Buscar

O que são os fungos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução
Os fungos são só responsáveis por estragarem nossa comida e dar uma “alegrada” nos nossos fins de semanas com bebidas alcoólicas? Claro que não! O reino Fungi têm muitas particularidades mas o que faz com que os membros desse reino sejam comuns de alguma forma? Suas características gerais! Porém, do que eles se alimentam, como eles conseguem se reproduzir, quantas formas de reprodução há para os fungos, como eles podem ser classificados e mais importante: se eles não têm apenas funções negativas para a Terra e todos os seres vivos que nela habitam, pra quê eles servem realmente?
O QUE SÃO OS FUNGOS?
Os fungos são seres eucarióticos que tanto podem ser microscópios como macroscópicos. Por apresentarem características peculiares, são classificados em um reino próprio. Esses organismos podem se desenvolver em diversos lugares: no solo, na água, nas plantas, em animais e em detritos orgânicos. Popularmente conhecidos como bolores, mofos, orelhas-de-pau e cogumelos, os fungos se alimentam de substâncias orgânicas de origens variadas, como folhas caídas, restos de animais mortos e outros e outros resíduos orgânicos, de forma que atuam como decompositores, reciclando os constituintes da matéria orgânica que compõe os seres vivos. A decomposição da matéria orgânica realizada pelos fungos é de extrema importância na manutenção dos ecossistemas.
Em uma floresta onde há várias árvores na qual, por alguma razão, fungos e bactérias decompositoras repentinamente deixam de existir. Em pouco tempo, o solo estaria completamente recoberto por espessas camadas de folhas mortas. Restos e resíduos de animais, como cadáveres e fezes também se acumulariam no ambiente. O papel ecológico dos fungos, portanto, afeta todos os seres vivos do planeta, inclusive os seres humanos.
Por meio de evidências fósseis, sabe-se que esses organismos estão na Terra há pelo menos 600 milhões de anos e supõe-se que tenham evoluído de ancestrais protistas que viviam em ambientes aquáticos.
Em biologia, o ramo que se dedica ao estudo dos fungos é a micologia
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS
Os fungos unicelulares, ou leveduras ocorrem como células individuais com apenas um núcleo. Em geral, são maiores que as bactérias. A morfologia e a forma de nutrição são critérios utilizados para distinguir as espécies de leveduras. Entretanto, a maioria dos fungos não é unicelular. O corpo de um fungo filamentoso é formado por uma estrutura chamada micélio. Este é composto de filamentos individuais em forma de tubo, as hifas, que correspondem a células multinucleadas.
Muitas vezes, durante a fase reprodutiva, o micélio é subdividido em duas partes distintas, cada qual com uma função específica. O micélio vegetativo assume as funções vitais do organismo, tais como nutrição e crescimento, retirando nutrientes do substrato por meio das hifas. O micélio reprodutivo é formado por hifas, em geral especializadas na formação de esporos, células reprodutoras. Essas hifas, em geral, crescem perpendicularmente ao substrato, favorecendo a dispersão dos esporos.
NUTRIÇÃO DOS FUNGOS
Todos os fungos são heterótrofos, ou seja, incapazes de produzir seu próprio alimento. Entretanto, diferentemente dos animais, que são heterótrofos por ingestão, nos fungos, a digestão é extracorpórea (realizada fora do corpo). O fungo lança no ambiente enzimas que degradam as moléculas orgânicas complexas e, depois, absorve moléculas menores, mais simples. Por essa razão são designados heterótrofos por absorção. Quanto aos modos de vida, os fungos podem ser:
Decompositores: Ou fungos saprófagos (do grego saprós, ‘’podre’’, e phagos, ‘’comedor’’), juntamente com as bactérias, são os principais decompositores da biosfera, promovendo a reciclagem da matéria constituinte dos seres vivos. A maioria deles vive no subsolo, obtendo nutrientes de seres mortos. Apodrecimento dos alimentos e materiais.
Parasitas: Os fungos que vivem à custa de outros organismos vivos, prejudicando-os e ocasionalmente provocando até a sua morte, são classificados como parasitas. Várias doenças são causadas por esses fungos, nas plantas, a ferrugem do café, nos seres humanos e animais a micose que ataca a pele e outros órgãos.
