Preço de venda - CDV`s 
 
Ponto de equilíbrio econômico: 
PEe$ = (CDF`s + Retorno Desejado) X Preço de venda 
 Preço de venda - CDV`s 
PEe = CDF`s + Retorno Desejado 
 Preço de venda - CDV`s 
 
Ponto de equilíbrio financeiro: 
PEf$ = (CDF`s – Depreciação) X Preço de venda 
 Preço de venda - CDV`s 
PEf = CDF`s - Depreciação 
 Preço de venda - CDV`s 
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 47 
Antes de começar a resolver alguns exercícios preencha a tabela a seguir para entender melhor 
como funcionam os custos e despesas fixas e variáveis no cálculo do ponto de equilíbrio, 
considere um custo fixo total de R$ 1.000,00 e um custo variável unitário de R$ 8,00 e o volume 
de produção definido nos quadros: 
 Evolução dos custos fixos 
Volume Custo Fixo Total Custo Fixo Unitário 
10 
50 
100 
500 
1000 
5000 
10000 
 
Evolução dos Custos Variáveis 
Volume Custo Variável Total Custo Variável Unitário 
10 
50 
100 
500 
1000 
5000 
10000 
 
 
Agora resolva os problemas a seguir utilizando as fórmulas citadas anteriormente: 
 
1. A Comercial de água Mineral Gasosa Ltda.

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