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Transgênicos: Benefícios e Riscos

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Introdução
Transgênicos ou OGMs são produtos feitos a partir da modificação, ou transformação, genética de plantas cuja técnica consiste na inserção do genoma de uma ou mais seqüências, geralmente isoladas de mais de uma espécie, especialmente arranjada, de forma a garantir a expressão gênica de um ou mais genes de interesse. 
São produtos advindos de uma das infinitas aplicações da biotecnologia e que nas últimas décadas vem adquirindo cada vez mais espaço e gerando discussões a respeito da credibilidade quanto à contaminação ambiental e, principalmente, em relação à saúde humana.
Várias são as posições sobre a questão dos transgênicos, existem inúmeros artigos que abordam sobre tal questão, porém esporaremos nosso ponto de vista de forma justificada e lógica. Ademais, enumeraremos os benefícios (ou vantagens) e riscos referentes ao uso e manipulação dos OGMs na escala social, econômica, ambiental e de saúde humana.
É também válido ressaltar a questão ética e trans-multidisciplinar da técnica e beneficiamento dos transgênicos, pois envolve interesses de variados setores não sendo restrito somente a pesquisa científica.
Histórico
 Desde que o Homem se iniciou na agricultura, há mais de 10.000 anos, que técnicas baseadas em princípios da biotecnologia são utilizadas. A hibridação como exemplo era uma forma muito rude e primitiva, e que não envolvia conhecimentos muito profundos acerca da transmissão das características para a descendência.
Os conhecimentos que permitiram o desenvolvimento dessa ciência remontam a meados do século XIX, quando o monde austríaco Gregor Mendel, lançou as bases da genética, explicando a transmissibilidade das características de geração para geração.
Em 1972 o pesquisador Paul Berg realizou a primeira experiência bem sucedida onde foram ligadas duas cadeias genéticas diferentes: ele ligou uma cadeia de DNA animal com uma cadeia de DNA bacteriana.Entretanto, eram baseadas em técnicas de recombinação genética, ainda muito a serem estudas e desenvolvidas.
Quando se elucidou a estrutura do DNA, por Watson e Crick em 1953, novas técnicas de manipulação com esta molécula puderam ser desenvolvidas, pois sabendo que o DNA se constituía em dupla hélice, tecnologias como genomica, clonagem e inclusive transgenese puderam existir e se desenvolver. 
Portanto, os pioneiros desta técnica foram os cientistas Stanley Cohen e Herbet Boyer em 1973, através da introdução de um gene de uma rã no interior de uma bactéria (Gander et al.,1996).
 A partir de então, metodologias para o surgimento de novos experimento foram surgindo como na década de 80 com a inserção do gene responsável pela expressão da insulina- o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o ingresso de glicose nas células- em Escherichia coli, levando a produção em massa deste hormônio.
Objetivo
Apresentar a técnica da transferência de material genético até a obtenção do produto transgênico, abordando aspectos socioeconômicos, ambientais e referentes à saúde humana.
Metodologia
A técnica de recombinação genética.
 Tecnologia desenvolvida para inserção de genes de organismos diferentes em outros, cuja metodologia central é a clonagem molecular, a qual consiste no isolamento e propagação de moléculas de DNA idênticas. 
A clonagem molecular compreende pelo menos dois estágios importantes: primeiro o fragmento do DNA de interesse chamado de inserto é ligado a uma outra molécula de DNA chamada de vetor para formar o que se chama de DNA recombinante. 
Segundo, a molécula do DNA recombinante é introduzida numa célula hospedeira compatível, num processo chamado de transformação.
 A célula hospedeira que adquiriu a molécula do DNA recombinante é chamada de transformante ou célula transformada. 
Um único transformante, em condições ideais, sofre muitos ciclos de divisão celular, produzindo uma colônia que contém milhares de cópias do DNA recombinante. 
O produto será um ser ou organismo geneticamente modificado (OGM), a qual poderá ser produzido para diversas finalidades como; resistir a um herbicida, produção de hormônios, um fator nutricional entre outros.