Mutualísticos: Existem fungos que se associam a outros organismos, estabelecendo uma relação em que há benefício mútuo para os indivíduos envolvidos. Esses fungos são denominados mutualísticos. A maioria vive associada a seres fotossintetizantes, como plantas, cedendo-lhes parte da água e dos nutrientes que as hifas absorvem do solo. As plantas cedem ao fungo certos açúcares e aminoácidos. Duas associações mutualísticas formam estruturas bem características: as micorrizas, associação que envolve fungos e raízes de plantas, e os liquens, formados por fungos e algumas variedades de algas cianobactérias.
Predadores: Certos fungos atuam como predadores. Na maioria dos casos, as hifas secretam substâncias aderentes que aprisionam os organismos que tocam os fungos. Dessa maneira, as hifas penetram o corpo da presa, crescem e se ramificam, espalhando-se no interior do organismo e absorvendo seus nutrientes causando-lhe a morte. O gênero Arthrobotrys apresenta uma forma mais elaborada de predação. O fundo vive no solo e captura nematoides microscópicos. As hifas apresentam pequenos anéis que se estreitam quando a presa passa por eles e logo invadem o corpo do nematoide digerindo-o.
PADRÃO GERAL DO CICLO DE VIDA DOS FUNGOS
Durante o ciclo de vida, os fungos apresentam fases reprodutivas diferentes, uma assexuada e outra sexuada. Os mecanismos reprodutivos variam de acordo com a fase do ciclo.
REPRODUÇÃO ASSEXUADA
O modo mais simples e reprodução de um fungo filamentoso é conhecido como fragmentação, que consiste na ruptura do micélio, gerando fragmentos que podem originar novos micélios. 
No caso das leveduras, que são unicelulares, a reprodução assexuada se dá por divisão celular. O termo brotamento (ou gemulação) é usado quando essa divisão origina duas ou mais células-filhas.
Nos fungos, é comum um mecanismo de reprodução que envolve a presença de células haploides (n) especializadas, os esporos, formados pelo processo de esporulação. Em algumas regiões do micélio, existem hifas especiais, que crescem eretas em relação ao substrato. Na extremidade dessas hifas, há uma estrutura dilatada, de formato esférico, o esporângio (do grego sporá, ‘’semente’’, e aggeîon, ‘’cápsula’’), no interior do qual ocorre a produção dos esporos por mitose (na reprodução sexuada, os esporos são formados por meiose). Terminada a esporulação, a parede de esporângio se rompe e libera os esporos. Após um período de dispersão, e na presença de condições ambientais favoráveis, os esporos podem originar uma nova hifa, processo conhecido como germinação. A nova hifa pode formas um novo micélio e, assim, dar continuidade a esse ciclo de vida. 
REPRODUÇÃO SEXUADA
A principal característica da reprodução sexuada em diversos seres vivos é a fusão de núcleos gamétricos haploides (n), gerando zigotos diploides (2n). Nos fungos, essa regra se mantém.
Em geral, não há diferença morfológica nos fungos que se reproduzem entre si. As diferenças que existem dizem respeito à constituição genética. É comum representar indivíduos geneticamente diferentes pelos sinais + e -. Fungos de constituição genética semelhante (+/+ ou -/-) não se reproduzem entre si, mas, se a constituição genética for razoavelmente diferente (+/-), a reprodução ocorrerá.
O mecanismo de reprodução sexuada segue um padrão básico, comum à maioria dos membros do reino dos fungos. Sob condições ambientais adequadas, a primeira etapa da reprodução entre fungos distintos é a fusão das hifas haploides (n), que recebe o nome de plasmogamia (fusão de citoplasmas).
A fusão dos núcleos gaméticos haploides (n), chamada cariogamia, não ocorre imediatamente após a união citoplasmática. Assim, a plasmogamia gera uma estrutura celular composta de dois núcleos haploides(n + n) oriundos de hifas pertencentes a micélios distintos. Por isso, as hifas que resultam desse processo são denominadas dicarióticas (têm dois núcleos).
Após um tempo, os núcleos gaméticos se fundem e originam um zigoto diploide de (2n), o qual, por sua vez, entra em processo de divisão meiótica, produzindo células-filhas que darão origem a esporos haploides (n). Os esporos que se formam pelo modo sexuado são comumente chamados de esporos sexuais.
