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algas vermelhas relatório

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Relatório Botânica Marinha
Rodófitas
Leandro Alves
Universidade Federal Fluminense
	Conhecidas popularmente como algas vermelhas por apresentar coloração características, as Rhodophytas têm aproximadamente 5000 espécies, sendo sua maior parte marinha (clima temperado e tropical) e cerca de 200 de água doce (águas frias, rasas e de correntezas fortes). 
Rodófitas são pluricelulares e crescem junto a um substrato. Pode apresentar formas pseudoparanquimatosas ou foliáceas, e formas macroscópicas e microscópicas filamentosas. Estas algas possuem uma camada interna constituída de microfibrilas de celulose e a matriz amorfa é composta por polissacarídeos e mucilagens (ágar e carregenanos importantes para a indústria farmacêuticas e alimentícia). Através deste composto se produz meio de cultura para microorganismos, cápsulas, supositórios, anticoagulantes, filme fotográfico, sabonete, creme para mãos, geleias, maionese, pudins.
Alguns representantes de Rhodophyta são capazes de depositar carbonato de cálcio ou aragonitas (Nemaliales) em suas paredes celulares o que as tornam muito resistentes com baixa flexibilidade. Esta flexibilidade se dá por meio de genículos, regiões entre dois nós. Estas características são observadas nos gêneros Corallina e Jania. São muito abundantes, ecologicamente importantes e podem formar grandes recifes de corais.
Os cloroplastos destas algas são revestidos por duas membranas que constituem o envelope do cloroplasto, com um tilacóide por banda e foram originados pelo processo de endossimbiose primária. Os pigmentos fotossintetizantes são a clorofila a, ficobilinas, carotenóides e xantofilas. Existem relatos da ocorrência de clorofila d, porém tais relatos são hoje tidos como errôneos.
A presença de pigmento vermelho permite a estas algas sobreviver a maiores profundidades que as demais, uma vez que lhes permite absorver o comprimento de onda que penetra mais fundo nos oceanos.
Essas algas possuem conexões citoplasmáticas conhecidas como sinapses, que estão entre duas células adjacentes durante a divisão celular ou entre duas células de dois filamentos vizinhos que se conectam. Cada conexão é constituída de uma região central protéica chamada de rolha sináptica, revestida por uma membrana contínua com a membrana citoplasmática de duas células adjacentes. Estas não representam conexões verdadeiras entre o citosol e a célula, para que haja troca de substância, mas funcionam como pontos de fortificação que conferem resistência estrutural ao talo.
Com relação a reprodução estas podem se proliferar de maneira assexuada e sexuada. A reprodução assexuada no grupo ocorre pela produção de monósporos, que germinam formando, por mitose, um talo igual ao da geração que lhe deu origem. Os monósporos são formados por células chamadas de monosporângios (um esporo produzido por cada esporângio). A fragmentação vegetativa do talo também pode ser uma estratégia de reprodução assexuada.
As Rodófitas não apresentam células flageladas. Na reprodução sexuada, as espermácias (gametas masculinos) produzidas pelos espermatângios (órgãos sexuais masculinos) são passivamente carregadas pela correnteza até o órgão sexual feminino, chamado de carpogônio. O carpogônio consiste de uma porção basal dilatada e de uma porção alongada e fina, a tricógine, que recebe os gametas masculinos. Como os gametas são aflagelados existe uma probabilidade baixa de que uma espermácia alcance uma tricógine receptiva. Alguns mecanismos aumentam esta probabilidade:
 1) As espermácias de algumas espécies apresentam apêndices que aumentam a sua superfície e permitem que sejam carregados a maiores distâncias pela correnteza. 
2) A composição de carboidratos constituintes de parede das espermácias difere das encontradas em células vegetativas, aderindo-se somente a parede das tricógines.

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