As enzimas de restrição
Uma enzima de restrição particular reconhece somente uma seqüência única de bases. DNAs de origem diferente sob a ação da mesma enzima de restrição produzem fragmentos com o mesmo conjunto de extremidades fitas simples. Portanto, fragmentos de dois diferentes organismos (por exemplo, bactéria e homem) podem ser ligados por renaturação das regiões de fita simples. Além disto, se a ligação for "selada" com a enzima DNA ligase, depois do pareamento de bases, os fragmentos serão ligados permanentemente. 
A técnica de DNA recombinante tem um interesse especial se uma das fontes de DNA clivado for um plasmídeo. 
  
  
  
Figura 3. Construção de uma molécula de DNA híbrida a partir de fragmentos de diferentes organismos obtidos com o uso de enzima de restrição. 
  
A figura 3 mostra uma molécula de DNA de plasmídeo que tem somente um sítio de clivagem para uma determinada enzima de restrição. A mesma enzima é usada para clivar DNA humano. Se os fragmentos de DNA humano são misturados com o DNA plasmidial linearizado, permitindo a ligação entre eles, uma molécula de DNA plasmidial contendo DNA humano pode ser gerada. Este plasmídeo híbrido pode ser inserido numa bactéria por transformação e então o inserto será replicado como parte do plasmídeo. Geralmente antibióticos são acrescentados ao meio da cultura para selecionar somente as linhagens que portam os plasmídeos (o plasmídeo usado para esta finalidade porta resistência à pelo menos um antibiótico). 
Aplicações
São as mais variadas os usos e finalidades dos OGMs, suas aplicações atingem os diversos campos da agronomia (agricultura, pecuária, avicultura etc), da biotecnologia médica até o campo alimentício.
Área Animal
Há diversas aplicações como no desenvolvimento de proteínas terapêuticas, modelos de estudos para doenças humanas e fornecedores de órgãos para seres humanos.
Animais transgênicos têm sido amplamente utilizados para a elucidação dos mecanismos moleculares que controlam a expressão e a regulação de diversos genes, durante o desenvolvimento fetal e em tecidos adultos. 
Elementos regulatórios foram descobertos utilizando técnicas de transgênese em animais promotores. “Enhancers” (amplificadores) e elementos silenciadores de vários genes têm sido identificados e uma variedade de promotores que controlam a expressão de genes tecido-específicos (rim, fígado, cérebro, sangue e glândula mamária) são, atualmente, utilizados para direcionar a síntese de proteínas em um tecido de interesse.
Outras aplicações são para estudar o mecanismo molecular que contribui para a patologia de doenças humanas, assim como para testar agentes terapêuticos que evitem o inicio da doença, diminuam seu progresso ou reduzam os sintomas. 
Camundongos têm sido mais freqüentemente utilizados como modelo animal para um grande número de doenças em humanos, entre elas, fibrose cística, arteriosclerose, osteogênese imperfeita, β-talassemia, obesidade, AIDS entre outras.
Área vegetal
Nesta área está sendo utilizada no melhoramento de plantas que, entre outras coisas, aumentam a produtividade agrícola, diminuindo a necessidade de desmatamento em grandes áreas nativas e contribuindo para a preservação do meio ambiente. 
Outra aplicação se encontra na modificação genética nos vegetais para tolerância a herbicidas.
Podemos citar como exemplo, vegetais que possuem inseridos em seu código genético partes de genes de uma bactéria específica, Bacillus thuringiensis, resistem a pragas com sensibilidade a essa planta transgenica.
 Algumas contribuições da Transgenia 
No meio ambiente
As variedades já liberadas de soja e algodão transgênicos vão gerar para o meio ambiente do País, nos próximos 10 anos, a redução:
•Do consumo de 382,3 milhões de litrosde diesel: o suficiente para abastecer por 10 anos uma frota de 160 mil caminhonetes
•Do consumo de 56,2 bilhões de litros de água: o equivalente ao consumo, em uma década, de uma cidade de 130 mil habitantes.