O esporo haploide formado sexuadamente germina, seu núcleo haploide sofre várias divisões mitóticas e assim se constituem novas hifas. Em geral, a única fase diploide do ciclo de vida de um fungo é o zigoto. Na maioria dos fungos, essa fase é efêmera, isto é, tem curta duração.
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS
Por muito tempo, os fungos foram integrantes do reino das plantas, e somente no final da década de 1960 passaram a ser classificados em um reino à parte, chamado Fungi (ou fungo). Há um conjunto de características próprias que permite diferenciar fungos de plantas. Estudos mostram que nenhum fungo conhecido é capaz de sintetizar o pigmento responsável pela fotossíntese, a clorofila. Sabe-se também que eles não armazenam amido, componente comum das células vegetais, como substância de reserva em suas células.
Além disso, existem algumas características na estrutura dos fungos que ocorrem frequentemente em células animais, entre as quais sua capacidade de armazenar glicogênio (uma grande molécula de carboidrato) como material de reserva. Muitas variedades de fungos têm paredes celulares, como as células vegetais, porém essa parede celular é composta de quitina, um polissacarídeo também encontrado no exoesqueleto de artrópodes, que, por sua vez, pertencem ao reino Animal.
A classificação e a organização dos filos que compõem esse reino geram controvérsias. Trata-se de um tema científico que vem, ao longo do tempo, sofrendo algumas mudanças.
Este livro utiliza o sistema de classificação composto de quatro filos: quitridiomicetos, zigomicetos, ascomicetos e basidiomicetos. Em todos os filos, há espécies unicelulares e filamentosas.
Além desses filos, há o grupo dos fungos conidiais, cuja classificação gera discussão entre os micologistas.
Um dos critérios para classificar os fungos é a presença ou a ausência de uma estrutura reprodutiva chamada corpo de frutilização.
FUNGOS SEM CORPO DE FRUTIFICAÇÃO
Esse grupo de fungos inclui quitridiomicetos e zigomicetos, cujas hifas não constituem estruturas especiais durante o período reprodutivo.
QUITRIDIOMICETOS
Os quitridiomicetos agrupam cera de 800 espécies de fungos que, quando comparadas às demais, são consideradas menos especializadas.
Esses fungos vivem principalmente em ambientes de água doce ou salgada. São cosmopolitas, ou seja, existem em diversas regiões do planeta. Podem ser parasitas ou saprófagos.
Uma característica marcante desse grupo é a presença de células dotadas de flagelo em alguma fase da vida. O batimento do flagelo auxilia a locomoção em meio aquático. Nos demais filos, não há células flageladas. Seu ciclo de vida apresenta uma fase diploide (2n) e outra haploide (n) bem definidas. Entretanto, a fase diploide não é efêmera.
ZIGOMICETOS
Esse grupo é representado por cerca de mil espécies conhecidas. São também denominados ficomicetos.
Em geral, são saprófagos que vivem livremente no solo, alimentando-se de uma matéria orgânica em decomposição. O Rhizopus stolonifer, responsável pelo bolor preto do pão, cresce em substratos com teores elevados de umidade, ricos em açúcares, como pães, frutas, etc. Menos comuns são as formas de vida parasitas. Além disso. Os zigomicetos podem constituir micorrizas, associações que envolvem os fungos e as raízes de plantas.
FUNGOS COM CORPO DE FRUTIFICAÇÃO
Esses fungos podem apresentar uma estrutura formada por um arranjo de hifas de micélio reprodutivo. Tal estrutura é denominada corpo de frutificação. As estruturas popularmente chamadas de orelhas-de-pau e os cogumelos são exemplos de corpos de frutificação.
ASCOMICETOS
Os ascomicetos constituem um grande grupo, reunindo cerca de 30 mil espécies. Existem formas unicelulares, chamadas de leveduras e formas filamentosas, como mofos e bolores.
Os ascomicetos saprófagos exercem importantes funções ecológicas, entre elas a decomposição de moléculas orgânicas muito resistentes, como a celulose e a lignina, ambas de origem vegetal, e o colágeno, de origem animal. O modo de vida parasitário também é comum. Além dos saprófagos e dos parasitas, alguns ascomicetos podem ser mutualísticos, formando micorrizas e a maioria das variedades dos liquens.
BASIDIOMICETOS
Esse filo possui cerca de 22 mil espécies descritas e inclui as orelhas-de-pau e os cogumelos, como o Agaricus campestris (champignon), usado na alimentação. A estrutura do micélio é bem desenvolvida.
Os basidiomicetos são cosmopolitas e vivem principalmente em ambiente terrestre. A maioria dos fungos desse filo é saprófaga. Existem, porém, representantes parasitas. Certos basiomicetos são mutualísticos, compondo micorrizas e liquens.
CONJUNTO DOS FUNGOS CONIDIAIS
Não há consenso entre os micologistas em relação à classificação dos fungos conidiais, também chamados de deuteromicetos. Dessa forma, esses fungos não constituem um filo propriamente dito.
Esse conjunto abrange cerca de 15 mil espécies conhecidas, a maioria saprófaga e parasita, mas existem as que são predadores ou mutualísticas. Não apresentam reprodução sexuada. São encontrados nos meios terrestres e aquático, no ar, no organismo humano, sobre a matéria orgânica de vegetais e de animais vivos e mortos.
Os fungos conidiais participam da vida humana de formas variadas. Alguns representantes desse grupo possuem alto valor econômico – por exemplo, certas espécies do gênero Penicillium, que são usadas na produção de queijos sofisticados como o gorgonzola. Podem ser utilizados, ainda, pelas indústrias farmacêuticas para a produção de penicilina. Outra importante característica associada a esse grupo é seu impacto na saúde, uma vez que causam a maior parte das micoses e outras enfermidades provocadas por fungos. 
FUNGOS EM ASSOCIAÇÃO MUTUALÍSTICA
Uma característica importante de alguns fungos é a capacidade de viver associados mutualisticamente a outros organismos. Dois exemplos são de grande relevância: os liquens e as micorrizas.
LIQUENS
Os liquens são associações entre fungos e microrganismos autótrofos fotossintetizantes em que ambas as espécies envolvidas obtêm vantagens, principalmente nutricionais. Em geral, para os liquens que vivem em ambientes inóspitos, a separação dos indivíduos provoca a morte de ambos. 
Os fungos que constituem os liquens são representantes dos ascomicetos ou dos basidiomicetos. Na maioria das vezes, os seres autótrofos são clorofíceos (algas verdes) ou cianobactérias. O corpo do líquen recebe o nome de talo.
Na nutrição dos liquens, o organismo fotossintetizante fornece a matéria orgânica para si mesmo e para o fungo. Os fungos que formam liquens associados à cianobactérias – organismos fixadores de nitrogênio – têm como vantagem uma fonte adicional desse elemento químico, que faz parte da constituição dos ácidos nucleicos e das proteínas. O fungo, heterótrofo, disponibiliza a alga sais minerais e umidade.
Geralmente em locais com condições ambientais desfavoráveis à existência de vida, os liquens fazem parte dos primeiros seres vivos a aparecer, sendo por isso considerados organismos pioneiros. Também podem ser encontrados em superfícies de rochas, em folhas, no solo, em troncos de árvores, etc. Contudo, existem variedades de liquens que são extremamente sensíveis às alterações do meio ambiente. Por exemplos, na presença de poluentes atmosféricos, como os óxidos de carbono e enxofre, alguns tipos de liquens não conseguem desenvolver. Esses seres sucumbem à poluição, são tidos como importantes indicadores biológicos, denunciando a má qualidade do ar e do solo.
O fungo se reproduz individualmente,produzindo esporos assexuais ou sexuais. O indivíduo autótrofo, por sua vez, reproduz-se apenas assexuadamente, por meio de pequenos fragmentos que se desprendem do talo. O líquen inteiro também pode se reproduzir assexuadamente por meio de estruturas chamadas sorédios, constituídos por células de algas e hifas do fungo transportadas pelo vento.
MICORRIZAS
Micorrizas são associações entre fungos e raízes de plantas. A planta fornece ao fungo compostos orgânicos fotossintetizantes, quanto o fungo, por meio de decomposição da matéria orgânica do solo, fornece à planta nutrientes minerais. Como sais de nitrogênio e de fósforo.