•Da emissão de 1,1 milhão de toneladas de CO2: o mesmo que plantar uma floresta com 9,3 milhões de árvores.
Na economia
•As sementes transgênicas diminuem as perdas na produção.
•A biotecnologia tem permitido o desenvolvimento de diversas plantas resistentes a insetos e tolerantes a herbicidas (facilitando o controle mais eficiente do mato que cresce nas plantações), o que aumenta a produtividade das lavouras. 
•Isso reduz a necessidade de aumento da área plantada para produzir alimentos à população. 
•Exemplo - Desenvolvido pela Embrapa, um feijão transgênico resistente ao vírus do mosaico dourado, praga que destrói as lavouras.
Legislação 
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) desenvolveu os critérios de equivalência substancial para a identificação de semelhanças e diferenças entre cultivos geneticamente modificados e seus pares convencionais (não OGMs), que têm segurança já conhecida.
Segundo o atual decreto de rotulagem, se 1% ou mais dos ingredientes que compõem esses produtos forem transgênicos, o produto final deve ser rotulado com um "T" preto dentro de um triângulo amarelo (símbolo da rotulagem definido pelo Ministério da Justiça após consulta pública).
Segundo a OECD (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), um alimento é considerado seguro se houver certeza razoável de que nenhum dano resultará de seu consumo sob condições previstas de uso.
Em 1993, a OECD formulou o conceito de equivalência substancial (ES) como uma ferramenta a ser utilizada como guia na avaliação da segurança de alimentos geneticamente modificados, a qual tem sido aperfeiçoada ao longo dos anos.
O conceito de ES se baseia na idéia de que alimentos já existentes podem servir como base para a comparação do alimento geneticamente modificado com o análogo apropriado.
Os fatores considerados incluem a identidade, fonte e composição do OGM, os efeitos do processamento/cocção sobre o alimento geneticamente modificado, o processo de transformação, a potencial toxicidade, entre outros fatores.
O fato de um alimento geneticamente modificado ser substancialmente equivalente ao seu análogo convencional não significa que ele seja seguro, nem elimina a necessidade de se conduzir uma avaliação rigorosa para garantir a sua segurança antes que sua comercialização seja permitida.
A transgênese não está insenta de riscos
Tanto os genótipos obtidos pelos métodos convencionais como os obtidos pela transgenia devem ser devidamente avaliados. Essa orientação está enfaticamente apresentada em declaração redigida pelo Dr. C.S. Prakash da Tuskegee University, e assinada por mais de 3.300 cientistas de todo o mundo, na qual é afirmado que: “Nenhum produto alimentar, seja produzido com técnicas de DNA recombinante ou com métodos mais tradicionais, é totalmente sem risco”. 
Os riscos apresentados por alimentos são uma função das características biológicas dos alimentos e dos genes que foram utilizados, e não do processo empregado para o seu desenvolvimento. Nosso objetivo como cientistas é assegurar que qualquer novo alimento produzido com a utilização de DNA recombinante seja tão ou mais seguro do que aqueles que já vêm sendo consumidos ““.
 O Instituto Brasileiro de Defesa (1999) salienta os riscos dos alimentos transgênicos, para a saúde da população e para o meio ambiente. Pode ocorrer o aumento das alergias com o consumo dos OGMs, pois novos compostos são formados no novo organismo, como proteínas e aminoácidos que ingeridos poderão desencadear processos alérgicos, e aumento de resistência aos antibióticos, pois são inseridos nos alimentos transgênicos genes que podem ser de bactérias usadas na produção de antibióticos. Com o consumo pela população desses alimentos, poderá ocorrer resistência a esses medicamentos, reduzindo ou anulando a eficácia dos mesmos. 