A presença de fungos associados às raízes de plantas de interesse econômico reduz a necessidade de fertilizantes ricos em fósforo, aumentando a produtividade.
Nas últimas décadas, várias espécies de fungos têm sido utilizadas para aumentar o rendimento agrícola.
A IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS
Muitas vezes os fungos são lembrados por serem causadores de micoses em seres humanos e animais e responsáveis também por doenças em plantas cultivadas. Outra imagem ligada aos fungos é a de bolores ou mofos, que invadem paredes úmidas de casas, peças de couro e também alimentos como frutas e grãos, provocando seu apodrecimento. Poucas espécies, entretanto, acarretam prejuízo aos seres humanos.
Como mencionado, os fungos são importantes para a decomposição da matéria orgânica. Sem os seres decompositores, cessaria a reciclagem de nutrientes, da qual depende a vida do planeta. Também existem várias espécies de fungos mutualísticos, que estabelecem relações benéficas com certos organismos. Além disso, algumas espécies de fungos são comumente utilizados na culinária, como é o caso de certos cogumelos em receitas de sopa, pizza e estrogonofe, por exemplo.
Muitas espécies de fungos, antes consideradas prejudiciais, vêm sendo pesquisadas para o desenvolvimento de produtos, entre os quais medicamentos, desinfetantes e inseticidas. Certas espécies são utilizadas por empresas farmacêuticas na produção de remédios, como a penicilina, de vitaminas, como a riboflavina, e de ácido cítrico, um dos componentes intermediários do metabolismo energético. 
Os ascomicetos do gênero Saccharomyces são leveduras que realizam fermentação alcoólica, processo químico que produz álcool e gás carbônico. Devido a tal propriedade, essa levedura é largamente utilizada como fermento biológico no preparo de pães, bebidas alcoólicas e etanol combustível.
FUNGOS PERIGOSOS
Embora existam alguns fungos comestíveis, muitas espécies produzem substâncias extremamente tóxicas, que podem levar à morte. Muitas vezes, é difícil diferenciar uma espécie perigosa de outra, inofensiva. Por isso, não se deve ingerir fungos desconhecidos.
Por exemplo, o Amanita muscaria, é um basidiomiceto alguma vezes empregado como inseticida natural. A ingestão desse fungo pode provocar alucinações e delírios seguidos de sono profundo.
O consumo de cereais infectados pelo fungo Claviceps purpúrea provoca ergotismo, uma doença grave que afeta o sistema nervoso.
Certas variedades dos fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus produzem substâncias toxicas denominadas aflatoxinas. Esses fungos se desenvolvem em alimentos como sementes de amendoim e milho. O consumo de alimentos contaminados aflatoxinas pode aumentar o risco de cirrose e câncer de fígado.
Conclusão
Os fungos não servem apenas para bolorarem nossas comidas e fazerem nossos pães e bebidas alcoólicas. Muito, mais muito além disso se encontra a real importância desse reino, que muitas vez é massacrado de comentários nem sempre tão agradáveis, para todo o equilíbrio do ecossistema do planeta e principalmente para a sobrevivência dos seres vivos. É um reino que é muito comentado sobre as coisas maléficas que causa, como as diversas doenças que podem se desenvolver com os chamados fungos parasitas, que causam doenças no homem e em animais, como por exemplo, a micose e a ferrugem do café. Outros fungos anaeróbicos (pois a maioria são aeróbicos) realizam a fermentação, utilizados nos processos de fabricação de bebidas alcoólicas e do pão (nesses processos o fungo utilizado é o da espécie Saccharomyces cerevisiae). Algumas espécies são consumidas como alimento para o homem, é o caso da espécie Agaricus brunnescens, o popular champignon. Outros são venenos, como: cogumelos da espécie Amanita muscaria e do gênero Psylocybe. Além de todas essas funções, os fungos ainda são usados nas industrias farmacêuticas para se fazer o Antibióticos, como é o caso da penicilina, por exemplo.
Referência Bibliográfica
OSORIO, Tereza Costa (Ed.). Ser Protagonista: Biologia: Ensino Médio: 2º ano. 2ª edição. São Paulo, Editora Sm, 2013.

Continue navegando