Países produtores de transgênicos
Alguns mitos sobre os transgênicos
Ao contrário do que se acredita, apesar de ser uma tecnologia de ponta, a transgênese permiti maior produtividade, pois se cultivam menos ou a mesma proporção de hectare por semente plantada.
Devido a isso, a relação-custo benefício é menor, já que o produtor economiza nos agrotóxicos, água e diesel.
Há uma redução no uso de agrotóxicos e herbicidas, pois as plantas são resistentes a pragas e aos próprios inseticidas para quais são feitas.
Apesar da alta produtividade, os OGMs não possuem força para erradicar a fome do mundo, empresas utilizam desse argumento para fins econômicos.
Os transgênicos X questão socioeconômica e ética.
A vantagem que a técnica de manipulação genética trouxe é inigualável, por isso variados benefícios em setores humanos foram feitos. Mas, tal tecnologia não trouxe somente benefícios, há risco que não podem ser ignorados.
De certa forma, as transnacionais que comercializam os transgênicos são as mesmas que produzem as sementes; existe um oligopólio dessa tecnologia e, portanto, dependência neste setor de agricultores quanto ao uso dos transgênicos.
Apesar de ser uma tecnologia onde a relação de custo-benefício é baixa, há uma exclusão socioeconômica de agricultores não-latifundiários que não possuem recursos para compra das sementes.
A maioria das sociedades de países a qual há a produção das OGMs e sua comercialização como Canadá, Estados Unidos e Argentina, não possuem uma opinião crítica sobre o assunto, fazendo prevalecer, por desconhecimento e medo, as “ideologias” subsidiadas por interesses econômicos ou políticos quanto ao uso dos transgênicos.
Então, a sociedade precisa medir antes de opinar, os benéficos que a transgênese trouxe com os interesses por de trás destas tecnologias.
Há riscos, mas tais não devem impedir dos indivíduos aceitarem (ou não) moralmente os produtos transgênicos. O problema é mais social, econômico e moral do que científico.
Conclusão
A tecnologia dos transgênicos modificou a sociedade, trazendo melhorias na agricultura quanto revolucionando a medicina curativa. Uma nova área (re) surgiu, a biotecnologia, trazendo também riscos quanto à saúde humana até impactos ambientais.
Na verdade, este assunto tem duas faces, ambas de mesma origem, a técnica do DNA recombinante, porém com conseqüências boas, como o melhoramento nutricional de leguminosas, e ruins como a contaminação genética de seres vivos e perda da biodiversidade (superpragas). E também questões socioeconômicas, ambientais e éticas envolvidas.
Referência bibliográfica:
http://www.cib.org.br/pdf/guia_transgenicos_maio09.pdf 
http://www.cib.org.br/pdf/mapa_transgenicos_mundo_maio09.pdf 
http: //www.greenpeace.org/raw/content/brasil/documentos/transgenicos/greenpeacebr_050430_transgenicos_documento_contexto_politico_port_v1.pdf 
http: //www.administradores.com.br/producao_academica/transgenicos_uma_nova_opcao_do_agronegocios_brasileiro_pesquisa_dos_beneficios_na_comercializacao_de_soja_transgenica_para_o_canal_varejo_na_regiao_de_ponta_grossa_parana/1216/download/ 
http://www.agrocapixaba.com.br/?p=174 
http: //pt.wikipedia.org/wiki/DNA_recombinante
www.cib.org.br/apresentacao/aplic_biotecnologia_area_animal.pdf 
www.ensino.uevora.pt/biotec/Transgenicos.pdf 
www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/pag%20462.pdf 
www.ufrgs.br/bioetica
www.iea.sp.gov.br
 www.espacoacademico.com.br/096/96andrioli.pdf 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FACULDADE DE BIOMEDICINA
TRANSGÊNESE
Potenciais Usos, Mitos e Verdades
Intergrantes:
Rafael Portal Lima
Raimundo Vasconcelos
João de Deus Teixeira Jr.
Yasmin Pina Kao
Edivaldo Costa Jr.Belém-PA
2009

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